Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 149
Capítulo 149 - A Queda e Fúria da Fênix


Notas iniciais do capítulo

Como não há nada para comentar aqui, apenas colocarei a música que me inspirou a batalha. Boa leitura ;D

Within Temptation - Let Us Burn



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A área de toda a Usina estava carbonizada. Quase todos os instrumentos elétricos estavam danificados, faltava muito pouco para que uma explosão acontecesse. O chão estava coberto da fuligem das chamas, que ainda crepitavam no formato do círculo. Tora estava de joelhos, ofegando. Ele conseguira sair vivo do ataque iminente dos Cometas Em Colisão, mas isso foi preciso usar a Primeira Possessão para manter a Capa Relâmpago ao máximo. Havia uma série de queimaduras pelos membros, e principalmente nas costas. Mariah estava cambaleante também, mas ria de satisfação ao ver o inimigo caído.

— Esse é o nível do meu poder! – Disse convencida.

— Isso foi um ataque suicida. – Expressou o anjo caído. – Não sabia que poderia controlar tão bem suas chamas...

— Esse era o poder que eu queria mostrar ao meu irmão... – Disse a ruiva com desdém. – Mas... Você o matou... Não pude mostrá-lo... Que eu também posso ser forte! – Ela esbravejou sua fúria, fazendo as chamas aumentarem ainda mais ao redor deles. Tora não respondeu, em vez disso, ignorou os ferimentos e partiu para cima da oponente. Sua missão vinha em primeiro lugar naquele momento. Eliminar Mariah.

— Não espere que eu caía nesse golpe novamente! Não pode vencer a minha Capa Relâmpago! – Ele carregou seus braços com mais eletricidade, e neles se materializaram patas similares de tigres.

Mariah pressionou suas mãos contra as de Tora. Era um confronto de força. Mas a energia da Capa Relâmpago estava queimando a pele de Mariah, jorrando seu sangue pelo chão, só que com a tamanha raiva dela, o sangue borbulhava, chegando a derreter o piso. Quando Tora percebeu, o nível do poder de Mariah chegara realmente a um patamar diferente.

Ela estava com os olhos vermelhos.

— B – Burnout?! – Disse o anjo caído, assustado. – Não pode ser...

— SINTA A MINHA RAIVA INCESSANTE! A FÚRIA QUE RENASCE DAS CINZAS! – Os braços da ruiva se incendiaram, confrontando a onda de choque inimiga. As chamas ao redor deles lançaram-se ao alto, formando-se uma imensa fênix, que vinha diretamente contra Tora. – QUEDA DA FÊNIX!

Dessa vez, a Capa Relâmpago foi totalmente subjugada.

Uma onda de chamas irradiou o local. E enfim as chamas voltaram ao normal, mas não podia dizer a mesma coisa de Mariah. Seu corpo inteiro estava coberto por chamas, e por entre elas, seus olhos carmesins emitiam toda a sua fúria.

Tora estava com a coluna à mostra, devido o grau de queimadura que sofreu do ataque anterior. Estava praticamente todo queimado e quase perdendo a consciência. Mas percebeu que a ruiva já não estava mais sã.

— Hora de agir, antes que ela piore as coisas... – Ele brandiu seu braço para cima, sinalizando o símbolo do Rock. – WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Seu corpo começou a se alterar, suas feridas e queimaduras iniciaram uma cicatrização rápida, seus cabelos se espetaram com a tremenda onda de choque que se emitia pelo seu corpo. A estática que emanava do seu corpo se materializou em tigres de pura eletricidade. Ele mesmo estava envolto por uma camada elétrica similar a uma cabeça de tigre. Não dava para notar com os óculos escuros, mas Tora estava transbordando o poder da sua Segunda Possessão. – Quero ver você destruir minha Invocação do Tigre. É a minha defesa mais poderosa. A ruiva esbravejava de fúria, sem ter a mínima consciência do que estava acontecendo. Tora iniciou o seu ataque, ordenando seus tigres elétricos de atacarem em conjunto. Eram ao todo quatro tigres. Sem nenhum aviso, as chamas moveram para contra as feras, enquanto Mariah sumira por entre as chamas. Houve uma série de explosões de fogo e eletricidade ao mesmo tempo com a colisão. Tora emanou uma poderosa onda de choque que atravessou as chamas, cessando o seu contra-ataque, mas não encontrou a ruiva. Ela surgiu à sua esquerda e esmurrou a camada elétrica de cabeça de tigre que rodeava Tora, não surtindo muito efeito. Tora emanou outra onda de choque, que a jogou com tudo para trás. Ele lançou outra, e mais outra, atacando a ruiva consecutivamente, sem ela poder se defender, mas Tora percebeu que o corpo dela havia se transformado em chamas.

— Ela carbonizou o próprio corpo... – Expressou o anjo caído. Ele parou de atacar. Mariah estava caída no chão, mas levantou logo em seguida, e de suas costas, surgiram dois belos pares de asas alaranjadas, com o semblante da fênix. A temperatura aumentou, e as chamas começaram a ir para o alto. Sem falar nada, a ruiva se preparou para investir, e realizou o movimento, chocando-se contra Tora, que cambaleou com a força do poder dela. Os dois atacaram um ao outro, em ataques massivos e consecutivos. Quanto mais Mariah lutava, mas suas chamas aumentavam, e isso reduzia a estática de Tora, que enfraquecia cada vez mais. Já não havia mais oxigênio ali, e ele mal conseguia desviar dos ataques. Até que enfim, Mariah destruiu a defesa de Tora e esmurrou sua cara, queimando-a com tudo, inclusive os óculos escuros, que derreteram!

O anjo caído foi lançado violentamente contra o chão, que agora era uma poça de chamas, onde suas pernas foram engolidas pelas labaredas. Tora não podia mais se mover.

Mariah subiu para o teto com as asas, e reuniu todas as chamas que estavam ali. A energia maciça e pura foi convertida numa esfera de puro poder destrutivo.

— Então... Esse é o poder do Burnout... – Expressou Tora. Só conseguia enxergar por um olho, pois o outro foi completamente derretido. Sua visão turva demoníaca se fechou com a pálpebra. – Então é assim que termina...

— SUPERNOVA! – Esbravejou a ruiva, descarregando todo o seu poder contra Tora, que sofreu o ataque cintilante, que explodiu completamente o local, não somente a usina. Tudo num local de dez metros foi totalmente carbonizado.  A explosão seguiu até os céus, num cilindro de luz. Cerca de dois minutos depois, tudo estava destruído, e tudo estava acabado. Mariah estava no centro da explosão, com o corpo e as roupas intactas, ela teve dificuldade de abrir os olhos, estava tonta demais, e deixou as memórias percorrem por sua mente.

***

O carro foi estacionado num morro onde servia de um belo local para observar as estrelas. Os anjos seguiram o trajeto cautelosamente. Sempre atentos para notarem algum Raptor por perto. A partir daquele ponto, as cidades vizinhas estavam todas em estilhaços. Todo estava em escombros por onde quer que se veja. Ao longe, era notável as silhuetas de torres.

— Três, quatro... Sete torres. – Contou Belfrior. – Significa que supostamente há Sete Generais mesmo.

— Vamos chegar mais perto? – Perguntou Jack.

— É melhor irmos a poucos para não chamarmos atenção. – Apontou Gigan. – Ralph também nos disse que só devemos investigar por enquanto.

— Certo. Vamos nós dois Gigan. – Disse Race se espreguiçando. – Somos os mais furtivos daqui.

— Boa idéia.

— Voltem em dez minutos. – Alertou Belfrior. – Senão iremos atrás.

— Voltaremos em nove, então. – Brincou o Querubim, saltando sobre os escombros e sumindo entre eles, Gigan foi logo atrás. Os dois eram bem rápidos, e mal faziam barulho quando saltavam e pisavam sobre as rochas e escombros. Em poucos minutos estavam a sessenta metros das torres, até que Gigan resolveu parar.

— Se formos para mais perto, sentirão a nossa presença.

— Malditos Raptores. Acham que podem competir com o nosso olfato.

Os dois fizeram silêncio. Ouviram vozes. Dois Raptores caminhavam por ali.

— Droga, que trabalho de merda ficar reforçando essas porcarias de torres! – Reclamou um deles.

— Sem falar que subir até lá encima dá trabalho... – Disse o outro.

— Por mais quantos dias ele quer que as torres estejam ativas?

— Não sei. Talvez mais uns seis ou sete. Mas haja material de construção para remendar os estragos das torres.

Os dois anjos ficaram pensativos.

— Será que alguma tropa agiu antes? – Questionou Race.

— Duvido. Mas pode ser uma possibilidade, ou... Espere, fique quieto! – Gigan olhou atentamente para um vulto ao longe.

  Era Pressark.

— Como estão os reparos?

— Calma lá, chefia. Os danos apareceram de repente! Faz menos de trinta minutos e duas torres foram pra cova! – Reportou um dos Raptores nervoso. Teve a cabeça decepada num segundo depois.

— Que depressivo. Logo de cara dois foram derrotados?! Quero essas torres em funcionamento antes do anoitecer! – Esbravejou Pressark, desaparecendo num portal obscuro. Os dois anjos retornaram depois.

— Uou! Realmente voltaram em nove minutos. – Expressou Belfrior. – E então? Contem-nos os detalhes.

Os dois anjos explicaram tudo desde a conversa dos Raptores até a aparição de Pressark. Uma onda de tensão cresceu.

— Não me parece que uma tropa invadiu o lugar... Senão os Raptores já estariam mortos... – Questionou o Serafim.

— De qualquer forma, eles estarão ocupados até amanhã de manhã. – Disse Race. – Temos algum tempo para bolar alguma estratégia.

— Eliminamos uma boa parcela de Raptores sob controle deles. Estamos com a vantagem. – Esclareceu Gigan.

— Sim, mas ainda é incerto o porquê das torres serem tão importantes. Mesmo que elas fossem à causa do Santuário Gigante, poderia repô-la o quanto antes.

— Parece que há algo que devemos confirmar com os outros... – Definiu Jack. – Por ora, vamos voltar.

A tão recente investigação foi encerrada com uma mancha de dúvida sobre os anjos, que só seria esclarecida quando todos estivessem reunidos.


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