Die Young - Os céus tem um plano para você escrita por Mi Cullen


Capítulo 17
Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Respondendo uma dúvida da leitora. Sim, os gêmeos reconhecem que a Welch tem a mesma aparência da mãe deles, mas eles não compreendem o motivo e nem sabem dizer se ela é realmente a mãe deles. Enquanto Bella tem várias sentimentos em seu interior e não compreende o que eles significam. Já Edward se nega a acreditar que ela é a sua Bella e acredita que eles devem se mudar. Acompanhem os próximos capítulos.



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POV ANTHONY

Acordei feliz em poder ir pela primeira vez na vida para a escola como um cara normal. Entrei no banheiro do meu quarto para tomar um banho quente, estava louco para fazer o teste do time e vestir uma jaqueta dos Vikings do Minnesota.

Desci para a sala de jantar onde meu irmão já comia a deliciosa comida que vovó fez, assim que terminei subi ao meu quarto para escovar os dentes e pegar minha mochila de material.

– VAMOS EMBORA POVO! JÁ ESTÁ NA HORA! – ouvi os gritos de tia Alice do primeiro andar e revirei os olhos em resposta.

“Será que ela ficou louca?” pensei saindo rápido do quarto e encontrando os outros no corredor, com certeza ninguém queria enfurecer a tia Alice.

– O que a tia Alice tem hoje? – perguntei ao meu pai.

Todos olharam para ele esperando uma resposta para o estado nervoso dela, isso com certeza não era só por voltar a escola humana, papai só balançou a cabeça, como se isso também fosse um mistério para ele.

Como tia Rose nunca consegue segurar a língua soltou uma. – Pra que essa gritaria toda Alice? Se esqueceu que nós somos vampiros e com ótima audição? – pelo visto o mal humor invadiu as mulheres da casa “Será TPM?” pensei seguindo todos para fora da casa e meu pai deu uma risadinha passando por mim.

Tia Alice colocou ordem no lugar e acatamos sem reclamar, como sempre, ninguém era louco de atrair a íra da minha tia para si.

Meu irmão e eu fomos no volvo com nosso pai, já meus tios no lindo M3 da tia Rose, no estacionamento vários alunos olhavam para nossa beleza inumana, mas todos os outros já estavam acostumados com as reações dos humanos.

Tia Alice andava na frente com tio Jasper em seus calcanhares, parecia mais tensa agora do que estava em casa e o mais estranho nessa história toda é que ela parecia procurar alguém.

Olhava para todos os lados até soltar um suspiro e puxar tio Jasper na direção da aula deles sem nem nos dar um tchauzinho.

Parecia até que planejava alguma travessura ou sei lá o que, mas vindo da tia Alice as maluquices ninguém importava muito, todos já estavam acostumados com o jeitinho dela.

Tia Rose e tio Emm se despediram de nós seguindo para assistir o primeiro horário deles, Tia Alice havia colocado os horários de uma maneira que estivéssemos em duplas para não chamar atenção e que meu irmão e eu nos encontrássemos com ela e tio Jasper no horário de educação física.

Já meu pai não tinha uma dupla, por isso ficou sozinho em todos os horários.

Segui Andrew para a sala de inglês, nosso pai foi em nossos calcanhares até a porta porque sua aula era de Literatura e no mesmo corredor.

– Boa aula para vocês, nos vemos no intervalo e qualquer coisa é só me chamarem por pensamento que salvo vocês dos humanos. – falou baixo e depois acenou andando para sua sala no fim do corredor.

Andrew entrou primeiro e travou no meio do caminho impedindo minha passagem, estranhando sua reação dei um tapinha em suas costas para que ele se movesse, mas nada dele sair do lugar.

Olhei para seu rosto e a expressão não era das melhores, parecia ter visto um fantasma dentro da sala, mais pálido que o normal e com os olhos arregalados me alarmei “O que aconteceu para ele ficar assim?” preocupado segui seu olhar.

Meu coração perdeu uma batida e recomeçou a bater frenético em meu peito, minhas pernas tremeram com o que eu via “Não é possível, mamãe? O que ela faz aqui? Ela não tinha morrido? Que brincadeira de mal gosto é essa?” em minha mente giravam inúmeras perguntas sem resposta, não havia se passado nem 15 segundos que paramos olhando para ela da porta.

Respirei fundo balançando a cabeça, com certeza haveria uma resposta racional para isso e eu iria descobrir custe o que custar.

Com essa promessa fiz uma análise detalhada dela na velocidade vampiro, agora ela tinha cabelos loiros e sua pele parecia mais pálida que nas fotos antigas.

“Será mesmo a minha mãe?” pensei com um pouco de esperança em poder ter minha mãe junto da família, tia Rose e vó Esme são ótimas, mas eu daria qualquer coisa para ter minha mãe de verdade junto conosco.

Não conseguia desviar os olhos dela e meu irmão não estava diferente, como um íma lento pelos reflexos humanos ela olhou em nossa direção e eu senti um arrepio na coluna.

Seus olhos eram de um tom azul escuro lindo, muito parecido com o do meu irmão e o meu, mas mesmo assim único.

Ela parecia estar em choque ao nos ver e dentro de seus olhos pareceu uma ponta de saudade?

Será?

Eu não saberia responder, mas ela estava muito diferente da mãe que conhecemos por fotos.

Será ela mesmo ou uma coincidência? Seu rosto possui o mesmo formato, mas seus cabelos são loiros, sendo que antes eram castanhos e os olhos chocolates agora são azuis.

– Anthony, por que ela sumiu por tanto tempo e voltou agora tão diferente? – perguntou meu irmão sem retirar os olhos dela que desviou os olhos para sua mão em cima da mesa.

– Eu não sei irmão, mas vamos descobrir a qualquer custo. – falei passando na frente dele e seguindo na direção dela.

– Bella...Bella, hey você está bem? – um rapaz que estava ao lado dela chamou sua atenção para ele.

– Até o nome se parece Anthony, é ela, só pode ela, a nossa mãe voltou para nós. – murmurou baixinho meu irmão a medida que caminhávamos para que os humanos não ouvissem.

– Eu realmente não sei irmão, mas temos que descobrir e será agora. – respondi no mesmo tom cheio de coragem.

Ela levantou o rosto olhando na direção da porta “Procurando por nós?” pensei dando um sorriso de lado.

Seus olhos varreram a sala até caírem onde estávamos e ela dar um pulo na cadeira de susto fazendo meu sorriso sumir, seu coração batia como louco igual os nossos “Se ela realmente é nossa mãe, será que se lembra de nós?” pensei sem resposta chegando mais perto “Vamos descobrir agora.”

– Bom dia! – murmurei num tom mais baixo para ela não se assustar e sem desviar o olhar, ela torcia impaciente as mãos sem respondeu.

Franzi o cenho sem entender e o amigo intrometido dela respondeu chamando a atenção dela depois. – Bom dia...Bella, está me ouvindo? – “Ele estava falando?” pensei me sentando na cadeira atrás da dela e Andrew na da sua frente.

Eu não havia notado que o cara ao lado dela falava e pelo visto nem ela percebeu. Eu me sentia nervoso com essa proximidade, não sabia como agir sem assustá-la.

Parecia muito com a minha mãe, mas eu ainda estava em dúvida e meu irmão também parecia estar.

– Se realmente fosse a mamãe ela não teria se fingido de morta todos esses anos e nos abandonado, teria? – perguntou para mim num tom baixo demais para ouvidos humanos.

Sem pensar lhe respondi com certeza. – Claro que não Andrew, ela sofreu tanto para trazer nós dois ao mundo, acha mesmo que seria capaz de fazer isso com os filhos? De fazer isso com o pai? Ela o amou e superou tudo para ficar com ele. Duvido muito que ela fosse capaz de fazer isso conosco. – respondi no mesmo tom.

Ele suspirou antes de continuar nossa conversa privada numa sala cheia de humanos. – Então o que significa tudo isso? –

O professor entrou na sala chamando atenção dos alunos ao começar explicar como seria sua matéria no decorrer do ano.

– Não sei, mas nós vamos descobrir agora. – abri meu caderno na última página e comecei a escrever um bilhete.

Fazer amizade seria a melhor maneira de conversar com ela sem parecer um maníaco, talvez fosse coincidência do destino isso tudo, por isso tinha que ir com calma.

Se ela for ou não a minha mãe não importa, mas eu realmente quero ser amigo dela só para ver seu rosto bonito e fingir que minha mãe está mais perto de mim.

Masoquista?

Talvez.

Mas eu nunca conheci a minha mãe e qualquer coisa que pudesse me fazer estar perto dela, mesmo que fosse uma ilusão, seria bem vindo para mim.

[...]

POV NARRADOR

Edward permanecia imóvel no corredor, completamente alheio a tudo.

Observava cada detalhe do rosto da garota pelas mentes dos filhos.

O mesmo contorno delicado do rosto, o mesmo nariz arrebitado e pequeno, o mesmo brilho dos olhos.

Isso seria real? Ele não estaria tendo alguma alucinação? Afinal é difícil crer que uma pessoa que esteve sem vida nos seus braços, que você viu ser enterrada, agora esteja viva no meio dos humanos.

Balançou a cabeça negando e tentando espantar os pensamentos.

Isso é fruto da imaginação fértil de seus filhos que sentem muita falta da mãe. Puxou o ar com dificuldade para dentro de si, mas em sua garganta parecia ter crescido uma bola. Sozinho no corredor, não tinha forças para se mover, só conseguia prestar atenção nas ações dos filhos com ela.

Os minutos se passavam rápidos e quando ela abriu a boca para falar com Anthony pela primeira vez, foi como se uma explosão acontecesse dentro si, ele havia ficado cego ao ouvir a voz de sua mulher, da sua Bella, do amor da sua existência mais uma vez.

Não era possível, ele não podia acreditar no que seus ouvidos escutavam.

Correu na velocidade da luz pelo corredor até parar de frente a porta onde os filhos se encontravam, mas um fio racional iluminou sua mente antes que ele derrubasse a porta e agarrasse Isabella.

— Isabella! — sussurrou baixinho seu nome testando sua voz carregada de sentimentos. Havia muito tempo que ele não pronunciava seu nome em voz alta e a saudade o dominou naquele momento.

Por sorte, as aulas já haviam começado e muito tempo e ninguém tinha notado que ele tinha ficado para trás.

“Ela não é a Bella, minha mulher morreu no dia do parto e os mortos não podem viver mais uma vez, é só uma coincidência ou talvez o meu castigo por me apaixonar por uma humana.” pensou ele amargo apertando os olhos com força quando um soluço rompeu por sua garganta.

Ele já viveu muito, viu e ouviu de tudo, mas nunca que os mortos podiam voltar a vida.

A velha dor de saudade da esposa rompia seu peito, sem conseguir ficar mais ali correu para fora do prédio como um foguete se enfiando na mata do campus.

Parecia um surdo, não conseguia mais ouvir o pensamento de ninguém, estava preso dentro de sua mente e dor.

“Não podia ser verdade, mortos não vivem de novo, mas por que ela tem a mesma aparência da minha Bella?” pensou soluçando e socando uma das árvores a sua frente.

Nesse momento uma chuva forte começou a cair em cima dele que soluçava sem parar, apoiou a testa numa árvore para manter seu corpo em pé.

/Sinto-me rodeado por essa grande sombra negra.

Uma multidão sobre mim, mas me sinto tão só

Pergunte-me o porquê disso, e eu vou explicar.

Meu bebê está desaparecido ...

Eu fico louco!

Cometi um grande erro, e agora, ela se foi embora ...

Você pode sentir minha dor, isto demora muito tempo

Me ajude, eu preciso de você.

Eu preciso mudar ...

Eu preciso de você aqui agora, hoje ...

(I Want you back – Dj Joe K)

A dor em seu peito era enorme, bem maior do que quando a esposa morreu de maneira tão trágica.

Quando se apaixonou por Bella, sabia que receberia um castigo por cobiçar um anjo puro, mas acreditava que já tinha recebido naquele dia negro em que ela morreu.

/Eu quero você de volta,

Porque seu amor é imbatível. Disse que seu amor é incrível!

Eu quero você de volta,

Garota sem você sem sol.

Você é meu único

Eu daria tudo de mim, para ver você mais uma vez.

As coisas vão estar mudando,

Ouça o que estou dizendo ...

Eu vou dar tudo de mim e só para você.

É tão incrível, estar com você!

(I Want You Back – Dj Joe K)

[...]

Minutos se passavam e ele continuava soluçando parado no meio da chuva.

A vida parecia que entraria no lugar, tudo parecia que daria certo e agora aparece essa humana para perturbá-lo.

— Quem...essa humana...idiota...pensa qu-que é...para...parecer com...a.minha Bella? — falou alto entre soluços.

Uma raiva tomou lugar da dor dentro de seu ser, fazendo-o parar de soluçar aos poucos. Essa simples humana não tinha o direito de querer copiar a beleza única de sua Bella.

Respirou fundo tentando controlar o mau gênio que se apoderava dele.

Sentia uma vontade enorme de invadir o prédio e matá-la a sangue frio por ousar nascer parecida com a esposa.

Se não se controlasse rápido, o monstro dentro de si viria a superfície e colocaria toda a família na mira dos Volturi.

[...]

Algum tempo se passou, enquanto ele tentava manter o lado racional na superfície.

A chuva havia ensopado suas roupas e sujado seus sapatos de barro, mas não poderia se importar menos.

Todo seu corpo tremia, mas não era de frio por estar molhado e sim pela força que fazia para se controlar.

Seguiu a passos duros de volta ao seu carro, precisava se reunir com a família e programar a mudança para outra cidade agora mesmo.

Se demorassem muito, seus filhos poderiam acreditar que a maldita humana era realmente a mãe deles e sofrerem muito por isso.

Sentou no banco do motorista e começou a discar o número de seu pai, mas sabia que não conseguiria falar nada com a bola em sua garganta, então mandou um torpedo.

Pai, temos problemas.

Me encontre em casa daqui a pouco.

Edward.

Olhou no relógio de pulso e viu que estava quase na hora do intervalo.

Precisava reunir toda a família para irem embora agora sem chamar atenção dos humanos. Soltou um suspiro cansado e começou a escrever outro torpedo. Sabia que Alice já devia ter previsto sua decisão, mas escreveu mesmo assim.

Junte todos e me encontrem no estacionamento.

Precisamos ir embora agora.

Edward.

Jogou a cabeça para trás apoiando no encosto do banco com os olhos fechados dando um longo suspiro.

Precisavam mudar logo para longe da humana antes que fosse tarde demais

[...]


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