Enquanto você dormia escrita por Grazy


Capítulo 25
Dreams


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu podia ser uma daquelas autoras que chega aqui com mil e uma desculpas sobre as razões que me levaram a demorar TANTO tempo para postar, mas eu vou ser sincera, foram três fatores:
— Falta de criatividade
— Falta de tempo
— Preguiça, muita preguiça
Mas é isso galera, I'M BACK!
Espero que isso seja uma noticia boa pra vcs, kisses



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Quando abro os olhos sinto meu corpo pesar como se algo extremamente pesado estivesse sobre ele, levo um tempo até me acostumar com a claridade das luzes e do teto branco e quando finalmente consigo olho para meu corpo em busca do que estava causando aquela sensação tão desconfortável, mas não há nada, eu apenas estou deitada em uma cama de hospital com uma camisola branca.

O barulho de gotas entra no meu ouvido e olho para o lado encarando uma bolsa cheia de um liquido transparente, sigo o tubo com os olhos e encaro a agulha presa ao meu braço, em um reflexo arranco a agulha e sinto meu braço arder, mas em apenas algumas segundas ela passa deixando apenas uma sensação dolorida.

Jogo minhas pernas para fora e da cama e meus pés descalços se chocam contra o chão gelado causando um arrepio que percorre todo meu corpo, reúno minhas forças e me levanto me apoiando nas paredes e vou até a porta, puxo a maçaneta e dou de cara com um corredor imenso e vazio, ele está escuro o que é estranho, corredores de hospitais não são iluminados 24 horas?

Ando por alguns metros e minhas pernas fraquejam então me apoio na parede, e continuo por mais uns dois metros até escutar uma risada de criança, isso atrai meu olhar e eu encaro o fim do corredor, duas crianças passam correndo rindo alto, duas crianças, meus filhos.

Puxo o ar com força e então começo a caminhar mais rápido na direção deles, mais risadas, então as luzes se acendem, fecho meus olhos com a iluminação repentina e continuo caminhando, mas alguém se choca contra mim, encaro logo e vejo Damon parado na minha frente, ele está sorrindo e lagrimas caem de seus olhos, ele está feliz.

— O que está...

— Desculpe esbarrar em você, mas não tenho tempo. — ele então passa por mim e segue pelo caminho contrario.

Me viro e o sigo, ele caminha rápido, mas me apoiando na parede eu consigo o acompanhar, gritos ecoam pelo corredor seguido por um choro de bebê, isso parece ser um combustível para Damon que caminha duas vezes mais rápido.

Dessa vez eu não consigo o acompanhar e ele ganha muita vantagem a minha frente, ele entra em uma sala e eu paro para respirar, tomo fôlego e o sigo até a sala aonde ele entrou, as duas crianças passam por mim e eu me desequilibro e caio no chão, elas me olham e posso ver seus rostos, são meus filhos, mas eles não me reconhecem e entram dentro da mesma sala que Damon, fico no chão por alguns minutos e então me levanto com dificuldade e empurro a porta.

Meus filhos estão ao lado de Damon que está parado com um bebê no colo, meus olhos ficam presos aos dele e só os desvio quando noto uma quarta pessoa na sala, uma mulher loira está deitada me olhando, Francesca, mas assim como meus filhos ela parece não me reconhecer, volto a encarar Damon que ainda me olha.

— Papai, quem é ela? — minha filha pergunta.

— Ninguém. — ele responde e então tudo fica confuso.

De repente braços me puxão e eu estou sendo arrastada da sala, grito por ajuda, mas nenhuma daquelas quatro pessoas se movem.

— Damon! — grito.

— Você não é ninguém, não mais, ela é a mãe dos meus filhos. — ele fala com uma voz distante.

E de repente a escuridão me engole.

—__

— ELENA! ELENA! ACORDA! — sinto mãos prenderem a minha e luto para me soltar e de repente uma dor forte se inicia no meu pulso e percorre todo meu braço, as mãos me soltam.

Abro os olhos e estou em um quarto de hospital, Damon está parado ao meu lado com a mão no rosto e os olhos assustados, me levanto e começo a socar seu peito.

— Você! Você! Você teve um filho com ela! — soco seu rosto e a dor volta no meu braço como um enérgico, a imagem de Damon segurando um bebê, dizendo que ela era a mãe de seus filhos. — Você mentiu pra mim! Você... Você... Você...

— Que droga, Elena! Do que você está falando? — ele tenta segurar minha mão, mas eu o soco novamente.

— Elena! — escuto a voz de Paola e depois seus braço envolvem os meus impedindo meus movimentos. — Calma!

Respiro fundo e passo a tentar entender aonde eu estou, não é o mesmo quarto de hospital, esse tem ursos desenhados na parede e minha filha deitada em uma cama, ela está me olhando assustada e de repente eu acordo de vez e percebo tudo que fiz.

— Mamãe, o que está acontecendo? — sua voz é triste e lágrimas escorrem de seus olhinhos.

Encaro Damon que mantem a mão sobre o machucado em sua boca, ele tira momentaneamente e vejo sangue escorrendo do canto de seus lábios.

— Eu... — um nó se forma em minha garganta. — Eu sinto muito, eu... achei que podia fazer isso, mas... eu claramente não consigo.

Fujo do aperto dos braços de Paola e de repente estou correndo sem rumo pelos corredores do hospital, mil e uma coisas passam pela minha cabeça, as imagens do sonho se confundem com a realidade, aqueles corredores de hospital parece não ter fim e eu desisto de correr, paro e me encosto na parede.

— Elena! — a voz de Damon enche meus ouvidos e eu penso em correr mais, porém apenas deslizo pela parede e me sento no chão e fecho meus olhos.

— Elena! — dessa vez foi a voz de Paola, ela parecia mais próxima, mas eu realmente não importo com quem vai me achar primeiro. — Elena! Achei você!

Abro os olhos e ela está parada lá, sua respiração é curta e rápida, ofegante, seus cabelos estão sobre a testa e vejo o cansaço em seu rosto, sinto pena por tê-la feito correr tanto.

— Eu sinto muito. — é tudo que sai da minha boca.

— Não se preocupe, mas podemos ir encontrar o Damon? — questiona esticando a mão. — Seja lá o que aconteceu, não pode fugir disso!

— Tem razão eu... — me levanto sem sua ajuda e ela recolhe a mão. — Eu tenho que... — minha garganta se fecha e eu sinto dificuldade em respirar, minha visão começa a escurecer e minhas pernas fraquejam, Paola parece perceber e me apoia.

— O que está acontecendo? Você está bem?

— Eu acho que... não. — minha visão escurece de vez e meu corpo desaba sobre o de Paola, a única coisa que escuto é o seu grito e então... mais nada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não só do capitulo, mas do fato de eu estar de volta



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