Lost in Paradise escrita por Drylaine


Capítulo 8
Um toque de egoísmo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, desculpe a demora é q tava dificil a inspiração. Aqui vai um capitulo fresquinho cheia de fortes emoções baseados nos eps 6x16 e 6x17. Eu não vou seguir a mesma ideia da serie e não teremos MAMA Salvatore na minha fic pq o foco é bamonkai e defan. Ah a frase da foto é do filme "Diários de uma paixão."



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Damon

Liz estava numa contagem regressiva, de uma forma ou de outra ela iria morrer, era inevitável. Nós tínhamos escolhas a fazer, mas ao mesmo tempo essas escolhas poderiam ter consequências graves. Liz queria morrer em paz, como uma humana, o problema era que em suas veias fluía sangue de vampiro. Ou seja, se ela morresse agora, ela despertaria como uma de nós. Entretanto, graças a uma mensagem que Jo havia deixado a Luke e Liv antes de morrer, havia uma chance de pelo menos evitar que a Xerife, quando morresse, se tornasse uma imortal. Para isso precisaríamos da ajuda de Kai.

Obviamente, que ninguém gostou da ideia a principio, pois não confiávamos no bruxo, porém não tínhamos saída.

“Então, esse é o plano? Confiar que o psicopata possa sugar o sangue de vampiro do corpo da minha mãe. E se algo der errado? E se...” Carol estava bastante transtornada, impaciente eu a interrompi.

“E ‘SE’ não importa agora. Estamos numa corrida contra o tempo. Sua mãe está morrendo.” Eu disse secamente.

“Você nem se importa, ela não é a sua mãe. Aliás, você é uma pessoa egoísta. Com o que você realmente se importa a não ser com seu próprio rabo!” Nós já estamos se confrontando fechei meus punhos furioso, queria calar a boca daquela vampira idiota.

Caroline estava tão fora de si, desesperada e com medo de perder a mãe que ela preferia Liz se tornando vampira e vivendo uma vida imortal ao lado dela. Eu entendia isso, porque querendo ou não, essa era uma saída mais fácil. Eu também escolheria esse caminho, mas no fim era tudo puro egoísmo nosso.

“Barbie, isso não é sobre mim ou você. É sobre a vontade da sua mãe.” Ela desviou o olhar, eu podia sentir a sua angustia. Stefan se aproximou a puxando para os seus braços.

“Eu só... eu não posso perdê-la. Eu estou com medo!” Caroline que até o momento estava tentando controlar suas emoções, desmoronou nos braços de Stefan. Eu me senti mal por tudo.

“Eu sei Carol que é difícil, mas nós vamos estar aqui. Pra te ajudar a cuidar dela. Nós vamos ficar juntos.” Stefan disse acolhedor lhe deixando um beijo no topo da sua cabeça. Olhando pra eles, percebi que havia muito mais que só amizade ali. Havia um vinculo muito forte, uma cumplicidade tão grande que me fez inveja-los por um instante.

Alguém havia batido na porta. Fui atender já sabendo quem estava do outro lado.

Kai Parker, o novo líder do Clã Gemini estava lá com sua postura petulante até que seus olhos pousaram sobre a vampira loira que ainda chorava nos braços de meu irmão. Seu semblante mudou rapidamente e seus olhos se estreitaram.

“Uh, cheguei numa hora chata.” Ele disse com indiferença, quebrando a tensão. Carol já havia se desvencilhado de Stef, seus olhos fuzilavam Kai.

“Você vai fazer o que tem que fazer e depois desapareça!” A vampira loira disse friamente para um Kai com um sorriso cheio de sarcasmo.

“Escuta sanguessuga, eu não sou a Bonnie. Eu não vou ser usado como um objeto qualquer. Eu não tenho nenhuma obrigação com vocês. Lembre-se só estou aqui pra lhes fazer um favor. Então, seja mais gentil!” Suas palavras foram cheias de veneno.

“Cala a boca! Se não veio pra ajudar pode dar meia volta e sumir.” Eu disse entre dentes, pronto pra voar em seu pescoço e destroça-lo.

“Bem, no caso de você ainda não percebeu, eu sou um sociopata. E eu gosto de ser um sociopata. Você sabe, eu não estou sobrecarregado com coisas como culpa ou amor. Então essa fusão aconteceu com minha irmã Jo e eu ganhei, o que foi ótimo, porque eu absorvi a sua capacidade de fazer mágica, mas agora eu não consigo parar de pensar sobre Jo, ou como arruinada a vida de Liv e Luke estão. Por alguma razão horrível, eu não consigo me livrar desse sentimento.”

“Então, você só está aqui por causa de Jo e da culpa que você carrega.” Eu poderia não mata-lo, mas também poderia jogar o mesmo jogo. Seu cenho se fechou ele parecia preso em seu próprio pensamento. Um silêncio pairou sobre nós.

Tudo o que eu havia entendido sobre a Fusão Gemini era que o irmão que morresse acabaria por se fundir ao gêmeo vencedor se tornando um novo ser. Ou seja, Kai e Jo se tornaram um. E isso estava afetando as emoções do bruxo.

Kai continuou cuspindo sobre suas emoções há muito tempo esquecidas.

"Saiu até água dos meus olhos, como se eu fosse um alien excretando fluídos." Eu não resisti eu tinha que rir.

“Isso se chama chorar, Kai. E não é uma coisa de outro mundo.” Stefan disse parecendo impaciente.

“Você é patético. Agora o bruxo que se achava o todo poderoso virou uma borboletinha.” Eu disse debochado. Logo, meu sorriso se transformou em irritação. Kai parecia se sentir muito a vontade em torno de nós, como se isso não fosse o suficiente ele ainda teve a cara de pau de pegar o meu Bourbon sobre a mesinha da sala e bebericar.

“Você acha isso divertido. Bom, já que estou aqui abrindo o meu coração pra vocês. Que tal vocês me falarem sobre a Bon Bon. Então, ela conseguiu. Bonnie é muito corajosa e forte. Eu sabia ela conseguiria!” Ele disse com muito entusiasmo.

“Ela está bem e segura longe de você.” Eu disse ferozmente, havia algo sobre ele que me deixava furioso. Eu sei que ele estava me provocando, mas havia algo mais além de provocação em suas palavras. Eu só não conseguia decifrar o que era.

“Uh, falando assim até parece que eu sou um monstro. Ou o único aqui capaz de a ferir. Aposto que você já fez coisas piores pra ela. E ela nunca estará protegida perto de vocês.” Era uma indireta e eu não gostei de suas insinuações. Ouço Caroline rosnar furiosa, mas nem isso foi capaz de fazê-lo parar. “Aliás, eu me pergunto quanto tempo irá levar pra que Bonnie entre em ação pra salvar o rabo de seus queridos amigos antes de sofrer um novo sacrifício. Tenho até pena dela.” Sem consegui me controlar como um borrão eu já tinha seu pescoço preso em minhas mãos e um instinto incontrolável de matar.

“Não, vamos manter a calma. Estamos fazendo isso por Liz.” Stefan disse com seu tom ponderado se colocando entre mim e o bruxo. Ele era o único que conseguia ser racional nesse momento.

“Seu irmão mais novo tem razão. Ele parece ser mais esperto também, Damon.” Kai parecia se divertir a minhas custas.

“Chega de jogos!” Caroline apareceu ameaçadoramente diante de Kai, mas o bruxo não se intimidou. “Você é o único que pode ajudar a minha mãe. E por ela eu sou capaz de fazer qualquer coisa até mesmo ter que confiar em alguém como você.” Kai se sentou confortavelmente no sofá enquanto ouvia as súplicas de Caroline.

“Então, vai nos ajudar ou não?” Eu disse impaciente.

“Vou, mas...” Era óbvio que ele queria algo em troco. “Preciso ver a Bonnie!” Sua voz era firme.

“Não, você vai ficar longe dela!” Eu disse entre dentes.

“Eu preciso vê-la porque eu não consigo parar de pensar sobre ela.” Eu me senti perturbado pelo modo como suas palavras soavam. “Preciso que ela me perdoe por tudo o que fiz. Eu salvo a sua mãe de uma vida imortal indesejada em troca de falar com Bonnie cara a cara. É um trato muito justo!”

Não. Não era um trato justo. Mas, nós não tínhamos escolha.


***** *****

Já fazia uma semana que Bonnie havia retornada pra casa e cinco dias desde o enterro de Jo. No fundo eu achava que seu retorno acalmaria os ânimos e tudo seria mais fácil e normal. Mas, tudo parecia fora do lugar. O que mais me perturbava é que as coisas não estavam cem por cento entre nós. Para seus amigos Bonnie parecia a mesma, mas para mim não. Talvez, ela estava pronta pra esquecer-se do que passamos no Mundo Prisão.

Bonnie parecia distante, tentando fingir que estava bem se escondendo por trás de sorrisos e palavras de otimismo, mas eu sabia que ela estava fingindo. Minhas ligações sempre caiam na caixa postal, seus amigos sempre estariam entre nós e eu nunca a teria só pra mim. Às vezes, eu fugia de Elena e da pensão e vinha a Withmore só pra ver a bruxinha de longe e ter certeza que ela estava bem. Eu queria chegar até ela, mas ela simplesmente havia construído um muro entre nós.

Nós não somos o Damon e Bonnie de antes do confinamento, onde nos odiávamos e eu apenas a via como a melhor amiga de Elena e uma grande aliada, mas também não éramos Damon e Bonnie que viveram quatros meses presos juntos. Era difícil decifrar em que nível estava nossa relação. Pra mim havia um vinculo forte, ela era uma amiga, eu acho. Alguém que eu aprendi a ter um carinho e quem eu mais confiava, mesmo que ela não soubesse disso.

Bonnie havia se tornado alguém muito importante em minha vida. Eu só queria demonstrar e fazê-la confiar e se abrir pra mim. Eu queria protege-la.

“Uh, falando assim até parece que eu sou um monstro. Ou o único aqui capaz de a ferir. Aposto que você já fez coisas piores pra ela. E ela nunca estará protegida perto de vocês.” As palavras de afiadas de Kai deixavam minha mente conturbada. Eu nunca iria deixar que mais nada a ferisse ou que ela tivesse que se sacrificar por ninguém. Entretanto, eu estava em Withmore pronta pra fazer o que Kai queria e uma parte minha se sentia um idiota egoísta.

Eu sei que provavelmente Bonnie vai me odiar não apenas por Kai, mas também, por espreitar pelo dormitório sem sua permissão. Enquanto eu esperava ela terminar seu banho eu me deitei em sua cama. Tudo aqui tinha o cheiro dela que logo se impregnou no ar, seu cheiro natural de jasmim misturado ao shampoo de morangos vindo do banheiro, e nada poderia ser mais apetitoso. Minha mente vagou pela imagem de uma jovem de pele chocolate e seu corpo nu molhado e envolvido por espuma.

Droga! Como eu sou estúpido! Briguei como minha mente tentando me livrar de meus próprios pensamentos.

Havia uma foto dela na mesa ao lado da cama. Ela parecia muito feliz e linda na imagem, distraído nem percebi ela sair do banho.

“Que Merda! O que você faz aqui?” Seus olhos assustados logo se estreitaram e uma carranca se formou em seu belo rosto.

Bonnie estava enrolada numa toalha rosa, seus cabelos molhados deixavam pequenas gotas vagarem por sua pele macia e ainda havia seu cheiro que sempre mexia comigo. Tudo nela me hipnotizou e sem pensar abruptamente me aproximei dela a encurralando entre a parede e meu corpo. Nossos olhos se desafiaram entre si, nunca perdendo o contado. Vi ela morder os lábios nervosamente e seu coração bater descompassado. Nós dois acabamos presos num silencioso dominado apenas pelas batidas do seu coração e sua respiração agitada.

Eu não sei o que eu estava fazendo mais tê-la assim tão perto, poder sentir novamente a sua presença estava mexendo comigo de uma forma que eu nem sei explicar. Minhas mãos ansiaram por tocar seu cabelo molhado, mas antes que eu a tocasse fui afastado brutalmente longe dela por sua magia. Ela havia me repelido fazendo com que acabasse me chocando contra a parede mais próxima. Senti-me enfurecido com isso.

“Caramba! Você é louca?” Eu disse tentando me recuperar do golpe. A realidade havia caído sobre mim e eu não poderia me sentir mais estúpido. Olhei pra ela que estava rindo fazendo com que minha raiva se dissipasse tudo porque ela estava sorrindo de um jeito meio sapeca e um tanto sensual. Eu me peguei retornando o sorriso. “Que bom que faço você sorrir.” Mas, da mesma forma que seu sorriso apareceu ele se desfez dando lugar à outra carranca.

“O que você faz aqui no meu quarto? Se você veio ver Elena, ela não está aqui.” Ela parecia tensa e desconfortável. Suas mãos seguravam firme a toalha em torno de si.

“Bem, eu não sou um estranho. Então, você não precisa ter medo de mim. Também não é nada de diferente que já não tenha visto.” Eu disso com um sorriso malicioso a fazendo revirar os olhos daquele jeito que só ela faz.

Enquanto tivemos confinados juntos nossa convivência já havia ultrapassado certos limites. Lembro-me de um dia ter acabado de sair do banho enrolado até a cintura com uma toalha e já estava prestes a me livrar dela quando uma Bonnie furiosa invadiu o meu quarto atrás do seu urso. Foi tudo por causa de uma briga idiota sem importância e pra provocá-la eu roubei Miss Afagos. Então, seu rosto ficou em choque, seus olhos se arregalaram e sua voz sumiu. A visão de uma Bonnie constrangida era muito divertido.

“Você quer apreciar mais a vista, Bon Bon? Sinta-se a vontade.” Eu diria maliciosamente pronto pra me livrar da toalha.

“Você é um pervertido nojento!” E com essas palavras ela sumiu da minha vista. Depois do ocorrido eu havia prometido nunca fazê-la esquecer disso. Além do mais eu dei o troco, a pegando às vezes de surpresa e invadindo a sua privacidade, tendo o privilegio de sempre vê-la de cabelo molhado, cheiro fresco de banho tomado, pés descalços e só embrulhada numa toalha, como se ela fosse um presente divino. Bonnie ficava irada, ela queria me matar, mas era o nosso jogo de gato e rato, podia ser um tanto infantil, mas pra mim era excitante, divertido e tão corriqueiro.

No entanto, nós não estávamos mais lá e essa sensação de nostalgia ao lembrar-se de meus momentos tão normais ao lado dela, já haviam ficado presos naquele lugar. Agora as coisas eram complicadas e nossa vida não se resumia a nós dois. Embora uma parte minha ansiasse por esses momentos bobos com ela, onde não existiam os problemas de Mystic Falls e outras pessoas entre nós e, sobretudo, não existia essa barreira invisível entre a gente.

“Qual é o problema. Aconteceu algum atentado em Mystic pra você vir aqui? Acho que você já sabia que sua namorada não estava.” Ela ignorou a minha presença se virando de costas para mim deixando que a toalha deslizasse lentamente sobre seu corpo nu me deixando completamente desnorteado.

Eu não tinha chegado tão longe em nossa intimidade, tudo antes era apenas provocação, porque no fim do dia eu sabia que ela era proibida pra mim e eu não era tão canalha assim. E agora aqui eu estava paralisado olhando suas costas nuas e seu corpo bem desenhado que meus olhos tinham acesso me deixando totalmente sem fôlego.

Merda! Ela estava jogando comigo e havia conseguido me deixar sem reação. Como era possível que ela sendo pequena podia ser tão incrivelmente capaz de me intimidar, não apenas com seu olhar, como também com sua postura firme, corajosa e ousada.

Quando eu consegui recobrar a minha mente Bonnie já estava devidamente vestida e protegida dos meus olhos famintos. Agora ela havia voltado a vestir sua mascara de indiferença e isso me irritava, como se nada tivesse acontecido.

“Isso foi muito divertido.” Eu digo me sentindo frustrado e um grande tolo. Nossos olhos voltaram a se fixar um no outro.

“Damon, porque você está aqui?” Ela disse cruzando os braços sobre o peito.

“Senti a sua falta, Bon Bon.” Bonnie desviou os olhos de mim, parecia que eu havia conseguido quebrar por um instante sua mascara de indiferença.

E também porque um certo bruxo sociopata fez um ultimato.

Obviamente, eu estava ansioso e sem saber como chegar ao ponto crucial do que me trouxe de fato até aqui. Embora, fui eu quem decidiu que era melhor falar com ela.

“Bem, eu sei que você tá tentando se adaptar. E eu estou aqui pra te ajudar. Basta que você confie em mim.” Eu disse olhando no fundo dos seus olhos.

“Ah, eu estou bem. Mas, agradeço que você se preocupe.” Ela disse hesitante e desviando o olhar. “Eu só preciso de um tempo.”

“Eu sei...” Fomos interrompidos pelo celular dela tocando.


Bonnie

Eu realmente havia começado um jogo perigoso. Nunca tinha ultrapassado dos limites e, principalmente, nunca iria me expor dessa forma a alguém que estava inalcançável. Damon Salvatore era inalcançável, não que eu fosse inferior a ele, mas nós tínhamos uma distância que nos separava. Nós éramos dois lados extremos, que nunca devem se confrontar.

Eu sempre joguei com as regras, porém no fim eu perdi tudo. Então, dane-se!

Eu vi como seus olhos me devoravam que ele me desejava. Damon Salvatore sempre manipulou todo mundo, sempre foi contra as regras. Agora eu iria inverter os papeis. Eu iria destruir tudo o que possui de mais valioso. Eu iria acabar com a sua relação com Elena. Uma relação baseada na mentira e obsessão, construída sobre a dor e humilhação de outros.

Mesmo após o meu showzinho especial para o vampiro de olhos azuis, não podia fingir que expor meu corpo nu para ele e ser capaz de ver em seus olhos uma faísca voraz de paixão e luxuria, mexeu comigo. Eu podia sentir minha pele queimar ainda com um calor que há muito tempo eu não sentia e me deu certo medo, ao mesmo tempo, em que me senti mais poderosa.

“Damon, porque você está aqui?”

“Senti a sua falta, Bon Bon.” Por um minuto deixei minha indiferença e vaidade de lado, me sentindo balançar com o jeito como ele me olhou. “Bem, eu sei que você tá tentando se adaptar. E eu estou aqui pra te ajudar. Basta que você confie em mim.” Havia sinceridade em seu olhar, mas eu não queria me deixar confiar em suas palavras. Se houve algo próximo a confiança e algum vislumbre de amizade, eu havia deixado preso na prisão de Kai.

“Ah, eu estou bem. Mas, agradeço que você se preocupe. Eu só preciso de um tempo.”

“Eu sei...” Antes que ele continuasse meu celular tocou, me afastei de Damon e me dirigi até a cômoda ao lado da minha cama. Na tela do celular havia uma mensagem:

‘Ele deve estar aí...
Enrolando pra fazer um simples pedido.
Mais uma prova de sua falsa amizade.
Te vejo em breve, Bon Bon.’

Eu me senti confusa, Kai sabia por que Damon estava aqui? E, claro, havia algum interesse por trás do aviso. Era óbvio, Damon quase havia me feito acreditar que ele se importava comigo, quando na verdade tudo era um jogo de interesse.

“Bonnie, você está bem? Quem te ligou?” Ele disse tentando se aproximar de mim.

“Damon, porque você está aqui?” Disse desviando de seus questionamentos. “Tem algo que você quer então diz logo!” Exclamei frustrada escondendo a minha fúria. Senti sua hesitação.

“Tudo bem. Bonnie, Liz está numa contagem regressiva. Ela está morrendo e ela não quer morrer e virar um imortal. E o único jeito de fazer isso é... Kai.”

Damon continuou tagarelando sobre o plano de salvar Liz Forbes, então, Kai deve sugar o sangue vampírico que corre em suas veias. Sangue de vampiro que também é magia.

“Ele agora tem sentimentos. Ele virou uma borboleta após a fusão com a Jo.” Damon disse sarcástico. “Ele tem nas mãos o poder de realizar o desejo de Liz. Só que...”

“Desenrola!” Minha paciência já estava se esgotando. Damon sempre foi impulsivo, tudo que fosse de seu interesse ele ia até o fim sem dar a mínima aquém está no caminho. Se ele tiver que passar por cima de qualquer um pra ter o que quer, Damon faria. Agora o cara diante de mim parecia inseguro, hesitante. Quase como se ele se sentisse culpado.

“Em troca de ajudar Liz... ele só quer falar com você. Kai quer o seu perdão.”

Minha mente tentou processar exatamente qual era o jogo que Kai estava planejando. Porque se ele quisesse meu perdão, ele simplesmente estaria aqui agora. Afinal, isso era entre eu e Kai. Logo a fixa caiu.

Mais uma vez, Bonnie Bennett foi deixado em ultimo plano.

“Eu sinto muito. Eu sei que você acabou de voltar. Que você odeia Kai...”

“Eu também já odiei você, Damon. E no fim tive que engolir você e sua fúria. Tudo por Elena.” Vi que seu olhar ficar sombrio, obscurecido por magoa e angustia que também eram reflexos da minha alma. “Eu até poderia fazer isso por Liz. Mas... eu não vou. Liz não é o meu problema e eu estou cansada de fazer tudo pelos outros. Agora é a minha vez. Diga a Carol que eu sinto muito!” Minhas palavras foram frias, mas por dentro eu estava gritando em agonia.

Kai sabia o meu ponto fraco. Sabia que eu iria me anular pra ajudar eles. E no fim eu não tinha escolha.

Salvar Liz era mais importante e foda-se a bruxa. Não importa seus traumas, sua magoa ou seu rancor. Bonnie ainda continuaria sendo pra eles um alguém que não tem vida própria. Eu sou invisível diante deles.

“Agora você já deu o seu recado.” Eu abri a porta pra ele sair. Eu não queria ouvir mais a sua voz, ou sentir a sua presença. Porque tê-lo aqui me feria, porque no fim das contas tudo o que nós vivemos confinados naquele lugar, foram uma grande ilusão.

Damon nunca iria se importar comigo. Eu era apenas uma arma de combate.

“Bonnie...” Ele tentou me tocar mais eu fugi de seu toque.

“Apenas, saia!” Eu o repeli com a minha magia e bati a porta em sua cara. Eu ainda podia ouvir os rosnados do outro lado da porta, mas eu não me importava. Eu só queria me jogar na cama e dormir e esquecer-se de tudo.

Quando consegui pegar no sono eu sonhei com olhos azuis e sorrisos sarcásticos que me levaram pra outro lugar. Um lugar onde eu verdadeiramente me sentia em casa e em paz.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal diz pra mim o q vcs acharam do capitulo? Tem alguma critica ou sugestão pra fazer sinta-se a vontade. Bjus e até a proxima!!!



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