Capítulo lV

Depois que deixei aqueles dois sozinhos na sala ontem a noite eu tomei um banho para começar a escrever a matéria, mas só foi eu sair do banho colocar meu pijama, que acabei dormindo sem ao menos tocar no notebook.

Tive a sorte de ter colocado o despertador antes de ir tomar banho, se não irai acabar chegando atrasada na escola. Acabei optando por saia longa preta com uma cacharréu bege e sapatilhas também pretas que a saia cobria. Passei um protetor labial, pois estava gelada aquela manhã, pelo menos não estava mais nevando e a primavera estava próxima, minha estação preferida. Fiz um rabo de cavalo baixo escovei meus dentes, peguei minha bolsa e fui até a cozinha.

Parei a dois passos da sala, por onde eu tinha eu passar para chegar a cozinha, não sabia como reagia cena que estava na minha frente, várias emoções passavam pelo meu rosto, surpresa era a mais evidente no meu rosto, pois eu não acreditava no que eu via, no meu sofá de frente para a televisão ainda ligada estava Hinata e Naruto dormindo, ele deitado no sofá e ela deitada em cima dele com o rosto no seu peito nu e ele segurando sua cintura possessivamente. Eles pareciam tão felizes daquele jeito, eu fiquei muito feliz por eles, eu queria que eles ficassem finalmente juntos, e parece que minhas preces estão sendo ouvidas.

Mesmo o Naruto estando sem camisa dava para perceber que eles haviam apenas dormindo, não rolada nada mais se é que vocês me entendem. Não quis acorda-los, pois sabia que ambos ficariam sem graça e tudo podia ir pelos ares, resolvi ir na posta do pés até a cozinha assim que entrei na cozinha eu vi a camiseta que o Naruto usava ontem com uma mancha de molho, que eu soube ter sido feita depois que eu sai da cozinha, o que explicava o fato de eles estar sem camisa, o resto eu descobriria mais tarde.

Peguei uma salada de frutas que eu sabia ter sido feita pela Hinata, ela sabe que só gosto de comer frutas pela parte da manhã. Peguei o pequeno pote e uma colher e coloquei na bolsa, comeria no caminho.

Quando eu estava pegando minhas chaves na mesinha vi o Naruto despertar, ele percebendo a situação que estava sorriu e trouxe a Hinata para mais perto do seu corpo fazendo ela se aconchegar melhor em seu peito, e cheirou seu cabelo, quando levantou seu rosto ele me viu parada olhando para eles e arregalou os olhos.

– Sa.... – Coloquei os dedos e, frente aos meus lábios em sinal de silêncio. Me aproximei deles, dei um beijo na bochecha do meu irmão.

– Não magoe ela. – Ele me olhou sério e assentiu dando um sorriso em seguida. Sorri de volta.

Acenei dando um tchau que vou prontamente devolvido pelo Naruto. Peguei minhas coisas e sai.

– Parece que as coisas estão finalmente entrando nos eixos. – Falei sozinha enquanto entrava no meu carro. Dirigindo em direção a escola.

...

Ao chegar no estacionamento tudo foi mais o menos igual a ontem, muitas pessoas me ignoraram, como já sabia onde ficava as salas andei rapidamente até a sala de biologia que seria ministrada pelo professor Orochimaru.

Entrei na sala que era um laboratório com bancadas para duas pessoas cada, tinha poucas pessoas na sala então foi fácil achar a Ino sentada em um canto da sala. Ela não havia me visto, pois estava com a cabeça baixa lendo, usei isso para dar um susto nela. Peguei os livros que estavam em minhas mãos e joguei eles na bancada ao seu lado ela deu um pulo com o susto e eu comecei a rir, quando ela percebeu que se tratava de mim primeiro ficou brava para em seguida dar uma risada.

– Posso sentar do seu lado?

– Claro, mas não se esqueça do que eu te avisei ontem. – Sentei do seu lado revirando os olhos.

– Eu já disse que não me importo, porca. – Ela estreitou os olhos em minha direção, eu ri. - O que foi? Você não sabe que seu nome significa porca?

– Eu sei sim, mas não precisa ficar falando testa de marquise. – Dessa vez quem estreitou os olhos foi eu para em seguida cairmos na gargalhada.

– Já até parecemos melhores amigas, pondo até apelidos uma na outra.

– Concordo. – Estávamos rindo quando ouvimos palmas e na nossa frente estava a Matsuri.

– Mas não é lindo isso? Arranjou uma nova amiguinha Ino? – Perguntou venenosa, vi Ino se encolher ao meu lado.

Ino não reagi, e eu não sabia o que fazer, olhei para Ino e ela continuava encolhida, procurei alguém para ajudar ou o professor entrar, mas nada, ninguém parecia se importar, alguns até se divertiam com isso. Foi quando surgiu o Gaara. Como sua habitual indiferença.

– Vamos nos sentar. – Não foi uma pergunta, foi uma ordem, mas ela não pareceu se importar.

– Só um momento meu amor. – Ela deu um sorriso falso e virou-se para mim. – Se eu fosse você escolheria melhor suas amizades. – apontou para a Ino. – E não sairia com qualquer lixo.

Antes que eu pensasse eu responder algo o professor entrou fazendo com que todos fossem ao seus lugares.

Me virei para a Ino.

– Ino, não se preocupe não me importo com o que ela fala, eu sou sua amiga independente do que elas estão falando, ou possam fazer comigo.

Ela me olhou e deu um sorriso dolorido.

– Obrigada Sakura.

Voltamos a aula, e posso te dizer o professor era muito estranho, ele era muito pálido, tinha os olhos amarelados como de uma cobra, seus cabelos eram compridos lisos e negros. E pude ver que alguns tinham medo dele, principalmente os meninos, povo estranho esse.

...

Depois de uma aula sobre o répteis e anfíbios, tivemos a pausa de 40 minutos de intervalo, eu e a Ino juntamos tudo tranquilamente e fomos até a cantina conversando, pegamos os nosso lanches e sentamos em uma mesa afastada.

– Você está brincando? – Eu ria sem parar.

– Estou falando sério, o a anos o pessoal desconfia, falam que ele estava namorando um garoto do último ano do ano passado estavam tendo um caso o nome dele era Kabuto.

– Serio Ino não consigo imaginar Orochimaru gay. – Ri mais ainda, enquanto observava a Ino roubar minhas batatinhas.

– Pois acredite, falam até que ele tem uma super queda pela professor de literatura. – Ela me deu uma olhada estranha.

– Que foi?

– Olha eu sei que você pode negar e tudo, mas eu vi o seu olhar para o Senhor Uchiha.

Arregalei os olhos.

– Onde você viu isso? – Dei uma risada sem graça. – você não viu a bronca que ele me deu. – Tentei argumentar virando meu rosto corado.

– Sabia que você ia negar, mas até esta corada.

Suspirei não tinha escapatória ela já havia sacado.

– Ok, eu fiquei impressionada com ele, achei ele bonito. – Falei a última parte baixa e ouvi um “Há, não falei.”. – Mas voltando aqui, você não parece aquela menina quieta e tímida do primeiro dia.

Ela ficou pálida, para depois ficar corada.

– Bem... é que.. – Ela não consegui se explicar.

– Ei! Não se preocupe, não precisa fingir pode ser você mesma comigo. – segurei a sua mãe e ela olhou nos meus olhos e sorriu, e eu devolvi com o meu melhor sorriso.

Depois dessa voltamos a comer, conversa e rir, eu pude perceber que a Ino tinha uma personalidade animada e eu gostei disso, ela se daria muito bem com o Naruto.

....

Depois do intervalo as outras aulas foram tranquilas, tivemos 2 aulas com a professora Kurenai e uma aula de Geografia com o professor Azuma.

Eu a Ino sentamos em todas as aulas perto uma da outra, o que foi muito bom. Quando estávamos saindo da sala Ino na minha frente foi quando a Matsuri passou com um copo de algo roxo na mão de derrubou na blusa braquinha da Ino.

– O meu Deus Ino, foi sem querer.

E saiu rindo, olhei para a Ino e ela estava prestes a chorar, peguei ela pela mão e a levei para o banheiro, ela tentou limpar, mas parece que só piorava a situação.

Ouvi os seus soluções. Me aproximei dela.

– Calma isso, não foi nada de mais, é só lavar que sai.

– Você não entende Sakura. – Ela sentou no chão e abraçou o joelhos e chorou com mais força.

– Me explica então Ino. – Sentei na sua frente. Ela levantou do chão e tentou limpar suas lagrimas.

– Se o meu pai me ver desse jeito, vai ser mais uma coisa para ele me xingar e odiar.

Ela voltou a se abraçar e eu pede ver que ela tinha problemas com o pai dela, não entendia como um pai poderia odiar um filho por ele sofrer bullying.

– Já sei. – Ela me olhou como se eu fosse uma alienígena. – Vamos até a minha casa eu te empresto uma camiseta e seu pai nem vai ficar sabendo, o que você me diz?

Ela parou de chorar e me olhou fazendo uma pergunta muda se eu estava brincando.

– Serio?

– Claro Ino, e ainda podemos fazer algo para comermos na minha casa o que acha?

Ela ponderou um pouco e sorriu em seguida.

– Ok, vamos.

Então saímos do banheiro e fomos para o estacionamento entramos no meu carro e fomos para o meu apartamento.