Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 124
Capítulo 124 - Câmara de Tortura


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo de hj .D



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Alguns anjos caídos ficaram muito arrependidos com a união á Lucífer. Inúmeras rebeliões sucederam então, criando uma cacofonia entre os Nove Reinos. A Estrela da Manhã decretara depois um local reservado para esses “baderneiros”, como ele costumava dizer. Os rebeldes foram perseguidos e aprisionados numa câmara, onde eram torturados, espancados e humilhados pelos demônios. Alguns chegaram a ficar milhões de anos nesse lugar até perder a “coragem” de enfrentar Lucífer novamente.

Anteriormente, eram poucos os que eram caçados e aprisionados na Câmara, mas o número de rebeldes aumentara gradativamente, a ponto da construção da Câmara da Tortura ser expandida, avançando até sobre o Plano do Sheol. Há indícios de haver lugares na Haled que conduzem aos vários andares de tortura. Fred continuava a caminhar, e pela primeira vez, vestia algo que não era preto. Trajava somente roupas de seda branca simples. Não era permitido liberar as asas. E as correntes que o prendiam nos membros o impediam de usar seus poderes angélicos, mas também serviam para controlar os seus poderes e não surtar. Andava meio cabisbaixo, apenas enxergando o chão seco e mal iluminado, descalço. A Fogo Negro fora tirada dele quando fora abduzido de volta. Era somente um desertor agora, um traidor que não pôde cumprir o seu mandato. Mesmo acorrentado, andava depressa, e os demônios que o acompanhavam nem chegaram a espetá-lo com suas lanças.

Eles murmuravam algo, e Fred começou a prestar atenção no que diziam.

– Ei, o salão vai ficar cheio, né?

– Assim que a cabeça sair fora, ninguém vai ficar parado...

Fred sabia que falavam dele, e sentia que o quanto antes morresse, melhor. Eu... Só queria ter passado mais tempo com ele... Sinto que as coisas teriam sido melhores...

***

Ralph corria rapidamente, cruzando grossas trepadeiras de trevas, que cercava o chão seco e morto, o que brotava ali era o próprio solo contorcido, na forma de galhos. Sendo um próprio labirinto tenebroso. A entrada da Câmara já estava perto, mas o pior era os guardas demoníacos que vigiavam o perímetro, e ele queria evitar ser visto o máximo possível. Direcionara-se numa direção onde os guardas não o vissem. Enquanto pensava no que deveria fazer.

Até que percebera que estavam conversando.

– Talvez... Eu saiba de algo escutando o que estão dizendo. – Se aproximara cautelosamente, distante somente há alguns metros deles. Apenas diziam algo sobre vários demônios junto num só lugar, onde um anjo iria morrer... Algo, porém chamara a atenção do loiro.

– Ei, onde vai ser isso? Eu quero ir também! – Exaltara um dos guardas.

– No andar 148. Alguns inclusive já estão seguindo para lá.

– Ahh... Eu quero ir... Mas temos que ficar de olho nessa porcaria de entrada.

– Ora, o que há? Ninguém teria coragem de vir até um lugar desses...

– Ué, não seria para impedir que outros intrometidos entrassem aqui para se aproveitar?

– Ah, é. Tem razão. – Eles ignoraram completamente o posto e adentraram pela Câmara. Ralph, por fim, já sabia onde deveria ir.

– Andar 148... Esse lugar é tão grande assim? – Murmurara, enquanto passava pela entrada sorrateiramente. O lugar era muito estreito e escuro, além de feder muito. Ele não poderia andar diretamente por ali, já que seria facilmente descoberto. Até que escutara novamente os dois guardas demônios.

– Vamos pelos atalhos. Chegaremos lá em um instante.

– Ei, você é muito boca aberta. – Retrucara o parceiro. Ralph não esperou outra chance, e logo nocauteara os dois demônios.

– Pois é. Você é mesmo uma boca aberta... – Expressara. Sem mais delongas, ele cruzou o atalho, que era uma parede mais estreita que a entrada. A escuridão atrapalhava muito, mas a intuição do loiro o guiava para onde ele deveria ir. O atalho mais parecia um pequeno túnel, estreito e longo. Como um enorme formigueiro. Enquanto engatilhava pelo atalho, ele contatara Chronos.

– O QUE VOCÊ QUER? – Retrucara.

– Quero que você me ajude achando a aura de Fred. – Dissera Ralph, curto e direto.

– VOCÊ QUER DIZER ALGO COMO CLARIVIDÊNCIA, NÃO É?

– Sim. – Sua visão ficou turva, e uma tontura o dominara, mas antes que isso passasse, ele sentiu um vestígio, um brilho, como uma chama de vela. A aura de Fred! – Ótimo! Ela não está tão longe! – Motivado, prosseguiu engatilhando pelo atalho.


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Notas finais do capítulo

Tentarei escrever mais o quanto antes, para compensar o meu atraso.