Amai Shoossetsu escrita por Tali-chan


Capítulo 2
Capítulo II : Kioku


Notas iniciais do capítulo

Yo! Mais um capítulo!
Agradeço por todos os comentários feitos! E não esqueçam de comentar e dar nota ao final da fic, isso anima muito o ficwriter a continuar seus trabalhos! ;D



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Amai Shoossetsu

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Dedicada à Sara

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Capítulo II : Kioku

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Ela podia ouvir a música tocando pela porta entreaberta. Suas pequenas mãos abriram-na e ela andou silenciosamente até o topo da escada, podendo em fim ver a festa. Eram tantas pessoas vestidas tão lindamente. Sorrindo, dançando, conversando.

Passeou seus inocentes olhos esmeraldas pelo salão, enfim avistando seus pais. Eles estavam divinos. Sua mãe usava um lindo vestido pérola com alguns detalhes em um rosa claro. Os cabelos róseos estavam presos em um coque bem feito, uma luva branca em suas mãos e seus olhos azulados mostravam uma presença de espírito incrível. Do lado de sua mãe, estava seu pai. Trajava um smoking azul petróleo, os cabelos negros arrumados e os olhos castanho claros com sua expressão divertida.

Ela sorriu ao vê-los. Fazia tanto tempo desde a última vez que eles estiveram em casa... passando um tempo com ela. Ela, mesmo pequena, sabia que eles eram pessoas ocupadas. Porém, sua mãe sempre achava um jeito de ir vê-la, nem que por alguns instantes, enquanto seu pai não podia. Ele apenas telefonava, e vez ou outra vinha visita-la.

Aquele lugar era solitário, mas ela não se importava. Porque ela sabia que eles sempre voltariam para busca-la.

Seus olhos curiosos focaram-se na figura com que seus pais conversavam. Era uma bela mulher, um vestido preto que lhe caía bem. Seus olhos eram de um azul petróleo, seus cabelos eram preto azulado, aos quais ela também mantinha em um coque bem feito. Do lado dela havia um homem. Smoking preto, cabelos pretos e olhos também negros. Os olhos dele mostravam uma rigidez que a fez tremer, talvez de medo.

Foi quando ela o viu.

Ele caminhava para sua mãe, sendo seguido por uma orla de garotas. Seus cabelos, compridos, estavam presos em um rabo de cavalo baixo. Seus olhos eram negros, mas algo nele a fazia querer conhece-lo mais.

Quando ele chegou na mulher que falava com sua mãe, sussurrou algo para ela, esta riu, cochichando algo para ele em retorno e voltando a conversar.

Ela não conseguia tirar seus olhos dele.

Ele tinha feições bonitas, mas ela só queria ver como os olhos dele seriam... que sensação eles a passariam.

Foi então que ele virou a cabeça para a direção em que ela se escondia.

Uma curiosidade nos olhos dele.

Ela o encarou por algum tempo, presa na imensidão que ele era.

Até que se virou e correu para a porta, desaparecendo e deixando um garoto enervado.

Ninguém nunca despertara tal sensação nele com apenas um olhar.

(x)

BEEP

BEEP BEEP

BEEP BEEP BE... CRASH

Ela grunhiu, afundando a cabeça nos travesseiros enquanto no chão, próxima a parede, estavam os pedaços de mais um despertador.

Ela não queria se levantar e ter de ser arrastada para cabeleireiros e lojas para comprar as coisas para a festa ou para se arrumar.

Ela nem queria a festa!

Sentindo-se levar por uma onda de nostalgia, ela se viu novamente com 14 anos, beirando os 15.

Sua festa de debutantes.

(x)

Flashback

(x)

- Vamos, Sak-chan... por favor, só uma festinha de debutantes, querida. –a mulher de longos cabelos negros, assim como a cor de seus olhos, pedia para a figura sentada numa poltrona com um livro nas mãos. Esta tinha o cabelo rosa.

- Não. –respondeu sem pensar.

- Mas, Saky... –a mulher grunhiu. A garota suspirou, abaixando o livro e fixando seus orbes esmeraldas nos negros da outra.

- Mikoto-san... –ela começou, a mulher que estava sorrindo por finalmente ter conseguido alguma ação da garota, parou de sorrir.

- Sem o 'san', querida. –a garota tornou a suspirar.

- Mikoto... –a mulher tornou a sorrir e a garota revirou os olhos. – Escute... sei que era seu sonho ter uma menina, mas...

A porta foi aberta, interrompendo seu raciocínio. Por esta entrou Itachi, com toda sua compostura.

- Okaa-san! –ele sorriu para a mãe. – Sakura. –deu um novo sorriso, dessa vez para a garota.

- Itachi-kun! –Mikoto sorriu para o filho, enquanto Sakura tinha um olhar cético.

- E então, Sakura... Você já tem alguém para ser seu par no seu baile de debutantes? –ele perguntou, Sakura estreitou os olhos.

- Não terei baile de debutantes. –ela grunhiu, irritada com tudo aquilo.

- Você ficaria linda... –ele disse, ela apenas o ignorou, voltando a ler seu livro. Ele trocou um olhar com a mãe que parecia desapontada, e se virou para sair. – Adoraria te ver num vestido como naquele de 9 anos atrás... você sempre foi uma flor. –ele disse antes de sair, atraindo a atenção da garota, que soltou o livro em cima da mesa e se virou para ir para o jardim.

- Pode organizar a festa, Mikoto. –disse, retirando-se. A mulher deu pulinhos de alegria, o amor daqueles dois era tão perfeito!

(x)

Suspirou pela qüinquagésima quinta vez naquele dia, estavam no salão de beleza a... erm, não sei quantas horas. Seu cabelo estava envolto em uma toalha que por sua vez estava envolta em uma touca.

Suas unhas das mãos e dos pés estavam pintadas de vermelho, mesmo que ela tenha sugerido piamente que pintassem de preto, sua sobrancelha estava feita e agora só lhe faltava o cabelo e a maquiagem.

Ela mal podia acreditar que a forçaram a vir à outra casa só para encontrar um salão só para elas... Mikoto realmente se excedia nas festividades.

Sentia-se de certa forma tola.

Sempre gostara de comemorações quando criança.

Sonhava em poder ir a essas comemorações e poder dançar como os casais que via.

Mas, após a morte de seus pais, ela nunca mais gostara de festas.

Fazia tudo o que lhe era possível para evita-las, mas Mikoto, a amiga da sua mãe e tutora de Sakura, amava festas, e desde a morte de sua melhor amiga, sempre tentava empurrar Sakura para uma dessas hediondas festas.

Depois de terem ido na vigésima quinta loja de vestidos e, finalmente, conseguirem achar seus vestidos foram que elas se dirigiram para o salão, onde estavam no momento.

Sakura já tinha seu cabelo solto, alguns cachos espalhados. Sua maquiagem era simples, mas completamente formidável.

Ela olhava para fora do carro, observando as árvores, tão verdes, passarem rapidamente.

Essa noite prometia.

(x)

Ela podia ouvir a música tocando. Era uma música harmoniosa, o que a fez lembrar-se das festas que seus pais davam.

Os sorrisos deles estavam marcados para sempre na sua memória, e doía a ela relembrar desses detalhes.

Já estava trajando seu vestido, seus cabelos soltos e a gargantilha de sua mãe enfeitando-lhe o pescoço, nas orelhas um par de brinco simples de ouro-branco.

Seus lábios estavam pintados de vermelho vivo, e ela estava fazendo como fazia nas festas de seus pais; estava espiando pela fresta da porta do segundo andar.

- Espiar não é coisa que uma dama faria. –ela ouviu a tão odiava voz falar atrás de si. Virou-se lentamente para ele, tentando não perder a pouca paciência que tinha aquele dia.

- Assustar os outros não é nada cordial. –ela disse com os dentes entrecerrados.

- Acho que estamos quites então. –ele sorriu debochadamente e ela sentiu uma imensa vontade de bater naquele rostinho de bundinha de nenê dele.

- Me deixe em paz, Sasuke. –ela grunhiu, voltando a olhar pela fresta.

- E por que eu faria isso, Sa-ku-ra? –ela sentiu a raiva rapidamente crescendo dentro de si. Era algo que ele só provocava nela.

- Porque eu não gostaria de ver seu lindo rostinho ser danificado por meu punho, Sa-su-ke. –ele lançou-lhe um olhar gélido, dando um passo para frente, para perto dela.

- E por que você acha que seria capaz de me bater, Sakura? –ela sorriu vitoriosa, dando um passo para frente, assim como ele.

- Porque bater em lesados homossexuais é muito fácil, Sasuke. –ele soltou um rosnado baixo, e o sorriso dela aumentou. Até que foram interrompidos.

- SAKURA! Pensei que não te acharia! – Mikoto apareceu pela porta e foi arrastando Sakura para a porta. –Está na hora, querida! –ela disse sorridente, lançando um olhar de aviso para seu filho caçula, Sasuke.

- Ah... Mikoto-! Não! –Sakura tentava se soltar, não resultando em nada. Ela vestia uma capa preta por cima do vestido, ao qual ocultava o mesmo.

- Vamos, querida! Vai ser divertido! –e falando isso ela empurra Sakura para uma grande porta, tirando-lhe a capa no movimento.

Várias exclamações foram ouvidas e uma onda de timidez tomou Sakura. Ela nunca tivera feito uma entrada sozinha... ainda mais no meio de tantas pessoas desconhecidas.

Juntando um pouco de coragem, e vendo a cara de surpresa, com um olhar de luxúria, de Itachi, ela resolve ser a melhor possível.

Sem erros dessa vez, disse para si mesma.

E, enquanto foi descendo, seu vestido preto, com uma fenda em uma das coxas, delineava suas curvas, cabia-lhe como uma segunda pele.

E, os homens do local bem que perceberam, pelos olhares que lançavam a ela.

Talvez essa noite não seja de todo mal.

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Fim do Capítulo II

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Amai Shoossetsu: Doce Romance

Kioku: Lembranças


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