Cachecol Azul e Cabelo Vermelho escrita por Lirah Avicus


Capítulo 10
Capítulo 10




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Desfrute da música
Nunca sinta a melodia

Anônimo

A sensação de queda deve ser, de longe, uma das piores sensações existentes no vasto cabedal de sensações possíveis. Isso por que, na maioria das outras sensações, você pode reagir. Numa sensação de cócegas, você coça. Numa sensação de medo, você foge. Numa sensação de tristeza, você chora. Numa sensação de dor, você luta. Numa sensação de queda... Você cai.

Não há nada, absolutamente nenhuma reação possível quando se está caindo, e é por esta razão, por exemplo, que temos um mini enfarto quando subimos uma escada no escuro e pensamos que há mais um degrau, quando não há. É um acontecimento sem retorno, sem salvação. Você simplesmente cai.

Raramente, se é que isto já aconteceu, alguém conseguiu descobrir o que Sherlock Holmes estava pensando em determinado momento. Ele era um enigma ambulante, um código indecifrável que grandes gênios adorariam transformar em conceitos matemáticos para estudar durante longos anos de pesquisa. Isso por que seu cenho imutável, suas constantes frases que agiam como término de conversa, seus olhos multicores sempre intensos e sua voz grave, se não distraíam a pessoa, não a deixavam imaginar qualquer pensamento em especial. Eram sempre iguais, eliminando assim possíveis leituras de comportamento, e colocando-o no alto de uma torre inexpugnável sem porta de acesso. E era assim que ele estava, com a mesma expressão de sempre, sentado no banco de trás de um táxi, seguindo caminho até a prisão Pentonville, localizada no coração de Londres, tanto da nova como da antiga. Desde os primórdios, esta prisão era exemplo de ordem e dureza, um símbolo da mão pesada da Coroa sobre os que a desafiavam.

Sherlock precisou de uma permissão oficial para fazer aquela visita. Precisou convencer o próprio irmão a assinar esta permissão. Claro que teve de ouvir um longo monólogo raivoso da parte de Mycroft sobre como ele se arriscava à toa e que precisava abandonar aquele caso imediatamente, além de mais uma vez ouvir que o irmão não iria falar nada com a mãe, mas o recebimento do documento assinado compensou qualquer aborrecimento. O próximo a ser convencido foi Lestrade. Este mostrou-se mais espantado do que irritado, e insistiu em saber o porquê daquela, como ele mesmo disse, “loucura”.

—Não devia fazer isso, Sherlock. — ele disse.

O homem podia ter razão. Mas não tinha. Ele era uma pessoa boa, e pessoas boas temem o que não conhecem, pois jamais saberiam reagir caso o desconhecido se revelasse algo inerentemente mau. Pessoas boas temem o Mal.

Lestrade deu-lhe o que pedira. A assinatura de Mycroft foi um último empurrãozinho para que Sherlock conseguisse tudo o que queria. Ele já havia recebido listas de vítimas, listas de suspeitos, mas todas as pesquisas anteriores que fizera mostraram-se infrutíferas. Ele entrevistara muita gente, mas só encontrara estereótipos relativos a pessoas assassinadas. Familiares abatidos, amigos indiferentes, namorados ariscos. Nada relevante. Por isso Sherlock queria ir mais à fundo, queria puxar um fio de seu caso que não se partisse entre seus dedos. Ele estava esticando sua teia, mas precisava saber se havia alguma outra aranha no caminho. E havia. Ela estava enjaulada em Pentonville.

Sherlock olhou novamente seus papéis, fechando a pasta assim que avistou os imponentes muros da segunda prisão mais famosa da Inglaterra. Quando seus olhos fitaram as pedras escuras que formavam aquela muralha, sua mente trabalhava. Ele podia estar pensando em qualquer coisa. Podia estar pensando em quantos homens lá dentro ele mesmo colocara lá. Podia estar pensando nos biscoitos da Sra. Hudson. Ou podia estar pensando na estranha sensação de queda. Ele sabia como era essa sensação. Ele já caíra. E agora ele conhecia mais alguém que também caíra, e que sabia como aquilo era desesperador. Talvez Sherlock se perguntasse por que Violet Hunter demorara tanto a colocar para fora o pânico e a dor. Talvez se perguntasse se ela sentira medo quando despencou prédio abaixo. Talvez se perguntasse no que ela pensou enquanto afundava no meio do nada. Talvez se perguntasse se doeu.

O táxi parou, e Sherlock caminhou a passos firmes na direção da Ala de Monitoramento Biométrico, lugar pelo qual todos os visitantes devem passar antes de entrarem na prisão propriamente dita. Um dos guardas de postos acenou-lhe, e os dois entraram na ala. Sherlock ligara com antecedência e conversara com os diretores da instituição, assim sua chegada já era esperada. Ele teve de tirar uma foto 3x4 e inserir sua impressão digital no sistema. Teve também de colocar uma pulseira de identificação para livre acesso. Seus documentos foram checados e confirmados, assim ele pôde descer as escadas e dirigir-se até o grande e imponente portão de Pentonville. Tal se abriu, e o mesmo guarda que o guiara em todo o procedimento de reconhecimento biométrico acompanhou-o para dentro da prisão. Era horário de visitas, mas diferente da outras pessoas que ali estavam, Sherlock e o guarda não foram para a Ala de Visitantes, e sim para outra ala de segurança intensiva. Uma ala que poucos tinham a permissão, ou mesmo a vontade, de visitar. A Ala Para Criminosos Insanos.

A Ala Para Criminosos Insanos era, a bem dizer, um pequeno hospício dentro da prisão. Um hospício com mais guardas e barras de ferro que o normal. Isso era necessário, pois as pessoas mantidas ali, além de mentecaptas, eram extremamente perigosas. Haviam cometidos assassinatos, na maioria chocantes demais para serem aqui descritos, e isso fazia com que visitantes e guardas, diretores e figurões, evitassem ao máximo aquele lugar.

—Com licença, senhor. — disse o guarda, enquanto ele e Sherlock caminhavam por um longo corredor repleto de janelas à prova de balas. Do lado de fora, uma vasta área cimentada, onde provavelmente os prisioneiros tomavam sol e se divertiam. — O senhor é Sherlock Holmes?

—Sim. — ele respondeu num sorriso forçado.

—Não quero ser intrometido, mas... Eu vi quem o senhor veio visitar. Apareceu no sistema junto com seus dados. Ninguém tem a permissão de visitar presos do nível de segurança dele, mas o senhor tinha os documentos certos. Poderia perguntar-lhe por que quer vê-lo?

—Investigação policial.

Eles chegaram à porta de um elevador. Sherlock colocou o polegar sobre o sensor, que apitou amigavelmente. Em seguida o guarda passou um cartão que jazia preso à sua jaqueta à prova de balas, e as portas se abriram. Eles entraram, e o guarda apertou o botão do andar desejado.

—Ele arrancou o olho de um detento semana passada. — disse o guarda. — Fez isso com uma colher e força bruta. Não sabemos até hoje o que aconteceu, apenas vimos um homem com o dobro do tamanho dele berrando com a cara lavada de sangue e não podemos fazer muito sobre isso. Está em isolamento absoluto desde então. Quando ele chegou aqui, usou a linha que pendia do paletó do advogado público para enforcá-lo e quase cortou-lhe a garganta com o mesmo. Por mim, ninguém o visitaria, e eu o mandaria para a cadeira elétrica sem o menor pudor.

—Por que está me contando isso?

—Há outras formas de se conseguir informações. Sei disso. Se o senhor está aqui é por que fez questão de vir aqui. Não entendo por que alguém iria querer fazer isso. Por que se arriscar?

—Por que há alguém, senão pior, tão destrutivo quanto ele lá fora, e quero colocá-lo aqui dentro.

O guarda o encarou, e foi possível ver seu nome no crachá em seu peito. Harold Lauriston. Este abriu um triste sorriso.

—Deus te abençoe, Sr. Holmes.

As portas se abriram. O guarda não se moveu. Sherlock deu alguns passos indecisos, daí saiu do elevador. O elevador se fechou, levando o guarda Lauriston embora. Outro guarda, este um homem imenso e musculoso com cenho de poucos amigos, o esperava mais à frente. Eles seguiram até outra porta, onde tiveram de colocar seus polegares novamente no sensor, depois o crachá, daí tiveram acesso a uma sala pequena, branca, com um vidro refletor numa das paredes. No meio da sala, uma mesa com duas cadeiras em lados opostos. Sherlock sentou-se em uma delas, vendo na parede à sua frente outra porta, por onde entraria o prisioneiro. Tal porta se abriu, e um guarda também imenso, pele negra e expressão dura, entrou trazendo consigo o detento e sentando-o sem muita meiguice.

O detento era uma visão à parte. Estava preso numa camisa de força, era franzino e de estatura mediana, tinha uma aparência muito jovem e a pele acinzentada pela falta constante de luz solar. Seus traços eram aquilinos, sua sobrancelha esquerda era interrompida por uma cicatriz fina e longa, e seus lábios finos não tinham cor. Seus olhos, que fitavam o tempo todo o branco da mesa, tinham olheiras. E eram heterocromáticos.

O segundo guarda a entrar, que trouxera o detento, colocou as mãos detrás das costas e disse com voz de trovão:

—Benjamin Alistair Knight, 36 anos, interno da Ala 21 da HM Pentonville. Esta visita tem a permissão do Governo Britânico, e foi permitida a pedido da Scotland Yard. — o guarda encara Sherlock. — O interno permanecerá imobilizado para sua segurança.

Sherlock assente com a cabeça, e os guardas se retiram.

Nada ecoava na sala. Nenhum ruído, nem mesmo o bater de dedos sobre a mesa. O detento levantou os olhos, um sendo verde e o outro azul, e os dois homens se olharam algum tempo.

—Olá, senhor. — disse o detento.

—Olá, Sr. Knight. Como tem passado?

—Muito bem, obrigado. — ele disse, baixando a cabeça. Parecia trêmulo, e levemente sedado. Levantou-a novamente. — O senhor está aqui por causa do que houve semana passada?

—Fala da briga?

—Não foi uma briga. — o detento tinha um ar infantil, o que o deixava extremamente sombrio. — Mas é por isso que está aqui?

—Não, quem você deixa caolho não é problema meu.

—Ele está bem?

—Não sei.

—Espero que ele esteja bem, eu não quis machucá-lo.

—Eu vim falar sobre Leslie Whysley.

O detento juntou as sobrancelhas. Parecia pensativo. Olhou para o vidro refletor ao seu lado, daí voltou-se para Sherlock.

—Você é Sherlock Holmes.

—Você é bem informado.

—Eu o vi na TV, estava com a mesma roupa que está agora... Mas usava um deerstalker. — Sherlock soltou um suspiro cansado. O detento cerrou os olhos. — Está investigando o caso da Leslie?

—Sim, quero encontrar o assassino.

—Interessante... — ele murmurou. — Achei que fosse eu.

—É você?

—Não em minha opinião... Mas minha opinião não é importante.

—E quem foi em sua opinião?

—Eu não sei. Não tive tempo de procurar por um suspeito, me pegaram logo e me trouxeram para cá.

—Você ia procurar por um suspeito?

—Eu gostava da Leslie.

—Você a perseguia.

—Não...

—Foi o que ela pensou quando o denunciou à polícia.

—Eu sofro de insônia crônica. Eu não durmo. Tenho isso desde criança. Não há muitas coisas para fazer no meio da madrugada, e nunca tive muita habilidade com instrumentos musicais ou tecnologia, assim acabei por pegar gosto por observar a vida alheia.

—Um voyeur.

O detento baixou a cabeça.

—Talvez... A vida dos outros é melhor que a minha. É como ler um bom livro com final feliz. Eu não tive um final feliz. Você se esquece de que as coisas não dão certo. É uma pintura bonita na parede, uma música relaxante.

—Todas as pessoas têm problemas e sujeira em suas vidas.

—Eu só tenho que ler o livro, não preciso saber que o autor foi enforcado. Posso apreciar uma pintura sem descobrir que a modelo era uma prostituta. Posso ouvir uma música, mas não preciso saber que ela foi inspirada num sanduíche.

—Um pensamento muito otimista para um detento na ala para criminosos insanos.

—Insanidade não é normalmente associada à alegria desmedida?

—E também à depressão suicida.

—Flutuações do mesmo estado de espírito. Alegria e tristeza andam de mãos dadas.

—E por acaso você teve uma flutuação no caso de Leslie Whysley?

—Eu não faria mal à ela. Eu gostava de vê-la, era uma boa moça.

—Daí a matou.

—Eu não a matei.

—Mas estava no motel onde ela foi morta.

—Eu apenas vi parte do que aconteceu.

—Por que não me conta o que você viu?

—Eu vi o assassino. — ele disse, sua voz sempre baixa, calma e aveludada. — Mas estava escuro, não pude reconhecê-lo.

—Dê-me detalhes sobre aquela noite.

—Leslie havia saído com uns amigos. Não eram pessoas boas, bebiam e atiraram uma garrafa vazia na minha porta. Eu disse a Leslie que eles eram barra pesada, mas ela gritou e falou que se eu continuasse a segui-la ela ia fazer com que eu fosse preso. Mas eu a segui, discretamente, eles foram a uma balada, e eu fiquei do lado de fora. Quando ela saiu, ela estava com um sujeito, só um, e eles pegaram um táxi. Leslie saía com muitos homens, nunca era o mesmo, mas ela sempre ia ao mesmo motel. Eu segui os dois até o motel, eles entraram, mas poucos minutos depois eu vi o homem sair sozinho, pegar um táxi e ir embora. Logo em seguida uma camareira gritou. Foi quando eu soube que Leslie estava morta.

—Como podia saber?

—Camareiras de motéis estão acostumadas a ver de tudo. O que faria uma delas gritar que não fosse um corpo? E não demorou a que viesse a confirmação, eu olhei o quarto discretamente antes que a polícia chegasse e... Havia sangue por toda parte... Ele rabiscou a parede com o sangue dela. Acho que ele quis apenas se divertir.

—Isso faz sentido, continue.

—Mas esse é o final.

—O que aconteceu depois?

—Não há depois. Eu voltei para minha casa e no dia seguinte havia uma ordem de prisão e dois policiais altos e nervosos me esperando na porta. O fim do caminho por onde me levaram é bem aqui... — ele olha ao redor de forma humilde. — Nesta sala.

—Fala como se não merecesse estar aqui.

—Ah, eu mereço... — ele abre um sorriso apertado. — Sou um dos poucos que se dizem culpados por aqui.

—E você é culpado.

—Sim, senhor, mas não por Leslie.

—Eu vi na sua ficha... — Sherlock folheia as páginas que estavam em sua pasta. — Cinco homicídios... E você admitiu todos eles.

—Por que eu os cometi.

—Por que admitir tão francamente? Você podia tentar sair daqui...

—Por que eu iria querer sair? — ele sorriu. — Eu não conheço mais o mundo. Ele é frio e ordeiro demais para mim. E eu estou seguro aqui.

—Seguro de quê?

—Não há nada pior que a lei e a ordem trabalhando a favor do Mal. O caos assusta, mas ele te permite lutar pelo que você considera importante. Numa sociedade onde tudo é controlado por leis estritas e punições, os mais poderosos encontram furos nestes regulamentos para realizarem coisas terríveis. E acredite, a maior parte dos monstros não está aqui. É deles que estou seguro.

—Um monstro se escondendo de outro?

—Eu sou um monstro, do tipo que ninguém quer na porta à meia noite. Mas lhe garanto que há seres bem piores do que eu. Seres com um manto de bondade que praticam as piores atrocidades, devorando inocentes e mantendo-os em silêncio, caçando pessoas como nós e usando-as como bodes expiatórios.

—Não me compare a você. — disse Sherlock. — Diferente de você, eu controlo meus impulsos.

O detento baixa a cabeça, suspirando.

—É inteligente da sua parte, e invejo-o por ter tal autocontrole. — ele volta a encarar Sherlock. — Mas o senhor não pode me dizer honestamente que nunca fez algo terrível. — ele sorri languidamente. — Eu reconheço os olhos de um assassino.

Sherlock manteve-se em silêncio. Pensou profundamente no que dizer em seguida.

—Está dizendo que um destes “poderosos” cometeu os crimes?

—Pense nisso. Não precisa ser alguém rico, mas pode ser. Alguém que tem tudo, ou então alguém que não tem nada. Quem tem tudo também tem tédio, e quem não tem nada goza de anonimato. Ambos podem se aproveitar para fazer o que bem entendem.

—Você não está sendo de muita ajuda.

—Quantas mulheres já se foram?

—Sete.

—Outras virão. — o detento afirmou, balançando a cabeça. — Eu... Eu conheço seu trabalho, já visitei seu site... — ele olha para cima, montando as frases em sua cabeça. — Não entendi a parte dos tipos de cinzas de cigarro, havia o link, mas quando cliquei não tinha nada... Enfim... Tome cuidado. Encontraram-me rápido demais. Alguém sabia do meu histórico, sabia sobre mim e sobre meus hábitos, ele me estudou e me usou para acobertar seu próprio erro. Eu tenho meus próprios fantasmas, conheço pessoas que chamá-las de víboras é um insulto às víboras, e elas querem pessoas diferentes... Elas querem nos usar. — os olhos do detento lembravam um vidro embaçado. Ele gaguejava enquanto falava. — Eu quero ficar aqui, Sr. Holmes, eu quero, por que se eu não ficar aqui irei para um lugar muito pior onde vão me destruir e me transformar em algo que não quero. Eu não gosto deles... Acho que... Tenho medo deles.

—O que você viu rabiscado na parede?

Benjamin Knight, o homem dos olhos heterocromáticos, fitou Holmes. Seus lábios tremeram.

—Um “J” e um “R”.

***

A Sra. Hudson observava o fogão do apartamento acima da sua casa com cenho repreensivo. O apartamento de seu inquilino Sherlock Holmes. Ela na verdade tinha pena daquele fogão. Quantas coisas estranhas aquela chama colocou em ebulição...

No momento aquela chama esquentava um bule de chá. A Sra. Hudson esperou que o bule apitasse, retirando-o em seguida de cima do fogão e levando-o para a mesa, apagando a chama e então derramando parte do líquido em uma xícara. Enquanto fazia isso, seus olhos escorregaram para a moça que dormia profundamente no sofá. A Sra. Hudson jamais esperara encontrar uma moça no sofá de Sherlock, pelo menos não viva, mas lá estava ela, e era muito bonita. Mas parecia triste. Seu rosto tinha marcas de choro.

A Sra. Hudson recolocou o bule sobre o fogão. Fizera chá a mais para quando a moça acordasse. Estava fria aquela tarde, seria preciso um chá para recobrar o calor do corpo. Ela se sentou, tomando seu chá e pensando na vida. Pensou até mesmo nos seus tempos de dançarina exótica. Abriu um sorriso. Que maluquice...

Um celular tocou. A música era “Help” dos Beatles. A Sra. Hudson se levantou, procurando pelo aparelho. Achou-o sobre a mesinha de centro da sala. Era o celular da moça, pois ela vira Sherlock deitá-la no sofá e retirar de seu bolso o aparelho, colocando-o sobre a mesinha. Não era uma ligação. Era uma mensagem.

A Sra. Hudson não queria ser intrometida. Mas, como sempre acontecia, a curiosidade falou mais alto.

Sophie, Alicia, Jenna, Claire, Leslie, Barbara, Margareth... Quem será a próxima? Bjos

A Sra. Hudson não entendeu a mensagem. Na verdade, chegou a rir dela. Colocou o celular de volta na mesinha de centro, retornando à cozinha e sentando-se. Daí voltou a tomar chá.


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Notas finais do capítulo

Another chapter! Uhuuu!
Espero realmente que gostem deste capítulo, acabo de inserir um personagem que eu demorei muito para construir, e do qual eu realmente gostei. Tenho uma queda por pessoas estranhas e incompreendidas, não sei por que hehe
Um bjo a todos
P.S.:Só para ajudá-los a mentalizar melhor, eu imaginei este novo personagem como o Robin Lord Taylor, que está absolutamente incrível na série Gotham.



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