Capitulo Xlll

Depois de contar tudo para a Ino no intervalo, que me sobrava, ela me disse que era bom eu ter cuidado com esse tal de Sasori, pois ele não parecia ser coisa boa. Eu disse que ela estava exagerando, pois o Sasori não me parecia alguém ruim, que ela devia estar imaginando coisas. Ela disse que eu que sabia o que estava fazendo, mas que o Sasuke tinha razão que eu não deveria dar aulas para o Sasori, principalmente elas sendo em casa, com eu e ele sozinhos.

Depois de conversamos, tivemos aula de matemática e química. Como eu ia para casa decidi levar a Ino até o restaurante, ela saiu do carro e um cara branquelo de cabelos escuros veio todo sorridente até ela e deu um beijo nela e saiu puxando para dentro do restaurante ela acenou para mim e deu um sorriso simples, e sumiu dentro do restaurante.

Fui para casa e resolvi preparar o almoço, enquanto isso liguei o som e cantava enquanto preparava o almoço. Depois de fazer o meu show particular, para ninguém especificamente, almocei e fui me trocar para esperar o Sasori, optei por uma regata e uma calça de moletom, pois não iria sair de casa.

Arrumei a mesa da cozinha com todo o material necessário, a campainha tocou, olhei para o meu relógio de pulso e marca 13:50. Fui até a porta, e assim que abrir tive que me segurar para não babar.

– Ola professora. – Ele estava mais lindo do que na escola, ele usava uma regata branca que deixava seus braços fortes a mostra, e uma bermuda escura, usava tênis e tinha nos braços uma mochila.

– Oie Sasori, e não precisa me chamar de professora. – falei dando espaço para ele entrar.

– Eu sei, mas gosto de chama-la assim. Principalmente, pois você fica um pouco corada. – Ele falou me olhando, eu não sentia que ficava corada, mas agora com certeza estava. Ele deu uma risada baixa.

– OK, vamos para cozinha começar os estudos? – Ele assentiu e sentamos um do lado do outro.

– Você quem manda, professora.

...

O primeiro dia de aula passou tranquilamente, Sasori tinha suas dificuldades, mas ele se esforçava. Estávamos juntando as coisas, pois já havíamos terminado por hoje.

– Acho que estamos no caminho certo. – eu disse.

– Você está sendo muito gentil, eu sou mais burro que uma porta. – disse indignado. E eu ri da sua comparação.

– Não é para tanto.

– Não, isso é sério. – Rimos juntos. Ele olhou para mim. – Você deve me olhar e ver apenas um daqueles capitães do time que não ligam para os estudos.

– Claro que não. – Ele me olhou de lado. – Ok, no começo achei que seria, mas depois de conversamos você se mostrou ser uma pessoa totalmente diferente do que eu imaginei.

– Espero que isso seja bom.

– E é bom sim.

Quando vi a hora já passava das 18:00, e nós não comemos nada, achei da minha parte rude ele ir embora sem comer nada, eu o convidei para jantar e mesmo ele não querendo aceitar o convenci a ficar.

Agora ele estava sentado na mesa enquanto fazia o jantar.

– Tem certeza que não quer ajuda, pode não parecer mais eu sei ferver água. – Dei uma longa risada.

– Obrigada, é tentador saber que você sabe ferver agua, mas você é a visita, e eu devo fazer e não você.

Continuamos conversando e ele me fazia rir a maior parte do tempo, já havia terminado e agora estávamos comendo, e durante esse jantar eu já me engasguei umas 3 vezes por causa das brincadeiras do Sasori. Depois de terminamos de comer ele fez questão de me ajudar a lavra a louça mesmo eu não gostando muito.

– Obrigado pela aula e pelo jantar, Sakura.

– Que isso Sasori, não se preocupe com isso.

– Eu vou achar algo para agradecer-la.

– Não precisa de nada não.

– Claro que precisa, só tenho que achar algo. E você fica mais bonita sem óculos, seus olhos são lindos. Na verdade você é linda – Corei com isso.

– Obrigada Sasori. – Falei sem graça.

– Você deveria tentar se arrumar melhor, não falando que como você se vente é feio, mas você ficaria mais bonita.

Depois disso ele foi embora e eu voltei para meu notebook para fazer a matéria, foi ai que eu me toquei meu óculos tinha ficado na sala dos professores dês do meu primeiro beijo com o Sasuke, mas eu não ia pedir meu óculos, iria mandar fazer outro, mesmo eu não precisando usa-los mais. Estava tentando escrever quando meu telefone começou a tocar, atendi sem ao menos olhar o número.

– Alô.

– Haruno. – Pelo tom de voz eu sabia que estava ferrada.

– Oie Senhora Tsunade, a que devo....

– Corta o papo furado, eu quero fazer cadê os esboços da matéria?

– Então eu ainda...

– Você nem começou não é? – ela parecia calma, mas eu sabia que ela ia explodir a qualquer momento.

– Começar eu comecei. – eu já suava frio. – mas não está bom ainda para mandar.

– NÃO QUERO DESCULPAS. – Afastei o telefone do ouvido. – Você está a mais de uma semana e nada de um esboço.

– Sim senhora, vou tentar mandar até amanhã alguns esboços.

– Assim espero. – Ela desligou na minha cara.

Eu suspirei e me foquei na matéria, tinha que pelo menos fazer esboço ainda essa noite, para amanhã eu ficar mais tranquila. Estava quase na metade do rascunho, quando ouvi a porta ser destrancada, imaginei que seria alguma das menina, em seguida ouvi batidas na porta.

– Pode entrar. – Falei ainda digitando.

A Ino apareceu pela porta, e eu fechei meu notebook, para que ela não visse a matéria.

– Cheguei Saky. – Falou sorrindo, bati a mão na minha cama e ela sentou ao meu lado.

– E como foi o primeiro dia no emprego? – Era notável sua empolgação.

– Foi muito bom, o meu gerente Sai, me ajudou em tudo. O pessoal que trabalha é muito legal, e foram todos muito receptivos comigo.

– Estou vendo que você gostou muito de la né?

– Você não faz ideia. Os clientes, mesmo que com pouco movimento, eram pacientes, pois eu estava um pouco perdida no começo. Mas depois de 1 hora já foi tudo mais fácil.

– Fico feliz por você. – Acho que é a primeira vez que eu vejo a Ino tão empolgada com algo, que não seja a arte que ela tanto ama. – Mas e aquele homem que te chamou para dentro assim que você chegou? – olhei maliciosamente.

– Aquele era o Sai, e não me olhe assim. Além de ser meu gerente ele é gay. – falou rindo comigo. – Mas como foi a aula com o Sasori?

– Foi tranquilo, ele tem dificuldade para aprender, mas ele se esforça e depois que terminamos eu convidei para jantar aqui, e nós jantamos juntos, e posso dizer que foi muito agradável. – ela sorriu maliciosamente.

– E não rolou nada? – Eu taquei um travesseiro nela. – Ei isso não vale. – pegou outra travesseiro e começou a me bater. E ai começamos uma guerra de travesseiros.

Depois de meia hora nisso, estávamos as duas deitadas na minha cama tentando controlar a respiração.

– Saky.

– Fale Ino.

– Eu acho que o Sasori não deve ter contado a você, e como você entrou esse ano, não deve saber.

– Sobre o que? – Me virei para olha-la.

– Sasori tem 22 anos. – Arregalei os olhos. – E não ele nunca repetiu.

– Então por que ele está com 22 anos e ainda está no último ano da escola?

– Quando ele estava indo para o penúltimo ano, ele e mais alguns alunos do último ano participavam de rachas, durante uma dessas corridas ele sofreu um acidente e acabou em coma, e só foi acordar no começo do ano passado– meus olhos estavam arregalados.

– Meu Deus ele deve ter sofrido muito. Mas por que você está me contando isso?

– Pois eu tenho medo de ele ainda estar nessas coisas, pelo menos são alguns boatos que ainda correm por ai, e você acabar indo com ele e acabar se machucando. – Seus olhos estavam marejados. Eu a abracei.

– Não se preocupe Ino eu não farei algo desse tipo. – Sorrimos uma para outra. – Tem comida nas panelas é só esquentar se você quiser.

– Acho que vou aceitar sim. Vou comer tomar um banho e ir dormi. – Me deu um beijo na bochecha. – Boa Noite testuda. – falou sapeca.

– Boa noite porca. – Ela me mostrou a língua e saiu.

A Ino estava me fazendo enxergar outras coisas na minha vida, teve uma época que eu quase desisti de tudo, mas ela não ela continuava forte, mesmo com tudo que já havia aconteci com ela. Isso me trouxe inspiração.

Voltei a escrever a matéria novamente, e as palavras saiu sem eu mesma perceber. Quando dei por mim já eram quase 3:00 da manhã, e a até mesmo a Hinata já havia passado no meu quarto para me desejar boa noite. Resolvi deixar para finalizar amanhã antes do Sasori vir para as aulas.

...

A manhã foi como todas as outras, mas essa manhã amanheceu quente, estava terminando de me trocar e a manha estava sendo a mesma de sempre, tirando o fato de eu estar trocando mensagens com o Sasori, e adivinhem só ele pegou meu celular enquanto que eu não estava vendo salvou seu número como “meu aluno sexy” estávamos rindo e brincando por causa disso. Eu e a Ino já estávamos no carro quando eu tentei ligar o carro e ele não funcionava de jeito nenhum. Eu já ia chamar um taxi, pois não ia dar tempo da Hinata nos levar, quando recebi uma mensagem de Sasori.

“Nos encontramos na entrada?” – Meu aluno sexy.

“Desculpe Sasori, mas meu carro parou de funcionar. Vou chamar um taxi, mas eu e a Ino vamos acabar chegando em cima da hora :/ ” – Saky

“Não precisa chamar taxi Sakura, eu passo ai eu pego vocês, e depois eu levo vocês para casa.” – Meu aluno sexy.

“Não Sasori, eu pego um taxi, vai acabar te atrapalhando.” – Saky.

“Sakura para de ser teimosa, eu chego ai em 5 minutos, é caminho. E não aceito não como resposta.” – Meu aluno sexy.

Como ele disse 5 minutos depois ele chegou em um Jaguar preto lindo, eu entrei no banco do passageiro e a Ino entrou atrás.

Sasori sorriu para mim e apara a Ino.

–Não precisa ficar com essa cara Sakura, eu já estava perto mesmo.

– Eu disse que pegava um taxi, mais a Ino.- Ele bufou.

– Ela é sempre teimosa assim Ino?

– Você não faz ideia, e olha que nos conhecemos a poucas semanas. – Ino e Sasori riram, enquanto eu ficava com a boca aberta.

– Isso é complô contra mim.

– Acho que agora tenho uma nova amiga, e ela vai me ajudar a tirar esse seu jeito teimoso. – Eu não estava acreditando naquilo.

– Ino você não vai participar disso, né?

– Claro que vou. – Ok minha boca despencou. – Retiro tudo que falei de você Sasori, você é uma pessoal muito legal.

– Espero que isso seja um elogio.

– Claro que é.

Certo esses dois estão de complô contra mim, não estou acreditando. O resto do caminho foram os dois me pirraçando, e depois de a Ino ter me chamado de Saky ele adotou esse apelido para mim também. Acho que meu objetivo de voltar a escola não vai mais ser o mesmo.