Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 93
Capítulo 93 - Quem é Fred?


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! Hj terei que dar um aviso que terá dose dupla! Semana que vem eu terei que fazer uma cirurgia e não poderei postar ;D agradeço pela compreensão!



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A paz havia voltado à mente de Ralph.

Mas só enquanto ele ainda estava dormindo.

O loiro despertara de repente, ainda se lembrado do que ocorrera. Tudo o que presenciara. Ele não perdeu tempo, pulou da cama e seguiu em direção á sala de estar. Não percebera que estava com esparadrapos em seus membros, até no rosto, e sentia uns incômodos neles, como pequenos formigamentos que circulavam pelo seu corpo.

Descera rapidamente as escadas, e se deparara com Mariah e sua mãe, Dona Melly sentadas na sala. A ruiva se levantou num pulo.

– R- Ralph?! Já acordou?!

– Você está bem, querido? – Perguntara sua mãe, atenta aos machucados.

– Eu... Eu estou bem, mas... – Ele se afastara da mãe. – Estou angustiado. Cadê os outros?

– B – Bem. Eles estão se recuperando rápido. – Mariah tentara manter sua firmeza, mas não conseguia deixar de tremer. – Não nos trate como...

– Esquece isso! Preciso ver eles! – O loiro saiu correndo em direção à cozinha, e depois, aos fundos.

Gigan treinava sozinho dando socos e chutes no ar. Aries e Belfrior o observavam sentado. Os três se assustaram ao ver o garoto loiro, tendo a mesma reação de Mariah.

– Ralph. Você é bom em se curar.

– Capitão. Você nos deu um grande susto. – Disse Belfrior, se aproximando mais.

– Eu é que deveria dizer isso. Onde estão os outros? – Ralph sentia um desconforto, e precisava ver se todos estavam bem antes de qualquer coisa.

– Bem... Race, Jack e Nesse foram para um pouco mais longe, na direção do penhasco. – Aries apontou a direção pela floresta. – Bem, já a garota... Ela se recuperou e saiu cedo para o seu trabalho.

O loiro seguiu em direção à floresta, se amaldiçoando por ter acordado tarde. Com aquela caminhada sobre a trilha, ele começava a se sentir um pouco melhor, mas não menos angustiado.

Race e Jack estavam conversando numa árvore. Jack havia sofrido alguns danos, e estava com a cabeça um pouco enfaixada, mas continuava normal. Race, por outro lado, fora um dos que mais sofrera de Fred. Por ter quebrado uma perna, algumas costelas e ainda batido forte a cabeça, estava quase debilitado, mas nem por isso deixava de sorrir, sem falar das caretas de preguiça que ele dava quando tinha sono.

Ralph não soubera do que realmente houvera, mas achara incrível que Race pudesse estar daquele jeito.

– Race!

– Oh, capitão! Já tá na ativa? Que coisa...

– Que coisa nada! Olha o seu estado!

– Hum? Ah, pois é. Lutei feito doido com aquele cara, mas ele era muito mais forte.

– É mesmo... – Jack murmurara.

– Puxa. Não sabia que havia sofrido tanto. Deveria ter chegado mais cedo...

– Ora, isso é dever de um Querubim cuidar do grupo quando o capitão não está presente! – Race dera um bom sorriso, e aquilo acalmou o loiro, um pouco.

– E Nesse? Onde ele está?

– Ah, me disseram que ele sofreu danos na garganta. Ele está desde cedo lá embaixo. – O Querubim apontou a penhasco abaixo. – Não esquenta logo ele tá voltando.

O loiro olhou por entre o penhasco para ver se encontrava o anjo da água, mas o mesmo veio rapidamente voando para onde estavam.

– Ralph! Que bom vê-lo bem!

– Nesse! Você está...

– Agora eu estou bem. Sofri queimaduras perto da faringe, quase perdi as cordas vocais. Mas me curei na água.

– Como eu queria ter um poder desses... – Race murmurou irritado por estar de mureta.

– Desculpe por não ter voltado à tempo. Eu...

Nesse botou sua mão no ombro do garoto.

– Relaxa. Você veio na hora certa. Você nos salvou quando tudo poderia estar perdido.

Depois de uma pausa, Ralph tornou a falar.

– Preciso falar com todos. Vamos voltar.

– Hum? É sério? Não dá pra ir depois? – Race tinha dificuldade pra andar que se apoiava até na espada, que continuava amassada. O loiro não conseguia acreditar que até a enorme espada do Querubim fora superada pela arma de Fred.

Os quatro anjos voltaram ao esconderijo, e chamando a todos, foram se reunindo na sala de estar. Ralph percebia que todos estavam frustrados pela grande derrota pelo anjo negro, e que estavam se esforçando para se recuperarem logo e melhorarem seus poderes.

– Muito bem. – O loiro se pronunciou. – Agora que todos estão reunidos. Vou contar o que quero dizer a todos.

– Do que se trata Ralph? – Perguntou Mariah. – É algo sobre o inimigo?

– Sim. Na verdade... – O garoto loiro virou-se para Dona Melly. – Isso tem muito a ver com você, mãe.

– Comigo? E o que seria?

Ralph estava com uma expressão séria e de preocupação.

– Fred me contou algo muito... Muito impactante.

– Contou? Como assim? – Disse Nesse.

Mesmo estando hesitante, o garoto loiro tomou coragem para falar.

– Antes de morrer, ele... Direi as palavras dele. – Subindo as escadas, o loiro parou no penúltimo degrau de cima. – “Eu sou seu irmão.”

O choque abalou a todos naquela sala. Ninguém conseguia dizer ao menos uma palavra, nem mesmo Mariah. Mas era Ralph quem estava mais abalado, e olhando para a mãe, estava completamente chocada.

– Mãe... Isso... É verdade?

Dona Melly começou a chorar. Sentou-se no sofá e depois de alguns minutos, ela conseguiu falar.

– S – Sim, Ralph. Ele é o seu irmão.

– Não dá pra acreditar! – Mariah questionava incrédula. – Não consigo imaginar uma coisa dessas!

– Rapaz, isso não é normal... – Race murmurou para si mesmo.

Nenhum dos demais conseguia dar um passo sequer.

– Mãe, você pode me explicar isso? – O garoto sentou-se no lado de Dona Melly, procurando tentar consolá-la. – Por favor.

– Sim, querido. Você merece uma explicação. – Ela secou as lágrimas do rosto. – Mas não tenho muito á falar.

– Tudo bem.

– Quando vocês dois eram pequenos, seu irmão sumira, por alguma coisa maligna, e... – Ela parecia que se esforçava para se lembrar. – Pelo que eu me lembre, seu pai foi a procura dele, mas ele também sumiu.

– Pelo o que se lembra? Como assim, mãe?

– Eu não sei dizer. Mas... Eu apenas desejei nunca mais lembrar sobre aquilo. E, não me lembro.

– Ela fala a verdade. – Disse Belfrior. – Ela não tem esse fragmento de memória.

– Parece que ela pediu para alguém fazê-la esquecer das memórias. – Completou Aries.

– E isso é...

– Sim. Não sinto sinais de que suas lembranças foram tomadas à força.

Dona Melly voltou a chorar.

– Me perdoe filho. Não tive coragem.

Ralph a abraçou.

– Por favor, você não tinha que passar por isso. Obrigado por sempre cuidar de mim.

O dia se passou com aquela atmosfera. Ninguém tinha coragem o suficiente para conversar com o loiro sobre aquele assunto. Era... Delicado demais. Ralph estava sentado na escada, pensando, até que sua mãe se aproximara dele.

– Preciso te mostrar uma coisa, Ralph. – O garoto a seguiu até o armário. Ao abri-lo, pendurado num cabide, estava o sobretudo de Fred, preto como o próprio breu, quieto e silencioso.

Mas o garoto não entendeu porque sua mãe mostrara aquilo.

– Querido... – Dona Melly acariciou o cabelo espetado do loiro. – Eu queria te mostrar isto pois pode ser que sirva para alguma coisa, você são peritos em localizar anjos, não é?

– Acho que sim... – Ele notou que havia algo naquele manto que era estranho, não se sentia nenhuma presença nele. O loiro ainda pensava em algum jeito de saber o que fazer naquela ocasião. Aquilo só podia significar uma coisa, e não era por acaso. O garoto loiro nunca acreditara que nada era por acaso.


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Notas finais do capítulo

logo mais postarei o prox. cap. ;D