Lost in Paradise escrita por Drylaine


Capítulo 30
Insaciável Vingança


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá longo e cheio de momentos importantes. A vdd é q os últimos capítulos serão longos porque tem muita coisa ainda pra rolar q irá impactar direto no final da fic. Pra resumir Bamon retornou para Mystic Falls pra tentar enfrentar Kai. Hoje teremos um foco tbm na gangue de Mystic Falls tentando salvar Sarah pq já sentia falta do grupo se reconciliando e trabalhando juntos. Eu havia dito no cap passado q faltava apenas 3 capítulos, mas na real decidi finalizar a fic lá pelo capítulo 34 (que será o epilogo). Sem mais enrolação, vamos lá!





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Kai

"Você não sabe, mas Sheila e Joshua foram amantes. Ele queria nos abandonar e fugir com ela. Mas, a bruxa Bennett lhe rejeitou. Então, Joshua voltou pra casa completamente ressentido e frio. E ele descontou seu ressentimento em nós e, principalmente, em você."

As palavras de minha mãe ainda me perturbavam a mente. Aquelas revelações sobre Joshua e Sheila eram cruéis. No início eu tentei lutar contra aquelas palavras, mas quanto mais pensava nelas, mais percebia que fazia todo o sentido.

Eu me lembrei de quando era adolescente e Sheila foi por um tempo a minha professora. Lembro-me que Rosalin, nunca gostou da bruxa Bennett, mas Joshua que era sempre autoritário com todos, parecia que perto dela ele ganhava um olhar diferente, ele era gentil e, às vezes ele sorria, o que era raro. Eu consigo me lembrar que ele só sorria pra ela. Já Sheila era difícil de decifrar, porque ela sempre mantinha a mesma postura amigável, determinada e paciente com todos. Então, me lembrei de algumas pequenas lembranças perdidas que realmente hoje me fazem ter mais certeza que Rosalin estava certa.

Houve um momento entre meu pai e a Bennett que foi diferente, eu os vi juntos e Joshua chegou a brevemente entrelaçar sua mão com a dela e eles estavam tão próximos... Naquela época eu era jovem demais pra entender o significado do ato. Agora eu entendo que, quando os interrompi naquele dia, eles estavam tão próximos de um beijo. Fui eu que atrapalhei o momento deles. Mais uma vez, eu atrapalhei a vida de meu pai o que o fez se ressentir ainda mais por mim.

Ele me odiou e Ele me feriu!

Então anos depois, em 5 de maio de 1994, Joshua conseguiu se livrar de mim. E adivinha quem estava lá pra ajuda-lo? Justamente (Ela) Sheila Bennett, que me enviou para aquela maldita prisão infernal pra me punir num ciclo sem fim. Só que o mundo dá voltas e, ironicamente, sua neta acabou cruzando o meu caminho. Perguntou-me se isso foi por acaso, ou se foi o destino que decidiu me dar a chance de fazer justiça.

Ah, essas lembranças perdidas, misturadas as revelações cruéis de Rosalin, ficaram remoendo dentro de mim. Fazendo renascer aqueles sentimentos sombrios e destrutivos até que o Kai sádico e obcecado retornasse firme e forte.

Há um ditado que diz: − Os filhos sempre pagam pelos pecados dos pais. − Eu sinto que tenho sido punido a minha vida inteira, pelos erros de Joshua. Agora estava na hora de Bonnie ser punida pelos erros da avó. Embora a bruxinha nem possa ser considerada inocente nessa história toda. Afinal, as duas bruxas ferraram comigo e agora eu quero destruí-las, como elas me destruíram.

Pensando nisso, viajei até Mystic Falls para tentar achar alguma informação que me levasse até a bruxa. O primeiro lugar que sabia que encontraria minhas respostas era na mansão Salvatore.

Quando cheguei lá ouvi uma discussão entre Stefan e a jovem Sarah. Parece que ela havia descoberta que ele era um vampiro e estava desesperada tentando fugir dele, correndo pela escada toda desgrenhada, com suas roupas salpicadas de sangue, o que me fez pensar que Stefan se descontrolou e mordeu ela. O vampiro apareceu como um flash, parando na frente da porta tentando impedir a garota de fugir. Decidi interferir e causar mais caos entre eles.

"Ah Sarah, você quer saber a verdade?" Eu apareci na sala surpreendendo-os e comecei a cuspir meias verdades cruéis. "Sim. Ele é um monstro. Um vampiro que quando bebe sangue humano, perde o total controle e sai matando pessoas inocentes. Não é Stefan?" O vampiro tentou me mandar calar a boca, tentou me atacar, mas eu fiz ele se ajoelhar de pura dor e agonia diante de mim.

"Para! Você tá machucando ele." A garota tentou se aproximar de nós, mas ficou com medo.

"Por que você se importa Sarah? Ele é um vampiro assassino. Igualzinho ao vampiro que matou os seus pais verdadeiros. Ohhh... perdão! Stefan não te contou isso?!" Eu fiz uma expressão dramática só pra causar. E consegui.

"O quê? Do que ele está falando Stefan?" A jovem tremia nervosamente e nos olhava em pânico.

"Para! Sarah, não escuta ele!" Stefan grunhia me olhando com aquela sua expressão monstruosa, como uma fera descontrolável presa numa gaiola, enquanto tentava lutar contra o meu poder.

"Sabe Sarah, seu priminho aqui... Espera... Ou será seu tio?!" Agora o vampiro estava gritando muitos palavrões que eu ignorei. "Stefan qual é o real grau de parentesco entre vocês?" Teatralmente fingi que estava refletindo sobre isso.

"Cala a boca, seu filho da puta!" Mas, eu continuei lhe ignorando.

"Enfim, ele ainda quer manter uma relação incestuosa com você. Que coisa feia, Stefan!" Ops... soltei mais um spoiler, vendo os olhos castanhos dela se estreitarem, certamente me achando louco. "Mas, devo admitir pra você, Sarah, que o descontrole dele é minha culpa. Eu envenenei o seu sangue, pra fazer Stefan perder o controle e ligar o seu modo estripador." Envenenei o sangue dela como fiz com Bonnie, com a diferença que no caso da bruxa o veneno era pra matar Damon.

"Que saber, eu não me importo. Vocês são doentes. Fiquem longe de mim!" Eu me distraí vendo ela fugir pela porta e, quando percebi, Stefan saltou sobre mim furioso, fazendo o vidro da sua enorme janela se explodir com o impacto de nossos corpos que voaram violentamente pra fora da casa. Nós caímos sobre o gramado em meio a cacos de vidros. E, mesmo eu estando ferido, eu ignorei a dor e me levantei já usando a minha magia pra paralisar Stefan antes que me contra-atacasse.

"Parem! Vocês vão se matar, assim!" Sarah resolveu parar no meio do seu trajeto, nos olhando parecendo assustada.

"Você não quer que eu conte a verdade pra ela. Então, me diz onde está Bonnie?" Eu mantinha minha magia sob Stefan, enquanto ele tentava lutar contra o meu poder.

"Eu não sei."

"Então, me diz onde está seu irmão?" Afinal, onde quer que Damon esteja, Bonnie também estará lá.

"Eu não sei. Mas, mesmo que soubesse... eu nunca lhe contaria." Ele falou com puro desdém me desafiando. Então, resolvi mostrar pra ele o que acontecia quando tentavam me desafiar. Aproveitei que um carro acabou de dobrar a esquina vindo na direção da mansão e olhei para Sarah que estava distraída, pedindo ajuda pelo celular. Ali estava o cenário perfeito para criar um acidente horrível. E, assim, eu fiz...

Bastou um gesto com as mãos e o carro se desgovernou vindo na direção de Sarah. Não havia como Stefan impedir aquilo que eu havia recriado como um cenário trágico.

"Não, não, não! Me diz que ela está viva."

"Vamos, vamos... Respire Sarah... Por favor, apenas respire!"

"Droga! Ela não tá respirando."

"Eu matei ela! Eu matei uma pessoa! Eu matei..."

"Vamos! Alguém nos ajude! Precisamos ligar para uma ambulância."

Ironicamente, dentro do carro estava a vampira loira amiga de Bonnie e Tyler que era o motorista do carro. O plano não poderia ter sido melhor. Matei dois coelhos como uma cajadada só.

"Eu juro que se ela morrer. Eu vou matar você Kai." Eu ri da ameaça de Stefan.

"Ótimo. A única forma de você me matar... é matando Bonnie." No entanto, aquilo seria apenas o começo da minha vingança.

Agora estava na hora do último ato...

Estava na hora de me preparar para o meu casamento...

 

 

 

Damon

Então, nossa viagem de retorno foi muito silenciosa e angustiante, parte disso foi culpa minha. Nós tivemos uma última discussão, antes de chegar em casa e as coisas meio que se estremeceram entre nós. Eu estava frustrado, furioso e com medo: Frustrado, porque tive que deixar meu Camaro ainda em Nova Orleans, já que uma viagem de carro demoraria mais e nós não tínhamos tempo. Furioso, porque queria caçar Kai e mata-lo, depois de descobrir o que ele foi capaz de fazer pra se vingar de nós usando Sarah. E com medo, porque Kai era imprevisível e Sarah só tinha até o fim da tarde para completar sua transição para vampiro, caso contrário se ela não beber sangue humano ela irá morrer definitivamente. Mas, acima de tudo, eu estava com medo das coisas que se passavam na mente de Bonnie e das decisões que ela seria capaz de tomar para parar Kai. Afinal, quando curei ela com meu sangue eu pude entrar na sua mente e ver pedaços do seu pesadelo. E dentro da sua mente, eu podia ver as coisas que Sheila lhe disse e lhe mostrou.

Era como se eu também pudesse sentir as mesmas sensações que Bonnie sentia, vivenciado aqueles cenários surreais. Senti o seu desespero quando ela me viu morrer na sua frente. Senti a sua fúria quando ela quis matar Kai pra me salvar. Senti o seu pavor e até repulsa com a simples ideia de se tornar uma vampira e, consequentemente, uma assassina. Seu temor e aquelas visões também me apavoraram. Mas, quando voltamos pra realidade e ela despertou, eu percebi que era bobagem Bonnie tomar decisões radicais, baseadas numa droga de pesadelo. E, pior ainda, eu não queria que Bonnie tomasse alguma decisão estúpida pra tentar me proteger e acabar, sei lá, se sacrificando de novo. Eu decidi que não queria mais sacrifícios. E eu lhe disse que nunca iria perdoa-la se Bonnie se sacrificasse de novo por mim.

Agora eu estava em pânico que essa discussão pudesse de alguma forma nos afastar, ou ainda Bonnie tomar alguma decisão arriscada que poderia colocar a sua própria vida em perigo. Eu só sei que casar com aquele sociopata estava fora de cogitação. Não irei permitir que Bonnie se case com ele!

"Até que enfim, vocês chegaram!" Dizia a vampira loira puxando Bonnie em seus braços. "Bonnie senti tanto a sua falta."

"Ah, Caroline, também senti a sua falta." As duas se abraçaram emocionadas.

"Eu sinto muito pelas coisas idiotas que fiz e disse pra você. Eu perdi o controle. E me sinto tão culpada por ter causado tanto transtorno a todos vocês." A loira tinha olhos lacrimejados e um semblante tão arrependido.

"Carol, você não foi a única que meteu os pés pelas mãos. Eu também fiz coisas estúpidas e perdi o controle. Mas, agora eu voltei pra tentar conserta-las." Bonnie tinha uma postura tão decidida e ponderada tentando passar confiança para sua amiga. Meus olhos logo se encontraram com os verdes conturbados de meu irmão que apareceu na sala trazendo consigo Elena, Matt, Alaric e aquele que não desejava ver hoje.

"O que ele faz aqui?" Eu dizia rosnando ao ver Tyler ali quando ele foi o responsável por Sarah ter sofrido o tal acidente fatídico.

"Acha que eu quis que isso acontecesse? Acho que eu quis machucar ela?!" Tyler gritou tentando me intimidar com sua fúria.

"Você não machucou ela. Você a matou!" Eu quis pular em cima dele e estraçalha-lo, porém Ric e Stefan se colocaram entre nós nos impedindo de um confronto físico.

"Para de ser um hipócrita! O corpo de Tyler tremia furiosamente e seus olhos negros foram ganhando um tom diferente e sombrio quase como se ele tivesse a ponto de se transformar ali mesmo em lobisomem. "Você vem aqui me acusar e me chamar de assassino, quando você sempre foi um vampiro que matava por puro tédio." Tyler falava cruelmente me relembrando de meus crimes do passado. "Aliás, não foi você que teve coragem de assassinar friamente os pais de Sarah e quase a matou quando ela ainda estava no ventre da mãe?" Engoli em seco vendo Matt, Alaric e Caroline me olharem com certa repulsa e eu não poderia culpa-los.

"Ei Tyler, fica calmo! Damon também está nervoso. Aliás, todos nós estamos. Mas, não é hora de brigarmos entre nós e ficarmos nos acusando." Elena dizia tentando manter algum controle da situação. "E Damon. Você agir assim, também não vai ajudar." Agora a voz da minha ex-namorada tinha um tom impaciente. A culpa não foi do Tyler!"

"Elena tem razão. A culpa não foi do Tyler. Foi minha. Eu desafiei Kai e ele se vingou da pior forma possível." Meu irmão possuía uma sombra de agonia. Eu sei que ele deveria estar ainda mais sofrendo com a ausência de Sarah.

"Na verdade eu acho que a culpa é minha." Todos se silenciaram olharam para Bonnie enquanto ela falava. "Eu estava tão desesperada pra sair do mundo prisão que acabei confiando na pessoa errada e fiz até um pacto com o inimigo." Ela fez uma pausa parecendo envergonhada e triste. "Eu acabei criando toda essa situação entre nós. E quando eu quis quebrar esse pacto às coisas saíram ainda mais do controle. Eu desafiei Kai e agora ele quer me punir usando uma pessoa inocente. Mas, ninguém mais vai se machucar. Porque eu não vou permitir." Quando ela disse aquelas palavras senti que o meu próprio coração morto doeu de agonia. Eu prometo que eu vou parar aquele bruxo custe o que custar."

"Mas, você não vai enfrentar aquele sociopata sozinha." Dizia Ric dessa vez parecendo sóbrio olhando para Bonnie. "Essa luta não é só sua. É nossa!"

"É. E juntos nós podemos ser fortes pra salvar Sarah e derrotar Kai. E impedir esse casamento bizarro." Ouvi Matt dizer sorrindo com simpatia para a bruxa.

"Lutando juntos, como nos velhos tempos." Ouvimos Elena falar otimista e fazendo todos concordarem em silêncio, com exceção de Bonnie que não parecia tão convencida.

"Nós podemos fazer isso, Bonnie. Podemos parar Kai juntos, porque somos uma equipe. A gangue de Mystic Falls!" Caroline apertou sua mão sobre a de Bonnie em reconhecimento.

"Sim. Somos a gangue de Mystic Falls. E já vencemos outros inimigos porque sempre estivemos juntos." Tyler dizia parecendo mais controlado. Percebi ele trocar um olhar cúmplice com a vampira loira.

"Essa é vantagem que temos sobre ele. A nossa amizade!" As palavras de Stefan pareciam mexer com a minha pequena bruxa e, talvez, isso era tudo o que ela precisava... Inspiração!

"E temos Bonnie, a nossa Bruxa da cidade." Eu pensei em voz alta fazendo todos rirem, inclusive Bonnie. "Nós acreditamos na sua força, Bonnie. E na sua esperança inabalável." Olhei profundamente em seus verdes demonstrando uma fé que até me surpreendia.

"Vocês tem razão. Vocês são os meus amigos, mesmo com nossas diferenças." Bonnie decidiu se pronunciar. "Vocês são o mais próximo de uma família que eu tenho. E eu tô pronta pra enfrentar qualquer desafio ao lado de vocês. Mas..."

"Mas..." Decidi lhe questionar apreensivo confrontando os seus verdes indomáveis. Porém, antes de obter a sua resposta, fomos interrompidos pela chegada de Lucy e Abby trazendo com elas alguém muito inesperado. "O que ele está fazendo aqui?!" Rosnei furioso.

"Ele vai levar a noiva até o altar." Abby me respondeu indiferente, causando o maior alvoroço na sala.

Ah, como eu estava querendo matar alguém agora!

"Senhor Salvatore, é melhor você tirar o seu irmão daqui, agora!" E, assim, Stefan me forçou a se retirar da minha própria casa antes que eu realmente matasse aquele velho.

 

 

 

Bonnie

 

"Querido diário.

Hoje era pra ser o dia mais feliz da minha vida. Eu estava à um passo de subir no altar e me casar com um homem inteligente, charmoso, alegre e com um grande coração, quando inesperadamente, es que o novo líder dos Gemini, decidiu reaparecer em minha vida. No dia que era pra ser O Meu Dia, só pra me desestruturar. Logo agora que estava pronta pra dar um novo passo em minha vida. E como se não bastasse aparecer assim, ele ainda vem e me implora pra fugir de novo. Pra fugir porque ele é infeliz em seu casamento. Pra fugir porque ele odeia ser líder daquele Clã. Pra fugir porque ele descobriu que Rosalin mentiu pra ele. Que seus gêmeos Malachai e Josette não são seus filhos, mas sim filhos do seu irmão. Joshua queria fugir, acima de tudo, porque ainda me amava e queria nos dar uma chance pra recomeçar. Só que era tarde demais pra nós dois..."

 

Quando comecei a ler aquelas páginas eu estava perplexa. Eu bem que quis desacreditar daquilo, mas era inegável, as letras eram de minha avó. O diário era de Sheila. E eu também sabia que o diário havia sido entregue a minha mãe, após a morte de minha avó.

"Por que você nunca nos falou sobre o diário da vovó?"

"Por que só agora há meses atrás, eu tomei coragem e decidi ler o diário de minha mãe. E, curiosamente, acabei descobrindo sobre o romance secreto entre Sheila e o líder do Clã Gemini." Então, Abby apareceu acompanhada surpreendentemente de Joshua Parker, que me olhava parecendo nervoso.

Agora tudo fazia sentido, desde o modo como Joshua falava de Sheila perante seu Clã naquele jantar em Portland.

"Eu não sei se posso confiar nele, mãe." Falei desviando os olhos do homem mais velho. Afinal, ele era o pai de Kai, apesar de não ser o pai de sangue dele.

"Se te serve de alívio. Eu realmente estou aqui pra corrigir um erro que vem sendo cometido há anos. Acho que está na hora da verdade vir à tona." Logo, descobri a que Joshua se referia.

Como Kai não era filho de Joshua, portanto sua fusão com Josette não teve valor algum. Sem contar que Joshua na real ainda é o verdadeiro líder do Clã, mesmo que nem seu próprio Clã saiba disso.

"Eu não entendo. Se Kai não era o seu filho, como você o manteve como o líder do Clã até agora?"

"Para mim ser o chefe do Clã Gemini era um fardo, assim como o meu casamento sem amor que eu já não suportava mais carregar." O homem parecia muito franco e direto. "Quando Kai voltou obcecado pra se vingar do Clã e obcecado por ser o líder, eu vi nisso a minha chance de ser livre desse fardo. Então, eu deixei Kai e Josette brigarem pela liderança do Clã e, ao mesmo tempo, eu pude proteger Liv e Luke de um destino ruim como o meu, quando sofri a Fusão. E também deixando Kai ser o chefe do Clã, eu estaria me vingando de todos aqueles que me tiraram tudo, inclusive de Rosalin que tinha medo do próprio filho."

"Então, o Clã e suas regras teriam que se sujeitar a ser liderados por um assassino." Foi Abby quem afirmou sarcástica. Resumindo: Joshua queria ver o circo pegar fogo. Mas, em algum ponto, ele mudou de ideia.

"Mas, quando Kai me contou sobre você todo entusiasmado, algo mudou. E comecei a ver toda essa situação sob uma nova perspectiva." Joshua olhou profundamente em meus olhos tentando me persuadir. "Só você tem o poder de salva-lo ou condená-lo de vez. A escolha é sua."

"O que Joshua quer dizer, é que temos um plano. Mas, vamos precisar que você mantenha Kai sob controle. Você é a última peça que faltava pra por o plano em ação." Eu fiquei ali entre os dois bruxos, tentando absorver cada informação.

Se queríamos vencer Kai precisaríamos de um plano. Então, Joshua e Lucy apareceram com uma solução que poderia salvar a todos sem que ninguém mais saísse machucado. Uma solução que poderia até mesmo salvar Kai dele mesmo. E pra que o nosso plano contra Kai desse certo, precisaríamos de três coisas essenciais: Primeiro de Joshua o verdadeiro líder do Clã, depois de uma bruxa Bennett com o seu dom especial e, por fim, um grande evento celestial. O grande problema era que não estávamos em época de ter grandes eventos celestiais como um Eclipse ou a passagem de algum Cometa próximo da Terra e etc. Mas aí, me lembrei que antes de partir de Nova Orleans, ao me despedir de Davina, a bruxa me surpreendeu ao me presentear com um Talismã de rubi.

"Eu acho que nem tudo está perdido, Bonnie. É só você usar esse Talismã com sabedoria, que no fim, tudo vai dar certo." Eu sorri ao me lembrar das palavras otimistas de Davina.

O Talismã de rubi, além de servir de uma proteção extra, poderia ser usado pra canalizar energia do próprio sol e usá-lo pra fortalecer qualquer magia. Ou seja, eu não precisaria de um evento celestial para me tornar mais forte. Entretanto, o poder que o tal Talismã possuía era também perigoso e poderia se tornar incontrolável e até mortal, por ser uma magia ancestral muito poderosa. Mas, resolvi me arriscar mesmo assim.

"Esse Talismã que você ganhou da outra bruxa, eu posso sentir que é muito poderoso." Dizia Abby ao tocar no Talismã sob meu pescoço. Era curioso como minha mãe ainda possuía uma forte áurea psíquica, mesmo sendo uma vampira.

"Você acha que eu posso fazer isso?" Decidi questionar a minha mãe, pois ela foi quem esteve próxima de vovó e deve saber se o que Joshua diz, poderia realmente ser verdade.

"Você é uma Bennett, neta de Sheila e tem o mesmo sangue poderoso de Qetsiyah. E é muito teimosa. Capaz de tudo pra proteger quem você ama." Ela se aproximou de mim segurando os meus ombros, tentando me encorajar.

"Mas, isso não quer dizer que eu possuía o mesmo Dom." Eu dizia frustrada.

Eu descobri que entre tantos dons, Qetsiyah também possuía a habilidade de criar vários universos como o próprio Outro Lado que, aliás, foi criado como se fosse o purgatório para as almas dos sobrenaturais quando morriam. Eu mesmo já fui até a Âncora entre o lado dos vivos e dos mortos. Além disso, ainda havia Sheila que assim como Qetsiyah foi capaz de recriar uma prisão para punir Kai. O Mundo Prisão era um universo retrô, a prova das habilidades de vovó que, curiosamente, eu também cheguei a conhecer.

Tanto Lucy quanto Joshua acreditavam, que não foi por acaso, que eu sobrevivi quando o Outro Lado desmoronou e fui parar na Prisão de Kai. E Eles também acreditavam que Sheila sabia que eu poderia entrar e sair de cada um desses universos, porque possuía o mesmo dom. O dom de recriar multiuniversos. Mesmo Abby sendo um pouco cautelosa sobre isso, passou a acreditar que as teorias de ambos os bruxos fazia muito sentido. E acreditar nisso, era a nossa única saída.

"Eu nem sei que tipo de universo poderia criar pra prender Kai de novo. E nem sei se uma prisão seria a solução certa." Afinal, Kai ficou quase 20 anos preso naquele universo retrô e quando saiu ele estava sedento por vingança. A prisão que era pra puni-lo e fazê-lo se arrepender dos seus crimes, apenas fortaleceu todo o seu ressentimento e o tornou ainda mais cheio de ódio. Um alguém tão perigoso quanto imprevisível.

"Então, não crie uma prisão. Crie um lar. O lar que Kai nunca teve. Um lar que eu não consegui dar a ele." As palavras de Joshua me abalaram profundamente. Eu sabia qual era o objetivo dele.

O bruxo mais velho queria que eu de alguma forma resgatasse Kai. Mas, como salvar alguém que não quer ser salvo? Alguém tão frio, manipular e cheio de ódio em seu coração. Alguém que deixou a escuridão lhe dominar e...

"Ei pessoal. Preciso roubar um pouco a noiva." Caroline apareceu com uma postura irônica me puxando para me arrumar para o meu... casamento nada feliz. "Bom se vamos fazer isso, que seja pelo menos organizado." E organização era com Caroline mesmo.

Vou me vestir devidamente como uma noiva para o Seu Casamento e torcer pra que o nosso plano desse realmente certo.

 

 

 

Damon

Entre revirar a cidade em busca de Sarah e se preparar para um casamento que nunca irá se concretizar, Eu e Stefan decidimos nos afastar dos outros e ter uma conversa entre irmãos. Ele me contou detalhes sobre as últimas 24 horas, a começar por ele e Sarah terem transado e, durante o ato sexual Stefan perdeu o controle, bebeu o sangue dela e quase a matou. Sarah ainda o viu na sua versão monstruosa o que lhe despertou pânico. Nesse meio tempo, Kai apareceu vingativo causando o maior caos.

Agora Tyler sem querer matou a Sarah, assim reativando o seu lado lobisomem. Mesmo que tecnicamente, Sarah ainda esteja lá como se fosse um espírito vagando perdido em algum lugar com Kai. Sei que ela não será mais a mesma, porque sua vida humana não existe mais. A jovem está em transição, mas se falharmos em encontra-la, ela irá morrer. E se ela completar a transição, qualquer chance de uma relação amistosa entre nós, provavelmente será impossível, pois agora a garota já deve saber de toda a verdade sobre nós. Ela deve saber que eu fui o assassino dos seus verdadeiros pais e que todo esse tempo a sua vida foi uma mentira, toda manipulada por Stefan.

"Você tinha razão. Eu deveria ter me afastado dela. Eu estraguei tudo dessa vez. Eu coloquei Sarah em perigo porque fui imprudente. E eu me odeio por isso." Sim. Stefan foi muito irresponsável e até egoísta. E uma parte minha até queria culpa-lo e descontar toda a minha raiva nele, mas percebi que isso só causaria mais transtorno entre nós. Além do mais, meu irmão já estava se punindo, então, preferi deixá-lo pra confrontar a sua própria consciência.

"Ei irmão. Todos nós tivemos a nossa parcela de culpa." Eu soltei um suspiro cansado, mas eu estava decidido a se manter firme e pronto pra qualquer batalha. "Como prometemos lá na sala, temos que ficar juntos. Porque juntos, o grupo é mil vezes mais forte." Eu estava sinceramente me apegando a essas palavras.

Minutos depois, fomos avisados por Ric que ele e Matt já estavam na igreja de Mystic Falls junto com aquela droga de Clã. Ric também me disse que Kai me queria lá pra assistir Bonnie toda vestida de noiva, exatamente na hora do SIM! Aparentemente, Kai estava lá agindo como o noivo à espera de sua noiva, achando que iria esfregar a sua vitória na minha cara.

Ah, mas aquele sociopata está apenas se iludindo, achando que pode controlar as nossas vidas. Que cara mais doente!

Enquanto isso, Caroline, Elena, Lucy e Abby ainda estavam com Bonnie na mansão Salvatore. Ao me lembrar da pequena bruxa, decidi que tinha que estar lá pra vê-la antes de qualquer coisa.

"Preciso falar com Bonnie antes da droga da CERIMÔNIA!" Enfatizei com escárnio.

 

 

 

Bonnie

Eu estava no quarto de hóspedes que ficava ao lado do quarto de Damon terminando de me arrumar. Parei para me olhar no espelho, observando o vestido de noiva branco todo delicado sobre o meu corpo. Por fora eu parecia uma jovem noiva comum, mas por dentro eu parecia um soldado indo pra guerra. A minha mente estava a mil, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo. Até que meus pensamentos foram interrompidos por Caroline e Elena que timidamente decidiram me fazer companhia. Ambas estavam vestidas elegantemente para o tal casamento, Caroline de vestido azul curto e Elena de vestido bege comprido.

"Olha só pra noiva, tá linda." Disse Carol tentando me animar. "Apesar das circunstâncias, eu acho que deveríamos beber um pouco." A loira agora segurava uma garrafa de champanhe, enquanto Elena também se juntava a nós trazendo três taças vazias.

"Pena que essa noiva, não pode estar mais deslumbrante, porque o noivo é um lunático." Elena parou perto de mim dividindo as taças que Carol tratou logo de preencher com champanhe. E, enquanto bebíamos, percebi os olhos castanhos de Elena meio tristes e meio preocupados. "Olhar pra você assim, me faz lembrar dos nossos planos quando éramos criança. Você se lembra?"

"Sim. Nós prometemos que nós três iríamos nos casar juntas." Eu disse trocando um sorriso genuíno com elas. Me lembro que tínhamos 12 anos na época e já tínhamos tantos sonhos. E sempre planejamos realizar esses sonhos juntas, porque acreditávamos que nossa amizade seria eterna.

"E também me lembro, que planejamos que só se casaríamos, quando encontrássemos os caras certos." Caroline tinha razão, era a parte mais importante do plano: Casarmos com aquela pessoa especial. Mas, o mundo gira e tudo muda. Os sonhos se desfazem e os planos não se concretizam ou são adiados por várias vezes, até que sejam abandonados. "Sinto falta daquele tempo. Falta do tempo onde a vida era mais fácil. Sinto falta dos nossos planos que eram tão simples. Sinto falta de quando éramos nós três. Apenas as três meninas super poderosas, contra o mundo." Enquanto Caroline falava nós três entrelaçamos nossas mãos e nos perdemos nessas lembranças tão nostálgicas.

"Queria poder criar uma máquina do tempo e poder voltar naquela época, onde nossas vidas eram tranquilas, normais e eram perfeitas assim." Elena sussurrou tentando segurar a emoção. "Voltar pra quando ainda havia meus pais, Jer e tia Jenna. Quando ainda havia Matt com a sua família que não era perfeita, mas ainda era a sua família."

"Eu sinto falta até das broncas da Xerife Forbes." Nós rimos disso, enquanto víamos os olhos azuis da exuberante loira lacrimejarem. E de repente, nos abraçamos tentando reconforta-la. "Eu até sinto falta dos vestidos deslumbrantes, que Carol Lockwood usava como Primeira Dama da cidade."

"Sim. Ela tinha bom gosto." Assentimos em uníssono.

"Ah, nós também não podemos esquecer do bolo de milho e do chá de canela da vovó Sheila." Elena disse me fazendo lutar pra não chorar também.

"Nossa, se eu fechar os meus olhos, posso sentir até o cheirinho daquele chá de canela que só vovó sabia fazer." Murmurei com a voz embargada. "Eu sinto tanto a falta dos conselhos dela. Eu sinto até saudade das brigas entre ela e papai, por mais inusitado que isso seja."

"O que importava era que elas... Todos elas. As nossas famílias modernas e meio desajustadas, sempre estavam lá pra nós. E isso era tudo o que importava." Assentimos silenciosamente com a nossa amiga loira. "Nossa! Estamos amassando o seu vestido." Nos afastamos do abraço, enquanto Caroline tentava ajeitar a saia e a cauda do meu vestido que se arrastava no chão quando eu me movimentava.

"Eu não me importo..." Parei de falar quando meus olhos se encontraram com alguém inesperado que decidiu se fazer presente. Seus azuis me avaliaram meio hipnotizados, por um instante, até que ele resolveu desviar seu olhar de mim. Senti que ele estava nervoso e perturbado.

"Não queria interromper o momento de vocês. Que, aliás, é um belo momento entre três amigas, que nunca deveriam se separar." Eu sorri admirada por suas palavras. Percebi que ele estava nervoso, mas apesar de toda essa situação, Damon teve a coragem de roubar nossa garrafa de champanhe.

"Ei, o que você acha que tá fazendo? Seu ladrão de champanhe!" Mas, Damon ignorou nossos protestos e ainda bebeu direto do gargalo da garrafa.

"Relaxem! Eu também queria dizer apenas uma coisa... E isso é sério!" Ele suspirou olhando entre nós três. "Eu sinto muito por tudo. Tudo mesmo! Eu queria dizer que me arrependo muito das coisas terríveis que fiz no passado. Eu sinto muito pelas pessoas que eu já machuquei. Ele trocou um olhar rápido com Caroline, como se tivesse pedindo perdão pra ela. Eu sinto muito pelas mortes também. E hoje eu me arrependo muito de cada erro. Mas, não importa o que vai acontecer hoje, eu vou lutar pra fazer as coisas serem melhores entre todos nós. Por que eu sinto que isso é o mais próximo de uma família que eu tenho. E eu gosto disso."

"Ah, mas você não veio aqui só pra dizer isso?" Caroline falou sarcástica brincando com a situação.

"Não. Eu sei que estamos contra o tempo. Mas, eu tinha que ver a noiva." Ele revirou os olhos, irritado. "Eu só preciso de alguns minutos."

"E você não vai querer raptar a noiva?" Carol colocou a mão na cintura parecendo uma mãe dando bronca em seu filho mimado. Embora pensando bem, Damon às vezes parecia uma criança muito mimada.

"É tentador." Ele disse malicioso dando um sorriso torto. "Mas, relaxa Barbie, tentarei ser breve." Ele entregou a loira a garrafa completamente vazia só pra provoca-la.

"Caroline, vamos! Eu acho que estamos sobrando aqui." Me lembrei de Elena ali e vi que ela ainda parecia muito afetada pelo vampiro e me senti culpada.

"Elena!" Decidi chamá-la antes de nos deixar sozinhos.

"Sim, Bonnie." Ela parou me olhando tranquila.

"Eu... Você está bem?" Eu nem sabia o que deveria perguntar.

"Eu vou ficar bem quando isso acabar e todo mundo estiver seguro. E você estiver longe de Kai. Isso é o que importa mais, Bonnie. O resto a gente vai superando e se acostumando aos poucos. Mas, eu acredito que tudo ficará bem." Ela trocou um olhar amigável com Damon e me desejou uma BOA SORTE, antes de sair.

 

*****

 

"Você vestida assim seria perfeito se fosse para uma circunstância diferente." Eu me aproximei dele tentando arrumar a sua gravata, enquanto ele desabafava. "Só não é perfeito porque esse casamento é uma mentira e porque o noivo não sou eu." Ele segurou as minhas mãos em seu peito, onde deveria estar o seu coração morto.

"Damon falando sobre casamento... É tão estranho." Nós dois rimos pra descontrair. "Você não é o cara que seria capaz de se amarrar assim." Subi minhas mãos até seus ombros, lhe massageando como se quisesse livra-lo de toda a tensão.

"Ah, meu passarinho!" E lá estava ele de novo com um novo apelido bobo pra mim. Passarinho, até que era fofo. "Por você eu faria muitas coisas. Até mesmo encarar um casamento. Eu me amarraria em você por toda a eternidade." E se o seu coração morto não poderia pulsar, o meu estava pulsando incessante por nós dois, enquanto eu ainda navegava nas profundezas de suas órbitas azuis.

Damon tem o meu coração em suas mãos, para fazer o que quiser com ele e isso era assustador. Que dizer, eu não temia o que eu sentia por Damon, pelo contrário, esse sentimento que cultivava por ele, só parecia me fazer se sentir livre, feliz e completa, algo que nunca havia sentido de verdade. Entretanto, esse sentimento também poderia nos destruir, porque do outro lado existia Kai Parker e todo o seu desejo de poder e controle. Por mais que aquele sociopata tivesse uma carinha de anjo o que ele ainda escondia em seu coração era sombrio e cheio de muita escuridão. Uma escuridão que também passou a crescer dentro de mim.

"Damon. Você não deveria estar lá. Você sabe bem o porquê." Falei em tom duro. "Não gosto da ideia de você e Kai no mesmo lugar."

"Então, estamos quites. Porque também não gosto de você e ele no mesmo lugar." Nos olhamos intensamente, mostrando como dividimos uma teimosia em comum, onde ninguém quer ceder.

"Damon você é o meu ponto fraco e Kai sabe disso. Tudo o que eu quero..."

"É me proteger. Eu sei. E tudo o que eu quero também é lhe proteger." Desviei os meus olhos já sentindo que iria perder essa batalha. "Ei, olha pra mim." Damon ergueu meu queixo me forçando a lhe olhar. "Você não precisa agir assim. Vai ficar tudo bem." Porém, sua postura não parecia tão convincente. "Eu sei que as coisas vão se complicar. E isso me assusta. Mas, eu prometo que seja como for, nós estaremos juntos nisso. Eu não vou deixar você casar com ele. Não mesmo!" Eu quis me afastar já se sentindo nervosa e frustrada, mas ele não deixou. Damon desceu suas mãos em minha cintura me mantendo em seus braços.

Ah, se Damon soubesse o que eu estava decidida a fazer...

"Nós não vamos deixar Kai vencer mais uma vez, porque vamos estar trabalhando lado a lado, como uma dupla imbatível." Encostei minha testa na dele, deixando que suas palavras me reconfortassem. "Só me prometa que não vai fugir."

"Eu prometo!" Sussurrei antes de chocar minha boca na sua, beijando-lhe com toda paixão e urgência. Naquele beijo tão doce e vicioso, eu poderia sentir todo o seu amor e até o seu desespero.

Nós éramos duas almas indomáveis, desejando fazer aquele momento permanecer pra sempre em nossas boas lembranças...

 

 

 

Kai

Eu estava tentando esconder o meu nervosismo e ansiedade, enquanto via todo o Clã se reunindo na pequena Igreja de Mystic Falls. Meus irmãos Luke e Olívia não estavam muito animados. Principalmente Liv, que além de estar contra a sua vontade aqui sendo a minha madrinha de casamento ao lado de Luke, ainda estava sofrendo pelo rompimento de seu namoro com Tyler.

Mas, quem se importava com o rompimento deles?

Era por isso e outras coisas, que eu achava que o amor era uma grande baboseira. Uma mera ilusão, por mais controverso que isso pudesse ser, já que para alguém que desacreditava no amor, hoje eu estava pronto pra me casar. Porém, casamentos muitas vezes, é apenas um arranjo cheio de interesses que nada tem a ver com amor. Muitas vezes são mais sobre poder. Meu casamento, por exemplo, será tudo sobre poder e vingança.

Entretanto, uma pequena parte minha ainda estava agitada demais, por outro motivo. Algo muito mais profundo... uma vozinha que ficava ecoando dentro de mim, me censurando. Dizendo que eu estava mentindo pra mim mesmo, porque no fundo... No fundo, esse casamento significava muito mais pra mim, do que queria admitir. No fundo, eu talvez fosse como qualquer noivo à espera de sua linda noiva. Ansiando estar com ela. Ansiando vê-la entrar pela igreja, toda vestida de branco e dizer "Sim!" E aquele SIM, significava muito.

"Kai só vim te avisar que Elena, Caroline e... Damon. Já chegaram." Luke apareceu hesitante, dando a notícia me deixando alvoroçado.

"Então, ele veio mesmo?!" Era pensando nisso que queria o vampiro aqui também. Queria Damon para vê-la comigo, ao meu lado.

Eu queria Damon aqui para vê-la dizer: "Sim!" Uma simples palavrinha, que se tornaria a salvação de Sarah, a derrota de Damon e o meu triunfo sobre todos. Principalmente, meu triunfo contra a bruxa.

Pra cerimônia começar, agora só faltava chegar... A noiva!

 

 

{Continua...}

 


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Notas finais do capítulo

E agora quem poderá lhes defender? Hahaha risada maligna do Kai. No final tudo pode acontecer. Pra essa reta final decidi me inspirar em vários eps aleatórios da serie como o 6x21, 6x22 e 8x15 ambos os eps de TVD tem em comum casamentos, que bem... terminaram meio trágicos né. Veremos se vocês vão sofrer como eu sofri nessa reta final de Lost in Paradise. É tanta emoção! Então, até o próximo capítulo!!!



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