My little and Sweet Trouble escrita por Lucy Stoessel Swan Salvatore


Capítulo 30
The True


Notas iniciais do capítulo

Hellooo sweeties!

Mil desculpas pela demora! Pretendia postar ontem mas o computador não abria a página do nyah de jeito nenhum, então não teve como...
Sei que todo mundo deve estar um tanto quanto confuso com relação á fic e que tem gente que está pensando seriamente em desistir por causa da quantidade de loucura e confusão que tem aqui estou certa?

Bom aqui vai um capitulo que eu espero que seja esclarecedor!

Ah! E gostaria de dedica-lo á HillaryGui, MegSwink e Hanakoo! (obrigada lindas!)

Saindo um capitulo fresquinho!

Beijos e boa leitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/582370/chapter/30

Por: Alice

Sorri contente quando finalmente completei a minha “pequena” tortura diária. Todos ao meu redor me olhavam com medo, ou enojados.

Eu nunca entendi porque precisamos ser sãos, porque não insanos ás vezes?

Sejamos francos, esta vida sem a maldade seria tediosa. Afinal, o conhecido “felizes para sempre” só acontece em contos de fada, não é mesmo?

—Alice...

Olhei para o garoto de cabelos negros e olhos azuis, este que se curvava, com a cartola colorida ganhando destaque em sua cabeça e as roupas diferentes também.

—Chapeleiro._saudei-o, com o típico sorriso malicioso._O que deseja comigo?

—Não acha que seria melhor deixá-los vivos para o casamento?

—Pra quê?_indaguei, fitando-os._Não passam de sanguessugas nojentos, e eu ainda faria um favor imenso para a minha filha matando estes desgraçados.

—Não é verdade!_gritou Yui.

—Cale-se menina tola!_trovejei._Ambre.

Yui gritou e eu pude ver quando a loira de olhos verdes puxou a corrente, arrastando a outra pelo piso semelhante á um tabuleiro de xadrez.

 _Chega.

—Mas...

—Não me ouviu, estrupício?_resmunguei, fitando-a.

Ela revirou os olhos e soltou a corrente, Yui se levantou e cambaleou um pouco até voltar a cair de joelhos.

—Tortura emocional, vossa alteza.

—O que disse?

—Deixá-los vivos para vê-la partindo antes de matá-los.

—Gosta mesmo de mim, não é Chapeleiro?_acariciei-lhe a face macia e lisa, o rosto eternamente jovem a belo.

—Claro.

—Shin!_gritei.

O ruivo apareceu.

—Quero que alimente os nossos convidados e os vista. Não quero ninguém seminu no meu casamento!

Ele assentiu e logo puxava-os consigo.

—Meu eterno amante._murmurei, satisfeita, fitando o rosto do Chapeleiro._Por que me deixou?

—Te deixei?

—O coração de Alice nunca falha._estilei._Senti quando o seu passou a bater por esta inútil.

O divã branco era perfeito para compor o cenário, assim como as luzes emitidas pelas janelas grandes e distantes do chão, minha expressão maliciosa estava perfeita assim como o corpo pequeno e delicado de Amy coberto apenas por um vestido branco com rendas na cintura, decote, e mangas.

“Vai matá-lo”

Pode gritar, ninguém vai te ouvir, a não ser que eu deixe._pensei.

“Por que? Por que comigo? Por que eu?”

Eu que te pergunto._revirei os olhos.

—Amy era apenas uma espécie de caminho até você.

—Ficaria comigo?_indaguei.

Vi quando seus olhos azuis tornaram-se gélidos e sua expressão contorceu-se levemente. Eu o conhecia há séculos, sabia o que aquilo queria dizer.

Eu sei que ele nunca me amou. Que eu nunca passei de um mero brinquedinho em suas mãos. Ah! A doce Alice! A inocente criança! A garota que teve o coração estilhaçado por um garoto cujos traços assemelhavam-se aos de um louco, a mulher que foi abandonada com um gato que a torturou por anos a fio, sem se cansar de culpá-la pela invasão, pelos pecados de seus semelhantes.

Nunca compreendi ao certo o motivo de estar sempre em corpos como o de Amy. Todas as minhas versões estão em forma de bonecas em vestidos de noiva no cômodo preferido do ursinho de Kanato. Os olhares melancólicos, as faces belas, os corpos delicados. Tudo em vão!

O Chapeleiro sempre fingiu gostar de mim. Eu era apenas uma criança, filha de um velho tolo que só pensava em fama e dinheiro, precisava de atenção, mas o máximo que tinha em casa era a tortura diária de ver o pai diante de uma mesinha, cercado de invenções geniais, nunca sentindo-se capaz de alcançar o seu objetivo. Ele sempre me culpou por suas falhas, cada mínima engrenagem era de minha responsabilidade, cada mínimo detalhe estava em minhas mãos.

Quem se encantaria por alguém carente ou burra?

Todos fingiram. Apenas queriam atingi-lo.

Amy não tem culpa de nada, não tem culpa dos erros destes idiotas que me cercam, não tem culpa de eu ter me deixado levar por alguém insano e ter engravidado antes da hora.

Lembrava-me de como fora no dia em que cheguei chorando em Wonderland, contando ao meu pai a notícia.

Ele expulsou todos dali, e me castigou mandando-me para o manicômio, Yui nasceu prematura, com oito meses já estava fora de meu ventre. Ele a enviou a um padre que a criou como se fosse dele. Ritcher não encontrou Yui por acaso, e nem mesmo as lembranças dos irmãos Sakamaki com relação á ela eram por acaso. Tudo minimamente planejado por ele.

Ele queria me castigar por tudo.

E conseguiu. Yui fugiu dos vampiros e foi para os braços de Magnus, o feiticeiro que havia sido contratado por Íris para dar início a uma nova versão de mim. A partir do momento em que Amy estava no ventre de Yui, foi preciso apenas que Magnus a convencesse a beber da fonte daquele manicômio e a enviasse a Wonderland para que tudo estivesse feito.

—Alice.

—Sim?

—Íris deseja falar com a senhora.

—Mande-a entrar, Diabrah.

A morena me lançou um olhar assassino enquanto ia chamar a minha amiga.

—Suma daqui.

—Mas...

—Não me ouviu, Chapeleiro?_estilei, fitando-o.

Ele suspirou e saiu, não sem antes fazer uma reverencia. Coloquei o bloqueio em minha mente para impedir Amy de ver a minha conversa e ajeitei-me no divã.

—Alice?_a ruiva apareceu na porta.

—Íris! Entre!

Ela adentrou o cômodo e movimentou as mãos gesticulando diante da porta antes da mesma brilhar e permanecer fechada.

—Alice._suspirou, vindo em minha direção._O que você está fazendo?

Senti meu corpo estremecer.

—Cumprindo meu dever.

—Alice._chamou._Olhe para mim.

Obedeci e vi suas orbes verdes que me fitavam de forma séria.

—Eu apenas fiz o que você pediu, somos melhores amigas e eu quero que seja feliz. Não importa se estará no corpo de uma garota ou de um coelho, apenas quero que seja feliz. Você está feliz?

—Não.

—Por quê?

—Eu sou um monstro. Eu estou ferindo á Amy e ela não tem culpa de nada, eu sou apenas um ser estúpido, inconveniente, quebrado... Por que não me deixou morrer? Cadê a maldita adaga quando se precisa dela? Christa poderia me emprestar e então...

—O ritual não é tão fácil assim._afirmou Iris, sentando-se ao meu lado no divã._Você precisa garantir que Amy esteja segura quando for se matar.

—Não diga estas palavras, soam fortes demais._afirmei._Prefiro dizer que estou libertando-a de mim.

—E você morre._insistiu._Vai mesmo nos deixar, Alice?

—Eu vivi por tempo demais, Iris._Me levantei, andando pelo cômodo._Eu participei de bailes, me casei com o rei, tive uma filha, tenho uma neta, e errei muito._afirmei._Eu não quero continuar com isso.

—Alice...

—Quando será a próxima lua cheia?

—Semana que vem, por quê?

—Quero que faça o ritual, Iris.

—Mas...

—Faça o ritual. Não estou viva a toa. Aquele velho vai voltar se eu estiver viva e vai matar a todos!_segurei-lhe pelos ombros._Ele quer destruir Wonderland por causa do Chapeleiro, quer me destruir. Não vai deixar nem mesmo as crianças sobreviverem. Ele é como Cordélia. E ele quer a eternidade, vai consegui-la se eu estiver aqui.

—Alice, e se...

—Não há outra alternativa, quero sair daqui! Quero sumir! Quero que aquele monstro não pise aqui nunca mais.

—Como ele voltaria?

—Da mesma maneira que Cordélia voltou._afirmei._Um desses garotos possui o coração dele, na hora certa ele vai voltar e não será como eu, ele matará o dono do corpo assim que tiver oportunidade. Ele quer que Wonderland queime, se eu estiver aqui, minha escuridão vai chamá-lo, Amy é pura se ela se casar com o dono do coração ou matá-lo, ele não volta.

—Como vamos descobrir quem possui o bendito coração?

Soltei-a e olhei para o chão.

—O Chapeleiro sabe, ele decidiu trocar de lado no último segundo.

—Armin não é o Chapeleiro.

—Mas possui a alma dele.

—Como?

—O chapéu, coloque-o na cabeça por tempo o suficiente para saber a quem pertence o coração e em seguida arranque-o e o queime, e queime junto toda a Old Wonderland.

—Alice...

—Não deixe Amy morrer._senti meus olhos arderem._Não a deixe pagar por algo que não cometeu.

Iris permaneceu em silêncio, agora mantinha o olhar baixo.

—Promete?

—Eu prometo._sua voz soou trêmula._Eu prometo._repetiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Gostaram?
Não gostaram?
Amaram?
Odiaram?
Comentem!

Beijos e até o próximo capítulo! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My little and Sweet Trouble" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.