Acidentalmente Apaixonados escrita por MEVieira


Capítulo 5
Se tem uma coisa que não tenho, é sorte


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente!
Finalmente cumpri um combinado, amém. Recentemente prometi atualizar minhas fanfics a cada 30 dias. Sei que é um período meio longo, mas tenho estado atolada com trabalhos e afazeres e não estou tendo muito tempo para escrever, porém o tempo que tem me restado estou me dedicando a escrever e desenvolver novas ideias, tem me feito tão bem, e me sinto bem como não me sentia a tempos, animei tanto que até tem capa nova para as fics agora, claro que não é num nível profissional, mas eu achei que ficou tão bom o resultado que mal pude esperar para trocar as capas... Espero que ainda estejam ai ;) Desculpe a demora, mas prometo ser mais pontual de agora em diante.
P.s.: O capítulo foi meio parado, mas tentarei deixar os próximos menos monótonos.
Boa leitura!



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Olhei novamente pela janela e o estranho encapuzado realmente havia ido embora, aquilo estava beirando a um nível mais alto que a esquisitice, quem em sã consciência vai atrás de uma estranha com a qual esbarrou em um parque abandonado? Eu certamente não, e olha que eu stalkeava relativamente bem para alguém que não tinha muita noção de ferramentas da informática.

Me deitei na cama aguardando meu pai chegar e ao pegar meu celular vi a mensagem de Alice contendo um vídeo anexado, possivelmente o tal vídeo onde Peter dava um fora em Samantha. O vídeo foi gravado entre os arbustos atrás da escola, começa com Samantha mexendo em seu celular  tediosamente, logo chega Peter, ele a encara e pergunta o que ela faz ali.

— Não ficou óbvio querido? — Ela pergunta com aquela voz esganiçada tentando fazer um charme enquanto enrola uma mecha de cabelo entre os dedos.

— Se tivesse ficado eu não estaria me dando ao trabalho de te perguntar. — Ele diz irônico mas sorrindo, ele tinha essa mania se sorrir amigavelmente ao dar uma má resposta, sempre achei fofo essa mania um tanto debochada, deu para ouvir uma risadinha contida pela pessoa que gravava o vídeo.

— Ouch. — Ela diz fazendo biquinho. — Por que está tão frio comigo Peter? Sempre nos demos tão bem... — Ela diz isso se levantando e acariciando os braços dele que estavam começando a se tornar musculosos devido aos exercícios que ele se dedicava grande parte do tempo.

— Nos dávamos bem antes de você se tornar esse ser amargo e maldoso Samantha. Você não aceita quando não tem aquilo o que quer, por sua culpa Lílian foi embora. — Ele diz saindo do alcance de seu toque e cruzando os braços.

— Pelo santo amor divino o que é que você viu naquela esquisita da Evans? — Ela pergunta com cara de indignação. — Eu sempre tive uma queda por você, sempre fiz de tudo por você, e ainda assim você prefere aquela sem sal que não está tão afim de você como você está por ela.

—Ter uma queda é diferente de ter uma obssessão Samantha, o que poderia ter entre nós... Não vai acontecer, não dá pra manter um relacionamento com alguém possessiva como você.

— Mas... Eu fiz de tudo, eu eu até armei pra Evans para pensarem que ela me empurrou quando na verdade eu me joguei da escada, tudo para tirar ela do jogo e ter você só pra mim, e você não reconhece isso! Por que você não reconhece? — Ela estava com um olhar literalmente insano, acho que ela era realmente uma doida obssessiva.

— Tenho quatro coisas a te dizer, primeira: eu amo a Lílian, segunda: isso não é um jogo Samantha, isso é a vida real, terceira: não vou dar uma chance a você, é ela quem eu quero, e você deveria compreender isso de uma vez por todas ao invés de forçar algo que não vai acontecer. — Ele diz já se virando para ir embora.

— Se você não vai ficar comigo por vontade própria, vou te mostrar o que você está perdendo. — Ela foi determinada a puxá-lo de volta e uniu seus lábios com o dele.

Ele ficou literalmente estático no vídeo. Ele estava quase se redendo, mas algo dentro dele acendeu e ele esbugalhou os olhos ao perceber que ela ainda não o havia soltado, ele se afastou dela.

— Você perdeu a noção Samantha, por favor, pare com essa obsessão. —  Ele saiu mais apressado dessa vez.

— Qual a quarta coisa você tinha para me dizer?

— Que quarta coisa? — Ele pergunta a uma distância segura dela.

— Você disse que tinha quatro coisas a dizer, mas só disse três.

— Acabei de sair da secretaria, me transferi para bem longe aqui, vou passar uns tempos com meu primo. Ficar longe de toda essa loucura, das suas perseguições principalmente, então, aproveite para encontrar outro a quem atazanar. Você era legal Samantha, mas você se perdeu totalmente em suas obssessões e deixou aquela garota legal de lado, eu poderia tentar namorar você, mas não enquanto você continuar agindo como se eu pertencesse exclusivamente a você. Enquanto você não melhorar, eu não te darei uma chance. Sinto muito. — Dito isso ele se vira e vai embora de vez.

O vídeo termina com Samantha sentando no banco perdida em seus pensamentos. Eu não tinha palavras para reagir ao que eu havia visto, era informação demais, aquilo era pesado demais para mim, coitada de Samantha, eu não gostava dela, mas agora me sentia mal por não ir com a cara de alguém mentalmente insana, caso eu voltasse para Beauxbatons eu iria reconsiderar o fato de realmente empurrá-la daquela escada.

— Lily, seu pai chegou, vamos comer? — Anna apareceu na porta me chamando para descer.

— Estou indo. — Respondo já me levantando.

— Não demore se não seu lanche vai esfriar. —Dito isso ela se afasta e escuto seus passos se distanciando no corredor.

Me lembro de que minha mãe havia me mandado um recado na caixa postal, telefono para ela, mas a mesma não atende, deve estar dormindo, espero cair na caixa postal para gravar um recado para ela:

“Oi mãe, estou bem, fique tranquila não esqueci da senhora, estou apenas aproveitando novos ares, tentando me instalar aqui, bom, amanhã ligo mais cedo para podermos conversar, espero que fique bem aí sem mim, lembre-se de tomar os remédios. No fundo sei que está certa ao me mandar para cá, mas ainda não gostei da ideia de me forçar a perdoá-lo, mas tudo a seu tempo, não é o que a senhora sempre diz? Bom, irei ver filme com Rachel agora, quando tiver um tempinho eu ligo, te amo mãe, beijos.”

Deixo o celular na mesinha próxima da janela, mas assim que o solto, o escuto vibrar. Pego e vejo que é de um número já decorado por mim: Peter.

Resolvo olhar para ver do que se trata, na verdade haviam 5 mensagens.

“Estou com saudades Lil’s.”

“Estou esperando notícias suas.”

“Por que você não atende mais minhas ligações?”

“Tenho certeza que podemos fazer dar certo Lily, mas nós dois temos que querer isso.”

“Irei te encontrar Lily, você não fugirá de mim nem tão cedo, saiba que estarei aqui sempre que precisar, talvez eu esteja até mais perto do que imagina.”

Tudo bem, essa última mensagem arrepiou os pelos de meus braços. Esse “talvez eu esteja até mais perto do que imagina” me assustou. Será que era ele do lado de fora da minha janela? Não é possível, ele não teria como já ter chegado aqui, ver aquele garoto encapuzado certamente me fez criar paranoias e agora acho que meu ex está me perseguindo. Não que eu não suspeitasse que ele estivesse, mas se a sorte me sorrir, quem sabe o tal primo de Peter morasse bem longe daqui? Uma pequena voz irritante nomeada de meu inconsciente dizia:

“Você deve parar de se iludir Lílian, se tem uma coisa que você não tem, além de um corpo sarado é claro, é sorte, espere para ver e ele vai é acabar morando na mesma rua que você.”

“Obrigada consciência, esse choque de realidade é reconfortante.”

Eu realmente deveria ser estudada a ponto de discutir comigo mesma e praticar um auto-bullying. Larguei o celular novamente na mesinha e desci as escadas em direção a sala. Me sentei do lado de Rachel que já comia seu hambúrguer, e peguei o meu na mesinha de vidro que ficava em frente ao sofá, meu pai e Anna estavam na cozinha que ficava ao lado, comendo na bancada.

— Então pequena, que filme vamos ver? — Pergunto antes de dar a primeira mordida e saborear aquele delicioso hambúrguer que só meu pai sabia fazer, como eu senti falta daquele molho especial.

— Quero assistir Procurando Dory. — Ela diz ao terminar de mastigar mais um pedaço, com a boca suja do molho especial, meu pai nunca passava a receita para ninguém, e também nunca contava o que era.

— Então vamos colocar Procurando Dory. — Pesquisei na aba de filmes disponíveis na Netflix do meu pai que ele havia deixado aberta e coloquei procurando Dory para assistirmos.

Logo a casa começou a se encher das pequenas risadas de Rachel, toda vez que Dory dizia: “Oi eu sou a Dory, eu tenho perda de memória recente” Rachel tinha um ataque de fofura e começava a gargalhar.

Ás vezes eu gostaria de ser como a Dory e esquecer certas coisas do meu passado, certas coisas que meu pai fez, que me magoaram profundamente, afinal, eu estava ali para aprender a perdoá-lo, mas como perdoar alguém que nem se arrepende das coisas erradas que fez? Eu realmente gostaria de ajuda para responder a essa pergunta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Se chegaram até aqui, e estão procurando mais uma fanfic Jily (com direito a Blackinnon, Dorem), gostaria que dessem uma olhada na minha nova fanfic: https://fanfiction.com.br/historia/733608/Acordo_Perfeito/
Não consegui evitar desenvolver mais ideias hehe
Bom, beijos, e até o próximo! ♥



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