Inserção escrita por Yennefer de V


Capítulo 8
Epílogo




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Duas figuras estavam sentadas enquanto acontecia o banquete de encerramento. Harry e Luna tinham terminado mais um ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O garoto estava evitando todas as pessoas – perdera o padrinho Sirius pouco tempo antes. Luna foi uma das poucas que ele engrenou uma conversa. Porém, agora, a ideia inicial lhe pareceu uma burrice.

Sentados no último degrau de uma escada que levava para fora do castelo, os olhos grandes de Luna como coruja o fitavam depois de uma complexa história que ela lhe contou.

– Você quer dizer que aqui não é real? – perguntou Harry, incrédulo.

– Tudo é real, Harry. – respondeu Luna surpresa. – É como um sonho. Eu durmo em Zion e sonho aqui. Eu durmo aqui e sonho com Zion. Tudo é real.

– Não é simples de compreender. – respondeu Harry se perguntando se ela estava tendo uma espécie de alucinação. E o que era pior, como os Testrálios, ele acreditava.

– O que eu quero dizer, Harry – começou Luna vagando o olhar pra lá e pra cá – é que Sirius morreu como ele precisava. Então, se existe algo além daqui, ele estará bem. E eu quis dizer que conheci seus pais também e eles acreditaram em você. Lily é legal.

Harry relaxou os ombros.

– Sua Zion é uma espécie de céu?


Luna deu uma gargalhada gostosa.

– Não. Nunca conheci o céu, não que me lembre. Nem Zion, embora seja bonito em meus sonhos.

Harry arqueou as sobrancelhas.

– Todas as realidades são verdadeiras, Harry. Para algo ser real, basta que alguém acredite. Se você acredita que Sirius está bem, ele está. Você acha que ele é capaz de ficar indefeso ou ir para algum lugar feio? Você acha que ele o abandonaria?

Harry pensou bem. No padrinho corajoso. No padrinho que morreu por justiça. No padrinho que cuidou dele e fez de tudo pela sua segurança.

– Não. - respondeu sinceramente.

– Então ele está em algum lugar como Zion. – Luna deu de ombros. – Seus pais também.

Harry suspirou.

– Ah. E a profecia. Eu não a ouvi. Mas a ideia do Oraculo também serve para a profecia.

– Eu... – começou Harry, mas não conseguiu terminar.

Os olhos de Luna estavam próximos demais. A calmaria que lhe trouxe explicando tanta filosofia para que o peso da morte de Sirius, envolvendo até seus pais e a profecia se extinguisse foi um gesto tão inesperado e doce que Harry chegou mais perto dela.

E a beijou.

Luna não se afastou. Parecia esperar o gesto.

Pouco depois, um Harry sem graça a convidou a se levantar.

– Voldemort é um vírus? – riu Harry.

– Não, não. – respondeu Luna séria. – Um antivírus.

Deram as mãos e assim foram apreciar o resto do banquete.


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