Die Young - Os céus tem um plano para você escrita por Mi Cullen


Capítulo 6
Duas Perdas Em Um Mês




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POV BELLA

— Bella, acorde querida. — eu podia ouvir a voz de meu pai me chamar de algum lugar distante, mas eu estava cansada e queria dormir.

De repente minha mente deu um estalo e as últimas lembranças começaram a voltar.

Eu havia sonhado com ele de novo e tinha escrito mais uma vez no diário.

Chateada peguei minhas coisas para a escola e segui pelo corredor da minha casa.

Senti uma dor sufocante no peito.

Falta de ar.

Por fim a escuridão.

— Vamos filha. — chamou ele mais uma vez dando um leve aperto em minha mão. Me remexi um pouco e senti que estava em um lugar macio. Respirei fundo e comecei abrir meus olhos lentamente.

— Veja amor, ela está acordando. — agora era minha mãe que falava.

— Eu estou bem. — respondi baixinho tentando me levantar, mas fui impedida por um leve empurrão de meu pai.

— Não Isabella, eu já liguei para a escola avisando que você não vai, trate de comer alguma coisa, porque sua mãe vai te levar ao médico. — disse ele firmemente e depois saiu do meu quarto deixando claro que era pra obedecer.

Bufei insatisfeita, mas obedeci.

[...]

O médico havia dito que eu tenho pressão baixa e como não tinha comido acabei desmaiando. Durante todo o dia minha mãe ficou vigiando para que eu comesse algo a cada três horas.

Quando finalmente chegou a hora de dormir e eu poderia sonhar com aquele garoto sem rosto de novo corri para meu quarto.

Suspirei indo me deitar.

[...]

Sonho on

Eu estava na campina, olhei para os lados impaciente procurando o garoto, mas não o encontrei, meu coração se apertou quando pensei que ele não viesse me ver hoje.

Uma brisa leve passou por mim trazendo um cheiro familiar e inebriante, inconscientemente abri um sorriso, porque eu sabia quem estava alí.

Me virei lentamente e eu arfei de surpresa. Seu rosto era nítido e perfeito, eu sentia meu coração inflar a medida que olhava seus traços, traços que eu amava com fervor e devoção.

Ele se aproximou de mim lentamente e eu fechei os olhos apreciando sua presença.

— Edward! — eu disse sentindo meu coração bater forte no peito.

Ele me abraçou forte e eu senti como se correntes elétricas passassem por meu corpo me deixando mole em seus braços.

— Está na hora de você voltar amor, volte para casa. — ele disse no meu ouvido e eu senti todos os meus pêlos se enriçarem com seu hálito.

Apertei meus braços ao seu redor querendo dizer que eu iria pra qualquer lugar que ele quisesse, mas a minha voz havia sumido.

Alguns minutos se passaram e eu me sentia observada. Abri meu olhos e dentro da floresta bem na direção das costas de Edward eu via olhos negros cheios de raiva olhando para nós.

“É um monstro.” Minha mente gritava e todos os meus sentidos me diziam para correr, mas eu não queria deixar Edward.

O monstro saiu da mata e eu vi que era um lobo enorme. Minha boca abriu e se fechou várias vezes, mas eu não conseguia falar nada.

A única coisa que eu conseguia era apertar cada vez mais os meus braços ao redor de Edward.

Neste instante o lobo arreganhou seus dentes e se preparou para atacar. Meu coração dava pulos.

— EDWARD...CUIDADO! — eu gritei e fechei os olhos com força.

Fim do sonho

Abri os olhos assustada, meu coração estava acelerado.

Eu estava com medo e suada, mas não sabia o motivo. Forcei minha mente a se lembrar do sonho e nada veio.

Suspirei cansada de tentar e fui tomar um banho para tentar dormir mais um pouco, afinal ainda é madrugada.

[...]

Manhattan, 11 de Setembro de 2013

Hoje é sábado, não tenho aula, mas tenho que trabalhar com meu pai, pois prometi que eu iria todos os sábados até o fim do high school para ver se realmente queria fazer Ciências Econômicas, como ele.

Levantei da cama chateada, porque mais uma noite se passou e eu não conseguia mais sonhar com o garoto sem rosto, meu amor platônico.

Segui para o banheiro, tomei banho e fiz minha higiene matinal, segui para a cozinha e tomei café mecanicamente. Minha mãe conversou um pouco, mas logo me deu espaço.

Algum tempo depois resolvi olhar no relógio e PQP. São 10:15 e eu prometi ao meu pai chegar 10:30 no escritório. Corri para o meu quarto e escovei os dentes, saí de casa correndo, mas quando cheguei na rua nenhum táxi parava para mim. Todos estavam cheios.

Bufei ao perceber que teria que ir a pé. Eram só alguns quarteirões, mas eu não gostava de sair sozinha pelas ruas a pé, eu sempre tinha a sensação de estar sendo observada e agora não era diferente.

Andei a passos largos desviando das pessoas na calçada. Quando finalmente virei o último quarteirão e saí na rua do World Trade Center.

Suspirei aliviada por ter chegado rápido e sem paranóia.

Mas quando comecei a caminhar ouvi um baque tão alto e a terra tremeu onde eu estava.

Surpresa, olhei para onde vinha o barulho e uma nuvem de poeira me atingiu. Protegi os meus olhos, mas eu estava entrando em pânico. “O que significava aquilo? Como aquela poeira apareceu aqui? E que estrondo foi esse?” várias perguntas sem resposta rodavam por minha mente.

Logo eu comecei a ouvir uma gritaria e olhei para os lados, espantada com a correria das pessoas, ouvi outro barulho estranho e olhei para cima bem a tempo de ver um avião atingir uma das torres do World Trade Center, mas foi só a partir deste momento que a minha cabeça começou a juntar as coisas.

Uma das torres já estava pegando fogo e o avião que eu vi acertou a segunda fazendo com que ela também pegasse fogo.

“Meu pai está lá dentro.” Minha mente gritava — NÃOOO!!!!! — eu gritei tapando minha boca em choque. Não podia ser, ele não podia morrer daquele jeito, talvez ele tenha saído de lá para fazer alguma coisa. Lágrimas escorriam por meu rosto.

Eu me sentia zonza, minhas pernas estavam fracas e eu pensei que fosse cair a qualquer momento.

— Ei criança, você não pode ficar estamos sendo atacados pela Al Quaeda. — ouvi uma voz apavorada ao mesmo tempo em que senti um toque pesado no meu ombro, mas eu estava tão aérea que não olhei para trás.

Minha visão estava ficando escura, sabia que eu iria cair a qualquer momento no chão.

Houve mais um barulho ensurdecedor e uma nuvem de poeira me cobriu novamente.

“É hora de voltar Isabella, você se ausentou muito tempo, precisamos de você.” Foi a última coisa que ouvi antes da escuridão me tomar.


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