Enquanto você dormia escrita por Grazy


Capítulo 6
My children.


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
Amei os comentários, e bem, posso adiantar que como são duas crianças as reações vão ser um pouco diferentes, de todo modo espero que gostem e comentem.
Ps: Nesse capitulo será a unica vez na fic que terá 2 "Pov's" juntos em um capitulo, e eu recoloquei o link da Bella porque no outro não dava para acessar.
Boa leitura.


Loving can hurt
Loving can hurt sometimes
Photograph - Ed Sheeran



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583222/chapter/6

Pov. Damon

– Pai? A mamãe está ali! – Miguel apontou para Fran e perdeu completamente o interesse se voltando para mesa e pegando o carrinho dele, tirei o brinquedo de suas mãos e ele me olhou assustado.

– Mi, ela não é nossa mãe! – Isa sussurrou um tanto alto e pude ouvir os passos firmes de Francesca voltando para cozinha.

– É sim! – Ele afirmou mostrando a língua para ela.

– Não é! – Ela abriu o pingente de coração que tinha a foto de Elena – Essa é!

– Ok, os dois podem parar agora! – Interrompi a discussão – Vocês me ouviram? A mãe de vocês está viva!

– Papai? – Miguel abaixou a cabeça – A mamãe não tinha morrido? Ela é um zumbi?

– Não, bebê – Não contive o riso diante da pergunta – Ela só... não foi embora entende?

– Não.

– Pai? Você mentiu para nós? – Bella me surpreendeu perguntando, de certa forma mesmo sem ter conhecido Elena ela tem sentimentos pela mãe desde que achou o colar e viu a foto.

– Não, eu nunca faria isso – Murmurei a puxando para perto de mim – Confia em mim querida, eu nunca mentiria para vocês, e ela quer ver vocês amanhã, tudo bem?

– Sim. – Eles responderam juntos ainda um pouco confusos.

– Então o Bob pode voltar também? – Ela se referia a um cachorro que morreu a 3 meses, eu o encontrei na rua quando eles tinham 2 anos, foi interessante como as crianças se apegaram rapidamente a ele, foi triste quando ele morreu, eu o considerava um filho.

– Acho que não, meu amor.

– To com fome! – Miguel exclamou completamente aéreo ao assunto.

– Eu vou ver se já está pronto. – Afaguei os cabelos da minha princesa e me ergui indo até a cozinha.

Francesca estava debruçada sobre o balcão consegui escutar o leve barulho de choro e soluços, coloquei a mão em sua cintura e ela se virou rapidamente assustada.

– Oque quer? – Ela perguntou secando as lagrimas e se virando para o fogão.

– O Miguel esta com fome. – Murmurei segurando seu braço e a fazendo virar pra mim.

– Está quase pronto. – Ela tentou se esquivar mas a mantive próxima.

– Oque foi? – Ela puxou o braço e foi até a porta da cozinha a fechando.

– Droga! Damon, você tem noção de tudo que eu fiz e ainda faço por essa família? – Ela falou alto mas não chegou a gritar – Tudo bem, essa Elena deu a luz a eles, mas quem levou eles para a escolinha pela primeira vez? Quem ficou noites acordadas por eles? Quem levou eles no médico quando ficaram doentes? Quem passou noites e noites do lado deles medindo a temperatura só por eles estarem com um pouco de febre?

– Foi...

– Droga, Damon! Fui eu, sempre fui eu, e desde que a Bella achou esse colar ela nem me chama mais de mãe, e eu continuo agindo como uma, ela se afastou mas ainda sou eu que vou atrás de tudo por ela, e agora essa mulher aparece e quer...

– Ela nunca sumiu, você sabe disso! – A interrompi e ela fez um movimento vago com a mão.

– Quer saber, Damon? Vai... Eu vou correr! – Ela pegou os fones de ouvido e celular.

– A essa hora? – Perguntei olhando o relógio de pulso.

– Você sabe que correr me acalma! – Ela saiu como um verdadeiro tufão pela porta e minha irmã entrou em seguida.

– Oque foi isso? Eu ouvi antes de entrar em casa! – Paola tirou a bolsa e colocou sobre o balcão.

– As crianças ouviram?

– Não, eu cheguei a tempo de mandá-los subirem, como foi o encontro com a Elena? – Virei o rosto mostrando as marcas – Ai, bem... foi melhor do que eu imaginei achei que você ia chegar aqui sem o... com uma parte a menos.

– Engraçada maninha, mas se prepara, porque é você que vai levar eles amanhã e não acho que a Elena simpatize com nenhum Salvatore nesse momento.

– Eu não tenho culpa pela sua mancada, irmãozinho. – Ela murmurou pegando água na geladeira.

– As vezes eu acho que você esquece que vive na minha casa, e eu pago suas contas. – Ela deu de ombros.

– As vezes acho que você esquece que não vive sem mim – Ela pegou os pratos arrumando na mesa – Chama as crianças, eu vou colocar o jantar.

Pov. Elena

Terminei de arrumar o cabelo e me olhei no espelho, tive que implorar muito pro Nathan cancelar a fisioterapia hoje, ele simplesmente é muito irritante quando o assunto é a fisioterapia, mas hoje não dava, a fisioterapia me deixa muito cansada e eu não quero estar sem forças quando as crianças chegassem.

Passei a mão pelo vestido branco rendado que Caroline me deu ontem a noite, me encarei no espelho, meu rosto estava um pouco branco demais porem com a ajuda da maquiagem eu consegui esconder isso, eu estava bem simples, cabelo solto o vestido branco, e uma sandália.

– Filha? – Minha mãe surgiu na porta do meu quarto e eu a encarei pelo espelho.

– Pareço uma mãe? – Me virei para ela e abri os braços.

– Como uma mãe se parece? – Ela sentou na minha cama entre todas as caixas com as coisas que Damon deixou aqui quando arranjou outra.

– Séria mas divertida, severa mas bondosa, sexy mas sem ser vulgar – Ela riu divertida – Oque eu estou falando? O meu Deus, estou tão nervosa.

Ela indicou para que eu sentasse ao lado dela na cama, me sentei e coloquei a cabeça em seu colo, ela mexeu em meus cabelos assim como fazia quando era criança.

– Vai dar tudo certo, você vai ver! Eles vão te amar.

– Como você faz para ser uma mãe tão boa? – Perguntei e ela deu de ombros.

– Não existem mães perfeitas, cada mãe é uma mãe.

– E se eu não nasci para ser mãe? – Parecia estupida mas foi uma pergunta que eu me fiz a noite toda.

– Você foi mãe desde que seus filhos nasceram não vai ser o tempo que vai fazer você deixar de ser e...

– Eu era mãe de dois recém-nascidos os quais eu veria crescer e se acostumariam comigo e agora eu sou mãe de duas crianças que podem me odiar ao meu menor erro. – Ela só balançou a cabeça negativamente.

– Eu os conheço Elena, eles vão te amar– Ela continuou afagando meus cabelos – E o Damon?

– Eu o odeio – Falei rapidamente e ela me olhou com desconfiança – Tudo bem, eu ainda o amo, porque amar dói?

– Eu não sei – Ela esticou o braço pegando um embrulho sobre a cama – Seu pai comprou um presente.

– Oque é?

– Um celular, vai ser útil para você. – Abri e peguei o fino aparelho.

– Obrigada, mamãe. – A abracei e ela se levantou e me puxou junto.

– Vamos?

– Agora? – Perguntei insegura.

– Sim, agora, eles já devem estar chegando. – Assenti com a cabeça.

Ela chamou meu pai para me levar escada a baixo, e ele me deixou sentada no sofá, mexi no novo celular até ouvir um barulho de carro, meu coração acelerou e eu me mantive estática sem nem saber oque falar, oque fazer, onde eu estava mesmo?

– Filha, fica calma! – Minha mãe colocou uma travessa com bolos e sucos sobre a mesinha da sala e foi até porta – Pronta?

– Eu não sei.

– Vai dar tudo certo. – Ela abriu a porta e uma adolescente estava parada lá, consegui enxergar dois pequenos corpos escondidos atrás de suas pernas.

– Miranda, como vai? – Pela voz eu reconheci, era a Paola, pelas minhas contas elas deve ter... 17 anos.

– Bem – Ela passou pela porta deixando atrás dois anjinhos que estavam encolhidos.

– Vovó! – Eles abraçaram minha mãe que se abaixou para ficar na altura deles.

O garotinho usava camiseta azul e bermuda bege com um tênis da mesma cor, a menina estava com um vestido rosa rodado e uma sapatilha também rosa, assim que eles soltaram minha mãe se levantou e eles se esconderam atrás dela.

– Vocês não tem mais ninguém para cumprimentar? – Minha mãe perguntou saindo da frente deles, eles me encaram e depois abaixaram a cabeça andando na minha direção.

– Oi. – Os dois disseram baixinho.

– Oi. – Respondi tentando manter a calma.

– Você é nossa mãe? – Isabella perguntou erguendo os olhos para mim e repuxando um pingente em seu colar dourado, ela chegou a abrir e olhar para ele depois me encarar novamente.

Notei detalhes neles os quais eu não consegui notar nas fotos, os olhos dela eram mais claros que os dele, ela era mais magra e seus cabelos eram de um castanho mais claro que os meus, já os dele não chegavam a ser tão escuros quanto os do pai.

–Eu... – Senti minha garganta se fechar, e meus olhos se encherem de lagrimas, eram eles mesmo, as duas bolotinhas que vieram de mim que eu carreguei durante nove meses, tudo oque me restou de tudo que eu já tive, eles eram meus filhos – Eu... sou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amar pode doer
Amar pode doer às vezes
Photograph - Ed Sheeran



Gostaram? Bem para o próximo capitulo eu vou pedir só 4 comentários porque não achei esse capitulo tão bom.
Até a próxima.