Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 1
Capítulo 1 - Dia Estranho


Notas iniciais do capítulo

Olá minna! Como eu disse, este é o primeiro capitulo da minha história então eu espero q gostem! E comentem, por favor!!!



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– Ralph! Acorde já! – Dona Melly não parava de gritar em frente ao quarto do filho já quase rouca. – Vai se atrasar no primeiro dia de aula! – Ela ouviu um resmungo atrás da porta e se afastou, descendo das escadas.

– Ahhhn, que droga – Reclamava o adolescente. – Porque tinha que ser segunda-feira? – O garoto reclamava para si mesmo, enrolado nas cobertas. Ele se levantou, mostrando o rosto. Ele aparentava ter 16 anos, mas tinha 14. Ainda meio sonolento, abriu a janela do seu quarto, deixando os raios de sol incomodarem seus olhos, fazendo os seus cabelos loiros iluminarem. Então ele seguiu para o banheiro.

Ralph era alto para a idade dele. Tinha bom porte físico. Deu um longo bocejo e se olhou no espelho. Tinha o rosto jovem e magro, com grandes olhos azuis cor do mar, mas o que mais chamava atenção era o seu cabelo, mesmo tendo dormido, o cabelo continuava arrepiado. Era parecido com o estilo punk, mas seu cabelo era espetado pelos lados, contava sete espetos loiros e longos, com uma franja no meio da testa.

Ele tomou banho rapidinho e se vestiu para o colégio. Iria iniciar o 9º ano e aquele era o primeiro dia. Ralph estava com aquela preguiça de acordar cedo depois de meses relaxando...

Desceu as escadas e se deparou com a mãe na cozinha. Ele e a mãe moravam sozinhos. Dona Melly trabalhava o dia inteiro, por isso, ela preparava o almoço para deixar para Ralph, que já se acostumara à ausência da mãe desde pequeno. O garoto nunca discutia com a mãe, mas sempre tentava saber quem era o seu pai, que nunca conhecera, mas a única coisa que ela dizia é que ele havia morrido. Como não tinha irmãos ou irmãs, Ralph se sentia muito só. Mesmo já tendo se acostumado. Tomou o seu café rapidamente, pegou a sua mochila e se despediu da mãe, seguindo para a escola.

A escola era perto de casa, somente à um quarteirão dali, e Dona Melly nunca deixava Ralph faltar a escola sem nenhum motivo necessitante. O garoto estava seguindo pela calçada quando passou em frente à um beco escuro, que fedia pela enorme quantidade de lixo que estava ali, sentia um mal pressentimento. De repente, uma sombra estranha aparece e desaparece rapidamente, fazendo Ralph quase cair no chão. O que era aquilo? Não parecia a sombra de um cachorro, muito menos de um gato. Ele queria tentar descobrir o que vira, se não fosse estar quase atrasado para a escola. Se recompôs rapidamente e seguiu para o colégio.

A escola era daquelas municipais. Que eram muito bem elogiadas pela grande organização e qualidade de ensino, que são melhores do que as escolas estaduais (sendo quase todas praticamente largadas pelo governo do estado, pensou Ralph). E aquela era uma das mais conhecidas da região. Apesar do Rio de Janeiro ser a capital de uma das cidades mais visitadas por turistas, ela era muito perturbada. Por isso encontrar escolas municipais eram bem poucas, ele as vezes se sentia sortudo por isso.

Ao se aproximar do portão, Ralph ficou estressado. Nem havia aberto ainda, e ele gostava de ser um dos últimos a entrar. Puxa, que azar. Porque fui ter uma mãe tão adiantada? Pensou o garoto. Não que aquele fosse um problema, mas era que Ralph não era, digamos, popular ou bem-recebido pelas pessoas, principalmente a quem já conhecia.

–Ih, olha lá. É o cabeça-de-estrela. – Um dos alunos que estava conversando com os amigos apontou para Ralph. E os amigos começaram a rir. – Meu Deus, como alguém iria gostar de alguém com um cabelo daqueles? Que piada. – O grupo de amigos começaram a rir e zombar do garoto loiro de cabelo espetado. E logo praticamente a escola toda estava lá, rindo. Como se aquilo fosse algo interessante.

Ralph não gostava daquilo. Gostava de ser diferente. Ele não se importava se o cabelo dele chamava muita atenção. A questão era que se sentia magoado por não ter ninguém pra ajuda-lo. Como sempre se sentia, excluído.

– Ah, por favor. Deixe ele pra lá. – Soou uma voz feminina perto de Ralph. – Pelo menos não é um grosso que se arrasta pra lá e pra cá com um monte de marmanjos. – O garoto ficou constrangido após uma série de risadas dos outros alunos, e se afastara dali com os amigos. Ralph ficou feliz, nunca alguém tinha feito nada pra ele, ou então, magoado a pessoa que o estava incomodando.

– Você está bem? – A garota agora de dirigia para Ralph. Que ao vê-la, ficou mais constrangido que o garoto ofendido. – Ah... sim, sim. Muito obrigado. – Ele queria perguntar o nome dela. E ela era bonita. Era mais baixa que Ralph alguns centímetros, além do fato dela ser um tipo que Ralph achava atraente nas garotas, o fato dela ser ruiva. Vestia uma camisa vermelha com manga curta, shorts jeans e uma sapatilha cor de creme. Ele mal conseguia olhar para o rosto dela sem ficar vermelho. Seu rosto era delicado. Com pequenas sardas ao redor do nariz e olhos verdes. Que pareciam cintilar á àquela hora da manhã. – Você deveria tentar ser um pouco discreto, apesar do seu cabelo parecer lindo desse jeito mesmo. – Antes de Ralph responder, o portão da escola abriu. Ele quis amaldiçoar o maldito porteiro por sempre querer agir na hora errada. Ninguém havia elogiado seu cabelo antes, apenas a sua mãe.

– Ei, espere, qual é o seu nome? – Ralph gritou no meio do monte de alunos que se aglomerava pelo portão. De súbito, pensou que a garota ruiva não o tivesse escuta-do, mas depois ouviu a voz dela ao longe. – Ah, meu nome é Belle, de Isabelle. Tchau. – E sumiu pela multidão de alunos.

A cidade de Rio de Janeiro é muito movimentada. Mas naquela hora da manhã, as ruas estavam todas vazias. Os pais deixavam os filhos na escola e iriam trabalhar. Um homem se aproximou da escola. Era discreto, mas suspeito. Vestia uma jaqueta de couro preta, jeans preto e botas, e usava óculos escuros além de ser careca. O sujeito se esgueirou-se para tentar enxergar pelas janelas de vidro. Mas a escola era alta, com três andares, dando pra perceber que havia muitos alunos.

O homem careca pegou o seu telefone e discou um número nele. Ele estava com a jaqueta, mas fazia muito calor ali. As cidades do Rio eram geralmente as mais quentes pelo ambiente exótico e tropical. Depois de tocar duas vezes, uma voz respondeu no telefone. De súbito, o homem careca respondeu:

– Sim, ele está aqui. Eu vou agir agora. – E desligou o telefone. O homem deu um breve sorriso maquiavélico. E se afastou da rua da escola.

Ralph não parava de martelar a carteira onde estava sentado com um lápis. Mal estava prestando atenção na aula. Queria falar com Belle. Ele sentia um peso no peito, uma ansiedade. Havia 30 alunos na sala de aula, e eles se dividiam em seis fileiras com cinco alunos em cada. O garoto havia se sentado na última carteira na fileira ao lado da janela. Ele jurava ter visto um cara de preto lá fora. Mas o ignorou, ele não pensava em nada, só em Isabelle. Mas o que ela estava atraindo nele?

O intervalo seria há alguns minutos. Ralph ficou ao mesmo tempo aliviado e ansioso. Uma ideia lhe apareceu na cabeça. Eu poderia me encontrar com ela no intervalo. Pensara o loiro. Parecia um sonho, ter finalmente ter feito algum amigo, e começava a pensar que aquele ano não seria tão ruim afinal.

Quando o intervalo tocou, Ralph se apressou a sair da sala e se dirigir para o pátio. O garoto não se preocupara por não prestar atenção nos professores, como aquele era o primeiro dia, os professores faziam somente apresentações. O pátio era enorme, achava ele. Era uma área imensa dividida com o refeitório, que era coberta. Tinha algumas fileiras de mesas e bancos onde os alunos ganhavam os seus lanches e podiam se sentar no lado direito. No lado esquerdo, eram os banheiros e o lavatório.

O garoto loiro não encontrou Isabelle no refeitório e seguiu para o pátio aberto, que era cercado por um enorme muro amarelo. Os alunos iam para lá para estudar com calma, ou brincar nas árvores que eles mesmo haviam plantado. Mas quando Ralph percebeu, não encontrara a quem queria.

Um garoto maior que ele. Nando, um repetente do 8º ano que sempre batia nele. Estava pendurado na árvore, e Ralph sentiu um azar enorme. Será que o intervalo de Belle era outro? Mas ele mal estava pensando nisso, estava querendo evitar em ser espancado logo no primeiro dia.

– Olha lá, se não é o estrela? – Zombou o grandalhão que parecia um vesgo retardado. – Tá indo pra onde? Querendo brilhar? Eu posso te mandar pro espaço sideral agora mesmo! – Ameaçou Nando, se aproximando de Ralph e estralando os punhos, se preparando para espanca-lo por nada em especial. E teria acontecido se um tremor não o tivesse chamado atenção. O barulho parecia ter vindo do telhado da escola. De repente, um vulto se mostrou para os alunos do pátio. O cara se vestia todo de preto, jaqueta, calça jeans, botas e óculos escuros, somente sua cabeça careca se reluzia ao brilho do sol. De repente, o homem gritou. – Ei, pirralhos! Procuro um moleque com penteado de estrela! – Com um breve suspiro, Ralph se sentiu exposto e encrencado. Pois todos no pátio haviam apontado para ele.

– Ah, olha ele ai! Se vocês me entregarem ele, não vou machucar ninguém. – Alertou o homem com uma suavidade tenebrosa em sua voz. O garoto se espantou. O que aquele cara queria com ele? Ele não tinha feito nada. Mas parou de pensar quando Nando o agarrou gritando. – Há! Eu sabia que você era um encosto. Vou te entregar pra ele porque ninguém vai me impedir! – E ele estava certo. Ninguém da escola gostava ou queria conhecer Ralph. Ele era excluído de tudo e todos. Mas mesmo assim ele não queria ser entregue por um estranho. E o loiro sentiu muita raiva de Nando.

Ele tentou resistir. Agarrara o colarinho da camisa do grandalhão e tentava escapar dos braços firmes dele. Mas Nando não deu trégua. Quando ele se preparava para esmurrá-lo, Ralph sentiu mais raiva do que medo. E com um empurrão de mão, algo invisível envolveu os pulsos dele e lançou Nando para longe, apenas parando no enorme muro amarelo, atordoado. Todos se surpreenderam, até ele próprio. Como ele fizera aquilo? Nunca havia treinado artes marciais, muito menos arremessado alguém à dois metros e meio de distância. Mas o homem careca nem havia se impressionado, percebeu Ralph. O cara apenas ficava rindo.

– Ora, ora. Parece que você precisa ficar irritado. Mas isso não importa, eu o levarei de qualquer maneira. – Ralph estava assustado, mas se manteve firme. – Q -quem é você? – O homem de preto tirou os óculos. – Ora, que bom que perguntou. Meu nome é Kleber, aquele que vai te transformar em pó. – E ele agarrou alguma coisa que Ralph não conseguiu ver de primeira.

– É bom você vir comigo, se não esse aqui vai sofrer ainda mais. – E mostrou o que estava segurando. O garoto ficou assustado. Era uma criatura. Pequeno demais pra um gato, azul, e tinha uma forma de gota. Ralph se recordou da sombra que vira no beco mais cedo. E a forma da sombra se encaixava aquela criatura. Seja ela o que fosse, ele não poderia deixar ela sofrendo daquele jeito. – Ei! Larga ele! Você não passa de um monstro. O esquisito aqui é você! – Ameaçou Ralph, sem nem saber de onde havia conseguido tanta coragem.

– Hmmm. Você é bem ousado pra um moleque. Muito bem, eu vou soltá-la, e é bom pegá-la, hein. Há! Há! Há! – Kleber começou a girar o braço com a criatura e a soltou no ar a mais de cinco metros do chão. O garoto ficou paralisado, seu corpo meio que se mexeu sozinho, e com força e precisão, Ralph consegue apanhar a pequena criatura em seus braços, que se contorcia silenciosamente. A criatura estava cheia de feridas e marcas de socos. Era horrível.

– Ora, bela pegada. – Mas Kleber não estava satisfeito. Achava que aquele moleque era um ninguém. Mas era bem rápido do que imaginava.

– Seu ... – Ralph se irritou. Uma forte ventania encobriu o pátio. O céu se encheu de nuvens. E os alunos tiveram que se segurar nas árvores ao redor, porque a ventania era muito forte. Mas o garoto estava parado, com um olhar cheio de fúria. – Eu vou acabar com você, nem que eu tenha que subir ai, seu careca de funerária. Eu vou acabar com você! – A expressão de Kleber mudou. Não gostara nada do que ouvira. Então, ele deu uma afastada e voltou com algo imenso.

Ralph se espantou. Mas manteve a postura firme. Kleber havia pego um pedaço de pedra enorme apenas com as mãos. Era era humano? Ou aliens realmente existiam? Havia incessáveis perguntas na cabeça de Ralph para aquilo. Mas ele quis ignorá-las. Estava procurando uma maneira de tentar escapar daquilo. Kleber estava nervoso.

– Olha ai, quem é que está sendo ameaçado agora! Devia manter a boca fechada, seu moleque. – Kleber estava se preparando para lançar a pedra. – Vivo ou morto, você vem comigo! – O garoto se sentia estranho. Não estava assustado. Só sentia uma raiva enorme de Kleber, e não quis se mover, ainda o olhando com seus olhos raivosos.

– Você é bem corajoso, moleque, mas agora acabou! – E então, Kleber lançou a enorme pedra. A pedra parecia muito maior, e descia rapidamente, como um enorme cobertor, prestes a cobrir Ralph.

Como por instinto. O garoto cobriu o rosto com os braços e fechou os olhos. E imaginou, uma única frase em sua mente: Eu apenas queria ter amigos comigo. Mas tudo o que ouviu não foram os seus ossos quebrando, mas de alguma coisa rachando.

O garoto então abriu os olhos. Ele não estava morto. Olhou para trás, e viu todos olhando assustados para ele. E percebeu que a pedra estava partida ao meio, com as duas metades no seu lado. Além de ter uma rachadura enorme no telhado onde estava Kleber, estupefato.

– O que aconteceu? – Perguntou Ralph, em voz alta. Kleber estava completa-mente paralisado. – Droga, ele é melhor do que eu pensei. Preciso me retirar. – Resmungou Kleber, já se afastando. O garoto logo percebeu que ele estava fugindo. – Ei! Onde você está indo? – Ainda estava irritado. Mas Kleber apenas o encarou com um sorriso desafiador. – Não se preocupe, nós nos encontraremos novamente. Mas acho que você tem outras coisas para se preocupar, não acha?

Ralph logo se lembrou da criatura que o protegera dele. Ainda estava deitado na grama, gravemente ferido. Ele se virou novamente para encarar Kleber, que já havia sumido. – Droga! – Reclamou Ralph. Mas ele estava certo. Precisava sair dali e ir pra um hospital rapidamente, independentemente do que aquela criatura era.

O garoto se virou para o muro onde havia lançado Nando. Ele estava com algumas rachaduras e abrira um buraco, na qual poderia escapar. Ralph agiu rápido para o diretor não pegá-lo. Avançou pela estradinha de terra e lama que se estendia atrás do muro. Segurando gentilmente a criatura azul nos braços.

Uma hora depois do grande alvoroço. O diretor apareceu com um policial que ele havia chamado. Quando os dois chegaram no pátio. Ele estava praticamente destruído. Com árvores derrubadas, gramado espalhado, rochas enormes largadas no meio do pátio, uma enorme rachadura na parede que seguia para o telhado, e o muro de trás da escola com um buraco enorme cheio de rachaduras.

– Quero que encontrem o vândalo. Ele arruinou a minha escola! – Lamentou o diretor para o policial, que mal o tinha escutado, prestando atenção em cada movimento suspeito no pátio com o revolver na mão. – Não se preocupe, senhor. Nós revistaremos a área toda, pra ver se encontramos algo. Dito isso, ele chamou seus colegas e começaram a se espalhar pelos cantos de trás da escola.

Longe dali. Kleber estava em um local escuro. Não havia nada ali, somente a sua presença e a escuridão. De repente, um vulto surgiu nas sombras, mas não mostrou o rosto. Ele fez uma reverência e ficou ajoelhado perante o vulto. – Ó mestre. Perdoe-me por não ter cumprido a missão. Eu gostaria de pedir uma segunda chance. Eu não sou de falhar. – O vulto estava se decidindo. Era mais alto que Kleber, pelo que aparentava, usava um manto que se mesclava com a escuridão ao redor.

Mas de repente. Sua decisão foi interrompida quando três outros vultos apareceram, eram menores, mas tinham o mesmo tamanho e altura de Kleber. – Espere, Mestre, este cara não presta para concluir a missão. Nem ao menos fazê-lo se divertir. – Kleber não gostou de ser insultado. Desfez a reverência e se dirigiu para o vulto que o ofendeu.

– Ora, seu ... Se não fosse uma maldita projeção ... – Ele foi interrompido pelo Mestre. – Chega, não quero apartar briguinhas de crianças, vocês estão sendo comandados por mim, são meus servos, então ajam como tal. – O Mestre foi rápido e direto. Kleber quase se engasgou, de tão espantado pela bronca que recebera.

– Perdão, Mestre, queira me desculpar, não quis irrita-lo. – O careca olhou feio para o vulto que o tinha ofendido. – Ah, eu sei disso. Todos os servos falam a mesma coisa para os comandantes. É até tedioso de ouvir. Mas aceito o perdão. Vocês, o Quarteto Sombrio, devem acabar com o garoto e me entreter também. Já sabem o que ganharam com isso, certo?

– Claro, Mestre. Como o senhor queira. – Kleber novamente estava ajoelhado para o Mestre. – Agora, Kleber, ouça novamente as minhas instruções. E não quero que falhe, pois eu não tolerarei. – Uma névoa escura surgiu como mágica. E nela aparecia Ralph e a criatura azul que Kleber havia espancado. – Quero que se dirija para este hospital e o ameace, depois, o mate. Entendeu? – A voz do Mestre era fria e direta, parecia uma sinfonia de vozes, que soavam ao mesmo tempo. – Claro, Mestre, irei agora mesmo.

– Uma última coisa. Contate-o primeiro, Kleber. Tem que ser uma armadilha muito bem elaborada. E eu já sei quem eu mais quero como um refém. – Dito isso, o Mestre e os outros integrantes do Quarteto Sombrio começavam a desaparecer. Aquilo se tratava de um Campo de Projeção. Criado pelo Mestre. Kleber mal o via, mas respondeu mesmo assim. – Entendi, Mestre. Apenas veja e se entreva.

O careca ressurgiu em um beco não muito longe da escola. Como já sabia a sua missão, ele se dirigiu para um apartamento onde havia se estalado para vigiar a presa de perto. Ele passou em frente ao hospital onde Ralph estava com a criatura azul. Ele colocou os óculos escuros e disse para si mesmo. – Vamos ver quem vai ser o último a viver aqui, Ralph.

Ralph estava em um dos quartos do hospital. O hospital era um dos mais modernos da cidade. Estava ali a pouco tempo e mesmo assim fazia muito sucesso. Principalmente as operações plásticas. O garoto estava em um dos quartos do primeiro corredor, que ficava depois da recepção. Depois do corredor, tinha uma sala que dava para as escadas para o segundo e o terceiro andar. Mas as pessoas usavam mais o elevador. Aquele corredor tinha quatro quartos para pacientes em cada lado e ele estava no último. Ninguém perguntara nada estranho sobre a criatura que trouxera consigo. Aquele hospital tratava também animais de todos os tipos, que chegavam a todo momento. Apesar das enfermeiras agirem estranho.

Ralph estava preocupado com a criatura azul. Ela havia desmaiado no caminho para o hospital. E ainda não havia recuperado a consciência. Mas o garoto estava mais preocupado com a mãe. Ainda estava no horário de aula, então tinha um tempo, mas mesmo assim ...

– Há! Finalmente eu achei você! – Soou uma voz feminina na frente da porta do quarto de Ralph. Ele entrou em pânico. Ela era uma garota da idade dele, mas ela era mais baixa, ruiva, com as sardas saltando perto do nariz. Era Belle. A garota que ele estava procurando antes de ser atacado por Kleber. Ele engoliu em seco.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E é isso! Este foi o primeiro capítulo! Logo mais virão os outros! Por favor comentem!!!