Enquanto você dormia escrita por Grazy


Capítulo 3
Sweet Memories


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltei de novo!
Sério que comentários perfeitos! Vou responder todos, só postei o capitulo antes.




Moments of love
Bringing us closer together
Sweet memories.
Moments Of Love - Janno Gibbs



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Assim que eu acordei notei que a noite ainda reinava do lado de fora, pensei nos meus filhos e em como eles devem ser, não esteticamente já que isso eu já vi nas fotos, mas será que eles acordam cedo? Será que Damon os trouxe para me ver? Será que eles me amam? Será que aquelas duas coisinhas que eu coloquei no mundo sabem o quanto eu os amo?

Meus pensamentos não puderam deixar de se voltar para o dia em que contei para o Damon da gravidez, e ele reagiu de forma tão inusitada.

Flashback On

Estava nervosa, minhas mãos estavam suando e eu não sabia oque dizer, talvez “Hey estou gravida” fosse o suficiente, mas porque não um “Eu estou esperando um filho seu”, mas oque eu diria não importa, oque realmente importa é oque ele vai dizer.

Dei três batidas na porta e quem atendeu foi Paola a irmã mais nova de Damon, ela tinha entre 12 e 13 anos.

– Elena! – Ela me abraçou e eu coloquei a mão sobre sua cabeça, logo depois me puxou para dentro - Elena! Come stai?

– Desculpe Paola mas você sabe que eu não falo italiano. - Ela viveu até o inicio do ano com Giuseppe e Grace os pais do Damon na Itália e ela ainda não pegou muito o idioma daqui.

– Non capisco ancora la lingua. - Ela falou confusa e eu fiquei mais confusa ainda.

– Oque? - Perguntei e ela deu de ombros.

– Ela falou que não entende o idioma. - Grace surgiu atrás dela, ela era uma mulher em seus 40 ou 45 anos, quem a olhava não dava mais de 35 e nem de longe ela aparenta ter tido quatro filhos.

– Oi, Senhora Salvatore. - Falei respeitosa e ela deu de ombros.

– Senhora? Por favor Elena você já faz parte da família, se continuar me chamando de senhora vão começar a achar que eu sou chata – Ela falou divertida e eu sorri – Apenas Grace, ok bambina?

– Sim, Grace – Ela sorriu e eu devolvi o sorriso – Quando Paola vai pegar de vez nosso idioma?

– Ohh, ela já sabe – Olhei para Paola que deu um sorriso travesso – Só gosta de confundir pessoas que não falam italiano.

– Então é isso, bambina? - Usei a única palavra que conhecia em italiano já que é assim que Grace me chama eu tive que pesquisar o significado.

– Mais ou menos. - Ela falou de forma clara e depois saiu correndo pelo corredor.

– Senhora Salvatore o Damon...

– Grace, Elena.... por favor. - Assenti com a cabeça.

– Grace, Damon está? - Ela olhou pra trás antes de voltar a me encarar.

– No quarto dele – Ela apontou sobre os ombros para o corredor – Sabe onde é?

– Sim. - Respondi.

– É claro que sabe – Abaixei a cabeça sentindo minhas bochechas arderem – Não tenha vergonha, somos todos adultos aqui.

– Vou lá. - Levantei o olhar e passei por ela indo até o corredor.

Ela não deixava de ter razão, mas nos meus 22 anos de vida eu sempre fui tímida não importa oque aconteça eu fico vermelha igual a um tomate, ela passou por mim e eu fui em direção ao corredor, minhas mãos voltaram a suar e minha visão ficou um pouco turva, segurei a maçaneta e virei rapidamente vendo Damon deitado jogando uma bola pra cima repetidas vezes.

– Elena? - Ele se assustou assim que notou minha presença.

– Precisamos conversar. - Passei mais nervoso do que planejei e ele se sentou na cama rapidamente.

– Ohh não, você esta usando o tom. - Arqueei uma das sobrancelhas.

– Que tom? - Falei curiosa indo até a cama e me sentando do lado dele.

– O tom de “Eu vou terminar com você”. - Apesar do nervosismo eu ri.

– Não Damon, Eu te amo – Passei a mão por seu rosto – Muito.

– Então oque é? - Ele segurou minha mão entre a suas.

– Estou gravida! - Usei a tática do curativo, falei de uma vez.

– Sério? - Não notei nenhuma expressão em seu rosto e minhas mão começaram a tremer.

– Sim. - Foi um sussurro mas ele ouviu e abriu um imenso sorriso.

– Meu amor! – Ele segurou meu rosto me dando um beijo – Isso é incrível, nem acredito.

– Acredite – Ele colocou a mão sobre minha barriga – Você vai ser pai!

– Sim, eu vou ser pai. - Ele se levantou da cama e pude ouvir os gritos dele pela casa com vários “Eu vou ser pai” e depois de uns dez minutos ele voltou junto com Paola que estava com uma câmera e Grace que estava emocionada.

– Damon oque é isso? - Perguntei e ele não falou nada, só se ajoelhou na minha frente.

– Elena Gilbert – Ele começou – Você foi a melhor coisa que aconteceu comigo – Continuou – Eu quero saber se... você aceita se casar comigo?

– Damon eu... – As lagrimas vieram antes mesmo das palavras – É obvio que eu aceito.

Flashback Off

E eu estava com medo que ele negasse nosso filho ou melhor nossos filhos e ele me pediu em casamento, estava tão imersa em meus pensamentos que mal notei a presença da médica que lia o prontuário perto da porta, assim que o fiz eu tentei me esticar mas eu ainda estava fraca... muito fraca.

– Que bom que esta acordada Elena – A Dr. Fell falou assim que notou minha movimentação – Temos que conversar.

– Sim Dr. Fell. - Falei em forma de sussurro.

– Meredith por favor, não precisa me chamar de Doutora Fell como se nunca tivéssemos nos visto antes – Assenti e ela se aproximou da cama – Você tem noção do estado em que você ficou durante cinco anos?

– Como assim? - Perguntei confusa.

– Muitas pessoas acham que sabem oque é o coma, mas poucas realmente sabem – Ela pegou uma cadeira se sentando ao meu lado – Você sabe?

– É quando nós ficamos em sono profundo, não? - Ela negou com a cabeça.

– Não Elena, muitos confundem mas quando dormimos podemos ser acordados por barulhos ou pelo toque de outra pessoa no coma isso não acontece – Ela explicava como uma professora e eu era sua aluna esquelética que mal conseguia se mexer – Existem vários fatores que levam ao coma e eles nunca são tão explícitos quanto parecem, no seu caso oque pode ter levado ao coma foi algum trauma do acidente...

– Isso é obvio – Ela me fitou meio que indignada – Porque mais eu estaria em coma?

– Como eu disse varias coisas podem levar, tem gente que fica em coma por álcool por exemplo– A olhei surpresa – Bem no seu caso você ficou em um estado que chamamos de coma profundo, quando uma pessoa entra em coma e depois de 12 meses ela não acorda, eu diria que as chances de recuperação são quase nulas.

– Então porque eu acordei? - Ela deu de ombros.

– Tanto quando a pessoa entra em coma ou quando ela acorda é difícil saber o real motivo, mas eu quero que você entenda a sorte que teve 5 anos não são 5 dias, pessoas em coma profundo tendem a ter morte cerebral ou ficar em estado vegetativo depois de tanto tempo – Dei um longo suspiro – E você ainda voltou sem sequelas, como perder os movimentos ou a fala e isso é tão bom...

– Eu entendo a sorte que tive – A interrompi – Mas porque você esta falando isso?

– Porque não vai ser fácil Elena, nós não sabemos quanto esse tempo abalou seu corpo, não sabemos se os músculos se atrofiaram ou coisa parecida, serão meses de fisioterapia até você poder voltar a vida de antes...

– Dr. Fell você acha que eu não esperava por isso? – A interrompi novamente – É a terceira coisa que eu mais penso, eu mal consigo me sentar, se eu prestar atenção acho que consigo ver meus órgãos, eu estou esquelética e você acha mesmo que eu pensei que iria sair saltitando do hospital? – Percebi meu tom soou um tanto quanto agressivo – Desculpe, mas eu estou nervosa, descobri que fiquei em coma por 5 anos, que meu irmão se casou, que perdi muito da infância dos meus filhos, e que meu marido aparentemente não dá a mínima pra mim.

– Eu entendo Elena, e sei que não deve ser fácil administrar tudo isso, mas você tem que ser forte, a vida te deu uma segunda chance Elena, agora aproveite e sobre a fisioterapia mais tarde o fisioterapeuta do hospital vai vir aqui te ver.

Assenti com a cabeça e ela saiu, voltei a pensar nos meus filhos, será que eles já acordaram? Porque raios Damon ainda não veio me ver? Minha cabeça esta a mil e acho que os remédios me deixaram meio cansada, fico a beira de dormir a cada cinco minutos.

– Atrapalhamos? - Caroline e Bonnie surgiram na porta do meu quarto com Hayley e Rebekah atrás.

– Claro que não. - Elas entraram ficando duas em cada lado da cama.

– Nós estávamos com saudade – Car falou me abraçando – Como foi quando você acordou?

– Como se o acidente tivesse acontecido ontem. - Respondi e todas elas me abraçaram em fila.

– Seu café da manhã – Um enfermeiro entrou no quarto e se surpreendeu a notar as meninas – Vocês não deviam estar aqui!

– Você não devia estar aqui – Rebekah falou e ele a fitou indignado – Sou médica, e elas entrarão com a minha autorização agora você eu não lembro de permitir sua entrada.

– A Dr. Fell que mandou trazer – Ele se defendeu – Só cumpri ordens.

– Sei que cumpriu, agora pode sair por favor. - O homem se virou e eu encarei Rebekah que começou a gargalhar.

– Não sabia que você era médica – Ela continuou rindo – Você não é medica!

– Não, mas meu noivo é. - Todas começaram a rir menos eu, não sabia que ela tinha um noivo.

– E seu noivo seria? – Ela me olhou um tanto quanto confusa – Lembra eu perdi 5 anos, sabe pouca coisa.

– Desculpe, meu noivo é o Matt Donovan, você lembra dele? - Assenti com a cabeça.

– Oque você perseguiu todo o ensino médio por ele estudar demais – Ela assentiu desconfortável – Como isso aconteceu?

– Bem em um dia eu vim aqui te visitar, o encontrei no corredor e ele me chamou para tomar um café e bem rolou. - Ela terminou com risinhos.

– E vocês? – Comecei a comer oque o enfermeiro trouxe – Sei que Bonnie é casada e tem uma filha, Rebekah é noiva e você Hayley?

– Tive uma filha com o Elijah, e nós no separamos – Ela abaixou o olhar para as mãos – Eu ainda sinto falta dele.

– E você Car? - Perguntei enquanto devorava a comida como se eu não comesse a anos e bem meio que não comi.

– Me casei com o Klaus – Abri a boca espantada – Sei que você vai achar loucura, por causa do lance com o Kol e tudo mais...

– Amiga eu namorei o Stefan antes de me casar com o Damon – Ela assentiu sorrindo – Eu te entendo.

– E você já falou com o Damon? – Car perguntou um pouco desconfortável – Ou alguém já te contou?

– Contou oque? – Perguntei largando o suco de laranja que tomava – Todos estão agindo estranho quando falam do Damon, mas pelo menos vocês tem que me contar oque está acontecendo!

– Elena o Damon...

– Oque vocês estão fazendo aqui? – Dr. Fell atrapalhou Rebekah – Quero as 4 fora, agora.

– Calma Meredith – Rebekah falou enquanto a Dr. Fell parecia extremamente nervosa – Oque ouve?

– Aconteceu que eu mandei um enfermeiro servir o café da Elena e ajuda-la com a comida porem ele chegou em três minutos falando que uma médica o mandou sair – Ela estava alterada – E já não basta eu ter uma rotina impossível de suportar ainda tenho que lidar com 4 crianças invadindo um quarto de hospital, você acha isso pouco?

– E aonde estão as crianças – Caroline perguntou como se realmente não tivesse entendido a ironia – Nós resolvemos pra você.

– A meu Deus! – Meredith levou as mãos a cabeça – Dai-me paciência, saiam agora por favor.

– Ok – Elas disseram juntas – Tchau Elena.

– Tchau garotas. - Elas saíram e a Dr. Fell em seguida, e eu fiquei lá comendo na solidão do quarto.

Alguns minutos depois uma das enfermeiras veio me ajudar com o banho e o banheiro, eu mal consegui me manter em pé o lado direito do meu corpo estava mais dormente então tomei banho sentada em uma cadeira, depois a enfermeira me deixou assistindo televisão.

– Oi maninha. - Jer entrou pela porta e com uma bebê que reconheci ser a neném da foto.

– Essa é a Elena? - Perguntei e ele se aproximou de mim colocando a bebê do lado da cama.

– Sim. - Ele respondeu.

– Não sabia que bebês podiam entrar. - Falei enquanto olhava encantada pra bebê.

– E não podem – Ele falou rindo – Rebekah está com um dos médicos e ele faz tudo que ela pede, então dei uma ligadinha para loira e em 2 minutos ela pode entrar.

– É linda Jer. - A bebês tinha os olhos dele, era morena com o cabelo cacheado, vestia uma roupa rosa com detalhes roxos e me olhava com curiosidade.

– Bonnie acha que ela vai ser modelo quando crescer – Ele falou se sentando na cadeira – Já eu, aposto em medicina.

– Acho que ela é quem vai escolher – Fiz um leve carinho na cabeça da bebê – Falando em carreira, oque você faz em mocinho, terminou a faculdade?

– Sou advogado – Ele respondeu – O melhor, sem querer me gabar.

– Jer oque o Damon tem? – Perguntei e ele desviou o olhar – Ontem você quis me contar.

– Quer saber – Ele se levantou e pegou a bebê – Pergunte pros nossos pais, eu tenho que trabalhar e ainda tenho que deixar a Sofia na creche.

– Mas...

– Tchau maninha. - Ele deu um beijo na minha testa e saiu em seguida.

E lá eu fiquei novamente sem nem uma misera informação a tarde foi tranquila, um dos enfermeiros trouxe meu almoço e assim que acabei o fisioterapeuta entrou no quarto, era um homem alto estava nos seus 35 ou 36 anos, diferente de todos ele usava calça jeans e camiseta e não roupas brancas e formais.

– Meu nome é Nathan Clark. - Ele se apresentou.

– Elena Salvatore. - Fiz o mesmo que ele.

– Salvatore? Alguma relação com Giuseppe? - Ele perguntou pegando levemente meu braço.

– Ele é pai do meu marido. - Respondi ele fazia movimentos com meu braço que começou a doer.

– Se doer você...

– Está doendo – O interrompi – Quanto tempo vai levar para eu poder voltar ao normal?

– Deixe-me ver como você está e depois nós conversamos sobre tempo. - Ele voltou a me movimentar.

Ele ficou no mesmo braço por alguns minutos e depois foi para cada um dos meus membros, e me fez ficar sentada, logo depois me ajudou a ficar em pé e quase uma hora depois ele disse que tinha terminado.

– Como o esperado alguns de seus músculos se atrofiaram – O olhei confusa – 3 meses no mínimo, fazendo isso todos os dias acho que de 3 a 4 meses seja o suficiente para você ficar relativamente bem.

– Tudo isso? - Perguntei um pouco assustada.

– Você poderia perder os movimentos – Ele falou – Ficar em uma cadeira de rodas pra sempre, então não reclame.

– É só que... – Me interrompi no meio da frase, se era isso que eu precisava fazer então tudo bem faria 3 meses de fisioterapia, se isso me fizesse saudável, não só por mim mas pelos meus filhos, eu farei de bom grado – Quando começamos?

– Amanhã mesmo – Ele respondeu rapidamente – Até amanhã, Elena.

– Até Nathan.

Assim que ele saiu eu me permiti voltar para minha solidão e amargura, meus pais só vieram depois do jantar e novamente não quiseram falar sobre Damon e se for necessário eu mesma vou vê-lo me levanto dessa cama e vou me arrastando até em casa mas... eu preciso dele mais que tudo, e essa foi a última coisa que eu pensei antes de cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Momentos de amor
aproximando-nos juntos
memórias doces
Moments Of Love - Janno Gibbs




Antes de tudo eu estudei um pouco sobre o Coma antes de escrever essa Fic, então eu não falei qualquer coisa, eu me empenhei de verdade em ver o estado e até mesmo pequenas coisas sobre o Coma.
E calma galera, o Damon vai aparecer mas vamos deixar a Elena confusa por um tempo né.
Próximo capitulo 6 comentários, Ok?



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