Lost in Paradise escrita por Drylaine


Capítulo 15
Noites de Tormenta


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pra galera q tem votado e deixado seus reviews. Desculpe se eu demoro pra responder ou se as vezes não responde seus comentários, as vezes falta tempo. Então, vou agradecer aqui mesmo pra vcs q vem me dando tanto apoio. Isso é algo muito maravilhoso pra nós autores e nos ajuda a continuar movendo a trama. E fico feliz pelo povo que curtiu o primeiro trailer, então, hoje trago o Trailer 2 cheio de cenas bem tensas. Espero q vcs tbm curtam e Por Favor se puderem, deixem seu Like lá no vídeo do YouTube no meu canal q ainda tá começando. O apoio de vcs será muito importante pra mim!



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Lost in Paradise - Trailer 2 (Fanfiction Bamonkai)

https://youtu.be/hlOHx7cOCWo

 

 

 

 

Capítulo 15 

Noites de Tormenta

 

Kai

A noite tinha começado tão bem e eu estava me divertindo tanto, tendo um bom tempo com Luke que era um alguém muito espirituoso e fácil de se entender, o completo oposto de Liv que ainda era tão rancorosa quanto eu. Luke sempre tentava me fazer se misturar com os outros, seja no Clã ou entre seus próprios amigos esquisitos. Ele até me apresentou um cara que ele era muito afim. Era bizarro ver seu entusiasmo com o seu amante ou namorado... ou sei lá como deveria definir essa relação estranha com o estudante de radiologia.

"Um dia você ainda vai se apaixonar Kai. E, talvez, esse alguém cure esse coração sombrio." Luke dizia com aquela sua voz fina rindo alterado pela bebida.

"Luke, eu não acredito no amor. O amor é apenas uma forma de nos controlar e nos tornar fraco." Eu dizia frio olhando para Bonnie e como ela parecia tão perturbado pela presença de Damon. Ou como Damon parecia tão enciumado quando a Bruxa flertava comigo. Ambos jogavam esse joguinho idiota de gato e rato, o que me causava uma fúria imensa. Eu desejava acabar com aquele jogo e destruir com qualquer vestígio de amor que pudesse trazer Bonnie cada vez mais perto de Damon e enfraquecer a nossa ligação.

Eu sabia que certos sentimentos podem ser muito poderosos, capaz de transformar as pessoas seja de uma forma boa ou negativa. E, cada sentimento, poderia lhe fazer mais forte ou mais fraco, dependendo daquilo que você cultivasse dentro de si. E entre tantos sentimentos que eu cultivava dentro de mim, o Amor sempre foi sinônimo de pura ilusão, dor e traição. Um sentimento estúpido que faz as pessoas agirem tão cegos e cheios de expectativas, que no fim só irá lhe destruir.

Enfim, eu não acreditava no amor. Para mim ele não era algo real.

"Kai você precisa desesperadamente de muito sexo em sua vida!"

"Gostei disso. Vou aderir essa ideia." Eu disse rindo malicioso, trocando o refrigerante por um copo de cerveja.

"Não apenas sexo, mas também se apaixonar. Você não imagina o quanto o sexo com a pessoa que você ama é tão bom." Luke bêbado era tão extravagante quanto piegas me deixando enjoado.

"Luke, sexo às vezes é apenas sexo. Não precisa de amor. E pode ser um esporte divertido se escolher a pessoa certa pra foder loucamente." Eu disse de propósito observando sorrateiro Damon que estava no outro canto do bar me olhando com puro desdém. "Como talvez foder uma Bruxa gostosa, tão poderosa quanto eu." Obviamente, minhas palavras afetavam Damon e eu podia ouvi-lo rosnar enfurecido e frustrado, tendo que ser obrigado a se controlar e esconder seu ciúme, já que sua namorada estava bem ali, sem noção do que estava aconteceu entre seu namorado e sua melhor amiga.

Pobre Elena era tão lerda que não enxergava o que estava bem de baixo de seu nariz.

Abruptamente, meus pensamentos paralisaram e eu entrei em transe, vendo imagens, vozes e um cenário diferente aparecerem em minha mente. De repente eu estava vendo coisas desconexas, tudo através dos olhos de uma Bonnie totalmente transtornada.

"Vamos, Stefan. Acabou o tempo. Eu vou mata-la. Desligue agora!" Eu vislumbrei a vampira loira ser interrompida violentamente por um Enzo insano que havia chegado de repente e salvado a jovem e inocente Sarah das mãos afiadas dela.

"Eu disse pra você, Sarah. Que eu sou o único que podia te proteger." Eu assistia como mero telespectador, como um Enzo descontrolado, arrancava cruelmente o coração de Caroline Forbes, diante dos olhos apavorados da bruxa Bennett.

Toda aquela cena se desdobrava dentro de um cenário com cenas violentas e obscuras... Até que mais uma vez, o cenário mudou e agora eu estava no banheiro feminino, vendo a vampira loira sendo substituída por cabelos negros esvoaçantes e um rosto inocente e cheio de curiosidade...

"Eu só quero a verdade Bonnie. Eu sei que Enzo é um vampiro. Eu vi coisas... Eu só não sabia ainda o que você era, até outro dia, quando Enzo te chamou de Bruxa."

"Que verdade exatamente você quer saber?"

"Quem matou meus pais? Eu sei que foi um vampiro.

"Eu não sei Sarah..."

"Bonnie não minta pra mim. Se você não me ajudar nisso, eu vou descobrir sozinha nem que isso seja perigoso."

Eu estava chocado com tudo que havia visto nas visões sombrias de Bonnie. Ela nem imaginava que suas visões, assim como nossa magia, também estavam sendo compartilhadas comigo.

E, a partir dessas visões, descobri um segredo podre que poderia destruir, não apenas a relação dos irmãos Salvatores, mas também, a relação indefinida de Damon e Bonnie. E isso me fez vibrar de felicidade.

"Isso não é problema meu. Você não é uma criancinha que não sabe o que tá fazendo. Sabe que está mexendo num ninho de cobras. Cuidado pra não ser picada por elas, Sarah Salvatore!"

"Sarah Salvatore!" Foi a última coisa que ouvi antes de sair daquele transe sinistro. E quando voltei a normal, me deparei com uma Bonnie assustada sendo mantida nos braços daquele vampiro nojento. E aquilo me irritou.

"Deixe-a em paz!" Eu consegui arrasta-la pra longe daquele tumulto. A nossa magia fluía ainda mais forte entre nós, intensificando nossa ligação.

Eu me senti vitorioso, vendo Damon enfurecido, tendo que ver Bonnie ir embora comigo, sem que ele pudesse fazer nada. Aquilo seria o começo para a sua derrota.

 

 

***/ /***

Depois de me despedir rapidamente de Luke, entramos no meu carro e eu dirigi meio sem rumo por uma hora. Bonnie não queria ir pra Mystic Falls e nem para seu dormitório. Ela ignorou todas as ligações de seus amigos. Tudo porque queria fugir de questionamentos e tenho certeza que queria fugir de Damon. Eu claro me aproveitei da situação.

Tentei fazer ela se abrir comigo, mas a Bruxa Bennett não quis. Tentei puxar outro assunto qualquer, mas ela parecia muito distante. Eu parei o carro num parque vazio, já era provavelmente passado de meia noite. Me encostei no banco do carro, vendo a Bennett sentada do meu lado escrever alguma mensagem em seu celular. Depois ela olhou para fora da janela do carro como se tivesse esperando alguém.

"Esperando por Damon?" Perguntei entediado fazendo ela virar o seu rosto a centímetros do meu e aquilo me pegou desprevenido.

"Não, Parker!" Replicou dura e direta. Meus olhos se fixaram eu seu rosto bonito e de traços suaves. Mesmo Bonnie estando vestida de garçonete e com sua expressão cansada, eu não podia deixar de apreciar a sua beleza.

"Ainda bem, porque eu iria odiar você fugir comigo, pra depois bancar a donzela indefesa, esperando seu herói. Qual é o plano Bennett?" Continuei parado lhe olhando, ela desviou os seus olhos dos meus e se virou pra frente rindo.

"Donzela indefesa?! Eu nunca me encaixaria nisso." Ela suspirou parecendo exausta. "E na minha história já não existem mais heróis."

"Porque não?"

"Porque Kai, ficar preso naquele inferno com você, destruiu todas as minhas doces ilusões, como por exemplo, acreditar em heróis." Ela se remexeu do meu lado e decidiu voltar a me confrontar com aqueles verdes impetuosos.

"Nossa, isso me machuca, Bon Bon!" Eu respondi sarcástico sabendo que o apelido iria irrita-la.

"Não me chame assim!" Seus olhos se estreitarem me avaliando, ela abriu e fechou a boca meio em dúvida do que dizer e aquilo começou a mexer comigo, porque meus olhos se fixaram em seus lábios carnudos. E de repente eu quis beija-la. "Kai para com isso!" Ela tentou me repreender e quebrar o nosso olhar, porém as nossas magias já estavam fluindo com uma força incontrolável, tentando nos unir numa energia só. Uma energia que eu sabia que agora estava irradiando de mim, tentando controlar e fazer a Bruxa se submeter a luxúria que estava pulsando em meu corpo.

"Parar com o que Bonnie?" Murmurei rouco de desejo, me aproximando dela, tentando encurrala-la. Eu a queria aqui e agora.

Nesse instante, mesmo que o carro fosse apertado, ou já fosse altas horas da noite, não importava, pois tudo o que eu almejava era tocá-la de todas as formas possíveis.

"Kai, não..." Eu a calei com um beijo faminto, devorando seus lábios como se tivesse há muito tempo com fome. Talvez, eu tivesse mesmo tão voraz por esse beijo, pois fazia tanto tempo que não tocava ou beijava uma garota assim. Eu segurei sua nuca firme, impedindo-a de se afastar de mim. Suas mãos tentaram me empurrar, mas eu era mais forte e o meu desejo sobre Bonnie prevaleceu. Ela não teve escolha a não ser ceder à minha vontade.

Seus lábios logo se abriram para que minha língua possessiva lhe invadisse, saboreando seu gosto. Sem perder contato, eu a puxei com facilidade para meu colo, ajustei o banco do motorista, pra deixa-la mais confortável sobre mim. Bonnie era pequena, mas ao mesmo tempo, cheia de curvas tentadoras bem delineadas que eu estava amando tocar, apertar e beijar sem o menor pudor. Sem lhe pedir permissão fui abrindo botão, por botão de sua camiseta branca, revelando a sua pele negra aveludada e, mesmo por cima de seu sutiã também branco, eu ainda podia sentir a maciez e a firmesa de seus seios fartos entre meus dedos. Me surpreendi quando senti sob meu toque uma cicatriz pequena em seu abdômen e aquilo me paralisou por um instante ao me lembrar que cicatriz feia era aquela.

Havia dois lados dentro de mim em conflito: um sentia culpa por ter marcado sua pele bonita daquele jeito. E outro lado sentia-se orgulhoso por ter a minha marca nela como um lembrete constante que ela nunca poderia esquecer, mesmo se tivesse nos braços de outro cara. Mesmo se tivesse com Damon. Meu lado sádico venceu e eu ignorei qualquer sentimento bobo que me fizesse vacilar. Então, comecei a beija-la e a lamber bem ali sobre aquela marca, fazendo ela estremecer e paralisar. Nesse instante seu celular tocou nos interrompendo e me deixando muitíssimo frustrado.

"Droga Bonnie! O que você acha que tá fazendo?" Bonnie sem me olhar saiu do meu colo e foi logo tratando de ajeitar sua roupa. Ela estava uma bagunça, tensa e silenciosa. Eu ignorei a mistura estranha de sentimentos que pairavam sobre mim, enquanto também me arrumava furiosamente, tentando me controlar pra não fazer alguma loucura.

 

 

Bonnie

O desejo queimava intenso como fogo entre nós e a tensão dominava o ar à nossa volta. Nossos corpos estavam totalmente colados e eu era consciente da luxúria que invadia todo meu sistema nervoso. Minha respiração saia entrecortada, enquanto seu beijo me inebriava e suas mãos me tocavam desinibidas e depravadas fazendo meu corpo reagir excitado. Instintivamente, eu rebolei com avidez sobre seu colo sentindo sua rígidez por cima da sua calça jeans. Minha mente estava nublada, apenas entorpecida pelas sensações incontroláveis que me dominavam. Era uma mistura de luxúria e poder, onde Kai tentava dominar não apenas o meu corpo, mas também, a minha mente e controlar a minha magia. Aliás, minha magia pulsava tão intensamente dentro de mim com uma força assustadora, tão forte quanto o desejo carnal que irradiava entre nossos corpos.

Tudo estava acontecendo rápido demais, só que isso parecia não incomodar Kai que continuava me beijando com fome e malícia, enquanto suas mãos ásperas e lascivas continuavam a tocar a minha pele. Aquele bruxo insano, parecia saber exatamente como me manipular e me domar até o ponto em que eu me submetesse aos seus desejos mais profundos. E mesmo que eu quisesse lutar contra seu domínio, a magia que compartilhávamos queimava dentro de mim dolorosamente, como se não gostasse da simples possibilidade que eu o rejeitasse.

Eu estava quase pronta pra ceder às vontades de Malachai, quando senti seus lábios quentes tocarem a minha cicatriz. Aquela pequena cicatriz feia causada por ele e toda a sua loucura. Uma marca que era um lembrete horrível daquela prisão retrô e isso me fez paralisar sentindo-me completamente atormentada. Em seguida, meu celular tocou me fazendo perceber que estava prestes a perder a minha mente.

"Droga Bonnie! O que você acha que tá fazendo?" Kai grunhiu enfurecido, quando me afastei desnorteada, me separando de seu corpo. Sentei no banco do passageiro e rapidamente tentei me arrumar, ajeitando a saia, a blusa e meu cabelo, embora estivesse uma bagunça completa. Eu me sentia muito vulnerável e cansada dessa noite sinistra.

"Por favor, só me leva de volta pra Mystic Falls." Falei após ler a mensagem de Matt me respondendo que estaria à minha espera.

"Porquê?! Pra você correr de volta pra Damon?" Ouvir o nome de Damon me causou um aperto doloroso no meu coração.

"Vá se ferrar!" Vociferei tentando sair do carro, só para o bruxo insano me impedir trancando a porta.

"Tudo bem, eu vou te levar. Agora pare de agir como um animalzinho encurralado." Seguimos em silêncio até a fronteiro com Mystic Falls, onde Matt já me esperava, eu saí do carro sem me despedir daquele sociopata e corri direto para os braços de Matt que me abrigou num abraço caloroso.

"Bonnie você está bem?" Eu me segurei pra não mostrar o quanto frágil me sentia naquele instante. Só queria estar perto de um rosto familiar e amigável.

"Eu vou ficar bem!" Seguimos para a casa dos Lockwood, onde Matt agora também residia.

Eu não podia ir para o dormitório correndo o risco de ter que enfrentar Elena ou até mesmo a fúria de Damon. Não podia ir para a minha casa, porque sei que Damon poderia estar lá me esperando. Enfim, Matt e a mansão Lockwood serviria por hoje como o meu refúgio.

 

 

***/ /***

Tomei um banho demorado, apreciando a água quente penetrar por meus poros e me reconfortar, tirando toda a exaustão do dia. Depois do banho me joguei na cama, fechei meus olhos e fiquei ali remoendo tudo o que estava acontecendo comigo até aquele momento. Eu estava perdida, com vários sentimentos conflituosos me sufocando, tentando pensar numa forma de descarregar toda essa energia obscura que pairava sobre mim. Até que em algum momento, eu apaguei e dormi um sono tranquilo, sem sonhos e só acordei no dia seguinte me sentindo mais calma e satisfeita.

Eu havia acordado disposta a fazer as pazes comigo mesma, mas quando enfrentei meu reflexo no espelho, percebi que o desgraçado de Kai deixou uma marca de um chupão no meu pescoço e aquilo me deixou com muita raiva quase estragando todo o meu ânimo. Eu queria matar Malachai, pois mesmo que eu tentasse deletar a noite passada da minha mente, ele deixou ali seu lembrete cruel, assim como aquela pequena marca feia em meu abdômen.

Eu fiquei pensando em como eu iria esconder aquele chupão. O único jeito era colocar uma jaqueta esportiva de Tyler que o zíper fechava até o pescoço. A jaqueta ficou enorme em mim, mas dane-se. Pelo menos a roupa caia até o joelhos e eu não precisaria usar mais nenhuma roupa estranha ou larga de Matt ou Tyler.

"E aí conseguiu dormir bem?" Matt me perguntou enquanto terminava de preparar a mesa com o café da manhã.

"Sim, agora me sinto mais relaxada e morrendo de fome." Eu disse realmente me sentindo mais entusiasmada ao beber seu cappuccino e me deliciar com uma torta de maçã. Até certo momento durante o café eu pude apreciar um pouco de normalidade.

"Você tá engraçada com essa jaqueta!" Ele riu se divertido com a minha situação inusitada. "Você está tentando esconder a prova do crime?" Ele estreitou os olhos e sorriu meio malicioso me deixando boquiaberta.

"O quê?" Eu disse nervosa.

"Tudo bem, Bon. Você quer esconder todas as suas curvas bonitas e sexy de mim. É uma pena." Para meu alívio e divertimento Matt estava brincado se referindo a roupa larga que escondia o meu corpo. Eu ri disso.

"Matt, seu safado pervertido." Nós continuamos a rir e se provocar como costumávamos fazer quando crianças.

Como Tyler passava mais tempo na faculdade, então, a casa ficava aos cuidados do nosso amigo loiro. Que agora estava se formando para ser oficial de polícia.

"E como vai a sua formação?"

"Bem daqui três meses eu vou me formar."

"Nossa, isso é maravilhoso Matt."

"E você vai mesmo trancar a faculdade?"

"Eu não sei ainda. Esse era o sonho do meu pai. Antes, da sua morte precoce, ele queria me ver montando meu próprio escritório de advocacia."

"Eu entendo. E também concordo com seu pai, você seria uma ótima advogada." Suas palavras me aqueciam.

"Talvez, antes de ficar presa em 94, eu até seria uma excelente profissional. Mas, agora eu já não sei... " A verdade era que eu não me sentia mais a mesma Bonnie de antes. Minha postura moral e ética, havia se tornado bem questionável, quando retornei pra casa. "Não sou mais a pessoa que costumava ser." Minhas palavras tinham um gosto tão amargo.

"Quem disse? Pra mim você é e sempre continuará sendo a mesma Bonnie Bennett com seu jeito forte, determinado e verdadeiro de ser. Alguém que não desiste fácil e sabe como proteger ferozmente as pessoas que ama." Suas palavras me emocionavam e eram tão reconfortantes.

"Matt para com isso. Ou eu vou chorar!" Nós rimos cúmplices.

As conversas foram fluindo com facilidade entre a gente, eu me sentia mais leve e descontraída ao lado dele, percebendo o quanto eu sentia falta de ter alguém assim como Matt, pra jogar conversar fora ou pra dividir as minhas inseguranças. Matt era um menino doce, sincero e leal, coisas que eu admirava demais numa pessoa.

"Então, você quer falar sobre as visões que você vem tendo?" O futuro policial da cidade me questionou timidamente.

"Bem eu não te contei antes, mas... A primeira vez que descobri sobre Sarah foi através de algumas visões perturbadoras sobre você e Enzo." Eu disse me recordando nitidamente de cada uma delas...

"Você tinha razão. Eu tenho inveja do Stefan. Ele tem tudo o que eu quero... Respeito, família, garotas que ele não merece. E joga tudo fora. Mesmo assim, consegue se dá bem." Estas visões se tornaram evidentes quando toquei por acaso em Enzo. Enzo outro grande problema, um vampiro tão manipulador quanto invejoso, carente de atenção e, completamente, obsessivo. "Eu quero detonar cada pedacinho de felicidade da vida dele até não sobrar mais nada." Sua obsessão era tão grande que ele queria usar a tal garota pra destruir com a relação dos irmãos Salvatores. Sobretudo, ele queria destruir a vida de Stefan.

Quando tive essa visão eu senti nojo desse vampiro e o modo doentio e manipulador, como ele usava o pobre do Matt pra conseguir chegar até Sarah. Matt estava tão sozinho como eu, sem saber como lutar contra o poder e controle de um cara louco como Enzo. E ninguém percebia isso.

"Eu sei o que Enzo fez com você. Ele é doente."

"Eu sei e eu concordo. Mas, eu tô bem, agora. O que importa é manter Sarah segura, bem longe dele. E, também, precisamos religar a humanidade da Caroline." Nesse instante, a campainha tocou me deixando tensa.

"Eu falei com Stefan. Deve ser ele." Matt se levantou pra atender a porta e ele tinha razão.

"Bonnie você está bem?" Stefan se aproximou de mim e me abraçou meio desajeitado senti seu nariz enrugar em desgosto. "Você cheira ao Tyler." Nós rimos pra descontrair. "Ainda bem que você está aqui. Você não imagina o quanto Damon estava louca atrás de você ontem. Ele até me fez vagar pela cidade e por toda a Withmore atrás de você." Meu coração se apertou ouvindo Stefan falar sobre Damon.

"Eu estou bem. Eu só precisava de um momento pra espairecer." Falei desviando os olhos, com medo que o vampiro descobrisse meus segredos sujos.

"Eu sei. É que você foi embora com Kai e meu irmão ficou preocupado demais. Ele gosta muito de você Bonnie." Eu fiquei ali por um segundo remoendo suas palavras. "E quando ele gosta muito de alguém, ele vai agir muito protetor até meio possessivo. Mas, é só o jeito dele de dizer que te ama!" E aquilo me deixou desconsertada, cheia de sentimentos conflituosos lutando dentro de mim.

"É só o jeito dele de dizer que te ama!" Não conseguia para de pensar nessas palavras que fazia meu coração bobo bater acelerado.

"É a primeira vez que ele tem uma amiga como você por perto." Ouvi Matt dizer. "Na verdade essa coisa entre vocês é bem engraçada e muito inusitada." Eu me senti estranha vendo duas pessoas falar sobre minha relação com Damon de uma forma tão natural, como se compreendesse essa ligação entre nós, muito mais do que eu e Damon.

Tratei de assumir uma postura mais racional e esconder qualquer vestígio de sentimento que me tirasse todo o meu foco. O papo aqui era pra ser sobre Sarah, Carol e Enzo e era aí que tínhamos que nos concentrar.

"As visões terríveis de Carol sendo morta por Enzo ainda me perturbam." Eu dizia me sentindo conturbada. "Precisamos impedir que as minhas visões se concretizem." Contei tudo o que vi em minhas visões e joguei toda a responsabilidade sobre Stefan. Afinal, Sarah era problema dele.

Eu queria manter Sarah segura e longe de tudo isso, mas eu também precisava se manter indiferente a ela e o dilemas de meus queridos amigos porque se não iria enlouquecer.

"Ei Bon. Nós vamos dar um jeito de impedir que isso acontece." Matt dizia tão obstinado. Eu sei que ele queria resolver tudo, mas ambos sabíamos que não era tão simples assim.

"Matt tem razão. Nós podemos impedir isso. Só temos que unir a gangue e trabalharmos juntos." Mas, Stefan esquecia que a gangue de Mystic Falls, há muito tempo não consegue mais funcionar como um grupo, está cada um preso em seus próprios dilemas pessoais.

"Você não tem medo que Enzo conte toda a verdade sobre Sarah para Damon?" Questionei Stefan vendo ele quebrar sua postura firme.

"Penso nisso todo dia. Se Damon souber sobre Sarah ele vai me odiar. Eu sei que ele vai pirar."

"Me desculpem falar, mas Enzo não é o nosso único problema. Mesmo que nós o capturemos, ou sei lá... o matamos." Agora era Matt quem parecia relutante. "Sarah não vai parar até descobrir a verdade sobre seu passado."

A verdade era que Sarah era um fantasma do passado de Damon que retornou para confronta-lo. E esse confronto, talvez, estivesse predestinado a acontecer, cedo ou tarde.

 

 

Damon

Entre ser o amigo leal, o irmão responsável e o guardião de Mystic Falls, eu ainda tinha que arranjar um tempo para ser o namorado fiel e apaixonado para Elena. Aos olhos dos outros nós éramos dois namorados apaixonados pronto pra enfrentar qualquer coisa.

As noites eram reservadas apenas a nós dois, onde os problemas e as frustrações do dia devem ser esquecidas. Nossas noites deveriam ser usadas para o nosso total prazer e para um momento de libertação, onde eu ferozmente transava com ela, tentando esquecer de tudo. Tentei tolamente me perder nos braços de minha namorada, me iludindo que isso me bastaria, mas a cada momento de pura entrega entre nós dois, passei a vislumbrar outro rosto...

Olhos castanhos se transformaram em verdes indomáveis, mãos frias e afiadas se tornaram em mãos quentes e suaves. Os perfumes se misturavam entre si até que o cheiro de morangos e jasmim se sobressaísse impregnando todo o quarto e fazendo eu me perder numa confusão de sentimentos.

Minha mente traiçoeira sempre fantasiava que era Bonnie quem estava ali em meus braços, beijando-me com fervor, com seu corpo bonito e gostoso tremendo de excitação, enquanto ela fazia amor comigo.

E, foi assim, que minhas noites com Elena, se transformaram em noites de tormenta, dominadas pela imagem de Bonnie se entregando completamente a mim. Essas noites de tormenta se tornavam cada vez piores e me deixavam ainda mais desejando aquilo que não poderia ter. Não conseguia parar de pensar nisso. Sobre o quanto eu queria estar com aquela bruxinha irritante, mas não podia. Também não conseguia parar de pensar naquela noite em que ela foi embora com Kai, sem nem me dar um olhar de desculpas.

Depois de tudo o que ela havia passado nas mãos dele, a bruxinha teve a audácia de simplesmente me dar às costas e sair pela noite sabe se lá para onde e o que fizeram durante o tempo que tiveram juntos. E, enquanto eu remoía isso, minha mente insana ficou recriando diferentes cenários possíveis e, em cada um, Bonnie acabava sempre à mercê daquele sociopata que lhe devorava com os olhos.

Kai era um jogador perigoso, que parecia saber jogar as cartas certas pra conseguir o que quer. Foi assim que conseguiu sair da prisão criada pra ele. Foi assim que conseguiu vencer a fusão contra Jo e se tornou o líder do Clã Gemini. E agora parecia que sua próxima jogada de mestre, seria ganhar a confiança de Bonnie e ele parecia estar resignado a afastar ela, cada vez mais, longe de mim.

 

Continua...

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal o que acharam do capítulo? Confesso q foi um capítulo divertido de escrever. E tbm me digam o q acharam do segundo trailer. E como eu disse no cap anterior Bamon e Bonkai não serão desenvolvido do mesmo jeito. Uma relação será romântica e a outra eu irei explorar de uma forma mais sombria, eu acho q assim esse triângulo vai fluir melhor e pode ser bem interessante de escrever. Damon e Kai são como a Luz e a Escuridão e a Bonnie ficará presa entre esses dois extremos. A questão é: – Qual lado prevalecerá no final? Bom, até o próximo capítulo q já tá quase pronto.



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