Die Young - Os céus tem um plano para você escrita por Mi Cullen


Capítulo 28
Confrontando os Cullens e lembrando o passado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583536/chapter/28

POV BELLA

Não dormi mais depois que minha mãe e meu avô vieram me ver. Minha cabeça doía horrores e eu tomei um remédio antes de fechar os olhos e voltar a pensar no lindo ruivo.

“Quem seria ele?” eu me questionava.

“Ele teria alguma coisa relacionada com Emmett Cullen ou com a loira irmã adotada dos gêmeos?”

Eu repassava as imagens do sonho a todo o momento agora que elas estavam nítidas. Elas pareciam reais, como se eu estivesse naquele lugar fisicamente e não apenas num sonho maluco, mas o que tudo isso significaria? Eu precisava de respostas urgentes e iria confrontar os gêmeos Cullen assim que amanhecesse.

Esses sentimentos que eu não conseguia denominar não eram normais e eu precisava compreender o significado a qualquer custo. Logo, só havia duas alternativas para o que estava acontecendo comigo.

A eu estava ficando maluca. Uma grande possibilidade.

E B eu tinha algum tipo de relação com os Cullens. Absurdo!

Por mais estranho que isso possa parecer a letra B parecia mais palpável, mas como isso poderia ser possível?

Sons de vozes no corredor me tiraram dos meus devaneios. As vozes pertenciam a minha mãe e meu avô, eu não compreendia as palavras ditas, já que a porta do meu quarto estava fechada e eles cochichavam entre si. As vozes estavam se distanciando para o andar inferior e eu corri para a janela a tempo de ver, algum tempo depois, minha mãe retirar o carro da garagem e ir na direção da cidade, provavelmente rumo ao aeroporto, meu avô estaria com ela e essa era a minha chance de escapar e confrontar os Cullens por respostas.

Dei uma rápida olhada no relógio e marcava seis da manhã, o clima de International Falls era sempre sombrio, então não tinha como avaliar as horas do dia através do sol.

Corri para o meu banheiro privativo e tomei um banho em uns dois minutos, aproveitei para escovar os dentes ao mesmo tempo. Vesti uma roupa qualquer e sai de casa o mais rápido que pude rumo à casa dos Cullens.

Meu coração batia como um tambor em meus ouvidos e um arrepio na nuca me fazia olhar constantemente por cima do ombro, uma sensação estranha de perigo constante. Tentei ignorar e apressei o passo, meu avô não demoraria muito e eu precisava obter respostas antes que eles fossem para a escola.

Avistei a enorme casa com janelas de vidro que vinham do telhado ao chão. Abri a boca em choque. Era a casa mais linda que eu já tinha visto na vida. Chacoalhei a cabeça para manter o foco e caminhei até a porta principal. Tomei uma respiração profunda e bati na porta com toda a coragem que me restava.

TOC TOC

Um instante se passou e a porta abriu revelando um dos gêmeos. Anthony. Reconheci assim que ele sorriu torto para mim. Forcei a não retribuir seu sorriso encantador e o olhei séria. Seu sorriso sumiu e ele pigarreou sem graça passando o peso de um pé para o outro, parecia muito desconfortável.

— Bom dia, Bella! O que te trouxe aqui tão cedo? – questionou dando espaço para que eu entrasse, num convite mudo. Sem me importar em responder adentrei a casa e esperei ele fechar a porta.

Ele parecia sem graça comigo e tentava fingir uma calma que não estava ali, fingia muito mal por sinal. Algo estava errado, eu sentia, e se fosse algo relacionado a mim eu descobriria agora.

— Quem são vocês e por que eu sonho com Emmett Cullen? – fui direta e um choque passou por seu rosto. Ele tentou esconder seus sentimentos, mas seus olhos estavam claros como água e eu podia ver que ele estava com medo.

“Mas medo de que?” questionei a mim mesma sem desviar o olhar dele.

— Como assim, Bella? Você sabe quem eu sou ou Emmett. – pigarreou desviando os olhos de mim e gesticulando muito. – Você está bem? – ele começou a desviar o assunto, mas eu conseguia ver claramente que ele estava tentando me manipular.

“Como ele passou a ser tão transparente para mim em um único dia?” pensei irritada.

— Já chega! – disse virando as costas. — Eu não quero mentiras. Quero saber a verdade. Tem alguma coisa errada aqui. Porque eu me sinto estranha e fora de órbita...e ontem eu tive um sonho estranho. Primeiro meus cabelos e olhos estavam diferentes. Depois apareceu um casal e a mulher chamou o homem de Charlie. Depois o sonho mudou e eu encontrei sete outras pessoas que eu também nunca tinha visto na vida. Sendo que uma das pessoas era um homem ruivo que me chamava de amor de uma maneira muito intima e o outro era Emmett Cullen. Então trate de me explicar o que significa isso agora. — lancei um olhar furioso para ele que parecia petrificado com minhas palavras. — ANTHONY! — gritei fora de controle. Minha cabeça continuava doendo.

Mas quando olhei para seu rosto minha raiva sumiu e eu me senti culpada por falar daquele jeito com ele. Seus olhos estavam rasos de lágrimas não derramadas e ele me encarava de uma maneira que me fazia querer niná-lo como uma criança.

— Se acalme Bella! Nós vamos te contar tudo, mas você tem que se acalmar ou vai sofrer um ataque cardíaco. — Uma voz extremamente familiar soou do outro lado da sala e um arrepio subiu pela minha nuca. A sensação de dèjá vu presente novamente.

Mais que rapidamente girei na direção do dono da voz. Minha boca se abriu num grande O. Lá estavam eles, Andrew e quase todos os malditos lindos, que mais pareciam astros de TV, e que andaram atormentando meu último sonho. No mesmo instante minha cabeça começou a ser bombardeada com inúmeras cenas que eu não me lembrava de ter vivido com aquelas pessoas.

— Mas que porra é essa? — perguntei baixinho para mim mesma. — Só pode ser piada. — a única coisa que eu queria era correr daquele lugar e para bem longe daquelas pessoas que me faziam parecer louca. A dor na minha cabeça parecia ter aumentado e eu me sentia zonza. As imagens não paravam de surgir na minha mente e eu fechei os olhos com força para tentar espanta-las. — Forks, Charlie era meu pai, Renée era minha mãe, Carlisle, Esme, Emmett, Rosalie, Jasper, Alice, Edward...Edward. — eu dizia os nomes associados as imagens que surgiam na minha mente.

— O que está acontecendo comigo? — murmurei me apoiando no encosto de um grande sofá branco que estava ali perto. — Eu tenho que sair daqui. — uma sensação de sufocamento estava me dominando e num impulso comecei a caminhar para a porta a passos largos e vacilantes, mas Anthony estava no meu caminho e segurou meu braço quando passei por ele.

— Por favor! Não vá! Me dê uma chance de te explicar. Só uma...é tudo que eu te peço, por favor. — ele parecia desesperado e eu não queria mais ficar ali.

— Não. Me solta. Eu preciso ir. Vocês estão me fazendo achar que estou maluca. Eu preciso ir embora e para longe de vocês. — disse tremula enquanto puxava meu braço.

— Deixa ela ir, Anthony. – a voz doce e melodiosa soou longe do meu campo de visão, no mesmo lugar onde o homem havia se pronunciado primeiro, eu não precisei olhar na direção, mas minha cabeça foi bombardeada novamente com inúmeras imagens da dona da voz. Uma garota linda, baixinha e de cabelos espetados, olhos cor de ouro, uma força da natureza e uma risada contagiante. — Alice. — disse baixinho.

Sem perceber levei as mãos a minha cabeça que latejava sem parar desde que acordei ontem à noite, mas que agora conseguiu chegar num nível de dor elevado.

— PAREM! PAREM TODOS VOCÊS! – gritei ajoelhando no chão e segurando a cabeça com as duas mãos. A dor era muito forte e eu não conseguia suportar. Anthony ajoelhou ao meu lado e me abraçava dizendo algo que eu não compreendia. Na verdade, todos os outros estavam ao meu redor tentando me amparar, mas eu não conseguia prestar atenção em mais nada que não fosse a minha dor de cabeça.

A porta a minha frente se abriu num estrondo e quando eu levantei os olhos, por puro reflexo, eu não vi mais nada. A escuridão me levou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Die Young - Os céus tem um plano para você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.