POV EDWARD

Mais um dia chuvoso em Forks.

Eu olhava a floresta da janela do meu quarto “Hoje é 13 de setembro, aniversário do meu amor” me senti mal com o pensamento.

“Três dias de sua morte, eu que deveria ter morrido, não meu anjo.” pensei depressivo.

Fui em direção a sala – Mãe? Pode cuidar dos gêmeos enquanto vamos a fronteira? – perguntei triste.

– Claro filho. – respondeu de imediato.

Saí pela porta de cabeça baixa, Carlisle e Emmett me seguiram, enquanto Jasper deu tapinhas em minhas costas me fazendo sentir melhor com seu dom.

– Obrigado Jasper. – disse sincero e ele apenas sorriu triste por não poder fazer mais.

Corremos pela floresta, os lobos estavam na fronteira nos esperando.

“Que cheiro ruim.” algum lobo pensou.

“Estão perto.” pensou Levi Uley, o líder.

Nós também estávamos torcendo o nariz pelo cheiro de cachorro molhado com terra e enxofre.

– Viemos refazer o tratado. – disse meu pai.

– Sim. – respondeu Levi que estava na forma humana e rodeado por mais 4 lobos que tinham pensamentos sobre nossos cheiros, dois dos lobos eram Leah e Seth.

– O trato ainda está de pé e vamos honrá-lo, os bebês são mais humanos e não traz perigo a humanidade. – disse Jasper.

– Nós vamos viajar por um tempo por causa da nossa grande perda. – eu disse.

– Peço que cuidem de Charlie e Renée. – pediu meu pai.

– Sim, o trato ainda está de pé e cuidaremos deles, fique tranquilo Cullen. – disse o líder. “Se não fossem vampiros até ficaria com pena.” pensou ele sem saber que eu lia mentes.

– Sinto muito por Jacob. – disse Carlisle sincero.

– Ele sabia das consequências ao ter um imprinting com ela, afinal ela tinha escolhido a vocês. – respondeu ele sério e frio.

– Onde ele está? – perguntou Emmett “Espero que esteja bem longe, aquele cachorro vivia atrás da Bellinha, como detesto lobos, desejo nunca mais ver aquele cão vira lata.” pensava Emmett, lembrando-se DELE em nossa casa se derretendo para minha mulher.

Me controlei para não rosnar com a lembrança.

– Não sabemos, ele foi embora quando ela morreu. – disse e completou em pensamento olhando para mim com ódio “Por culpa desse sangue suga perdemos Jacob.”

– Obrigado Levi, já estamos indo. – despediu meu pai e voltamos para casa.

[...]

O tempo passou...

13 de Setembro de 1962, Highlands, Terras Altas da Escócia.

“Hoje faz 30 anos e 3 dias que Bella morreu ao dar a luz a nossos filhos.” suspirei de saudade lembrando dela, fico aqui parado olhando o lago todos os dias e sonhando que minha fada vai sair desse lago escuro, como as antigas histórias escocesas de fadas.

[...]

Mais anos se passaram...

E eu nunca superaria sua ausência. Nunca.

Minha família finge que está tudo bem para meus filhos não ficarem tristes com a falta da mãe, mas todos sabem como eu me sinto mal por ela ter nos deixado.

Bella! Ah! Minha Bella!

Queria que estivesse aqui com nossa família, com nossos filhos.

Anthony e Andrew atingiram a maturidade com 15 anos depois de nascidos e até hoje permanecem como se tivessem a mesma idade, eles possuem um coração batendo e podem se alimentar de comida humana ou sangue, são pálidos, velozes, tem sentidos aguçados e um cheiro adocicado como todos da nossa espécie.

Ambos são loiros, olhos de um tom azul escuro, nariz afilado. São a minha cópia com detalhes de Bella, eu só nunca entendi o cabelo loiro e tom azul de seus olhos, já que eu nunca tinha visto um tom parecido antes.

Meu coração se aperta todo tempo e é inevitável ter minha mente invadida por diversas lembranças da minha vida com ela.

Lembrança on

...Estávamos deitados na minha cama, no meu quarto em Forks, se a sociedade soubesse Bella seria considerada uma qualquer...aff!

– Eu estava falando com Rosalie na noite passada...– disse ela para mim.

– Sim. Ela estava pensando nisso quando entrei. Ela te deu muitas outras coisas pra levar em consideração, não foi? – eu disse tenso imaginando que ela podia me abandonar.

– Ela me contou um pouco...sobre a época que a sua família viveu em Denali, Alasca. – fiquei confuso.

– Ela mencionou algumas coisas sobre um monte de fêmeas vampiras...e você. – eu quis rir muito, mas me segurei.

– Não se preocupe ... Ela disse que você não...demonstrou nenhuma preferência. Mas eu estava me perguntando, sabe, se alguma delas demonstrou. Demonstrou preferência por você, eu quero dizer. – ela disse fingindo não se importar, mas o ciúmes era palpável, eu iria estourar de felicidade e nem percebi que fiquei em silêncio com um sorriso bobo dançando em meus lábios.

– Qual delas? Ou havia mais de uma? – ela estava com muito ciúme e tentava não demonstrar, bobinha, se soubesse como só tenho olhos para ela.

– Alice vai me dizer. – disse ela se levantando.

Me surpreendi como fiquei preso em meus pensamentos e me esqueci de responde-la.

Rapidamente abracei seu corpo para mantê-la parada. – Está tarde, além do mais, acho que Alice saiu...– eu disse tentando controlar a felicidade por ela sentir ciúmes.

– É ruim, é realmente ruim, não é? – disse ela com a voz quebrando.

O coração dela batia tão ruidosamente, tanto que fiquei com medo que ela morresse. – Se acalme, Bella. – disse beijando seu nariz delicado. – Você está sendo absurda. – disse com humor lembrando do seu ciúmes.

– Estou? Então por que não me diz? – questionou mais calma.

– Porque não há nada para dizer. Você está colocando isso fora de proporção. –

– Qual delas? – minha ciumentinha perguntou.

Suspirei antes de responder.

– Tânia expressou um pouco de interesse. Eu deixei ela saber, de uma maneira muito cortês, cavalheiresca, que eu não retornava o interesse. Fim da história. – disse para ela desistir do assunto.

– Me diga uma coisa...como Tânia se parece? – questionou.

Não entendi, mas respondi assim mesmo – Exatamente como o resto de nós, pele branca, olhos dourados. –

– E, é claro, extraordinariamente linda. – disse chorosa.

Franzi o cenho para sua análise. – Eu acho, para olhos humanos. – falei simplesmente.

– No entanto, quer saber? – disse baixinho tentando ser sensual a seus ouvidos e fazendo todos os seus pêlos arrepiarem.

– O que? – perguntou.

– Eu prefiro as morenas. – respirei em seu pescoço, beijando em seguida e ela tremeu em meus braços, sorri satisfeito.

– Ela é loira, não é de estranhar. – completou se derretendo com meus beijos em seu pescoço.

– Loira morango, realmente não faz meu tipo. – disse ainda trabalhando em seu pescoço.

– Eu acho que está tudo bem então. – disse entregue.

– Hum! – gemi me deliciando minha droga particular.

– Você é adorável quando está com ciúmes. – beijei seus lábios doces.

Fim da Lembranças

Sorria como bobo lembrando seu ciúme.

Eu realmente não me importava com a aparência, nem com cor de cabelo, nem nada. Eu gostava de tudo que estivesse nela, tudo que viesse de Bella eu amaria.

Suspirei chateado por me lembrar de um tempo que parecia tão distante, mesmo para um vampiro.

[...]

O Tempo passa Rápido. É 11 de Junho de 1998.

O dia está nascendo nas Highlands e eu estou aqui, mais uma vez nessa janela suspirando de saudades da minha mulher.

“Edward filho, venha para casa, precisamos planejar nossa próxima cidade.” me chamou com carinho por pensamento Esme.

Suspirei e desci as escadas até a sala de estar, mas sempre bloqueando as vozes e pensamentos da minha cabeça.

– ... Podíamos voltar para a América, o que acha filho? – perguntou Carlisle pousando sua mão em meu ombro. Eu estava aéreo e não prestava muita atenção na conversa.

– Certo, mas qual cidade? – perguntei.

– Por enquanto não podemos ficar fixo em uma, ficamos muito tempo longe de humanos e temos que nos acostumar de novo. – Jasper sugeriu temendo atacar alguém.

– Tudo bem Jazz. – disse Alice acariciando seu rosto.

JULHO...

AGOSTO...

SETEMBRO...

– Sinto falta de casa. – disse descendo as escadas e me lembrando de Forks. E os outros, que estavam sentados na sala, assentiram concordando comigo.

Suspirei me sentando no sofá ao lado de Alice.

Visão on ***Era um hospital muito elegante***havia uma mulher deitada numa maca com as pernas elevadas***parecia que ela estava a ponto de dar a luz, pois havia uma protuberância na sua barriga***”ahhh!” a mulher gritou*** depois um homem segurava um bebê lindo*** fim da visão