–Ele morreu?

Foi a primeira coisa que Percy perguntou assim que Sally voltou da sala em que Gabe estava internado.Obviamente dentro de um hospital.

Sally suspirou – Não ele não morreu.

–Devia ter batido com mais força naquele miserável – disse Percy olhando para mão roxa e com um hematoma por causa do soco que ele desferiu em Gabe.

–Não diga isso filho, se você tivesse matado ele, você teria se tornado uma pessoa muito pior do que Gabe.

–Como alguém pode ser pior do que Gabe? – disse Percy exaltado – mãe – o garoto continuou só que com um tom mais calmo–por que você ficou com esse cara tanto tempo mesmo ele batendo em você? E por que nunca me contou?

–É complicado... – disse Sally cabisbaixa.

–Por favor mãe, diga –disse Percy pacientemente acariciando o rosto de sua mãe.

Sally enxugou uma lágrima que insistia em cair – Gabe foi uma pessoa boa nos primeiros 3 meses era carinhoso e gentil, e como você nunca conheceu seu pai em pensei que ele talvez preenchesse uma figura paterna que você nunca teve, mas quando ele se mudou para nossa casa parecia que era outra pessoa, ele era rude e preguiçoso, não ajudava nas despesas de casa, e no dia que eu tomei coragem e tentei por um fim no relacionamento ele não aceitou, e me deu um tapa e disse que seu insistisse nessa ideia ele iria fazer alguma coisa muito ruim com você – Sally fungou – então eu fiquei todo esse tempo com ele por medo que ele fizesse alguma coisa com você – terminou Sally.

–Então quer dizer que você sofreu esse tempo todo apenas para me proteger? por que eu fui um lerdo idiota que não percebeu que um maldito desse, agredia minha mãe?

–Não diga isso Percy – disse Sally desesperada – eu faria isso mais mil vezes se fosse necessário, pois eu te amo muito meu filho, e a culpa foi de Gabe não sua, estamos entendidos?

–Claro general – disse Percy sarcasticamente fazendo uma reverencia formal.

Isso arrancou um sorriso de Sally pois ela estava odiando ver seu menino tão triste – e agora você poderia me dizer onde aprendeu a fazer aqueles movimentos de briga? por que eu não lhe ensinei isso, mocinho.

Percy riu – bem, na hora que eu vi Gabe fazendo aquilo com você uma explosão de adrenalina e fúria me fez partir para cima dele, e no momento eu só balancei meus braços e pernas.

–Hum... okay.Mas não quero ver você brigando com outras pessoas assim de novo, tá?

–Sim mãe.

E depois disso Sally puxou Percy para um abraço – eu te amo muito filho.

– Eu também mãe, eu também.

Depois desse incidente os dias mais foram passando e menos Percy via Thalia.Na escola sempre que Percy a via ela desviava o olhar ou saia apreçada, e a janela de seu quarto estava sempre fechada, e quando chegou o sábado Percy subiu no telhado para olhar as estrelas como Thalia o pediu para fazer a alguns anos atrás.Percy ficou ali por três horas esperando que Thalia aparecesse ali e lhe desse outro beijo que nem no seu aniversário ou pelo menos um olá, mas Percy não teve nem um sinal de vida de Thalia, mas pelo menos ele não descumpriu sua promessa.

2 meses se passaram e Percy viu Thalia poucas vezes na escola e nada mais.Então certo dia Percy foi para casa de Grover depois da escola e no caminho Grover perguntou:

–Ei cara, por que tá tão quieto assim?

Antes de responder Percy analisou Grover, um garoto um pouco magro que ele com um punhado de cachos ruivos na cabeça, o rosto com uma pequena quantidade de acne e muletas, pois Grover não tem o movimento das pernas desde que nasceu, mas mesmo com essa deficiência ele vive normalmente, sempre foi um bom amigo, um dos únicos que entendia Percy, o ruivo sempre foi muito preocupado com a amizade dos dois – não é nada cara relaxa.

– Eu te conheço Percy pode falar, é alguma coisa com o incidente com Gabe?

–Hãn?... Não, claro que não eu já me esqueci disso.

–Menos mal.

–Mas você viu aquele novo jogo que vai lançar ano que vem? – disse Percy tentando mudar de assunto.

–O da Ubisoft?

–Sim

–Mano eu to muuuuito ansioso para aquilo, ainda mais o novo sistema de combate que na nova geração de consoles fica melhor ainda.

–Com certeza

E assim eles seguiram o caminho conversando sobre seus assuntos de garotos.

Quando chegaram na casa Percy cumprimentou os familiares de Grover e os dois seguiram direto para quarto do mesmo.Quando chegaram lá jogaram suas mochilas em um canto e Grover pegou sua flauta e começou a tocar uma melodia qualquer, e se jogou em sua cama, em quanto Percy sentava na cadeira do computador e mexia em seu celular.Depois de 3 minutos Percy disse:

–Grover você toca muito cara, já pensou em virar musicista?

–Não deixa de ser uma opção, mas eu gosto muito da natureza então preferiria trabalhar em alguma ONG.

–Se você diz – falou Percy rindo – eu gostaria de formar uma banda já que eu toco bateria, mas o problema é que achar integrantes é muito difícil e ainda eu preciso de uma boa vós feminina, por que com garotas tudo fica melhor – terminou Percy com sorriso malicioso no rosto.

–Mas é claro que sim – disse Grover com o mesmo sorriso.

Então Percy resolveu provocar o ruivo um pouco – falando em garotas como vai você e Juniper?

–Oi? Como assim eu e Juniper?

–Ah pare de se fazer de desentendido, hoje você me deixou o recreio todo sozinho para ficar babando na Juniper.

–Acho que você esta confundindo babar com conversar meu caro gafanhoto.

–Sim com certeza estou confundindo isso – disse Percy sarcástico.

–Mas você também não pode dizer muita coisa, por que eu vi o jeito que você fica quando ta perto da Thalia – nesse momento Grover viu que Percy fechou a cara quando ouviu o nome Thalia – vesh, já sei o motivo de você estar quietão hoje mais cedo, o que houve entre você e Thalia?

–A cara nada aconteceu entre a gente.

–Oh Percy pode parando de fazer cu doce e ir me contando o que aconteceu.

–Tá bom, tá bom você venceu – então Percy contou tudo que aconteceu com ele nos últimos 2 meses.

Quando Percy terminou de contar a historia Grover começou a rir.

–Qual é a graça? – disse Percy.

–Cara já não passou na sua cabeça que ela tá evitando por vergonha do que aconteceu no telhado?

Depois que Grover falou isso Percy olhou fixamente para o chão, durante esse processo parecia que engrenagens se moviam dentro de sua cabeça.Então de repente Percy pegou sua mochila rapidamente e desceu as escadas da casa de Grover berrando um obrigado.

Percy parecia um velocista, estava correndo eufórico e alegre para direção da casa de Thalia, e quanto mais ele chegava perto mais seu coração queria sair para o mundo exterior, sim ele estava nervoso.

Quando chegou na casa, Percy parou em frente a porta, respirou fundo e tocou a campainha..

Depois de alguns segundos a porta foi aberta, mas quem estava lá não era Thalia,ou Jason,e nem mesmo Beryl... Zeus? jamais, quem estava lá era um garoto um pouco mais alto que Percy com cabelos em um loiro cor de areia e olhos azuis cristalinos, o perfeito estereótipo de garoto bonito.

O que não alegrou Percy nem um pouco.