https://youtu.be/GuVaFdzNu_s

Lost in Paradise

Epílogo

Após uma jornada cheia de altos e baixos, a bruxinha Bennett conseguiu voltar pra casa e se reencontrar com seus amigos e a sua família. Pelo menos o seu retorno agora foi mais tranquilo e menos traumático, do que da primeira vez que sobreviveu ao Mundo Prisão de Kai em 94. Da primeira vez que saiu de lá, Bonnie havia retornado cheio de mágoa, ódio e um desejo cego de vingança. Atitudes ruins que fizeram a garota quase se esquecer da sua própria essência. Entretanto, agora tudo será diferente, ela conseguiu aprender muito com os seus erros, amadureceu e ainda descobriu que também possuía um lado obscuro. E esse seu lado obscuro, precisava ser explorado pra que ela voltasse muito mais forte e cheia de sabedoria e de uma grande serenidade.

A jovem bruxa conseguiu mais uma vez sobreviver à morte, pra voltar e recomeçar, dessa vez sem medo, sem ressentimentos e bem mais resolvida consigo mesma. Logicamente, ela sabia que não conseguiria fazer isso sozinha, sem a ajuda de dois indivíduos que foram tão decisivos em sua jornada. Ambos haviam sido caras maus, que fizeram coisas cruéis e condenáveis no passado, mas Bonnie com todo o seu altruísmo, lealdade e coragem, conseguiu ver muito mais além das aparências e penetrou o coração de cada um deles, percebendo que ainda havia esperança para ambos, Damon e Kai. Uma lição que com certeza eles irão guardar para o resto de suas vidas.

Quando todos souberam do seu retorno, a gangue de Mystic Falls se reuniu na mansão Salvatore, todos estavam tão emocionados e alegres por ter a Bruxa da cidade de volta. Era também muito óbvio que no inicio tudo parecia meio que diferente para Bonnie, afinal, a jovem ficou mais de um ano vagando como um fantasma entre o mundo dos vivos e dos mortos. Sendo assim, a sua vida ficou estagnada por muito tempo, enquanto seus amigos continuaram vivendo as suas vidas da melhor forma possível.

Resumindo: Bonnie agora teria que se readaptar com a sua nova realidade e as novas informações que vinham até ela.

♪Luz do sol vem se arrastando

Iluminando a nossa pele

Vimos o dia passar

Histórias do que fizemos

Isso me fez pensar em você

Isso me fez pensar em você♪

Depois do reencontro emocional com todos e de ser informada de quase tudo, que no fundo ela já sabia, até que enfim ELA e Damon conseguiram um momento a sós pra tentar curtir algum tempo de normalidade, o qual era bem raro entre os dois. Mas assim como muitas coisas haviam mudado ao seu redor, Bonnie também sentia que mesmo sem querer, a sua relação com o vampiro também havia mudado. Ela só não sabia definir qual era o problema.

♪Sob um trilhão de estrelas

Nós dançamos em cima de carros

Tiramos fotos do palco

Tão longe de onde estamos

Eles me fizeram pensar em você

Eles me fizeram pensar

você♪

"Então Bonnie, o que você acha de assistirmos um filme. Como nos velhos tempos de Mundo Prisão?" Apesar daquele clima de desconfiança e de uma certa timidez entre eles, ela conseguiu acabar presa no quarto com Damon sentindo uma sensação de grande ansiedade. "Agora me diz Bon Bon, qual você prefere?" O vampiro segurava em suas mãos dois DVDs e uma tigela de pipoca. "Ghost ou O Guarda-Costas?" Ela riu novamente das opções.

"O Guarda-Costas!" Bonnie lhe respondeu sem hesitar.

Patrick Swayze em Ghost (O outro Lado da Vida) só lhe faria ironicamente se lembrar da sua antiga situação.

"Com certeza O Guarda-Costas. Pelo menos tem um final mais feliz que Ghost." Damon dizia se sentando ao lado dela em sua enorme cama. "Devo invejar Patrick, porque na pior das hipóteses, você poderia ter se tornado uma linda estrela ao lado dele, lá no céu. Um lugar que eu nunca irei merecer." Ela conseguiu perceber que, por trás do seu típico sorriso torto, havia também um tom pessimista no modo dele falar.

"Para com isso!" Só pra provoca-lo, ela lhe deu um tampinha em seu ombro. "Ciumento!" A bruxa murmurou decidindo brincar com a situação e aliviar o clima entre eles. Com os dois ali dividindo a pipoca, sentados lado a lado na cama e prontos para assistir ao seu filme favorito, ambos sentiram a nostalgia do cenário atual que os fez se lembrar das suas picuinhas lá em 94.

♪O-o-oh, luzes se apagam

No momento estamos perdidos e achados

Eu apenas quero estar ao seu lado

Se essas asas pudessem voar

Para o resto de nossas vidas♪

Logo, o clima foi se tornando tão familiar e aconchegante. Isso durou quase uma hora, até que uma frase fez a tensão retornar e quase estragar aquele momento.

"Sabe, fazia algum tempo que não temia a morte." Damon dizia sério sem conseguir olhar nos olhos de Bonnie. "Mas, quando eu pensei que ia te perder pra sempre, eu quase enlouqueci."

"É eu sei. Eu estava lá vendo você quase cometer o seu maior erro." Bonnie rebateu fazendo os azuis do vampiro se tornarem sombrios. "Será que podemos parar de falar de morte. Por favor!" Só que o jovem vampiro acabou lhe ignorando.

"Dar a minha vida em troca da sua, nunca seria um erro!" O filme já havia sido esquecido, enquanto as suas vozes frustradas e irritadas ecoavam pelo quarto. "Você merecia ter uma vida normal. Talvez, até mesmo longe da vida sobrenatural de Mystic Falls. Esse era o seu plano quando você foi para Nova Orleans. E também estava escrito naquela carta que você me deixou." Ele decidiu se afastar dela e se sentar na beirada da cama. "Pensando bem, fui eu que estraguei tudo, indo atrás de você."

"Não! Você não estragou nada!" Ela se ajoelhou atrás dele e lhe abraçou tentando lhe acalmar. "Você só me mostrou que me amava e que queria lutar pra ficarmos juntos." Agora a bruxa se encontrava tão confusa, não conseguia entender o porquê do vampiro estar tentando lhe afastar.

♪Estou no estado estrangeiro

Meus pensamentos, eles sumiram

Minhas palavras estão me deixando

Eles pegaram um avião

Porque eu pensei em você

Só porque pensei em você♪

"Você está tentando me mandar embora da sua vida. Por quê?" Ela recuou um pouco se sentindo tão magoada e quase pronta pra se levantar e deixá-lo sozinho com a sua própria indecisão.

"Não é isso, Bonnie!" Percebendo que sua pequena bruxa estava prestes a se afastar, ele segurou o seu pulso e, suavemente, a puxou para o seu colo. "Eu quase te perdi mais uma vez e doeu tanto. E essa dor foi tão grande que acho que nunca vai cicatrizar." Depois, segurou o seu rosto entre suas mãos da forma mais carinhosa possível. "Mesmo eu tendo você aqui nos meus braços, sempre terei medo que quando você dormir, seus verdes não irão se abrir mais pra mim. Ou que seu coração vai parar de bater, assim de repente..." Ele desceu uma de suas mãos até o seu peito sobre uma regata de seda que ela usava e ali ele se demorou, sentindo o calor e o pulsar acelerado do seu coração. "Ou que simplesmente enquanto dorme, você vai parar de respirar..." Ele, então, enterrou o seu rosto entre o pescoço e os fios de cabelo dela e inalou o seu cheiro demoradamente.

Durante o ultimo ano, tudo o que Damon sabia fazer era cuidar do sono de sua pequena bruxa, esperando que ela despertasse. E mesmo depois que Bonnie voltou, ele ainda continuou cuidando dela com medo que, a cada vez que a jovem Bennett dormisse, ela não acordasse nunca mais.

"Eu tenho medo da sua vida humana, frágil e mortal." Ele fechou os olhos tentando controlar as suas emoções, enquanto Bonnie lhe abraçava mais apertado. "O medo que um dia a morte vai voltar pra nos assombrar de novo. E eu vou ter que ti ver partir..." Ele suspirou demonstrando o quanto vulnerável se sentia perante a bruxinha. "Bonnie Bennett, você me ensinou a ter esperança e (VOCÊ) é como a minha própria humanidade. Então, se eu não tenho mais você, não terei mais nada."

"Não! Isso não precisará acontecer." Ela então lhe disse com a maior calma do mundo, lhe deixando boquiaberto. Bonnie já havia decidido que queria viver para sempre ao lado de Damon. Mas para isso, ela sabia que teria que abrir mão de sua vida humana e de ser bruxa. "Eu já havia tomado essa decisão lá em Nova Orleans." Essa decisão havia surgido após descobrir que pra quebrar a sua ligação de sangue com Kai, ela precisaria compartilhar o seu sangue com um vampiro que tivesse um vinculo forte com Ela. Antes todo esse plano tinha dado errado, porque seu sangue havia sido envenenado por Kai. Mas com a morte do bruxo, já não haverá mais motivos para adiar esse plano.

♪Oh, luzes se apagam

No momento estamos perdidos e achados

Eu apenas quero estar ao seu lado

Se essas asas pudessem voar♪

"Uau, essa é uma decisão radical." Damon dizia olhando tão intensamente para aqueles verdes teimosos que pareciam ter as respostas certas para curar os seus temores.

"Será uma mudança natural, sem dor e sem ser forçado. Eu terei tempo de me adaptar a minha nova vida. E a melhor parte, é que eu terei você ao meu lado." Ela dizia tranquila enquanto enroscava suas mãos em seu cabelo.

"Mas você terá que abrir mão da sua própria magia." Os azuis do vampiro ainda refletiam certa cautela, pois no fundo ele não queria que a sua bruxa tomasse aquela difícil decisão, apenas para agradá-lo.

"Está tudo bem. Eu já fui tantas coisas... Humana, bruxa, fantasma, ancora e fantasma de novo." Eles riram disso, enquanto Damon ia a deitando delicadamente sobre a cama. "Na minha lista, só faltava..."

"Ser uma vampira!" A ideia de Bonnie Bennett se tornar no futuro uma vampira para viver ao seu lado, era muito tentador. Naquele instante, o desejo de tê-la por completo, já lhe queimava por dentro.

Bonnie era como uma fênix, que morre e renasce das suas próprias cinzas. E sempre que renasce, ela sempre vem mais forte e poderosa.

"Você está pronta?" Ele se posicionou sobre o corpo dela, vislumbrando os seus verdes lhe olharem com uma sombra de malícia, que o fez ficar cada vez mais sedento por ela.

"Sim, Damon." E Bonnie parecia ansiar pelo seu sangue, como se tivesse faminta. Ela estava pronta para provar mais uma vez o seu sangue e se tornar ligada a ele pela eternidade.

Eles pararam se olhando em silêncio, refletindo no próximo passo que ambos iriam dar.

♪Oh, danem-se essas paredes

No momento nós temos três metros de altura

E como você me disse, depois de tudo

Nós lembraríamos desta noite

Para o resto de nossas vidas

Se essas asas pudessem voar♪

Primeiro Damon deixou que a bruxa bebesse de seu pulso como se fosse um passarinho, ainda aprendendo a se alimentar pela primeira vez. Damon queria tornar o momento o mais confortável pra ela e, ao mesmo tempo, prazeroso pra ambos.

E Bonnie sabia no momento que seus corpos se conectaram, foi o fim... Ela já tinha perdido a luta muito antes, provavelmente, quando ele estava brincando se a mordia ou não. Todo o medo, as dúvidas e qualquer dor e sofrimento, acabou-se por se transformar em outro sentimento: (luxúria, paixão, expectativas) quantas palavras pudessem caber naquele momento, pra explicar o que estava exatamente acontecendo dentro dela, enquanto as presas de vampiro lhe penetrava a sua pele.

Ali nos braços de seu amado, a bruxa começaria a descobrir que para os vampiros, a sede por sangue e o sexo, andam perfeitamente lado a lado.

Não demorou muito, para suas roupas serem esquecidas pelo chão do quarto e os seus corpos nus se fundirem, lascivamente, num frenesi de sensações arrebatadoras. Logo, seus lábios se encontraram num beijo ardente. E nas suas línguas, eles podiam saborear o gosto da mistura irresistível, que sempre seria a união entre Damon e Bonnie. Ali eles já estavam presos no calor dos braços um do outro e nada poderia ser mais sublime, do que a forma como seus corpos se encaixavam, ou a forma como eles se correspondiam a cada toque e beijo.

Sem mais hesitações e medo, a partir daquela noite, eles decidiram juntos como um casal cúmplice a partilhar o próprio sangue, enquanto uniam seus corpos cheios de paixão e saudade. Sabendo que a partir daquele momento, eles também passariam a dividir seus próprios pensamentos. Sem mais mentiras e sem segredos.

"É bom ter você de volta, Passarinho! Aquece meu coração frio." Seu pensamento apaixonado também aquecia o coração da bruxinha. E a resposta dela veio através de um doce e singelo pensamento sobre o lugar onde ela verdadeiramente pertencia. E o seu lugar era com certeza dentro do abraço de Damon Salvatore...

♪Oh, luzes se apagam

No momento estamos perdidos e achados

Eu apenas quero estar ao seu lado

Se essas asas pudessem voar♪

Alguns dias depois...

Depois de tantos encontros e desencontros Bonnie e Damon, enfim, conseguiram estar juntos sem mais medo do futuro. Agora tudo o que faltava para a bruxinha seguir em paz, era se despedir de verdade daquele que foi o responsável por lhe dar a coisa que ela mais almejava (a felicidade em sua plenitude, ao lado da pessoa certa). E tanto Bonnie quanto até mesmo Damon, hoje podem reconhecer que foi aquele bruxo insano que os uniu, como se Kai Parker fosse o próprio senhor do destino e, talvez, ele realmente fosse.

Então, em forma de um singelo agradecimento, Bonnie decidiu que Malachai merecia um enterro simbólico, para que a sua alma descansasse em paz. Assim, ela conseguiu reunir a família Parker ao lado de Damon, Abby e Lucy para fazerem uma última despedida.

"Eu sei que cada um aqui tem motivos de sobra pra ainda guardar rancor. Mas, eu acho que também temos motivos de sobra pra agradecer a ele. Por que graças a ele, os Parkers hoje vivem mais unidos e felizes. Livres das regras do seu Clã..." Bonnie parou olhando entre Joshua, Liv e Luke que sorriram em simpatia e depois seus olhos se demoraram em Rosalin que se aproximou da lápide do filho, lhe deixando uma linda rosa branca.

"Eu espero que você me perdoe, por não ter lhe dito a verdade, meu filho. E aonde quer que você esteja, que você tenha encontrado a paz." Então, a mulher se permitiu chorar pela primeira vez, pela perda de seu primogênito.

"Foi também graças a ele que as últimas bruxas Bennetts conseguiriam se reunir. E graças a ele que eu pude ver o resto da minha pequena família juntos." Bonnie continuou dizendo olhando entre a sua mãe Abby e para a sua prima Lucy, que passava carinhosamente sua mão sobre a barriga que já estava enorme, mostrando que logo chegaria um novo membro para o Clã Bennett. "Kai também me mostrou o quanto poderosa como bruxa eu posso ser. E me ensinou que eu precisava me sacrificar menos pelos outros, para conquistar a minha própria felicidade." Ela dizia emocionada olhando para Damon, enquanto ele entrelaçava suas mãos lhe dando apoio. "Kai foi como o próprio destino. Às vezes cruel e implacável, mas no fim, assim como o destino Kai me reservou uma grande e boa surpresa... Ele deu a sua vida pra salvar a minha. No final, ele foi altruísta. No final, ele se deu a chance de se perdoar."

Houve um pequeno silêncio entre todos, como se cada um tivesse fazendo a sua própria despedida diante da lápide dele, que simbolicamente foi colocada entre as lápides das Bennetts.

Para Bonnie a decisão de coloca-lo ali, também respeitaria a própria memória de sua avó Sheila, que sempre viu em Kai um garoto perdido e solitário, que queria ser aceito pela a sua família, procurando desesperadamente ser amado. Agora ele estaria ali entre as bruxas Bennetts, um lugar memorável que talvez ele encontrasse a sua paz.

"Obrigado Kai!" Silenciosamente, Bonnie agradeceu ao outro bruxo, por deixa-la retornar pra casa e poder viver a vida como ela sempre quis.

Enquanto isso, Damon decidiu fazer o seu próprio agradecimento pessoal:

"Bom, quero que saiba que eu com certeza vou continuar estando feliz, por você não estar mais entre nós." O vampiro fez uma expressão cômica. "E eu só te odeio um pouco menos, porque apesar de você ter matado a Sarah, você também me deu a chance de ter a eternidade para consertar os meus erros com ela. E ela até que está se saindo bem como uma vampira." Ele soltou um suspiro irônico fazendo todos revirarem os olhos. "Mas, o que eu quero lhe dizer mesmo..." Ele fez até um pequeno suspense proposital. "É que apesar de todas as nossas diferenças, a melhor parte de nós dois... sempre será o amor que dividimos por Bonnie." Por um instante, a bruxa sentiu-se admirada pelas palavras de seu amante. Mas, Damon não seria o velho Damon, sem todo o seu sarcasmo e orgulho. "Entretanto, apenas um de nós mereceu ficar com ela..." Ele sorriu torto, se divertindo com os olhares chocados de todos. "Ainda bem que fui eu!"

Droga! Ele sempre tem que estragar o momento! Pensou a bruxa. Mas em seu coração, Bonnie sabia que aquele vampiro arrogante, egocêntrico e de lindos olhos azuis, sempre seria a sua total perdição...

"Damon, termina logo com isso!" A bruxa lhe repreendeu com um olhar de quem queria torrar o seu cérebro.

"Tá bem, já tô terminando." O vampiro deu um beijinho em sua testa tentando acalmar a fera, antes de fazer a sua ultima despedida definitiva. "Kai Parker, você já vai tarde. Até nunca mais!"

♪Oh, danem-se essas paredes

No momento nós temos três metros de altura

E como você me disse, depois de tudo

Nós lembraríamos desta noite

Para o resto de nossas vidas♪

Enquanto isso...

"Ahhhhhhhhhhhh!" Ele continuou gritando enquanto caia e caia e caia... sem a mínima noção de quanto tempo continuou caindo, naquele precipício escuro e sem fim. "Mas que merda!" Até que seu corpo se chocasse desconfortavelmente sobre um chão bruto e frio.

Ele se levantou meio tonto, depois sacudiu a poeira dos seus ombros e, em seguida, tentou reconhecer o lugar aonde estava. O lugar lhe parecia perturbadoramente familiar, mas também sombrio, tinha um cheiro indecifrável e possuía vários sons sinistros e horripilantes, que mais pareciam querer lhe sufocar.

"Que lugar é esse?!" Ele si perguntava ainda desorientado.

"Olá Malachai Parker, eu estava te esperando." Quem lhe respondeu foi uma voz feminina, extremamente sedutora e familiar. Seus azuis insanos se estreitaram perplexos, quando a dona da voz resolveu sair do meio da escuridão e se aproximar dele.

A jovem se vestia impecavelmente com um vestido longo preto de cetim, combinados com a sua pele pálida, os cabelos negros selvagens jogados ao vento e o batom vermelho carmesim (que contornava aqueles lábios que lhe sorriam de uma forma quase doentia), enfim, tudo nela tornava a sua figura um tanto sinistra e, ao mesmo tempo, lhe dava um ar bastante provocante.

Ela parecia muito sensual, mas também tinha um ar de perigo e andava como se fosse uma felina atrás de sua presa. Para Kai aquela mulher parecia muito diferente do seu habitual eu.

"Elena Gilbert, o que você faz aqui?!" Ele a questionou com sarcasmo, já frustrado com a ideia que aquela vampira seria, possivelmente, a sua única companhia.

"Oh, por favor! Eu não sou a Elena. Aquela garota sem sal!" Ela dizia com o maior desdém. "E jamais me compare àquela cópia barata e inútil!" Kai arqueou as sobrancelhas, antes de soltar uma gargalhada incontrolável.

"Então, se você não é Elena Gilbert... Quem é você?" Ele resolveu se recompor e perguntar, ainda confuso e se sentindo sem paciência para os joguinhos chatos daquela mulher esquisita.

"Pense na pior pessoa que já existiu nesse mundo." A vampira sorria mostrando as suas presas. "Uma pessoa que sabe sobre todas as suas fraquezas. Que é a personificação do sofrimento, do caos e da própria morte." Ela dizia tenebrosamente, causando um arrepio terrível em Kai. Aquilo não era um bom sinal. "Eu sou o mito, a lenda, a original e a pior vadia de todas." A mulher foi andando perigosamente em sua direção, como se fosse uma víbora prestes a dar o bote. E nas profundezas dos olhos dela, Kai reconheceu a maldade nua e crua. "Eu sou Katherine Petrova, a rainha do inferno e o seu pior pesadelo!"

{Fim!}