My little and Sweet Trouble escrita por Lucy Stoessel Swan Salvatore


Capítulo 29
We're programmed to fall


Notas iniciais do capítulo

Hello swett... *desvia de flechas, lanças, flechas com fogo, pedras, tomates, ovos e etc*
Calminha gente! Sei que demorei um pouquinho... (n/Amy: pouquinho nada, a história estava praticamente em HIATUS!) Entendi Amy.
Bom, o que dizer primeiro?
Sorry, sorry,sorry *repete um bilhão de vezes*
Gostaria de me desculpar pela demora e eu tenho uma explicação:

*na casa da minha avó não tem computador (e eu passei as férias lá)

*meu celular tava meio bugado então foi meio que complicado sequer pensar na hipotese de postar.

*e uma verdadeira tragédia com o crush (quem já não passou por isso?)

Bom, gostaria de agradecer ás fofas:

Histórias Love

HillaryGui

MegSwink

Hanakoo

Obrigada fofas! Espero que gostem do capitulo!

Beijos e boa leitura! ;)



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Por: Amy

O vestido branco era pesado e pomposo, meu cabelo estava solto sobre meus ombros pálidos, um batom vermelho enfeitava meus lábios e um sorriso também.

Olhei para meu reflexo, sentindo meu estomago embrulhar. Alice dera trégua por estar fraca, e eu tinha um tempo limite para admirar o que sou antes que aquele monstro tome o meu lugar novamente.

—Se fosse eu naquele altar, você iria?

Engoli em seco e fechei meus olhos, antes de virar na direção da voz. Reiji estava lá, usava terno e estava elegante como sempre, os olhos vermelhos me fitando com estranha fascinação.

—E-eu...

—Sei que é você Amy, Alice me notaria mesmo que estivesse no meio de várias pessoas com o rosto parecido com o meu.

Ele se aproximou.

—Você iria? Diria “sim”? Sorriria para as câmeras? Me amaria depois de tudo? Me deixaria te tocar?_Sua mão direita segurou meu rosto delicadamente.

Cadê a Alice quando se precisa dela? POR FAVOR! ATÉ MESMO HADES SERVE NO MOMENTO!

—Eu...

—Amy!

Olhei para a porta, deparando-me com o rosto de Shuu, que olhou apático para o irmão. Senti meu estomago se contorcer. Mordi meu lábio inferior, sentindo o leve gosto amargo do batom que Alice escolhera.

—O que ele faz aqui?_rosnou.

Engoli em seco. Logo apareceram os outros irmãos e eu podia prever guerra. Não sabia direito o porquê, mas tinha a impressão que havia uma enorme placa em neon na porta do quartinho onde eu estava me arrumando dizendo “AMY ESTÁ AQUI! ALICE ESTÁ FRACA E A ANTA DA AMY NÃO SABE ATUAR!”.

Choraminguei e olhei para o espelho, só então reparando no crucifixo prateado que estava ao redor do cabo do buque.

—O que fazem aqui?_me encolhi, olhando para baixo.

Eu sentia Alice rindo dentro de minha mente, sua voz ecoava em meus ouvidos dizendo coisas que eu não queria escutar. Minha inimiga que gosta de dizer verdades, sem tirar nem por. Minha inimiga como seria o espelho se minha tia não tivesse conseguido contê-lo antes que fosse tarde demais.

Mas agora... Agora é diferente!

Não tenho a minha tia para me dizer: “Você está certa!” ou “Não ligue para o que este aí diz! Tem é inveja de não saber o mesmo que você!”.

Tudo o que eu tenho são fragmentos de memórias e do que um dia foi meu coração, agora ferido pela louca que me torturava dia e noite, por meio de pesadelos, insultos e violência.

Ela não se importava de se ferir, desde que eu me ferisse também.

Olhei de forma despistada para os meus pulsos que estavam cobertos pelo tecido fino das luvas brancas, mas Ayato apareceu na minha frente e pegou o meu pulso, puxando levemente a luva.

—Amy, o que é isto?

Encarei aquela monstruosidade em meu braço, cortes pequenos que estavam espalhados pela pele branca e macia, todos no pulso, pequenos. O mais recente estava começando a cicatrizar, perto da palma da mão.

—Amy, você gosta de... dor?_indagou Azuza.

“Humana estúpida! Vampiros malditos!” _ gritou uma voz feminina.

Senti como se fosse puxada para longe, cambaleei e não tinha mais no que me apoiar. Cai sem destino de um penhasco, este que parecia longe do chão. A distancia percorrida pelo meu corpo antes de se desfazer em milhões de pedaços no chão poderia ser descrita por milhas de distancia.

Um frio percorria a minha barriga e eu sentia a adrenalina pulsar em minhas veias junto ao sangue. Eu não via nada além da escuridão. Não via de onde tinha caído. E muito menos onde cairia.

“Eu te odeio Amy! Tola! Estúpida! Maldita!” _eu conseguia escutá-la gritando._ “Ora essa? Por que justo você? Você que me causou tanta dor! Oh estúpida! Vais me pagar caro por tudo o que me fez passar!”

—Eu não fiz nada._consegui falar._Eu sou inocente!

“Sua mais nova e inútil carcaça é inocente! Você não!” _rosnou.

—O que eu fiz?

“Ora, não se lembra? ‘Vamos brincar no bosque! Vamos! Duvido que me pegue!” _ uma voz infantil ecoou depois da dela._ “Se não tivesse me empurrado... Talvez eu fosse boazinha com você, mas você mereceu!”

—O que eu fiz? O que eu fiz? DIGA-ME!

“Matou-me por dentro! Tomou o que era meu por direito! Me feriu mais do que qualquer espada feriria!”

—E-eu...

“Lembrou-se? Viu? Seduzir o brinquedinho dos outros é errado, sabia?”

—Eu não fiz nada!

“Então o chapeleiro se encantou por você sem mais nem menos?”

Olhei ao redor, enxergando apenas a escuridão. E a queda perpetua continuava, eu pedindo explicações e ela fornecendo-as, da forma mais desagradável possível.

—Eu não tenho culpa...

“Pobre chapeleiro! Por que não matei Yui assim que descobri que estava grávida dela?”

—Não culpe a minha mãe por seus erros!

“Não a culpo. Eu me culpo por não ter abortado a criança que crescia em meu ventre depois de Yui.”

—Tenho um tio?

Escutei uma gargalhada melancólica.

“Inútil! Esta criança era você!”

—Eu? Não! Eu sou filha de Yui!

“Yui foi apenas parte do plano. Eu a tive a criei, dei todo o meu amor. Esperei que fosse para a mansão e se decepcionasse, esperei que finalmente se tornasse mulher. Então foi fácil te transformar em parte dela.”

—O-o que você fez?

“Nada além de utilizar a ajuda de um certo feiticeiro que me devia.”

—Quem?

“Seu pai. Magnus.”

—Ele... ele...

“Ele ficou com a Yui e te colocou dentro dela. Tudo minimamente planejado. Genial, não é? Quem iria desconfiar? A filha de Alice no ventre da própria irmã? Ninguém imaginaria.”

—Alice...

“Eu só não esperava te encontrar na minha parte do bosque. Brincando perto da lagoa, perto do chapeleiro. Ele logo se encantou por você. Sabe o motivo? Ele me enxergou! Ele viu você e viu também a garotinha idiota que entrou em Wonderland vários anos atrás, a garotinha com quem ele tomou chá e se divertiu. Ele viu a garotinha e ignorou a mulher.”

—Eu... Eu não sabia...

“E como iria saber? Estúpida!”

—Me desculpe...

“Suma daqui! Não quero mais você dentro de mim!”

—Como?

“Imagine um jeito perfeito de morrer.”

Por algum motivo lembrei-me dos versinhos de uma música. Comecei a cantarolar.

“Isso! Ignore o que diz a letra e pule. Não desça da sacada! Pule! Vá de encontro ao chão! Sinta-se desfazer em milhares de pedaços.”

—Eu te empurrei?

“Eu tentei te matar quando te vi. Então te convenci a ficar perto da lagoa, começamos a brincar e eu tinha o motivo perfeito para te jogar dentro da água e me ver livre de você. Mas você conseguiu desviar na última hora e eu acabei caindo.”

—Me desculpe...

“Pule.” _rosnou.

Abri meus olhos e me senti enjoada, estava em cima do cabo de proteção de uma sacada. A música me veio á mente.

“Moça, sai da sacada

Você é muito nova pra brincar de morrer

Me diz o que há, o quê que a vida aprontou dessa vez?

Venha, desce daí

Deixa eu te levar pra um café, pra conversar

Te ouvir

E tentar te convencer

 

Que a vida é como mãe

Que faz o jantar e obriga os filhos a comer os vegetais

Pois sabe que faz bem

E a morte é como pai

Que bate na mãe e rouba os filhos do prazer de brincar

Como se não houvesse amanhã

Moça, não olha pra baixo

Aí é muito alto

Pra você se jogar

Vou te ouvir

E tentar te convencer

(Somos programados pra cair)

Que a vida é como mãe

Que faz o jantar e obriga os filhos a comer os vegetais

Pois sabe que faz bem

E a morte é como pai

Que bate na mãe e rouba os filhos do prazer de brincar

Como se não houvesse amanhã

 

Mas, tudo bem, nem sempre estamos na melhor

 

Moço, ninguém é de ferro

Somos programados pra cair...”

Eu via a figura de Castiel lá embaixo, os olhos cor de ônix lançando-me um olhar preocupado e decepcionado.

“O que eu fiz?”

“Pule idiota!”

Escutei-o repetindo o inicio da música, como se tentasse conversar comigo.

“Moça, sai da sacada

Você é muito nova pra brincar de morrer

Me diz o que há, o quê que a vida aprontou dessa vez?

Venha, desce daí

Deixa eu te levar pra um café, pra conversar

Te ouvir...”

Alice bufou e sua imagem desbotada projetou-se na minha frente.

—Somos programados para cair._repetiu._Se não cair agora, vai cair mais tarde.

E tudo escureceu...


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Ah! A música é esta aqui do link: (https://www.youtube.com/watch?v=vRiA8cq0ZtA)

Então o que acharam?
Gostaram?
Não gostaram?
Amaram?
Odiaram?

Beijos e até o próximo capitulo! :)



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