Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 155
Capítulo 155 - Incerteza Momentânea


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pelo atraso, devido ao dia ter sido cheio. Mas o capítulo está em mãos ^^



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O confronto para encerrar todo aquele desastre estava previsto para o dia seguinte. Ralph estava nervoso, mas esperançoso também. Agora ele via uma maneira de salvar Mariah, e ele acreditava com todas as suas forças que Nesse também estava vivo. Diante de todos os problemas que passaram juntos, aqueles dois eram quase imortais para o loiro.

Todos retornaram ao esconderijo, e para o combate, uma estratégia deveria ser feita. E pelo menos todos sabiam um pouco de como construí-la.

— O que faremos primeiro? – Perguntou Belfrior.

— Chamaremos meu irmão. – Ralph subia as escadas com pressa. – Precisamos do poder dele se quisermos ter ainda mais chance. – Ele empurrou a porta do quarto de Fred, mas o irmão não estava lá. Começou a se perguntar para onde ele estava, até que ouviu um som de engasgo vindo no banheiro. O loiro abriu a porta de imediato e avistou Fred ajoelhado perante a privada, onde suspirava por ter acabado de vomitar.

— Ralph... – A voz dele estava rouca e arranhada.

— Irmão! O que houve?! – Ralph se ajoelhou ao lado dele, e olhando para o que ele havia posto para fora dentro da privada era alguma mistura negra. O cheiro lhe irritava todos os sentidos. – O que é isso?

— S – Sangue Negro... – Expressou o irmão.

— Sangue Negro?! – Surpreendeu-se o Serafim.

— O que isso quer dizer?

Após uns segundos de silêncio, Fred dera mais alguns suspiros e respondeu à pergunta:

— Quando anjos se tornam anjos caídos, não é necessariamente que sua aura fica maligna. – Entoou. – Eles são submetidos a sessões onde devem ingerir sangue de demônio.

— I – Isso é sangue de demônio?! – Ralph olhou horrorizado para a cena dentro do vaso sanitário.

— Não necessariamente. – Fred suava frio. – Está misturado com meu sangue. O meu corpo está exilando-o.

— Mas isso não aconteceu antes...

— É por que... eu estou na Haled... – Fred sentiu mais um enjoo, e se impulsionou com pressa para a boca do vaso, onde tornou a vomitar o sangue impuro. Ralph ficou junto aos outros na porta do banheiro. Não sabia o que fazer para ajudar o irmão. Quando o momento de tensão passou, o irmão mais velho virou-se na direção deles, e num subitamente ele avançou contra os anjos com o rosto fechado, onde foi impedido pelo loiro de imediato. – CRIANÇA IMUNDA!

— Imaginei que essa aura é sua...! – Ralph imobilizou o irmão, que se contorcia. – Besta Negra... quer dizer que Fred está mais fraco que antes... – Ele olhava para o rosto do irmão mais velho, onde seu olho direito era a pupila da Besta Negra.

— Deixa comigo. – Belfrior se aproximou de Fred, e dera um golpe no pescoço, fazendo-o desmaiar.

— Droga... O que isso tudo quer dizer?! – Questionava o loiro, transtornado.

— Isso só pode significar que anjos caídos não podem ficar por muito tempo na Haled. – Analisou o Serafim.

A primeira coisa que Ralph pensou foi em Zack, preso para sempre no esquife de gelo. Um frio percorreu por sua espinha.

Fred fora colocado na cama. Não poderia lutar por algum tempo, e isso estava fora dos planos. Ralph estava sozinho em seu quarto, suspirou fundo, estava na hora de parar de lamentar, e nisso, concentrou-se em juntar todos os eventos que aconteceram. Os anjos caídos estavam atrás dele. E dessa vez eles se concentraram em tirar Mariah e Nesse do caminho. Isso quer dizer, que queriam separá-lo dos outros companheiros. O loiro queria enfrenta-los sozinho, mas sabia que mesmo com o poder da Besta Negra não poderia encará-los de frente. Precisava deles, eram os seus amigos. E eles queriam protege-lo. Agora, ele tinha que pensar... quem seria o próximo da lista deles?

Race... Jack... Gigan... Belfrior... Áries...

Race!

O loiro avançou com pressa para a sala de estar, onde todos estavam. O que todos estavam esperando era que ele tomasse as rédeas, como seu dever de capitão.

— Acho... que vocês já devem saber o que eles querem... – Expressou o loiro. – Eles estão querendo me separar de vocês, então...

— NÃO VAMOS DEIXÁ-LO LUTAR SOZINHO! – Exaltou o Querubim, levantando do sofá. – Não podemos abandoná-lo, capitão!

— Sim, ele está certo! – Gigan também se levantou. – Nossa honra está em sermos lutadores! Se não encararmos essa briga, não podemos nos considerar guerreiros!

— Também não vamos deixá-lo! – Disse Belfrior.

— Quero ajudar a salvar os outros! – Expressou Áries.

Ralph ficou surpreso por um momento, e depois suspirou com alívio.

— Isso nunca passou pela minha cabeça. Eu não sou ninguém sem vocês. Só queria saber se vocês estavam bem em encararmos esse problema.

— Mas é claro! – Disse Race. – Enfrentarmos esses caras sem avatar é um desafio!

O loiro sentou-se no sofá.

— Pois bem, eu tenho uma estratégia. Mas antes de dizê-la... – Ele olhou para o Querubim. – Sinto que eles estejam atrás dos mais fortes para tirá-los do caminho. Mariah e Nesse estavam sempre do meu lado. Mas fora eles... você é o mais forte daqui, Race.

Race sentiu um calafrio.

— Você é o próximo alvo, Race. – Expressou o loiro. – O que fará?

— Qual é a estratégia? – Perguntou o Serafim.

— Race... – Ralph ficou cabisbaixo. – Quantas balas você aguenta?

— Isso é loucura! – Belfrior se levantou do sofá, afoito. – Fazê-lo de suicida não vai ajudar!

Todos ficaram quietos. A tensão era enorme. Ralph sabia que estava pedindo o extremo, mas não era da maneira que foi interpretada pelos outros. Fora a voz de Race que quebrara o silêncio:

— 50 Balas. – Ele estendeu seu braço, orgulhoso. – Sem o avatar, posso levar cinquenta chumbos!

— Race...

— Bom... – Ralph começou a falar, mas foi interrompido por Gigan:

— Eu aguento 120 Balas! – Ele queria demonstrar sua determinação. – Posso não ter o avatar, mas com a Aura de Fúria, posso me curar das feridas por mais tempo!

E então, surgiu uma dúvida para o loiro.

— Ué, essa é uma técnica dos Querubins, não é? Race, por que você não a usa?

O Querubim pareceu ter levado um choque, com a surpresa, não respondeu.

— N – Não preciso usar... isso...

Ralph questionou a resposta. Ele estava guardando alguma coisa...

— Ralph! Por favor, não desconfie dele! – Áries havia se manifestado. – Ele não... ele não está em condições de usar esse poder!

— Por que não?

— Bem... digamos que seja a mesma coisa dele não poder soltar sua espada... – O exemplo fizera o loiro notar aquilo novamente. Race nunca largara sua espada, mas isso não fora um problema, já que isso ajudou a todos muitas vezes. Para aquela empreitada, era necessário todo poder de combate, mas o que o loiro percebeu, era que pedir aquilo era demais para Race. Todos haviam segredos. Era natural não poder contar algo.

Ele se levantou, e foi até o Race. Pousou sua mão no ombro dele e disse:

— Me desculpe. Já percebi que você é o que mais dá duro do que todos aqui. Perdoe-me por não ter notado antes. – O loiro expressou um largo sorriso. – Vamos encarar esses caras juntos!

Race retribuiu com um sorriso de alívio.

— O que quer dizer... – Analisou o Serafim.

— ... essa será a estratégia. – Ralph olhou para todos na sala. – Vamos invadir com todo o poder que temos! Mas também iremos nos defender com toda a defesa que temos! Ninguém mais irá se machucar se separando dos outros! Nós somos unidos, e essa união é o que junta nossas forças! Essa é a Angels Heart!

***

Na cidade próxima, também destruída pelos Generais da Morte, era o centro das comunicações. Como lá havia uma estação de rádio, as ordens eram passadas por codinomes, o que impedia de os Raptores saberem de quem eram as ordens. Portanto, não haveria vazamento de informações. E como os Raptores assumiram as formas de quem morava naquelas regiões, conheciam rotas secretas das estradas, o que facilitou a fuga deles do último confronto.

Kazan estava no topo da torre de transmissão. Onde Mariah também estava, presa. A brisa forte da noite fazia-a tremer devido ao Sangue Negro. Não lhe restava muito tempo. Seus poderes de fogo estavam se esvaindo cada vez mais, e cada vez mais Kazan ficava mais forte. Ela não soubera de todos os detalhes, mas parecia que ele estava reunindo os Raptores para fazerem uma grande emboscada para Ralph e os outros. A questão é que, havia uma questão que a incomodava mais do que a tortura que estava sofrendo. Nesse. Naqueles momentos de tensão, ela se lembrava dele, seu melhor amigo. O primeiro que a entendeu e a ajudou. Ele estava bem?

Se ele havia sido derrotado ou capturado, ela sabia muito bem que aquilo influenciaria a raiva de Ralph. Tudo era uma armadilha. Lágrimas caíam de seus olhos, suas pálpebras estavam pesadas, o vento forte e gelado a torturava muito mais, mas o pensamento de que Ralph e Nesse estavam sofrendo por ela a machucavam muito mais.

“Um dia você encontrará amigos dos quais nunca te abandonarão! ”

As palavras do irmão estavam gravadas em sua mente. Mas, sua vontade já não era a mesma. Até aquele momento, ela estava vivendo apenas para matar o assassino do seu irmão. Os outros momentos que tivera, foram só passageiros... só momentos passageiros... não era?

— Está tudo pronto. – Murmurou Kazan. – Os Raptores já conseguiram estoque o bastante. Esse próximo embate vai ser o fim deles. Vou matar uns três pelo menos antes de eliminar o Ralph. É hoje que me tornarei o líder dos Generais da Morte!


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