O sorriso foi inevitável. Naruto assim que sentiu Hinata ao seu redor abriu seu mais belo sorriso. A morena estava a abraçar-lhe fortemente, aparentemente tivera um belo sonho, pois um sorriso encantador cobria sua face. Mas quem dera... A noite anterior foi, deveras, quente para ambos. Naruto logo apertou o abraço, pousano o nariz no topo da cabeça da azulada e aspirando o doce aroma que era emanado pelos longos fios de cabelo.

– Perfeita... – Murmurou para si mesmo, beijando a jovem na testa, depois no nariz e por fim selando seu lábios aos dela, acordando de uma maneira... Genial, segundo Hinata que imediatamente abriu um sorriso ao se deparar com a figura loira à sua frente. – Ohayo Hina-chan, desculpe, não queria lhe acordar...

– Tudo bem, Naruto-kun. – Interrompeu, apertando o abraço em forma de espreguiçamento. – Temos que ir de qualquer forma... Hoje é o dia de você se marcar como Hokage! – Disse feliz, esticando-se e roubando um selinho do noivo que prontamente tentou agarra-la, entretanto ela esquivou-se e saiu nua da cama, correndo em direção ao banheiro. Lá dentro ela berrou. – Agora não é hora, Naruto-kun! – Naruto não via, mas tinha certeza que Hinata estava corada.

Após fazerem suas higienes matinais, Naruto abraçou Hinata por trás que estava penteando seu cabelo e deu-lhe uma sonora fungada no pescoço. “Deliciosa”, concluiu completamente entorpecido. Hinata somente sorriu e fechou os olhos aproveitando a sensação.

– Vamos, Hime. Vou iniciar a divisão dos esquadrões. – Assim que terminou a frase, uma imensa explosão foi ouvida vindo do norte, onde havia as batalhas da guerra. Naruto imediatamente se alarmou, arrumou o uniforme e de mãos dadas usou o haishirin para aparecerem imediatamente na sala de reuniões – vulgo térreo do prédio, um salão comunal para descontração, que hoje seria usado para debates.

– Cala boca! – Berrou Sasuke quando percebeu a mudança de frequência de chacra no ambiente, alguém estava se teleportando para lá. – É claro que foram o Naruto e a Hinata que fizeram esse barulho durante a noite, perderam a noção do perigo em ficar falando essas besteiras?! – Assim que findou a frase, Naruto e Hinata apareceram e todos os risinhos findaram. O olhar de Naruto era sério e firme.

– Sasuke, repasse o que foi decidido na reunião anterior, estarei armando um bunker pra eu poder guia-los. Na partida estarei junto à vocês, para ler uma mensagem, mas posteriormente, irei voltar e deixa-los a comando do Sasuke. Todas as equipes tem ninjas Yamanakas, portanto a comunicação ficará ótima. Ino, por favor, você não vai lutar. Ficará junto à mim e aos demais ninjas-base. – Naruto sorriu ao ver Ino assentir. – Estarei ali fora, quando terminarem de repassar só saírem que iremos até o ponto de onde lerei a mensagem.

Naruto então deu as costas para os ninjas, e começou a caminhar, mas quando estava quase saindo, virou-se para Sasuke e sorriu.

– Já trouxe. – Disse, por fim, e saiu seguido de Hinata. – Kamigan! – Disse do nada, enquanto estava se aproximando da floresta, Hinata se assustou com a súbita fala do noivo. – Ve-veja aquilo! – Berrou para Hinata, que prontamente ativou o Byakugan.

– Incrível! Aquilo é muito concentração de chacra, Naruto-kun! De nós, só você tem mais chacra que ele! Talvez nem eu tenha... – Disse a última frase cabisbaixa, quase inaudível, mirando o chão. Fora surpreendida com um apertado abraço seguido de um beijo no pescoço e uma fala no ouvido.

– Você é espetacular.

/Horas mais tarde

– Maldição, Hinata! – berrava o loiro entredentes. – Eu juro que vou matar você, sua traidora desgraçada! – A pressão dos intensos chacras frente a frente abalava a estrutura do lugar. Atrás da jovem Hyuuga, uma figura estranhamente sorridente com uma marca de flecha no topo da cabeça que estendia-se por todo o corpo como uma tatuagem, mas natural, está – a flecha – resplandecia e seu olhar não poderia ser mais depravado.

– Oh, oh, oh... Vamos, mostre-me do que é capaz, Uzumaki. – A face da Hyuuga brilhava em desejo assassino, e todos que viam a cena se perguntavam como ela poderia tê-los enganado por tanto tempo sem nem notarem... Sem nem cogitarem a hipótese. Hinata era uma traidora, falsa.

– Você está banida de Konoha! – Berrou o Hokage, fazendo seu kamigan se ativar de forma imediata. Não iria perdoar ela... Não! Jamais, não depois do que fez. Seu ódio ainda não estava no ápice, e Kurama murmurava-lhe à mante para que se acalmasse. Mas ele não ouvia a voz da Raposa. Sua mente estava sendo inundada.

– Conte-me uma novidade... Duvido que alguém me aceitaria lá depois disso! – Berrou, ativando o tenseigan e fazendo-o soltar um flash de luz verde que fez com que Naruto cruzasse os braços sobre a cabeça para defender. A pressão era enorme e não estava suportado. Naturalmente, usufruiu de seu doujutsu e interrompeu o fluxo de tempo, mandando toda aquela energia para outra dimensão.

– Kurama! – Gritou extremamente exaltado. Suas palmas da mão se chocaram de fronte ao corpo. Imediatamente a intensa energia dourada resplandeceu de Naruto e uma coluna de chacra bateu na atmosfera terrestre, afastando as nuvens automaticamente e depois fazendo-as circularem a grande coluna. Era poder em demasia. O fluxo de chacra nos olhos de Naruto fora expandido e uma pressão acometeu o solo, fazendo-o afundar.

Hinata não ficara atrás. Assim que as Gudodamas circundaram Naruto, demonstrando o ápice do poder Shinobi, os Seis Caminhos, Hinata usufruiu de todo seu chacra e fez criar ao seu redor um manto de chacra semelhante ao do Naruto, embora verde, e imediatamente as gudodamas se atracaram em suas costas. Eram em maior quantidade, mas muito inferiores. Por mais que a Hyuuga se esforçasse, não teria forças para vencer.

Sim, Hyuuga Hinata morreria nessa batalha.

Naruto gargalhou, uma risada gostosa que enfureceu a Hyuuga. Ela estava em busca de mais poder, mas no momento, isso era inconcebível... Impossível. Teve a vida toda para buscar poder, mas esperou sabendo que conseguiria o tenseigan. Agora, via que de nada bastava aqueles olhos. Precisava de mais.

– Ora Hinata, que porcaria é essa? Toneri, aquele grande paspalho, coitado, era muito mais poderoso que você e tenha em mente que os olhos dele foram, digamos, roubados... Não traia a si própria Hinata, eu vou te matar. – Naruto fez uma pausa e continuou caminhando, seu manto de chacra deixava um rastro de fogo atrás de si e as gudodamas – as esferas maleáveis de quatro naturezas de chacra – giravam ao seu redor, demonstrando o nível divino que o ninja mantinha em mãos.

– Sonhador... - Murmurou.

– Deveras! Não perderei meu tempo lutando com você, me abstenho dessa inutilidade. Não sujarei minhas mãos. – E assim, a face de Naruto mudou, e um sorriso sádico cobriu-lhe. Seu manto, outrora dourado e preto, vertera-se em negro e vermelho. Era o Hakai Mödo, Modo Destruição. E novamente uma coluna de chacra desprendeu-se de Naruto.

– Oh, Hyuuga... Eu até gostava de você. – Resmungou. – Mas agora não dá mais, não depois de todo esse... Show, desse... Ultraje! Eu sou juubi agora, e não terei piedade em lhe estraçalhar, nem mesmo com esse avatar lhe ajudando.

E assim iniciou-se o show. A coluna de chacra desprendeu-se, fazendo todo o céu ficar num misto de dourado e negro. A lua se ocultou, totalmente depredada, oculta, chorando pelo ultraje dos humanos. Quem diria, logo ela...

A figura outrora sorridente começou a caminhar e parou ao lado de Hinata, agora, era circundado por uma gigante capsula de ar impenetrável. Sasuke imediatamente pôs-se ao lado de Naruto, de Kurama. Sasuke começou a nutrir um imenso amor ao irmão, considerava-o sua família e ninguém além dele iria matar o Uzumaki.

– Rinnetensharingan! – Imadiatamente seu doujutsu ativara-se. De um lado, um rinnesharingan perfeito com seis megatamas (aquelas vírgulas, parecidas ao do sharingan) e no outro olho, o Fuumetsu Mangekyou Sharingan, o Mangekyou eterno. Sasuke empunhou sua katana e pôs-a a frente do corpo.

Kurama se virou para os ninjas, que estavam abalados e perplexos, principalmente Hiashi e Neji. Não acreditavam nisso. Kurama estendeu a mão de Naruto e uma extensa e intensa barreira de chacra elevou-se, cercando-os de forma avassaladora. Por cima, por baixo e pelos lados.

A batalha começaria agora.