O Inferno de Lizzie Horn escrita por Ramone


Capítulo 8
Capítulo 7




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Sentados na sala de espera do hospital, Marin explicava à Zack e Lizzie como Lucy havia sofrido o ataque. Ele não entendia e aceitava o acontecido, ainda mais da forma tão repentina e sem motivos. Lucy sempre cuidara muito de sua saúde e nunca fora detectada com nenhum outro problema a não ser a perda da visão. A menina estava apenas finalizando a oração com seu grupo no inicio daquela noite e então começara a passar mal com dores intensas no peito.

— É simplesmente inaceitável e estranho – retrucou Zack com a sobrancelha arqueada. Lizzie apenas ouvia silenciosa e inquieta. Concentrou-se por alguns segundos para sentir a presença de Tito e teve certeza que ele estava ali.

Depois de 2 horas, um doutor de meia idade apareceu na sala onde esperavam, convocando Martin, que rapidamente se levantou e foi conversar com o profissional. Lizzie e Zack ficaram olhando a distância, tentando ler os lábios do médico, que de certa forma, estava sério mas não parecia transtornado. Puderam ver então que Martin suspirava aliviado, mas continuava com uma expressão preocupada. Após a breve conversa, o médico sumiu no corredor e Martin retornou onde a dupla estava sentada.

— Ela sobreviveu, mas está em coma... Ele disse que ela está instável, que foi um milagre ela sobreviver... Que o coração e o cérebro dela ficaram inativos por 3 minutos! Ela praticamente morreu por 3 minutos, mas eles conseguiram reanimá-la... – explicou Martin deixando lágrimas escorrer por seu rosto. Zack ouvia boquiaberto e Lizzie assustada.

— Ela foi uma verdadeira guerreira Baby! Ela lutou até o final e vai conseguir sair do coma totalmente saudável, você vai ver! – exclamou Zack confiante. Martin sorriu de canto, concordando com a cabeça. Lizzie continuava observando em silêncio, com um sentimento de ira crescendo por dentro. Queria vingança, pois sabia que aquilo tinha sido causado por Tito. Podia sentir uma energia e uma gargalhada de satisfação vindo dele.

— Zack, vai com Lizzie para casa– ordenou Martin depois de um tempo.

— Eu queria ficar aqui – disse Lizzie mais para ser gentil, pois sua vontade era realmente ir pra outro lugar onde pudesse extravasar sua raiva e pensar em como ajudar Lucy.

— Eu também... Quero ficar aqui dando apoio poxa – concordou Zack, mas provavelmente, ele estava sendo sincero, diferente dela.

— Ficarmos aqui não vai ajudá-la! Lizzie deve estar cansada e com sono, e você também. Não queremos mais ninguém passando mal aqui. Vão dormir, se alimentem e de tarde vocês voltam, daí eu descanso um pouco. Vou ligar para o pedágio avisando sobre tudo isso e que iremos faltar hoje.  Amanhã convidarei o grupo de oração para fazermos uma corrente para Lucy. Tudo vai ficar bem! Tenho fé nisso – disse Martin se recompondo. Podia se ver esperanças em seu olhar.

Seguindo o conselho dele, Zack e Lizzie foram embora, deixando-o de plantão no hospital.

Pegaram o carro no estacionamento e voltaram pra casa rapidamente.  O céu ainda estava escuro, e o relógio anunciava que ainda eram uma e pouca da manhã.

É claro que quando chegaram em casa, os dois não tinham sono. O acontecido deixou todos em estado de choque e o pensamento preocupado sobre Lucy os perturbava.

— Isso é tão injusto. Lucy é a garota mais doce que conheço, tão cheia de fé... – suspirou Zack sentando no sofá – Nessas horas eu questiono a existência de Deus.  Se ele é tão justo e bom, porque deixa essas coisas acontecerem com gente boa?

Lizzie assentiu pensativa. Aquele pensamento de Zack não era novo pra ela. Aliás, ela havia feito a mesma pergunta muitas vezes nos anos que se passaram, principalmente, depois de todas as coisas horríveis que havia visto e passado.

Ela se sentou ao lado dele, apoiando a cabeça no braço do sofá, olhando fixamente para o chão.

— Você está como sono? – ele perguntou.

— Não sei como estou...

— É, me sinto confuso e perdido também.

— Só sei que não posso deixar isso ficar assim... Não posso deixar ele ganhar... – sussurrava Lizzie absorta.

— O quê? Quem ganhar? – Zack não entendia, e nem poderia. Lizzie pensava alto, falando consigo mesma.

— O coma – inventou uma resposta ao perceber que Zack  ouvira.

— Ah sim... Mas você não pode fazer nada Lizzie. Agora é esperar e torcer para Lucy acordar do coma!

— Não é tão simples assim. Sei que posso fazer algo, e farei – Lizzie falava com uma voz falha, baixa, Zack mal ouvira.

Ficaram em silencio por uns minutos para tempo depois Zack se levantar e pegar um copo d’água na cozinha. Quando voltou, ele parou de pé na frente de Lizzie.

— O que vai fazer amanhã, que dizer, hoje? – ele perguntou, encarando-a. Lizzie levantou a cabeça e o olhou.

— Ainda não tenho certeza. Porque?

— À noite, depois de voltarmos do hospital, eu estava pensando em te mostrar um lugar – respondeu misterioso.- Que lugar?

— Você vai ver se for!

— Hm, bem... Você acha apropriado devido às atuais circunstâncias?

— Porque não seria? Não vamos cometer nenhum crime – Zack arqueou a sobrancelha.

— Ah, não sei... A Lucy..

— Nossas atitudes não vai mudar o quadro de Lucy, só sei que ela não ficaria contente em nos ver chorando ou infelizes por 'culpa' ela. Ela ia querer que ficássemos positivos, e acho que irmos nesse lugar vai nos deixar mais tranqüilos – interrompeu. A luminária de mesa fazia seus olhos verdes reluzir.

— Sendo assim... Tudo bem – Lizzie concordou com um sorriso de canto.

— Ok então – retribuiu o sorriso.

Após o breve e estranho convite de Zack, ele subiu e se fechou no quarto. Enquanto isso, Lizzie permanecia na sala, mas dessa vez deitada no sofá com a televisão ligada. Olhava para ela mas não assistia o filme que passava. Continuava irritada e triste, pensando na possível solução que havia encontrado. Estava decidida à curar Lucy, mas sabia que não seria fácil. A garota estava não estava em um bom quadro, e a possibilidade de morte ainda não havia sido deixada de lado. Lizzie não tinha certeza se conseguiria salva-la, e sabia que ainda era arriscado; Errar no processo podia ser fatal para Lucy, e ela podia piorar tudo em vez de ajudar. Mas era um risco que estava disposta a correr! Já tinha decidido que ia fazer, só faltava pensar como.

Foi elaborando seu plano que Lizzie acabou caindo no sono, dormindo no sofá da sala.

Lizzie acordou de repente. Pensou ter ouvido um barulho no andar de cima. Não reconhecia o som, mas tinha certeza que ouvira alguma coisa.

Levantou do sofá e subiu as escadas devagar, com cuidado pra que seus passos não causassem nenhum ruído na madeira velha. Chegou ao segundo andar olhando para todos os lados com atenção, e percebia que o barulho continuava longe, mas conseguia identificar melhor como ele era. Parecia um gemido, e vinha do quarto de Zack.

Receosa se seguia em frente ou não, Lizzie parou. Não tinha idéia do que estaria acontecendo dentro do quarto dele, mas o gemido do rapaz lhe causava curiosidade. Ele passava bem? O que ele fazia? Estaria fazendo aquele barulho dormindo?

Pesando os prós e os contras caso continuasse andando e fosse verificar o quarto, Lizzie escolheu seguir em frente. Continuou andando com cuidado e chegando perto da porta, aproveitou a brecha para olhar o interior do quarto. Zack estava sentado na beira da cama de costas para a porta, impossibilitando-a de ver o que ele fazia exatamente. O garoto estava nu, curvado, com a cabeça baixa e um dos braços balançava freneticamente. Agora ela conseguia ouvir o gemido dele nitidamente.

Lizzie arregalou os olhos e abafou uma risada envergonhada. Sentia-se constrangida em espiá-lo fazendo aquilo. Ela não era uma menina pervertida, longe disso, mas por algum motivo, continuava vendo-o se masturbar.

Ficar espiando é uma coisa muito feia e mal educada, Lizzie! – exclamou Zack num tom sarcástico para a surpresa da garota que levou um susto, ficando ainda mais embaraçada.

O garoto se quer olhara para trás ou parara de executar seus movimentos.

Desculpe-me... – sua voz saiu baixa, trémula.

Não se desculpe! – Zack virou a cabeça, encarando-a. Mesmo o quarto escuro não escondia o rosto dele suado e suas retinas dilatadas. Ergueu a mão livre para Lizzie, sorrindo convidativo – Vem aqui, vem Lizzie. Me ajude a terminar!

Lizzie, involuntariamente, entrou no quarto, andando na direção de Zack. Ficou de pé na frente dele, e pode ver aquilo na outra mão dele. Ainda não entendia porque aceitou entrar no quarto, só sabia que dentro dela, ela teve vontade e entrou.

Não tenha medo Lizzie, eu não vou te machucar como aquele caminhoneiro queria fazer – disse sorrindo. Ele se levantou e pegou na mão de Lizzie.

Ela sentiu que ele ao falar aquilo parecia saber bem mais do que ela havia contado, mas não ligou. Ela estava completamente hipnotizada, mantendo-se focada apenas na imagem de Zack ali sentado, ereto, exilando luxúria no suor que descia pelo seu abdômen definido.

O garoto então passou a mão por debaixo do vestido que ela usava, alisando e apertando suas coxas e nádegas ao mesmo tempo em que beijava seu pescoço fazendo sua respiração quente e ofegante pesar em seu ouvido. Lizzie deixou um gemido escapar, revirando os olhos.

A mão de Zack deslizou até sua calçinha, e pode perceber que a menina já estava excitada. Sorriu satisfeito e sussurrou: Entregue-se pra mim Lizzie! Eu sei que é o que você quer!

Inconscientemente, Lizzie balançou a cabeça afirmativamente. Zack então a deitou na cama, ficando por cima. Levantou um pouco o vestido e puxou a calçinha dela. Inclinou seu corpo, e beijou-a. Seus lábios ferviam, mas eram úmidos. Sua língua procurava a dela, e mesmo Lizzie nunca tendo beijado alguém, conseguia retribuir o gesto com vontade. Com os corpos colados, ela conseguia sentir o membro de Zack latejar em sua virilha e antes de ele penetrá-la, ela pediu: Devagar, por favor... Eu sou virgem!

Ele sorriu malicioso e assentiu antes de, finalmente, introduzir levemente seu membro na vagina já lubrificada naturalmente da garota. Lizzie sentiu um forte incômodo em seu baixo ventre, como se algo queimasse dentro de seu corpo. Conforme Zack continuava penetrando-a, a dor diminuía, transformando-se numa intensa sensação de prazer misturada à adrenalina.  O ritmo dos movimentos ganhava rapidez e força, fazendo a garota gemer incessantemente, mas essa força parecia aumentar cada vez mais e mais, e o prazer voltava a virar dor. “Está machucando Zack!” – exclamou, mas o rapaz manteve a intensidade.

A umidade na região sexual da garota não era resultado somente do líquido lubrificante, mas também de sangue. Por ser virgem, era de se esperar que sangrasse, mas não tanto. Lizzie abriu os olhos saindo de seu ecstasy, e se arrepiou de susto ao ver que não era mais Zack em cima de seu corpo, mas o caminheiro que havia matado. Seus dentes amarelados rangiam. O cheiro doce de Zack sumira, dando espaço á um odor de podridão; O corpo jovem e malhado do rapaz havia virado gordo e peludo. Lizzie se debatia e gritava desesperada, mas o homem segurava seus braços e fazia pressão sob seu corpo, continuando a penetrá-la com intensidade, estacando ainda mais sangue de seu interior. “Eu vou arrancar seu útero fora, sua desgraçada” – ele gritou. Lizzie gritava aos prantos, não contendo mais a dor que invadia sua vagina e seu útero. Podia quase sentir sua entranhas saindo pela sua abertura. O homem dava gargalhadas diabólicas que ecoavam no quarto. Lizzie fechou os olhos, tentando acreditar que era apenas um sonho forçando-se a acordar, mas quando voltou a abri-los, não via mais o caminhoneiro e sim a figura de Tito. Sua imagem embaçada era como uma fumaça negra e densa, e na parte do baixo ventre, sólida, que continuava a invadir o corpo de Lizzie com grande força.  “Por favor, PARE!” – suplicou, voltando a fechar os olhos.


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