— Yuma, vamos sair. – Jeanne fala calmamente e acaricia minha cabeça.

— Só não morram no caminho. – Digo mal humorada, já que ninguém me leva pra passear.

Ela apenas rir e beija minha cabeça, coloco a pata na sua boca e a afasto. Lea dá um tchauzinho por todas e vão embora me deixando sozinha em casa.

Olho para os lados. Pulo para o chão e ando a casa inteira para ver se tinha alguma alma viva.

Ótimo não tinha ninguém.

Ando para a cozinha, passo pela portinha que tinham colocado para eu sair. Sigo pelo granado e pulo para um muro. Olho os gatos que tinham ali. Mio como um aviso que eu tinha chegado. Olho para a casa e mio novamente. Todos se olham e concordam. Desço do muro sendo seguida pelos milhares de gatos que tinham ali. Entramos em casa e começamos a festa.

Acho que não teria problema isso, aliás, eu precisava me divertir. Pego um brinquedinho de fazer música, começo a fazer um ritmo em que todos os gatos começaram a dançar. A sala praticamente virou uma balada com o monte de gato miando no ritmo da música, que esquentava a cada batida. Então veio a parte dubstep e então todos piraram. Explodiram até o globo brilhoso que tinha. Erva de gato, sempre dava esse efeito.

A música não estava na metade quando ouço um grito assustado. Olho para a porta e vejo minhas maridas e o Yohan. Os gatos fogem pelas saídas possíveis e eu fico ali com cara de cu. Pisco lentamente como se eles fossem os culpados.

— Quer vir com a gente, Yuma. Achamos meio errado ter te deixado... Sozinha... – Kathy diz de um jeito fofo.

Transformo-me em humana e me sento na poltrona, cruzo minhas pernas fazendo uma pose de vilã sádica.

— Convençam-me a ir. – Digo séria, movimentando meu pé meio impaciente.

— Vai ter sorvete.

Olho para Lea, estreitando meus olhos e fazendo uma careta.

— Convenceu. – Resmungo.

Levanto-me e coloco um vestido bonitinho que exalava semelidade.

— Vamos.

Empino meu nariz, andando para a porta. Todos riem e vem comigo. Ai, ai. Essa família maluca. Só eu sou a normal!