Lost in Paradise escrita por Drylaine


Capítulo 29
Amores Roubados...




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Bonnie

"Lucy aonde você foi?" Atendi o telefone ansiosa pra falar com ela, enquanto Damon havia me deixado por uns minutos sozinha.

"Ah priminha, relaxa! Eu tinha as minhas próprias coisas pra fazer. Mas, agora já estou voltando. E você e Damon estão aproveitando a lua de mel?" Um sorriso tímido se fez em meus lábios, ao se lembrar dos lindos momentos que tenho passado, ao lado daquele vampiro arrogante e sexy.

"Estamos bem. E acho que devo lhe agradecer muito, porque tenho passado bons momentos que me fazem tão feliz, leve, querendo apenas viver esse amor louco com Damon. Tudo é quase perfeito." Até me lembrar sobre meu sangue que pode estar envenenado e o fato de Kai ainda ter poder sobre mim, me deixando perturbada.

"Por que QUASE PERFEITO? Você e Damon ainda não transaram?"

"Sim, transamos e foi maravilhoso. Só que... Algo aconteceu quando ele bebeu o meu sangue. Ele quase morreu."

"O quê? O que aconteceu?"

"Meu sangue queimou ele, como se fosse ácido ou verbena. Então, agora sei que não devo compartilhar o meu sangue com ele. Tenho medo."

"Então, sua ligação com Kai não chegou a ser quebrada?"

"Eu não sei! Mas, há uma parte minha muito forte que se sente muito mais conectada a Damon. E outra parte menor que eu sinto que possui uma sombra de escuridão que ainda pertence a Kai."

"Droga! Então, talvez, Kai fez algo."

"Sim. Eu e Davina achamos que Kai envenenou o meu sangue. Mas, tem que ter um jeito de reverter isso. Eu só sei que se o plano dele era matar Damon. Ele falhou. E, agora farei tudo pra impedir que Kai tente isso de novo." Falei determinada sentindo a presença do vampiro se aproximar.

"Bonnie vê se não vai fazer nenhuma loucura..." Mas, eu a interrompi se despedindo dela rapidamente, antes que Damon notasse algo estranho. "Lucy temos que ir. Damon está te mandando um Beijo!" Murmurei tentando agir o mais natural possível. E decidi me concentrar apenas na beleza estonteante do meu doce vampiro.

Damon estava lindo e impecável como sempre, vestia-se de forma despreocupada e simples com uma calça jeans azul que se agarrava bem em suas pernas musculosas e uma camisa verde clara de mangas compridas e de três botões que ficava aberta expondo seu peito forte e pálido que eu achava sexy. Dessa vez, ele deixou de lado a jaqueta de couro. Mas, o que sempre iria chamar atenção por onde passasse era a sua postura majestosa e meio predatória, que arrancava suspiros de algumas moças que vagavam pelas ruas de Nova Orleans. E Damon gostava de se vangloriar sobre isso, sobre o quanto ele poderia apenas sorrir torto ou piscar seus lindos olhos azuis e deixar qualquer uma fraca das pernas, inclusive eu que nunca iria admitir em voz alta. E havia um lado meu meio ciumento que eu tentava esconder e isso só fazia ele se divertir mais.

"Você sabe, todas podem me cobiçar a vontade. Mas, o meu coração só tem lugar pra uma única bruxinha." E, então, ele me seguraria em seus braços e me beijaria várias vezes sem o menor pudor, fazendo eu esquecer de tudo. O vampiro também parecia mais leve e havia um brilho no olhar cada vez que nossos olhos se encontravam. E uma eletricidade entre nós, cada vez que nos tocávamos, enquanto caminhávamos de mãos dadas, apreciando os lugares diferentes da cidade e toda a sua história, ou a sua própria arquitetura, ou a sua beleza artista, com suas apresentações de rua e as bandas de sopro que achamos tão bem em sintonia com a cidade. Enfim, tudo em Nova Orleans parecia respirar arte e tinha aquele ar sedutor de mistério, que também criava um belo cenário romântico.

Após nosso breve passeio pela cidade, nós paramos num restaurante e almoçamos juntos parecendo um casal que estava curtindo sua lua de mel, tentando aproveitar cada pequena coisa, seja conversando coisas bobas ou até brigando como nos velhos tempos. Era quase confortável e normal estarmos de novo juntos. Por breves momentos eu consegui esquecer de todos os meus medos e problemas que sei que tinha que enfrentar lá fora. Depois acabamos surpreendidos por uma chuva fina e fria que nos forçou a retornar para o apartamento alugado, com nossa roupa toda molhada.

"Uhhh que frio!" Eu gaguejei parando na frente da lareira que Damon havia acabado de acender pra nos aquecer. Enquanto ele estava entretido com a lareira, eu fui me livrando dos sapatos e das minhas roupas molhadas ficando apenas com uma lingerie preta, em seguida, me aproximei dele lhe abraçando por trás e lhe beijando suas costas por cima da sua camisa também molhada.

"Alguém sentiu a minha falta." Ele dizia malicioso se virando pra mim e colando nossos corpos. Em resposta decidi lhe calar com um beijo atrevido, passando suavemente a língua pelo seu lábio inferior e levando um tempo precioso saboreando o seu sabor.

"Quais são seus planos pervertidos pra esta noite?" Murmurei entre beijos enquanto o ajudava a retirar a sua camisa molhada. Minhas mãos subirem até seu pescoço lhe acariciando sua nuca e sentindo como seus dedos frios apertavam minha cintura me prendendo fortemente contra o seu corpo.

"Meus planos são simples..." Ele me deu um beijinho rápido só pra me provocar. "Vou fazer você perder todo controle. Te deixar louquinha por mim. Tanto que você vai implorar por mais e mais e mais até ficar sem fôlego." Sua voz foi ficando cada vez mais rouca, enquanto seus lábios salpicavam beijos por meu pescoço, nuca e clavícula. "Acima de tudo, vou te satisfazer como a minha pequena bruxa merece."

"Eu gostei da ideia!" Eu sorri roçando meu nariz carinhosamente sobre o seu e instintivamente me esfregando nele sem a menor vergonha, fazendo ele grunhir insano.

"Eu também gostei dessa lingerie. Mas, só acho que você fica melhor pelada." Logo, Damon encontrou o feixe de meu sutiã se livrando dele também e descendo seus lábios até meus seios intumescidos pelo frio e do seu próprio toque ávido. O vampiro agilmente me ergueu em seu colo e me encurralou entre seu corpo musculoso e a parede fria da sala. Eu podia sentir sua língua fria e macia descer por entre meios seios e parar sobre aquela cicatriz que era um lembrete que eu odiava. Um lembrete da crueldade de Kai e isso me deixava com vergonha e frustrada diante do olhar penetrante de Damon. "Ei, eu não me importo com essa cicatriz." Suas voz fez meu coração bater ainda mais descompassado.

"Mas, eu me importo! Você é todo inumanamente perfeito, magnífico e eu..."

"E você é toda linda e exuberante com as suas pequenas imperfeições." Ele me beijou carinhosamente sobre a cicatriz e voltou a me olhar com uma admiração que me cativava ainda mais. "Bon Bon, essa marca não tem que ser algo pra se envergonhar. Ou pra se lembrar daquele cara." Desviei o olhar ainda me sentindo tão insegura, mas o vampiro ergueu meu queixo me forçando a olhar no fundo de seus olhos e refletir sobre suas palavras. "Essa cicatriz pra mim sempre me fará lembrar da sua grande coragem e do seu irritante altruísmo..." Eu ri achando isso meio cômico e fofo ao mesmo tempo. "E de como você sempre foi capaz de sacrificar tudo por cada um de nós. Inclusive se sacrificar por mim. Mesmo que eu não merecesse..."

"Não. Para!" Eu disse desesperada enroscando meus dedos entre seus cabelos negros, lhe olhando através de verdes cheios de ternura. "Se eu me sacrifiquei por você... É porque você valeu a pena." Nos olhamos intensamente como se pudéssemos navegar nas profundezas de nossas almas e revelar tudo sem medo. "E eu me sacrificaria por você, várias e várias vezes."

"E eu nunca imaginei que eu poderia amar alguém assim, como eu aprendi a amar você." Damon sussurrou me prendendo mais em seus braços e beijando-me como se quisesse mostrar todo esse amor. "Eu acho que pela primeira vez, eu me sinto um homem de sorte com você. Obrigado meu passarinho!" Eu nem tive tempo de reclamar do meu novo apelido, pois quando dei por mim, já estávamos deitados no chão da sala completamente nus, com seu corpo grande e sólido se fundindo com o meu, com meu corpo pequeno e frágil languidamente se movendo na mesma sincronia com o dele.

Então, minhas mãos apertavam ferozmente o carpete da sala, quando sentia suas mãos gélidas e ousadas brincar com a minha pele sensível entre minhas pernas, ou quando seus lábios e dentes deixavam pequenas marcas em todo o meu corpo. Mas, eu também lhe tocava, lhe acariciava tentando desvendar o que aquele vampiro mais gostava. E continuamos assim, brincando de alternar nossas posições, sempre se desafiando, ou tentando domar o outro, mas no fim, ambos descobrimos que a melhor parte do sexo era a troca mútua, a vontade de satisfazer o outro da forma mais plena possível.

Enfim, aquecidos pela lareira, nós transamos no chão da sala como se não houvesse amanhã.

Tudo parecia quase perfeito, mágico e lindo...

Todavia, quando estava prestes a atingir o clímax, percebi que suas pupilas se dilataram e seus olhos azuis se escureceram, enquanto veias horríveis tornavam a sua face bonita e perfeita em algo monstruoso. Até que senti a ansiedade de Damon crescer como suas presas apareceram entre seus lábios. Então, eu sabia que toda a sua expressão era de alguém muito faminto e Damon estava faminto por meu sangue. Sei que ele queria meu sangue, porém eu tinha que para-lo, não por medo, mas pra mantê-lo seguro e vivo. Meu sangue estava envenenado, então, não poderia correr nenhum risco.

Maldito seja Kai Parker! Que de alguma forma, sempre tenta atrapalhar a minha vida...

"Damon olha pra mim." Comecei a passar as mãos sobre a sua face selvagem, tentando fazê-lo se controlar e voltar ao seu estado normal. "Você não pode beber o meu sangue. Por favor. É perigoso!" Eu estava praticamente lhe suplicando. "Eu te amo e eu preciso que você esteja sob controle por mim." Isso durou um segundo, até que ele se forçou a fechar seus olhos, fazendo sua expressão sombria lentamente se tornar inumanamente bonita e angelical.

"Eu sinto muito." Ele murmurou cheio de vergonha e arrependimento, tentando se afastar de mim, mas eu não deixei.

"Damon, você conseguiu controlar a fera dentro de si por mim. É isso que importa." Eu disse lhe acariciando seu belo rosto. "Podemos dizer que nós dois temos a nossa própria versão da Bela e a Fera." Minhas palavras provocaram um sorriso genuíno em seus lábios.

"Bon Bon, eu preciso que saiba, que não importa o que aconteça... Eu prefiro morrer a machucar você." Eu abracei ele tentando lhe reconfortar e mostrar que eu confiava nele como nunca confiei em mais ninguém.

"Idem!" E, enquanto segurava seu rosto entre minhas mãos, olhando nas profundezas de suas órbitas azuis, eu sabia que seria capaz de qualquer coisa pra mantê-lo seguro...

 

 

 

 

Kai

Droga! Eu posso sentir que algo está diferente em mim. Eu não consigo sentir tanto a presença de Bonnie como antes. Algo me dizia dentro de mim que nosso vínculo de alguma forma enfraqueceu. Meu maior temor era que ela tivesse conseguido quebra-lo. E se isso aconteceu, quer dizer que meus planos deram errado e Damon ainda deveria estar vivo com ela em seus braços.

"Você ainda não entendeu? Você não pode me machucar sem machucá-la. Você não pode me matar sem mata-la."

E, ironicamente, essas palavras que eu havia dito pra Damon agora pareciam voltar a me bater na cara.

"Nós temos uma ligação. E nem você e nem ninguém pode quebra-la."

Eu poderia até possuir uma ligação de sangue com Bonnie. Eu poderia ter até o total controle sobre a bruxa, mas era Damon quem realmente possuía um vínculo inquebrável com ela. Era Damon que tinha controle sobre os sentimentos dela, que estava presente em sua mente e em seu coração. Era Damon que tinha ela a vontade em seus braços. Eu sabia que não poderia afastar Bonnie daquele vampiro, mesmo que eu lhe ameaçasse. Contudo, eu ainda era Kai Parker e não iria admitir fraquejar depois de tudo o que fiz para conquistar o poder dentro do meu Clã e, ainda conseguir me vincular a Bonnie. Sendo assim, decidi que era hora de ir buscar a minha bruxinha, aonde quer que ela estivesse. E seus amigos seriam obrigados a me levar até ela, por bem ou por mal.

"Kai, apenas me escute!" Ouvia a minha mãe exprimir parecendo preocupada e isso só me deixava mais irritado. "Pense bem, você está tentando força-la numa vida que ela não quer. Todos já estão comentando sobre o casamento. Todos viram como a jovem Bennett cuspiu em nossas regras e tradições." Sim, isso era verdade. Eles não estavam gostando de ver Bonnie cuspir em nossas tradições.

"Não importa. Quando a bruxa Bennett se casar comigo, ela terá que se submeter às nossas regras e tudo vai mudar." Falei intransigente confrontando a velha bruxa que me olhava perplexa.

"Você é tão tolo como seu pai. Eu posso ver a história se repetir."

"Que história? Você está se tornando uma velha caduca!" Vociferei sem o mínimo de educação, pois há anos já não conseguia vê-la mais como minha mãe.

"Seu pai Joshua se tornou um homem tão duro e frio com a sua família, por culpa de uma Bennett." Eu paralisei perplexo, achando que eu tinha ouvido errado. "Foi por culpa dela. Daquela maldita Bennett! Que seu pai te rejeitou."

"Do que você está falando?" Inquiri tenso sentindo o meu coração acelerar nervosamente.

"Você não percebe, mas aquela bruxa fará com você, o mesmo que Sheila Bennett fez com seu pai. Ela o destruiu de tal forma que o tornou tão cruel com o seu próprio filho." Eu comecei a rir insanamente, debochando daquela mulher.

"Você tá ficando uma velha louca!" Então, ela me deu um tapa na cara, usando toda a força que tinha.

"Eu não sou louca! Só estou tentando te salvar. Você não sabe, mas Sheila e Joshua foram amantes. Ele queria nos abandonar e fugir com ela. Mas, a bruxa Bennett lhe rejeitou. Então, Joshua voltou pra casa completamente ressentido e frio. E ele descontou seu ressentimento em nós e, principalmente, em você."

"Isso é mentira. Sheila Bennett era uma das raras pessoas que me tratava com dignidade e simpatia dentro desse maldito Clã. Enquanto, você e Joshua sempre me trataram como lixo. Só porque eu não tinha magia e nunca poderia ser o líder que o Clã desejava." Rosalin se aproximou de mim e tocou a minha face tentando demonstrar carinho. Logo percebi que estava chorando me sentindo tão vulnerável.

"Oh meu menino tolo. A sua falta de magia era apenas uma desculpa pra Joshua te rejeitar. Por que na verdade seu pai te odiava e por algum tempo odiou Josette também, porque vocês eram um lembrete de tudo o que ele não pode ter com Sheila. Ele era um homem casado com dois filhos e tinha as suas obrigações. Perante a sociedade daquela época e o nosso clã, a relação dois amantes, nunca seria aceitável." Eu me distanciei do seu toque me sentindo atordoado por suas palavras rígidas. "E você querer se casar com a neta daquela mulher que destruiu a nossa família, é tão repugnante. É como ver a história se repetir."

"Por que você está me contando isso agora?!" Perguntei me sentindo transtornado.

"Por que estou tentando te salvar de uma vida ainda mais terrível. Você sabe que no fundo eu tenho razão. Aquela bruxa nunca irá te amar. Ela vai te destruir como sua avó fez com Joshua. Todo esse amor que você possa sentir por ela, não vai..."

"Eu não a amo!" A interrompi enfurecido.

"Sim. Você está apaixonado por ela. E esse amor ainda será a sua derrota." Mas, eu decidi ignorar as suas palavras e lhe dar as costas.

De repente, decidi mudar os meus planos. Bonnie não iria me abandonar e me humilhar diante de meu Clã. Antes que isso acontecesse, eu iria destrui-la.

Pensando nisso, um novo plano sádico se formou na minha mente...

 

 

 

 

Bonnie

Eu estava andando no meio da floresta na direção da Cripta Salvatore, sentindo o uivo do vento frio e severo bagunçar as copas das árvores e me causar um calafrio. Havia um ar tenebroso pairado sobre mim, a cada vez, que me aproximava daquele lugar, eu só sabia que sentia um medo tão grande se apossar de mim, temendo o que me esperava lá dentro. Repentinamente, me vi mais uma vez, no meio de dois extremos: De um lado havia Malachai me esperando com sua postura arrogante e sádica tentando me arrastar para a completa escuridão. E do outro estava Damon me esperando com um sorriso carregado de expectativas e amor, como se ele fosse uma luz, tentando me salvar.

Mais uma vez, não havia dúvidas, eu escolhi seguir até Damon e me joguei em seus braços me agarrando a ele tão desesperada e lhe beijei. Mas, quando nossos lábios se separaram e eu reabri os meus olhos, abruptamente, me deparei com a face perversa de Kai me segurando rudemente em seus braços, me puxando cada vez mais para o seu próprio abismo.

"Bonnie, você não tem que temer a escuridão. Ela já faz parte de você!" A voz sádica de Kai tentava manipular a minha mente. Eu tinha que afasta-lo, pois suas mãos eram ásperas me sufocando.

"Para! Sai da minha cabeça?!" Eu perdi o controle exatamente como Kai queria. "Não me toque!" Eu o empurrei usando toda a força que tinha, tentando me proteger daquele sociopata, cheguei a usar minha magia para repeli-lo e, quando dei por mim, eu havia na realidade jogado o corpo de Damon brutalmente contra a parede de concreto.

"Porra Bonnie, pare de agir como uma cadela frígida!" A voz de Kai e Damon se misturavam em minha mente e aquilo me irritou e fez a minha magia ferver dentro de mim desesperada pra se libertar e feri-los.

Dentro de mim eu podia sentir uma confusão de sensações diferentes tentando me controlar e, dentre elas, a que mais persistia era essa magia obscuro que compartilhava com Kai tentando dominar cada parte de meu ser e isso me assustava. Porque sentia como se a presença de Damon confrontasse diretamente com essa força maligna que crescia lentamente em mim.

"Bonnie o que está acontecendo com você?" Damon tentou se aproximar de mim, mas de repente minha magia o paralisou e o vampiro começou a sufocar na minha frente. Foi como num piscar de olhos e seu corpo imortal começou a pegar fogo diante de mim e eu não tinha o menor controle sobre isso. "Bon... Bon... por favor..." Ele murmurava fracamente agonizando.

"Faz isso parar!" Eu gritava para um Kai que apenas assistia aquilo rindo sinistramente.

"Não sou eu, Bonnie. É você. Você que está matando ele." Aquilo causou uma pontada dilacerante em meu coração. "Quanto mais perto você estiver dele, mais perto da morte ele estará."

"Isso tá queimando... Isso tá queimando!" A voz do vampiro continuou retumbando freneticamente pela Cripta, fazendo meu corpo estremecer em agonia junto a ele.

"Porque você está fazendo isso comigo?" Perguntei a Kai tentando desesperadamente chegar até Damon e salva-lo.

"Porque você está tentando me manter longe, pra estar com esse vampiro nojento. E, a cada vez, que você estiver perto dele eu vou feri-lo." Foi então, que percebi que quanto mais tentava ir até Damon, mais ele agonizava diante de mim. "Estúpida! Isso tudo é pura ilusão." A voz de Kai novamente tomou conta da minha consciência me atormentando. "O amor não é real. É apenas um modo de controlar você e me tornar fraco." Eu me forcei a lutar contra o seu controle conseguindo chegar até Damon, mas quando o toquei seu corpo se transformou em pó e, naquele instante, meu mundo parou e meu coração latejava em meu peito. A sensação era tão angustiante que já não conseguia respirar direito. Eu caí no choro desolada e sem saída, sentindo como se um pedaço meu tivesse sido rasgado cruelmente de mim.

"O amor não é real. É apenas um modo de controlar você e me tornar fraco." Sua voz tenebrosa continuou ecoando por todo o lugar, dominando tudo. "E, tudo que me faz fraco, eu vou destruir."

"Não! Eu não vou deixar você machucar ninguém. Antes, eu vou mata-lo!" Rosnei sentindo a magia ferver dentro de mim causando até um tremor no chão sob meus pés.

"Bonnie, você deve se acalmar. Agora!" Inesperadamente, ouvi a minha avó aparecer diante dos meus olhos. Ela parecia tão real.

"Vovó é você?" Eu lhe abracei sentindo o cheiro dela de canela e hortelã e seu cheiro me trazia uma calma que me fez, só por um instante, esquecer que Kai também fazia parte daquele cenário.

"Minha pequena Bonnie, eu vim aqui pra lhe dar um aviso: O Clã Gemini tem regras rígidas. Quando você entra pro Clã, você não consegue mais sair."

"Você passa a pertencer a ele." A voz de Kai também retumbava perdido por todo aquele cenário bizarro.

"Mas, eu me recuso a ceder à eles. Eu prefiro morrer e acabar com isso de vez. E fazer Kai perder. A minha morte acaba com os planos dele." E, dessa vez, eu estava rindo insanamente, ignorando por um breve instante, a presença de minha avó para confrontar aquele sociopata.

"Não, Bonnie. Você não pode matar ele."

"E por que não?" Rosnei sarcástica. Agora eu via que era a única solução. "Eu decidi que não vou deixar Kai machucar mais ninguém. E só tem um jeito de fazer isso." Murmurei fracamente.

"Não! Você não pode fazer isso. É uma tremenda loucura..."

Abruptamente, Sheila parou de falar e paralisou, segurando rudemente meus braços e me olhando através de olhos vidrados e sombrios.

"Sim, você tem razão. Ele envenenou seu sangue. E ele vai matar alguém. Alguém muito próximo de você. Só pra te machucar." Minha mente ecoava a imagem de Damon. Só podia ser Damon que Kai vai matar. "Ele quer quebrar o seu espírito até que você não tenha mais nada. E..." Ela fez uma pausa arregalando os olhos, como se tivesse vendo algo extremamente assustador. "Seus olhos parecem frios e sua face se tornou monstruosa como um demônio." Então, através de seus olhos eu comecei a ter vislumbres da visão horrível que Sheila estava tendo. Nas suas visões havia uma jovem mulher de pele negra como a minha, mas havia uma névoa nublando um pouco a minha visão e, no meio daquela confusão, tive a impressão que era eu lá... Como uma vampira! Uma vampira desprovida de humanidade.

Agora eu estava atordoada, me sentindo mortificada.

"Eu vi também que o Clã Gemini estava lá pra se vingar. Eles vão retaliar porque seu líder será assassinado por um vampiro." O vampiro só podia ser eu. E aquilo ficou ecoando perturbadoramente em minha cabeça.

Repentinamente, eu estava sentindo muita dor, era como se tivesse vários cortes em minha pele e havia sangue. Eu estava sangrando.

"Você precisa se lembrar que quando se deixa a escuridão entrar, não há como se libertar dela. É um caminho sem volta. Então, não deixe que suas mãos se sujem de sangue." Até que suas palavras foram se perdendo no ar e eu despertasse...

"Bonnie você está bem?!" Despertei em meu quarto suando frio, dando de cara com um Damon aflito sentado do meu lado. "O que aconteceu com você, Bon Bon? Você estava sangrando." Ele me abraçou tentando me acalmar, entretanto, eu paralisei sob seu toque, sentindo meu coração falhar. O que Damon não sabia é que aquele pesadelo era mais real do que imaginava. Ainda mais, quando vi o lençol que cobria meu corpo nu sujo de sangue, mas meu corpo parecia sem dor e não havia cortes, nem hematomas, nada. Logo entendi o porquê.

"Você me curou com seu sangue?" Estremeci só de lembrar que seu sangue agora fluía mais uma vez em minhas veias. E isso me fez pensar nos olhos daquela vampira.

"Sim. Você estava machucada, quase agonizando. E eu sei que isso foi coisa dessa maldita ligação que você tem com aquele lunático." Tudo o que conseguia pensar era em como Kai mesmo de longe continuava a manipular a minha vida do jeito que queria. Mesmo de longe Kai conseguiu mostrar que poderia ferir Damon de uma forma que nem eu fui capaz de prever.

"Quanto mais perto, você estiver dele. Mas, perto da morte ele estará. E, cada vez, que você estiver perto dele eu vou feri-lo." Damon poderia ter morrido envenenado com o meu sangue e eu nem conseguiria salvar ele. Assim, como não pude salvar ele em meus sonhos. E só de pensar nisso, era tão apavorante. Eu até senti um calafrio terrível percorrer o meu corpo. "O amor não é real. É apenas um modo de controlar você e me tornar fraco. E tudo que me faz fraco, eu vou destruir." Assim, compreendi suas palavras cruéis.

De uma forma sádica, Kai tinha razão. No fundo, eu estava admitindo que meu amor por Damon poderia nos destruir. Por que no final quando se ama alguém, você as vezes vai até as últimas consequências. Você é capaz de matar ou morrer por esse amor. Por amor, às vezes, você também pode se perder no meio do caminho e se transformar em um outro alguém tão diferente de si. Um alguém que será incapaz de reconhecer a si mesmo. E, talvez, no final dessa história, eu poderia me tornar uma assassina.

"Bonnie você está me ouvindo?" Vislumbrei ainda sua forma máscula e nua pairada do meu lado como uma doce tentação. Contudo, a voz mórbida de Kai continuou ecoando em minha mente sem parar. Lembrando-me daquelas palavras tão dolorosas:

"E tudo que me faz fraco, eu vou destruir..."

Isso significava que eu teria que me afastar de Damon, antes que o meu maior pesadelo se tornasse real.

"Vá embora, Damon!" Me afastei daquele corpo devidamente pecaminoso e relutante sai da cama decidida a tomar uma decisão difícil. "Isso foi um erro!" Ele me olhou ferido. Eu tentei ser indiferente a seu olhar, enquanto vestia as minhas roupas o mais rápido possível.

"O quê?! Não, não, não... Não estrague tudo agora." Seu tom era uma mistura confusa de frustração e medo. O ignorei e comecei a jogar sua roupa espalhada no chão pra ele, pegando o seu celular que estava tocando. O celular seria o motivo perfeito para me livrar dele e de seus prováveis questionamentos. "É só isso. Você vai me mandar embora, assim?" Eu senti o vampiro se aproximar de mim, mas eu mais uma vez o ignorei e atendi o seu telefone.

"Caroline! Sim. O Damon está aqui e..." Parei ao ouvir a voz totalmente desesperada de Caroline.

"Bonnie. Eu sinto muito, mas vocês tem que voltar." Porém, senti Damon rosnar tentando se livrar do celular da minha mão, mas parou ao ouvir o nome de Sarah ser citado. "Aconteceu uma coisa horrível. É Sarah..." Eu e Damon nos entreolhamos tensos, já imaginando o pior. "Aconteceu um acidente e eu tava com Tyler quando ele perdeu o controle do carro e atropelou uma pessoa... Era a Sarah."

"O quê?! O que aconteceu com Sarah?" Os olhos de Damon se escureceram de fúria. E ele se tornou mais sombrio quando houve uma mudança na voz do outro lado da linha. A voz de Caroline deu lugar para a voz grossa de Stefan.

"Sarah está morta, Damon. Ela morreu..." A voz de Stefan vacilou, enquanto Damon olhava pra mim transtornado ouvindo os murmúrios de Stefan.

Isso me fez relembrar do meu pesadelo e do aviso de Sheila: "E ele vai matar alguém. Alguém muito próximo de você. Só pra te machucar."

Então, não era Damon que iria morrer?! Mesmo assim, eu sabia que se algo acontecesse com Sarah isso iria abalar a todos, sobretudo, os irmãos Salvatore. E tudo que afeta Damon, consequentemente me afetaria.

"Ele quer quebrar o seu espírito até que você não tenha mais nada." O aviso de Sheila ainda permanecia me correndo por dentro.

"Não, não, não... Eu me recuso a acreditar que perdemos ela." Os olhos de Damon mostravam o quanto abalado ele estava. "Se ela tiver morta, eu vou matar Tyler."

"Não! A culpa não é dele. Tinha mais alguém lá. Alguém que queria fazer Tyler perder seu controle. Alguém que quer se vingar." Agora era Caroline falando alterada. Obviamente, a gente já sabia da resposta: Era Kai!

Kai que estava agora sedento por vingança.

"Mas, eu sei que ela morreu com o meu sangue." Damon desviou os seus olhos dos meus e me deu as costas tentando controlar a sua fúria ao ouvir a confissão do seu irmão. "E também sabemos que ela ainda está em transição, perdida em algum lugar, onde só Kai sabe."

"Ele nos disse que só vai liberta-la se você voltar, Bonnie." Caroline murmurava também parecendo bastante nervosa. "Você tem menos de 24 horas pra retornar a Mystic Falls e casar com Kai, antes do pôr do sol." Resumindo: Casar com Kai, antes que Sarah morra sem completar a sua transição.

"A vida dela está em suas mãos, Bonnie. Eu estou te implorando pra você salvar ela." Eu podia ouvir a voz ao fundo de Stefan me suplicando.

Quando a ligação terminou eu estava completamente desnorteada e aflita. Sabendo que meu confronto com aquele sociopata poderia ser o fim pra nós dois. E a única forma de impedir outra tragédia, talvez seria no fim, ceder à Kai.

 

 

 

 

Enquanto isso...

 

01 de junho de 1972

"Querido diário,

Hoje Joshua veio me propor pra casar com ele e fugir. Fugir pra que ele não tivesse que participar da Fusão e ter que enfrentar seu irmão gêmeo até a morte. Então, eu acabei aceitando casar e fugir com ele. Por que amava e não queria perdê-lo. Mas, nossos planos deram errado. Joshua foi obrigado a ter que participar da Fusão, a qual Ele venceu. E, a partir daquele momento, tudo começou a mudar entre nós. Nós até tentamos ficar juntos. Eu ia até ceder às regras rígidas do Clã Gemini, só pra me casar com ele e formar a nossa família. Entretanto, havia Rosalin a sua ex-namorada que logo descobri que estava grávida dele. Assim, percebi que eu teria que sair dessa equação."

 

15 Julho de 1972

"Querido diário,

Hoje eu estava lá, vendo ele se casar com outra. E isso doeu tanto. Não era justo que duas pessoas que se amavam tanto, que queriam ficar juntos e tomar as suas próprias decisões, infelizmente, tivessem que seguir rumos diferentes. Joshua agora se tornou o líder do Clã e eu teria que voltar para Mystic Falls e aprender a seguir em frente sem ele em minha vida. Mas, mesmo que seguíssemos rumos opostos, tudo o que eu lhe desejava era a felicidade. Por que amar é isso. É querer que o outro seja feliz, mesmo estando longe, ou nos braços de outra. Todavia, no meu coração, nosso amor permanecerá guardado eternamente em minhas lembranças."

 

 

 

"Você reconhece essa caligrafia?"

"Sim. É de Sheila Bennett. Ela sempre amou escrever. E sempre foi bem melhor do que eu em se expressar e falar sobre o amor."

"Você a amava. Não é?"

"O que isso importa agora. Ela não está aqui mais. E eu me perdi no meio do caminho, vivendo uma vida que nem parece que me pertence de verdade. Eu fui moldado conforme as regras do meu Clã."

"Mas, aposto que você daria tudo pra ter tido a chance de mudar todas as suas escolhas. A chance de estar nos braços de Sheila e construir uma vida que você planejou e não a qual seu Clã lhe forçou ter."

"Você sabe que sua prima deve retornar para Portland, pra casar com Kai. E não há nada que possa impedir isso."

"Claro que há... Você! Você é o único que no fim, tem autoridade máxima pra tomar as decisões certas. Mas, eu não falo pra você agir como um típico chefe do Clã. Eu lhe digo pra ser o pai que Kai Parker precisar ter. Um bom conselho de pai pode mudar tudo."

"Eu estou um pouco perplexo com você aparecer aqui, com esse diário de Sheila. Querendo cuspir nas nossas tradições. Sua prima Bonnie decidiu se ligar a Kai. Ela fez a sua própria escolha. Mesmo sendo uma escolha ruim."

"Ah, então, você admite que é uma escolha ruim?"

"Não exatamente. Eu acho que aquela jovem pode ser o futuro pra esse Clã. Eu acho que Bonnie Bennett pode ser tudo o que Kai precisa ter na sua vida. Ele precisa de alguém como ela... Alguém pra ser a sua bússola moral. Que lhe guie por caminhos cheios de luz."

"Sinto muito em lhe informar, Joshua. Mas, isso dará errado. Por que tudo o que vejo é a história se repetindo. Não haverá luz, mas sim a sombra da infelicidade."

"Como você pode saber, Lucy Bennett?"

"Por que eles não se amam. Kai e Bonnie não são como Joshua e Sheila. Não tente reconstruir a relação que você não pôde ter com Sheila, através de Kai e Bonnie."

"Não. É aí que você se engana. Kai ama a sua prima. Tá estampado na cara dele, mesmo que ele seja incapaz de admitir."

"Bom, eu até posso concordar sobre Kai estar apaixonado por ela. Mas, a questão é: para o amor dar certo, tem que ser mútuo. Infelizmente, Bonnie não sente o mesmo. Ela ama outra pessoa, assim como você amou Sheila."

"O que você quer que eu faça?! É meu Clã! Ele tem as suas regras."

"Regras que podem ser mudadas. Basta que alguém queira muda-las."

"Você parece bem determinada a me convencer. Mas, ainda não é suficiente." Todavia, o homem velho parou de falar, atraído por uma das páginas daquele diário:

 

 

12 de janeiro de 1974

"Querido diário,

Hoje era pra ser o dia mais feliz da minha vida. Eu estava à um passo de subir no altar e me casar com um homem inteligente, charmoso, alegre e com um grande coração, quando inesperadamente, es que o novo líder dos Geminis, decidiu reaparecer em minha vida. No dia que era pra ser O Meu Dia. Só pra me desestruturar. Logo agora que estava pronta pra dar um novo passo em minha vida. E como se não bastasse aparecer assim, ele ainda vem e me implora pra fugir de novo. Pra fugir porque ele é infeliz em seu casamento. Pra fugir porque ele odeia ser líder daquele Clã. Pra fugir porque ele descobriu que Rosalin mentiu pra ele. Que os gêmeos Malachai e Josette nunca foram seus filhos, pois na verdade eram filhos do seu irmão. Joshua queria fugir, acima de tudo, porque ainda me amava e queria nos dar uma chance pra recomeçar. Só que era tarde demais pra nós dois. O homem que me esperava no altar, não era o grande amor da minha vida. Não era aquela pessoa especial que abala o seu mundo e te arrebata. Não era alguém como Ele, Joshua. Mas, o homem que me esperava no altar, me deu a bênção de ser mãe. E agora eu estava esperando meu primeiro bebê, uma menina. Foi pensando em Abby que percebi que não poderia mais ficar mudando a minha vida por causa daquele Bruxo. Eu não tive saída a não ser mandá-lo embora da minha vida, mesmo sabendo que essa decisão o machucava. Mesmo sabendo que eu parti seu coração e que Joshua nunca mais me olharia com amor. Nunca vou esquecer-me de como seus azuis celestes, se tornaram frios e ressentidos..."

 

 

 

"Sheila tinha razão. Por muitos anos, eu me ressenti por ela. Por que ela partiu meu coração. Naquele dia em que ela se casou com outro cara, eu descobri que o mesmo amor que salva, também pode te destruir. E a partir daquele dia, eu me tornei uma pessoa dura com todos ao meu redor." O velho suspirou tentando controlar suas próprias emoções. "Eu não conseguia olhar pra Kai e Josette sem me lembrar que ambos, eram um lembrete das mentiras de Rosalin. Kai e Josette eram um lembrete de tudo o que perdi."

"E todo esse ressentimento você descontava a maior parte em Kai?"

"É. Eu sei que era injusto. Ele não tinha culpa dos erros da mãe."

"Você sabe que Kai acha que você o rejeitou por conta dele não nascer com magia."

"Eu sei. Mas, em minhas decisões inflexíveis como líder do Clã, foi melhor assim."

"Melhor assim?! Sua rejeição pode ter tornado Kai nessa pessoa vingativa, manipuladora. Ele pode ter virado um sociopata por sua causa."

"Talvez você tenha razão. E é por isso que esse casamento entre Bonnie e Kai tem que acontecer."

"O quê? Como assim?" A bela mulher franziu a testa confusa e perplexa.

"Você não consegue ver que se Kai for rejeitado de novo ele vai pirar. Como eu disse: ele se apaixonou por ela. E a redenção dele perante o Clã e perante ele mesmo, seria ele conquistar esse amor. Porém, mais uma rejeição pode destruí-lo de uma forma ainda mais trágica."

"Você não percebe, porém está fazendo com a Bonnie, o mesmo que Rosalin e seu Clã fez com você. Está tirando dela a liberdade de seguir com o seu próprio caminho. E pior ainda, tentando usar Bonnie pra corrigir suas falhas com Kai... Joshua tudo o que te peço é pra não deixar a história se repetir. Se um dia você amou Sheila..."

"Sim." Ele a interrompeu com uma voz firme e um olhar persistente. "Eu amei Sheila. Ela é e sempre será, o amor da minha vida." Agora Lucy tinha certeza que estava perto de conquistar um aliado forte.

"Então, pense no que ela iria querer pra sua neta. Sheila morreu ao se sacrificar pra salvar Bonnie. E você deixar agora sua neta ser arrastada pra uma vida que ela não quer. Isso fará com que todo o sacrifício de Sheila tenha sido em vão." O homem mais velho franziu a testa refletindo sobre as palavras de Lucy. "Não deixe que o Clã tire de Bonnie, tudo que tiraram de você." Lucy decidiu deixar o homem sozinho, pensando sobre suas escolhas. E pra incentiva-lo ainda mais, a bela mulher decidiu lhe dar de presente o diário de Sheila Bennett cheia de avassaladoras memórias de uma inesquecível paixão:

 

"Talvez, Joshua nunca saiba, que mesmo seguindo caminhos opostos. Eu sempre vou ama-lo até o fim dos meus dias..."

 

 

 

{Continua...}

 

 


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo tem várias revelações loucas que me dão até um pouquinho de medo. Medo da reação de vcs porque não queria confundir a mente de ninguém. Mas, em minha defesa posso afirmar q tudo acaba fazendo muito sentido se pararmos para pensar que a Sheila, por exemplo, já parecia ter uma grande conexão com o Clã Gemini. Então, pensando nisso me veio a ideia por acaso de explicar a origem dessa conexão. É óbvio q essa ideia um tanto louca surgiu na reta final da fic, mas mesmo surgindo agora eu ainda acho q se encaixa com toda a trama. É claro que essas revelações terão grandes consequências. E vcs aí pessoal, o que acharam dessa historia entre Joshua e Sheila? Será q Damon e Bonnie vão conseguir achar Sarah? Será q Joshua vai ajudar a bruxinha? Será q há uma forma de parar Kai? Para descobrir isso e muito mais, só nos próximos capítulos.Agora só faltam 3 capítulos para o final da fic. Então, até lá! Bjusss!



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