Aquela mulher escrita por Batsu


Capítulo 1
O tipo de Hakuei


Notas iniciais do capítulo

Oim, cá estou eu de novo, enchendo linguiça nessa categoria dtrfygtyuhiojkl como vão?
A fic ia sair de madrugada, but minha net caiu quando eu terminei de fazer a capa... Imaginem minha fúria com o roteador '-'
Enfim, hmm eu gostei de escrever, estava meio insegura quanto a postagem, mas acho que é coisa da minha cabeça. Eu explorei mais o lado homi do Kouen aqui (dat face), pq acho que mesmo que ele fique meio acanhado perto da Hakuei, ainda acho que ele sempre será o macho alfa. If you know what i mean ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Espero que goxtem ♥



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Ren Kouen e seu dom nato de liderança o levou a conquistar três Dungeons em busca de poder, e foi exatamente esse seu espírito forte que inspirou seus próprios irmãos Koumei e Kouha a seguirem-no por qualquer caminho que decidisse trilhar. O homem tinha um gosto inigualável por história e guerras, antes de procurar evoluir suas habilidades de combate, procurava um bom livro para aprimorar seus conhecimentos. Kouen também não tinha um grande senso de humor, era realmente raro vê-lo sorrir; exceto quando estava com aquela mulher. Aquela mulher que sempre o arrancava um esticar de lábios, por menor que fosse. Ela era inevitável, estar com ela era simplesmente desejável e por mais que tentasse disfarçar, nunca conseguiu escapar dela.

O general verificou se não havia nada a ser feito por hoje, tirando como desejado o resto da noite de folga. Havia chegado de uma viagem por volta das cinco da tarde, realmente não seria grande coisa ter uma noite livre. Pediu que algumas servas tratassem de seu banho como queria, preparando-se em seu quarto e depois se dirigindo até o local. Não demorou em que voltasse e se trocasse devidamente, porque uma noite de descanso era sinônimo de leitura para o homem.

Caminhou lentamente pelos corredores abertos do palácio com a atenção voltada apenas em chegar à biblioteca. Era uma noite de brisa gélida, talvez estivesse frio o suficiente para agasalhar-se, mas Kouen não voltaria apenas por roupas, poderia aguentar a ventania que fosse; menos a que se encontrava nesse momento diante das estantes lotadas de livros.

Kouen estranhou o fato da porta da sala estar aberta e a luz acesa enquanto se aproximava, mas continuou seguindo normalmente, afinal podia ser qualquer um. E de qualquer um que poderia ser logo aquela mulher quem seria. O general espiava pelo feixe da porta, apenas ele tinha o hábito de leitura noturna, sentia-se mais atento ao entardecer, não entendia o que Hakuei fazia ali.

— Está com algum problema, Kouen-dono?! — questionou ironicamente, havia o notado desde que sua sombra atravessou a sala. Ela tinha cerca de dois livros nos braços e parecia procurar por mais passando seus olhos celestes pelas prateleiras amontoadas.

Kouen suspirou, era inútil fazer-se forte diante dela; mesmo sendo uma muralha, aquela mulher sempre o destruiria com um soprar de brisa qualquer.

— Não é comum te encontrar por aqui nesse horário. — sorriu torto sem esconder sua surpresa, entrando e sentando-se na cadeira mais próxima.

Observou a mulher novamente de costas, ela ainda empenhava-se em procurar o que desejava. Fazia semanas que não falava com ela, vez ou outra se encontravam em suas próprias correrias reverenciando-se apenas e nada mais, a relação deles não era grande coisa em público. Mas ela não havia mudado, era exatamente a mesma mulher encantadora que conhecera há anos atrás, tinha o mesmo sorriso devastador e sempre seria a Hakuei por quem insistia em negar qualquer envolvimento.

— Como anda seu exército? — a mulher puxou um assunto qualquer sem desgrudar os olhos da prateleira.

— Você sabe, o treinamento é diário, pois uma guerra não marca horário. — suspirou apoiando o braço na mesa, sentia-se levemente incomodado com ela ali.

Kouen olhava para um canto qualquer da sala, não gostaria nem de imaginar caso estivesse observando-a e ela se virasse. Nesses poucos instantes que não a via, percebeu um silêncio incomum da parte de Hakuei quanto a sua resposta, aquilo o fez encará-la quase que imediatamente.

Hakuei apenas não o respondera por estar compenetrada em alcançar um livro numa prateleira alta demais.

O general quis rir daquela cena, vê-la nas pontas do pé esticando-se o máximo que podia para pegar um livro era algo que não aconteceria novamente. Talvez pelo fato de não se verem frequentemente, ou talvez simplesmente por ser algo cômico. Não moveu um músculo vendo-a se esforçar, até cansar de apenas observar. Levantou-se em movimentos rápidos, estando ao seu lado antes que ela mesma percebesse que havia saído da cadeira.

Hakuei assustou-se sentindo ser pressionada entre a estante e o corpo do homem por breves segundos. Viu a diferença de estatura entre eles e constatou que ele facilmente conseguiria pegar o que queria.

— É esse? — o homem perguntou ainda encostado a ela.

— Não, o da direita.

Ele devolveu o livro notando que o que Hakuei desejava era uma simples história fictícia. Ao contrário dos outros que já tinha pego, esse não era algo de estudo. Pelo título meloso, julgou ser um romance. Entregou o livro para mulher dando um curto passo para trás, ainda permaneciam mais próximos que o normal.

Kouen a encarou variando o olhar entre o livro e ela, deixou escapar um sorriso torto.

— Nunca imaginaria que você lia essas coisas. — cruzou os braços, achando estar a intimidando.

— Com todo respeito Kouen-dono, caso não tenha percebido, também sou mulher. — disse ajeitando a pequena pilha de livros no colo.

— Com todo respeito Hakuei, isso não faz seu tipo.

— E o que faz meu tipo então? — perguntou desafiadora.

O general descolou os lábios por um breve instante a fim de dizer algo, mas as palavras não vieram. Ele passou os olhos por ela, Hakuei estava certa de que aquela pergunta o quebraria e isso estava estampado em sua feição sorridente. Kouen estava cansado de sempre ser confrontado apenas por ela.

Mas hoje ele não seria domado por aquela mulher.

Ergueu a mão levando-a calmamente até o queixo da princesa, mais precisamente até sua cicatriz, movendo o dedo levemente por ali. Aquilo deixou Hakuei incrivelmente incomodada.

— Você faz o tipo de que faz coisas imprudentes pelo o que acredita. — referia-se a quando ela enfrentou sozinha o clã Kouga enquanto estavam irados.

— Isso não significa que não posso ler uma história de amor. — moveu sua mão livre até a dele segurando-a, parando apenas seus movimentos.

Kouen viu aquilo como outro desafio. Ela estava o colocando entre barreiras, não conseguia ler os próximos passos dela, Hakuei era um perigo inevitável.

E foi a vez dela de surpreendê-lo lançando-lhe um sorriso sem sentido e pedindo passagem para sair daquele canto espremido por ele. Kouen não deixou, cercou-a com os braços apoiados na estante, forçando o contato visual. E mesmo com isso, aquele maldito sorriso confiante ainda tomava seus lábios. Ele estava louco; louco por ela. Não importavam quais das melhores mulheres do império se matariam por ele, ou quantas das concubinas mais desejadas ele poderia ter, isso não importava simplesmente porque Kouen queria apenas a mulher que se encontrava em sua frente nesse momento.

Ele permaneceu encarando-a firmemente, como um homem deveria fazer. Seus olhares diziam algo mais, algo que não podia ser lido. Pelo menos não da parte de Kouen, já que Hakuei sabia muito bem o que ele queria com aquilo.

O general curvou-se a fim de alcançá-la, aproximando-se cruelmente devagar sem perder seu sorriso estampado. Hakuei bem sabia o que aconteceria ali, mas ela não iria recuar afinal, isso não fazia seu tipo. Ela esticou-se quebrando o espaço e o clima que Kouen tentou inutilmente criar, adiantando-se e juntando seus lábios. Ele ficou surpreso com a atitude dela, mas não reclamou, é claro.

Ainda estando ligeiramente afastados ele tirou uma das mãos que a cercavam, deixando-a sobre a cintura da princesa, uma forma de aproximá-los mais. Kouen passou a guiá-la aumentando o ritmo do beijo, estavam se entregando gradativamente. Ele rodeou-a com os dois braços agora pressionando seu corpo a estante, chegando a um ponto em que ela largou os livros para poder abraçá-lo também.

Hakuei agora o puxava pela nuca, deixando que aquele desejo corrompesse seus pensamentos e a tirasse de seu comum. Ele por outro lado explorava com voracidade tanto sua boca como seu corpo, movendo suas mãos mesmo por cima daquele vestido incômodo. Kouen sem perder mais tempo desceu as mãos até a perna da princesa, levantando-a e se encaixando entre ela. Suas mãos firmes apertavam as coxas da mulher, enquanto ela o punia pela ousadia raspando levemente suas unhas pelo pescoço dele.

Talvez estivessem se prensando demais a estante, derrubaram alguns livros nesse processo, o que levou Kouen a tomar outro rumo com a mulher ainda em seu colo.

Achou a mesa onde estava sentado antes, empurrando qualquer coisa que tivesse ali para sentá-la na ponta. Mais uma vez se colocou entre suas pernas, voltando a aprofundar o beijo sem perder o fôlego. Kouen a apertava como se sua vida dependesse daquilo, gostaria que não estivessem em uma biblioteca, gostaria de tirar tudo ali e agora, mas decidiu se acalmar. Devia respeitá-la também.

— Você disse que gostava de romances, não é? — distribuía uma série de beijos pelo queixo dela, passando inclusive por sua cicatriz.

— Você disse que histórias de amor não faziam meu tipo. — revidou sorrindo.

Nenhum deles estaria disposto a perder o foco no outro. Não importava se Kouen estivesse se ocupando demais enquanto mordia seu pescoço, ou se Hakuei estivesse abraçando-o pela cintura a fim de sentir sua musculatura; ambos estavam completamente envolvidos, faziam o que desejaram fazer a muito tempo.

Ele aos poucos diminuiu a frequência dos beijos e mordiscadas, deixando-a livre para decidir o melhor no momento. Hakuei entendeu o recado, mas mesmo numa hora dessas, soube como lidar e agarrou-o para um último e demorado beijo. Quem sabe o melhor que tivessem dado, porque além de tudo ele foi apaixonante, foi o que os outros beijos desesperados não tinham sido. Ele foi o que selou aquela noite.

Talvez Kouen desejaria encontrar-se mais vezes com aquela mulher pela noite, na biblioteca.


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Notas finais do capítulo

Hmmm gostaria de explicar apenas meu ponto de vista sobre esses dois antes de tudo. Imagino que a forma de tratamento deles mude conforme a situação, tipo, quando eles estão acompanhados de qualquer pessoa eu geralmente coloco a Hakuei o chamando de general, e quando estão sozinhos, fica Kouen-dono. É uma maneira de mostrar a relação deles como algo mais respeitoso, não sei. E para quem já leu minha outra história deles, deve ter percebido que gosto de caracterizar a Hakuei com derivados de vento/furacão/ventania. Isso é basicamente pq a Paimon que é a djinn dela oferece magia de vento então... Creio que tenha ficado óbvio isso, mas melhor explicar né :v
Abigos, comentários e sugestões são bem-vindas! Façam uma autora feliz /esconde
Até mais!



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