A Esfera da Herança escrita por FireboltVioleta


Capítulo 26
Turning The Game


Notas iniciais do capítulo

Eae, pessoinhas!!!!!
Um capitulozinho completamente dedicado ao HOT (oh, yeah! rsrs ( ͡° ͜ʖ ͡°)) para vocês!
Tá, não está tão HOT. Nem TÃO COMPRIDO. Nem TÃO LEGAL. Desculpem. Se acharam uma droga, não hesitem em falar nos comentários.
TÔ PRECISADA DE UMA AJUDINHA NAS CENAS QUENTES. (le eu procuro meu Cinquenta Tons de Cinza e dou uma relida pra pegar ideias).
Bom, sem mais delongas, eis o novo capítulo.
Boa leitura!



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HERMIONE

Não. Eu não tinha justificativa para mais aquela gracinha.

Nem mesmo a perspectiva daquela semana estar deprimente demais para o meu gosto. Nem minha necessidade de desviar a mente de toda aquela droga de prováveis Wiccas soltos por aí. E muito menos – tudo bem, quem sabe um pouquinho – o assassinato e a depressão de minha amiga.

Preferi pôr a culpa no fato de que quase havíamos morrido tostados na London Eye.

Era fato. Aquilo já tinha sido meio que premeditado por mim.

Assim que vi os olhos de Rony encarando o conjunto ousado no manequim, não pensei duas vezes.

E a única coisa que me impedia de corar, estremecer e sair correndo, enquanto sentia o olhar arrebatado e incrédulo dele varrendo meu corpo, era justamente a invocação que me tirava do meu estado normal.

Sorri, quase me deliciando com mais aquela demonstração de surpresa de Rony. Quem diria... parecia que eu ainda conseguia surpreende-lo.

Ele recuou uns dois dedinhos no colchão, os olhos percorrendo o chão, como se calculasse quantos passos seriam necessários para correr porta afora.

– Ficou bom – a voz dele era um pio de perdiz.

Pigarreei, erguendo a sobrancelha. Rony voltou a olhar para mim, e estremeceu. Se era por causa da minha forma Wicca ou pela situação, eu não sabia dizer.

– Só isso? – me aproximei – não paguei duzentas libras na Victoria’s só pra você dizer que “está bom”.

Para minha surpresa, os olhos dele se estreitaram.

– Comprou por que quis.

Seu corpo guinchou e caiu no colchão quando o vento que conjurei o empurrou.

– Resposta errada.

Enquanto subia na cama, pude sentir o atordoamento vidrado que começava a atingi-lo. O quinto elemento não precisou de muito para finalmente fazê-lo ofegar de tensão e surpresa.

Mas a máscara de Rony me impedia de saber o que diabos se passava por sua cabeça. E eu estava mais que decidida á extrair dele até a última gota de verdade.

– Vou perguntar de novo... – me esgueirei por cima de Rony, roçando meu nariz no dele - o que achou?

– Hum, hum – ele balançou a cabeça, encolhendo os lábios dentro da boca, como um menininho que não queria comer o mingau.

Aquilo foi tão engraçado que eu quase ri. Tive que me segurar para me manter séria.

– Anda – sussurrei, afagando seus cabelos – você está doidinho pra dizer o que achou. Não gostou? – segurei suas mãos, que tentavam se esconder atrás das costas – não tem vontade de saber a textura?

Ouvi-o guinchar embaixo de mim.

– Não falo – Rony me encarou, franzindo o cenho.

Diabo... estávamos com o rosto tão colado um no outro que ele podia abocanhar a minha boca se quisesse. E estava se fazendo de difícil. Maldito.

– Eu posso jogar esse jogo a noite toda – bufei.

– Eu também – ele fechou os olhos marotamente – sei o que você quer fazer. E não vai conseguir.

Como assim? Nem eu sabia o que eu queria fazer, pombas...

Exasperada, empurrei seu abdome, me erguendo de novo. Afastei-me da cama, decidida a dar umas voltinhas para despertar seu interesse.

Rodopiei rapidamente, com as mãos na cintura, como se estivesse tentando desfilar. Aquilo era tão ridículo que quase estava me fazendo perder a seriedade que minha forma Wicca exigia.

Finalmente, ouvi uma risadinha humorada vinda da cama.

– OK, tudo bem. Está estonteante – Rony mordeu o lábio – eu diria que desnecessariamente estonteante, Deusa do Decote.

Finquei as unhas na palma das mãos, decidida á não dar o luxo de soltar uma risada. Droga... Rony estava acabando com meu plano.

O que não me impediu de dar uma olhadinha para baixo, e esconder o rubor que quase invadiu minhas bochechas, quando vi o tamanho do vale que aquele maldito sutiã de couro realmente exibia.

Dei as costas para ele. Ah, pelo menos, eu tinha tentado.

Estava tão distraída, amaldiçoando minha tentativa de tornar a noite mais interessante, que mal percebi ou ouvi nada.

Uma exclamação mínima de espanto passou por minha garganta, quando, do nada, fui prensada contra a parede.

Rony prendeu meus pulsos, colando-se ao meu corpo, e, para minha agonia, impedindo-me completamente de me mexer.

Olhei-o, quase irritada, mas penei para continuar sustentando meu fuzilamento ocular.

Se meus olhos deviam apavorá-lo, não chegava nem perto da tensão que me invadiu ao deparar-me com as esferas agitadas e escaldantes de seu olhar.

Para meu aturdimento, seu rosto estava sério.

Como eu só vira raras vezes, nos últimos dois anos.

Era como um jogo de foco... E quem piscasse primeiro, ia perder.

– Tem certeza que quer saber o que eu achei?

Minha medula quase se arrepiou com o murmúrio de Rony. Era tão baixo e letal que estava fazendo meu estômago gelar.

– Tenho – arfei.

Quando os olhos dele se anuviaram, vi que fizera besteira.

Rony ia me fazer voltar á forma normal.

E na marra.

Podia ver em cada milímetro de suas pupilas.

Os braços dele me ergueram do chão como se eu não pesasse nada. Reprimi um ganido quando Rony guinchou minhas pernas o redor de sua cintura.

Se houve impacto, quando ele me lançou contra a cama, eu realmente não senti.

Ergui repentinamente a mão, pousando-a em seu peito. Maravilhada, senti as vibrações de seu coração em meus dedos. A vibração mais rápida, vigorosa e fantástica do mundo.

Por um segundo, sua expressão séria se desfez, numa contração facial que eu só podia identificar como um tique de ternura.

Eu já estava arfante, com a pele tão sensível quanto um fio desencapado.

Eu não entendia como ele ainda conseguia fazer aquilo comigo.

Sua boca, inexorável e ansiosa, colou-se á minha, enquanto seu corpo me cobria, como um cobertor.

Aquela vibração avassaladora que eu sentira dias atrás emergiu dentro de mim.

Minhas pernas se contorceram involuntariamente, enquanto meu corpo, vulnerável, quase estremecia com as carícias de Rony.

Minhas costas se arquearam levemente, tentando se livrar dos arrepios que me atingiam.

– Não... – suspirei, tentando escapar de seus lábios.

Por que diabos eu estava tentando fugir?

– Ainda nem comecei, Hermione.

Rony me encarava, ainda prendendo meu corpo ao colchão. Os olhos, tão determinados e maldosos, me fizeram quase engolir em seco.

Desistindo de soltar meus braços de seu aperto, simplesmente aguardei, convulsiva, Rony traçar uma trilha de beijos enlouquecedora, desde meu pescoço até meu ventre.

As sensações eram tão estranhas e diversas dentro de mim, que mesmo minha parte Wicca não parecia ser o suficiente para manter minha lucidez.

Eu mal sabia julgar se aquilo era absurdamente bom ou absurdamente cruel. Minha mente simplesmente havia paralisado completamente.

Não consegui – ou não quis – impedi-lo de continuar.

Seus lábios sorveram a superfície de minha barriga, me fazendo gemer quando sua língua tocou minha pele sensível.

– Rony... – arfei, me contorcendo.

Completamente insensível ao meu apelo, Rony passou á beijar minha perna, segurando meus pulsos contra o travesseiro.

Uma vertigem, que nada tinha a ver com desmaio, parecia querer envolver minha cabeça. Assim como tudo que eu estava sentindo, era uma sensação tão boa, que chegava a ser maldosa. Ninguém devia ser forçado á agüentar tanto prazer.

Tentando desesperadamente tentar virar o jogo de volta ao meu favor, enlacei a cintura de Rony com as pernas, me içando para cima.

– Ah, não...

Ele voltou a me derrubar, agora de costas para o colchão.

– Rony! –choraminguei.

Faltava uma ninharia para os elementos abandonarem meu corpo. Nem eles eram páreo para o que Rony estava fazendo comigo.

– Tenho uma idéia – senti suas mãos circularem minha cintura. O desgraçado parecia se divertir – eu paro... se puder usar aquela sua hastezinha no lugar.

– Haste? – guinchei, abraçando o travesseiro.

Foi quando a ficha caiu.

Ele estava falando do chicote.

Trocar os beijos por chicotadas?

Por que coquinhos isso me deixou na dúvida?

Tive quase certeza que foi minha personalidade Wicca que respondeu. Por que eu, em minha consciência sã, nunca teria falado isso.

– Pode ser.

A arfada que ouvi atrás de mim me indicou que, por essa, nem Rony esperava.

– Aonde?

– Na bolsinha – funguei.

– Não se mexa – ele alertou.

Senti seu corpo deixar o colchão.

E não pensei duas vezes antes de levantar e tentar sair da cama.

Mas algo me atingiu nas costas, me fazendo cair outra vez de costas.

Apanhei o projétil que me acertara, rosnando de exasperação quando senti a fronha.

“A Wicca Branca, nocauteada por um travesseiro”, minha consciência fazia um striptease em cima da poltrona, seu exemplar de Hogwarts, Uma História, aberto e jogado no chão. “Está aí uma história para contar para seus filhos.”

Mandei minha consciência ir perder o cabaço com alguém.

– Falei para ficar quieta.

Antes que a risada que eu ia dar fizesse os elementos se dispersarem, a voz ameaçadora de Rony os fez voltarem ao núcleo que estavam.

– Eu tenho que lutar, não é? – justifiquei, minha voz de Wicca, mesmo vibrante, não conseguindo ocultar um gemido.

Senti sua mão prensar levemente minha coluna. Não doía, mas, por algum motivo, me impedia completamente de sair da posição em que estava.

Eu já estava achando que alguém andara estudando imobilização defensiva nos testes de auror.

– Por que tem que ser tão teimosa, Hermione?

Estava tão ansiosa que mal reagi direito ao primeiro golpe.

– Ah! – arfei, surpresa.

Não havia doído, mas o som era tão alto e minhas costas já estavam tão arrepiadas que pareceu quase assustador. Foi como levar uma lambada de uma tentácula não-venenosa.

– Hermione?

Por trás da voz de mandão cruel, pude perceber, enternecida, a preocupação de Rony. Destrambelhado como era, devia estar com medo de ter usado muita força.

– Tudo bem – murmurei, acrescentando insanamente – acho que pode fazer melhor...

– Acho que posso providenciar isso.

O segundo golpe em minha perna ardeu um pouco mais. Mordi o lábio, guinchando. Porém, não era uma sensação ruim. Meio ardido e arrepiante, mas estranhamente agradável.

– Espero que esteja se divertindo – resmunguei, não querendo demonstrar minha comodidade.

Rony não pegou muito leve quando o chicote atingiu minha outra perna. Quase pulei.

– Ai!

– Opa – senti seu corpo recuar um pouco em cima de mim.

– Não, tudo bem – revirei os olhos, aproveitando que meus cabelos negros encobriam meu rosto para esconder meu desespero.

– Hum... – senti sua mão soltar minhas costas – acho que já está bom por hoje – ainda imóvel, ouvi Rony jogar o chicote em cima do gaveteiro – vire-se.

Por que ainda esconder? Eu já tinha perdido miseravelmente mesmo.

Liberei os elementos, voltando á forma normal, enquanto me virava de barriga para cima.

Ele sorriu para mim, ainda debruçado sob meu corpo, todo o vestígio de seriedade esvaído de seu rosto.

– Assim está melhor. Já chega de me deixar bobo na forma Wicca até na cama.

– Ronald! – exclamei, franzindo a testa enquanto ele ria.

Rony devia ter percebido meu desânimo, pois me ergueu pelos braços, como uma criança, e me deixou de frente para ele, me abraçando.

– Minha menina bobinha...

O suspiro dele era tão carinhoso que fez minha barriga se arrepiar de satisfação.

– Ainda estou zangada.

– Não foi dessa vez que você conseguiu – ele riu – foi mal, Hermione. Mais sorte na próxima.

– Manipulador pervertido... – praguejei, mais brincando do que qualquer outra coisa, antes que ele me calasse com outro beijo.

Eu nunca me cansava de ficar espantada com o quanto sua boca era macia e habilidosa, enquanto eu ainda tinha tanto problema para ser mais persuasiva – tipo meu fracasso de segundos atrás. Rony tinha melhorado até nesse tipo de coisa... era como se, de repente, ele andasse só me superando - e se superando – em todos os sentidos.

– Já falei que te amo? – suspirei.

– Sim – ele pareceu achar graça – dois anos atrás.

Estreitei os olhos.

– E precisei dizer de novo até agora?

O sorriso de Rony me deixou quase sem fôlego, de tão contente.

– Graças aos céus, não precisou.

Quis me derreter ali mesmo quando sua mão afagou meu rosto.

– Você é mau – fiz biquinho.

– E você é louca – ele respondeu, indicando minha lingerie, arregalando os olhos dramaticamente – seja menos assustadora, e eu vou ser menos malvado na hora de te prender, certo?

– Hum... – olhei de esguelha para o chicote, ainda sentindo um pouco de ardência na perna – acho que sim – e completei – se bem que testar os limites não me parece uma coisa tão ruim.

– Testar é uma coisa – Rony me derrubou no colchão, junto com ele, me fazendo rir – agora, se você me extrapolar um dia, não respondo por mim.

Quando ele terminou, ele estava sério de novo. Então não estava de brincadeira quanto á ameaça.

– Veremos o que posso fazer – beijei sua testa, sorrindo – agora é melhor irmos dormir, Senhor Dominador...

Rony não parecia menos satisfeito quando me abraçou, encostando a cabeça na minha, enquanto eu me aninhava em seus braços.

Quando apaguei a luz com um meneio da varinha, ouvi a voz dele em meio á escuridão.

– Hermione?

– Hum?

Ele bocejou antes de responder.

– Acho que nós dois precisamos brigar assim... mais vezes...

Eu ia quase perguntar o que cargas d’água ele quisera dizer com isso, mas concluí, quando ouvi Rony ressonar, adormecido, que eu já tinha uma idéia muito boa do que seria.

Fechei os olhos, sorrindo, pensando no como as maiores loucuras pareciam maravilhosas, até que a inconsciência me levou, mergulhando-me em uma noite finalmente tranqüila ao lado de Rony.


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Notas finais do capítulo

Então? Dicas de hot pra mim? ( ͡° ͜ʖ ͡°) Xingamentos? Fãs de 50TDC querendo me matar? Teorias? rsrs
Kissus e até o próximo capítulo!



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