Amai Shoossetsu escrita por Tali-chan
「Amai Shoossetsu」
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Dedicada à Sara
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Capítulo I : Katakuna
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O professor continuava a falar e ela não prestava nenhuma atenção sequer. Seus pensamentos estavam longe, e... bem, ela já sabia aquela matéria mesmo. Deixando sua mão livre, ela começou a escrever no papel que pertencia a seu caderno. Porém, logo o professor percebeu seu devaneio, e não deixou por aí.
- Srta. Haruno, gostaria de responder a pergunta para a classe?
Repentinamente ela foi tirada de sua mente e olhou para o professor, sorrindo gentilmente.
- É claro que sim, Sr. Gibbs. Lord Byron foi um dos escritores da segunda parte do Romantismo, que se caracterizava pelos sentimentos ligados a morte. Ainda hoje sofremos fortes influências do modo trágico e deprimente com que Byron escrevia. Os góticos são um bom exemplo disso. O byronismo se espalhou pela Europa rapidamente, e Byron se tornou extremamente conhecido, assim como seus casos bissexuais e sua vida perfeita, onde se trabalhava pouco, mas vivia-se com felicidade, a bohemia. – terminando de falar, a garota tirou algumas mechas de seu cabelo róseo de seu rosto, para poder observar melhor a expressão exasperada que traçava a face de seu professor de Literatura Européia.
Ela pigarreou, tentando fazer com seu professor voltasse à vida.
- Foi o suficiente, Sr. Gibbs? –o tom de sarcasmo não foi implícito para os outros alunos, assim como não foi para o professor. Porém, ele resolveu parar de mexer com a... CDF da turma.
- Perfeitamente, Srta. Haruno. Vejo que não é à toa que seus testes sempre são A+. –ela sorriu maldosamente para ele.
- Modéstia a sua, Professor. –e a sineta bateu, impedindo que o professor dissesse algo mais para encabulá-lo.
- Bom fim de semana, Sr. Gibbs. –dizendo isso ela saiu da sala, se encaminhando para a frente do prédio para poder se despedir dos amigos e ir para o trabalho.
E falando em trabalho... hoje seria um longo dia. Os Uchihas estavam dando uma festa e ela seria obrigada a participar. Bem, ela vivia na mesma casa, era impossível escapar daquilo.
‘Ah... ótimo.’, ela grunhiu para si mesma pensando na agenda cheia que Mikoto haveria lhe agendado. Um traço de sorriso desenhou-se em seus lábios e seus olhos se tornaram gentis. Mikoto era bondosa por te-la criado todos esses anos.
Vendo o lampejo de cabelo cor de trigo de seu melhor amigo, ela correu para onde seu grupo estava.
- Sakura-chan!! Pensei que nunca fosse chegar! –o louro se jogou contra ela, abraçando-a apertado.
- Naruto... Não... respirar. –ela disse entre tentativas frustradas de pegar oxigênio.
- Oh... desculpe. –ele disse a soltando e ela puxou desesperadamente o ar.
- Tudo bem. –ela disse com a voz fraca. Olhando para o lado viu o Uchiha chegando. Ele não compartilhava da mesma empatia por ela que ela por ele. Por quê? Você estaria se perguntando. É muito simples. Ele era o caçula mimado dos Uchiha antes que ela aparecesse. Para ele, ela roubou-lhe a atenção, o amor de seus pais. Embora ele ainda quisesse superar seu irmão e ganhar o amor de seu pai, ao qual ele nunca teve.
- Dobe... –o garoto de cabelos negros falou, fazendo com que o loiro focasse sua atenção nele.
Ela pôde vê-lo olhar em sua direção com um olhar de escárnio. Olhar cujo ela desprezava.
- Teme!! –Naruto gritou, sorrindo para seu outro melhor amigo.
- Acho melhor eu ir indo, Naruto. –ela disse olhando um pouco triste.
- Mas já, Sakura-chan?! Os outros ainda nem chegaram... e, você acabou de sair da aula... –ela teve de interrompê-lo.
- Eu sei, Naruto. Mas, eu preciso. –Naruto sabia o porquê, e era algo que ela não gostava de falar e, mesmo sendo um idiota, ele sabia que a magoaria se ele tocasse nesse assunto agora.
- Tudo bem então, Sakura-chan. A gente te liga para marcar algo, ta?! –ela sorriu do jeito alegre com que ele falou.
- Claro que sim, Naruto. –e se virando ela começou a sair, até que tornou a se voltar para eles. – Ja ne, Naruto-kun! –a voz era doce e ela sorriu gentilmente na direção do loiro que a respondeu com seu ‘até logo’. Depois, mesmo relutante, ela se virou para o garoto de cabelos negros que estava ao lado de seu melhor amigo. Fechando a cara, ela o olhou. – Ja ne, Sasuke-san. –a voz dela saiu fria e o Uchiha apenas a olhou com indiferença.
Não esperando por uma resposta dele, ela se virou e continuou andando portão afora, não se voltando nenhuma vez para trás. Continuou andando até que seus olhos captaram uma BMW preta. O vidro se abaixou quando ela passou por perto e ela pôde ver o outro irmão, o prodígio da família Uchiha, na direção.
- Olá, Sakura! –ele a saudou tão alegremente que ela foi obrigada a rir.
- Olá, Itachi-san. –ela o saudou respeitosamente, como ela fazia com o Sasuke.
- Corte essa de ‘-san’, Sakura. –ele disse, desgostoso. –Sempre te chamo pelo seu primeiro nome... vou achar que você não gosta de mim... –ele fez um beiço que ela foi obrigada a desviar o olhar para não cair na gargalhada com sua expressão de cachorro sem dono. – Assim vou achar que você só gosta da Okaa-san. –ela sorriu gentilmente para ele, mostrando-lhe a língua de forma brincalhona no minuto seguinte.
- Talvez eu só goste dela, Itachi.
‘-san’, ela pensou.
- Você pensou no sufixo, não é, Sakura? –ele tornou a fazer a mesma expressão de antes, fazendo-a corar, ele riu baixinho. –Eu sei que você gosta de mim. –ele beijou-lhe a face e ela ruborizou mais, fazendo-o sorrir verdadeiramente.
- Uchihas. –ela disse, revirando os olhos enquanto mantinha um sorriso amável no rosto; Itachi era tão mais gentil que o Sasuke.
- Certo, agora entre. –ela arregalou os olhos, tomada desprevenida pelo que ele a mandava.
- Iie, Itachi. –ela disse, chacoalhando a cabeça para enfatizar seu ponto. Ele apenas suspirou pela teimosia dela.
- Okaa-san mandou-me vir te buscar, Sakura. –ele abriu a porta do passageiro para que ela entrasse, mesmo assim ela se manteve do lado de fora. Ele a encarou, carrancudo. –Entre. –suspirando derrotada, ela entrou e fechou a porta.
- Você sabe que se Sasuke-san ver... ele não vai gostar nada, ne? –ele apenas sorriu para ela.
- Nada de sufixos em minha frente, Sakura. –ela o encarou, desaprovadora. –E... não ligo para que meu irmão pensa ou não. Isso não tem nada a ver com ele. –ela continuou a fitá-lo.
- Mas terá se ele ver. – ela disse baixo, mas Itachi pôde ouvi-la. Ele lançou um olhar divertido para ela e o carro arrancou, deixando o colégio para longe.
Alguns minutos passaram em um silêncio desconfortável. Sakura lançou a ele um olhar, mordendo os lábios inferiores para se impedir de falar aquilo que havia pensado. Itachi percebeu o olhar dela e encostou no acostamento.
- Certo, Sakura... Ponha para fora. –ele disse, olhando-a atentamente. Ela tornou a morder os lábios, desconfortável com a situação. Ele suspirou e pegou o queixo dela com uma mão, levantando seu rosto e forçando-a a encará-lo.
- Fale. –ela suspirou pesarosamente.
- Tem algo mais, não é? –ela perguntou, incerta do que dizia. Ele franziu as sobrancelhas, pensando se devia ou não contá-la do que realmente a ordem era. Se livrando da mão dele, ela o encarou com um olhar de censura.
- Se você não falar o que é agora, Uchiha Itachi, vou pensar que é algo ruim... muito ruim! –ele a olhou por um instante antes de cair em gargalhadas. Ela levantou uma sobrancelha, irritada pela reação dele.
- O que é, agora? –ele sorriu para ela, mais um sorriso verdadeiro. Só na presença dele ele podia sorrir assim.
- Você me chamou de Uchiha Itachi. –ela ergueu a outra sobrancelha, mais irritada ainda.
- Bota pra fora, Uchiha. –ele congelou e voltou o olhar para ela.
- Você vai participar do baile. –ela o olhou, confusa.
- Eu sei disso. –ela disse, numa voz de ‘essa é a coisa mais óbvia do mundo’; ele apenas acenou negativamente.
- Não desse jeito. –a voz dele tinha saído baixa, mas ela pôde ouvi-lo.
Debateu consigo mesma por alguns instantes se aquilo era ou não um sonho, depois de alguns segundos, a ficha caiu.
- COMO ASSIM, UCHIHA?! –gritou exasperada. Odiava festas e, se não fosse por trabalho, ela as evitava ao máximo, quando conseguia escapar das garotas.
- Acalme-se. –ele disse, suspirando profundamente. Seu semblante era belo, como o de um modelo saído de uma capa de revistas de moda. Porém, as olheiras que eram visíveis abaixo de seus lindos olhos negros demonstrava o estado físico e psicológico em que ele estava.
Ela apenas o encarou, incapaz de dizer algo mais. Aquele rapaz sempre lhe intrigara de uma maneira que nenhuma outra pessoa conseguia. Ela não conseguia compreender o que ele estava falando. Numa expressão fervorosa, ela puxou sua camisa, a face dele aproximando-se repentinamente da dela, os lábios a meros centímetros.
- Sobre o que é o baile, Uchiha? –ela sussurrou a ele, seus olhos se fitando. Os delas numa expressão desafiadora; os dele num tom gentil, amoroso. A mão dele acaricia sua face e ela arregala os olhos, a respiração se perdendo.
- Seu aniversário de 18 anos está chegando... –ele disse. Ela olhou-o, não compreendendo as palavras dele.
- E o quê, Uchiha? –perguntou, de certa forma irritada.
- Há algo que seus pais deixaram no testamento deles que será promovido nesse baile.
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Fim do Capítulo I
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Amai Shoossetsu: Doce Romance
Katakuna: Teimosia
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