My little and Sweet Trouble escrita por Lucy Stoessel Swan Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Hello!
Estou aqui com mais um capitulo fresquinho!
Bom... A história pode ficar um pouco mais tensa a partir daqui porque trata-se das retas finais!
Ah! Gostaria de dedicar este capitulo á MegSwink e HillaryGui!
Valeu fofas!
Beijos e boa leitura! ;)
Por: Amy
Estava ali há algum tempo, tinha algemas nos braços e minhas pernas estavam acorrentadas no chão, apesar de tudo eu ainda me mantinha de pé, olhei ao redor, tentando enxergar algo além da escuridão naquele lugar estranho.
O ar tinha cheiro de poeira, mofo e sujeira, o chão abaixo de mim era liso e xadrez, o ponto em que me encontrava estava claro, como se houvesse um holofote sobre mim, e apesar de olhar para cima, não conseguia enxergar a fonte de luz.
Tentei tirar as algemas, agitando os braços, mas ao invés disso o máximo que consegui foi que apertassem ainda mais meus pulsos, deixando-os vermelhos, contive um grito de dor e deixei-me cair de joelhos.
Eu trajava um vestido longo e azul com detalhes em branco e preto, usava sapatilhas estilo boneca que apertavam meus pés, tinha um laço preto enfeitando meus cabelos.
_Como vai Alice?_indagou uma voz desconhecida.
Olhei ao redor, e tentei enxergar o dono da voz.
_Não está me vendo?
_Quem é você?_ falei com dificuldade.
Levantei-me e balancei a cabeça, tentando tirar a cortina de cabelos castanhos que impedia que eu enxergasse algo, mantive a postura reta e tentei conter a vontade de gritar com a pessoa.
_Orgulhosa, meu bem?
_Típico._ pronuncia-se uma voz ríspida.
_Quem são vocês?_ indago.
_Não consegue nos ver?
_Claro que não, irmão! Olhe para este lugar, tão escuro!_ afirma outra voz.
_Quer que eu acenda a luz, Alice?_ indagou uma voz feminina.
_Eu não sou Alice!_ afirmo, mantendo a postura.
_Você não respondeu a minha pergunta!_ a voz feminina persistiu, fria e lenta.
_Sim.
Logo o local preencheu-se de uma estranha luz, pisquei repetidas vezes para tentar enxergar melhor... Antes não o tivesse feito, várias pessoas estavam ao meu redor, presas á algo, ou melhor, alguém...
Havia algemas e correntes prendendo os braços de todos, como se fossem crianças pequenas num passeio escolar onde a professora com medo de perder alguém amarrou cordas nas mãos para que permanecessem unidas.
Mas, isto não era tudo...
_Castiel? Ken? Nathaniel?
Mais á frente estava Armin, usava roupas estranhas e coloridas e uma longa cartola, Lysandre usava uma fantasia de coelho... Todos ali pareciam tão perdidos quanto eu.
_Querida Alice! Para que tanto espanto? Imaginei que estivesse feliz!
Olhei para os donos da voz, um ruivo de tapa-olho e outro de cabelos longos e albinos com as pontas avermelhadas, um cachecol tampava-lhe os lábios e nariz.
_Quem são vocês?
_Não se lembra? Acho que se recitarmos alguns trechos que você tanto ama irá se lembrar..._ o ruivo falou.
Em seguida pigarreou e retirou um livro velho e empoeirado do bolso de seu casaco.
_ “Frutos caem, o amor morre e o tempo passa; Tu és alimentada com fôlego eterno, e ainda viva após uma infinita mudança, e renovada após os beijos da morte; De abatimentos reacendeu e recuperou-se, de prazeres inférteis e impuros, coisas monstruosas e infrutíferas, uma lívida e venenosa rainha.”_ recita o ruivo._ Algernon Charles Swinburne, “Dolores”._ completa.
Franzi o cenho.
_Não ligue Amy! Você não é o que eles pensam!_ afirma Íris.
_Cale-se!_ ordenou o homem de cabelos albinos.
Uma mulher alta de cabelos castanhos e lisos e olhos claros, que trajava um elegante vestido vermelho com detalhes em branco e preto puxou uma das correntes que trazia em sua mão e Íris gritou.
_Melody?_ Nathaniel pareceu surpreso.
_Não se lembra ainda?_ indagou o ruivo.
Balancei a cabeça negativamente.
_O máximo que você me fez lembrar é que eu ainda tenho que acabar de ler “Sonhos de uma noite de verão”!_ afirmo.
_Engraçadinha._ resmunga.
Ele pega o livro e o folheia novamente.
_ “A marquei como minha já em seu doce e primeiro respiro. Minha, minha por direito, do berço até o último suspiro. Minha, minha – juraram nossos pais.”_ recitou como o anterior, vi pelo canto do olho Ayato fechar a cara._ Lord Alfred Tennyson, “Maud”
O homem aproximou-se e andou ao meu redor, olhando-me avaliativamente.
_Alice..._ suspirou._ Tens que escolher alguém para ser o rei.
_Que rei?
_Do país das maravilhas!_ afirma.
_Até onde eu saiba não é país das Maravilhas, é Wonderland.
_Chame-o como quiser!_ resmunga._ Apenas escolha seu rei.
_Acho que temos que dizer-lhe as opções primeiro!_ afirma a garota._Não é mesmo, Shin!
_Ah! Quase me esqueci... Sou Shin Tsukinami._ o ruivo falou._E este é Carla Tsukinami, meu irmão._ indica o rapaz de cabelos albinos.
_O que querem comigo?_ indago.
_Nada demais... Apenas sua mão em matrimonio.
_NÃO!_ berrou Ayato.
A garota puxou a corrente com força, fazendo com que Ayato cambaleasse para frente.
_Não tenho mais opções?
_Eles estão fora de cogitação... Não saberiam como te tratar..._ afirma, senti um leve calafrio quando uma de suas mãos acariciou meu rosto.
_E quanto ao outro?
_Temos a pretendente número 2, mas a escolha é toda sua... O outro que não for quem escolher se casará com..._ele estala os dedos.
Um som alto foi ouvido, olhei para o lado e vi as pesadas portas de metal se abrirem, uma jovem loira de olhos verdes trazia consigo uma figura encolhida e loira, uma menina, aparentemente.
_Seja bem-vinda!
A garota atirou a outra no chão e bateu as mãos, olhou para mim e só então reconheci a pessoa de olhos verdes.
_Ambre?!?
_Amy._ pronunciou, ríspida.
Olhei para a figura no chão, que levantou o rosto, vermelho e inchado devido ao choro, logo que reconheci as brilhantes orbes escarlate, um nó se formou em minha garganta.
_Mamãe?
_Yui!?!_ pronunciaram os Sakamaki, espantados.
_Filha? Pequenina? _ lágrimas escorreram pelo seu rosto._ Oh! Meu bem!_ correu para me abraçar.
Chorei em seu ombro, os soluços me sacudindo, ela chorava junto.
_Eu senti tanto a sua falta! Nunca mais vou te deixar..._ dizia entre soluços.
_Yui Komori, será a esposa de quem você não escolher, querida...
_Yui... Que palhaçada é essa!?!_ Ayato parecia bem zangado.
Logo ela foi bruscamente afastada de mim, vi meus tios no meio da multidão de rostos conhecidos, incluindo Tougo, Cordélia, Beatrix, Christa e outros. (Todos que apareceram no decorrer da história)
_Escolha, não tens muito tempo.
_Mas... Ela é a Rainha de Copas, não?_ indiquei a garota.
_Eu era Rainha, agora serei alguém que ocupa um cargo importante na realeza, serei sua dama de companhia.
_Por que desocupou seu tão amado lugar, Melody?_ minha mãe soou fria.
_Por amor..._ afirma, puxando uma corrente, não havia delicadeza, a corrente trouxe para mais perto dela o Nathaniel._ Em troca de meu cargo, terei o homem que eu sempre quis.
_Nath...
_Amy!
_Não seja tão demorada!_ resmunga Shin.
Fechei meus olhos.
_Não os conheço para dizer com quem ficar.
_Não? Faça o que eu digo... Feche os olhos.
Fechei.
_Agora deixe que sua mente vagueie no silencio do lugar e faça perguntas a si mesma, divague! E agora repita: “Coelho, estamos atrasados? Chapeleiro está na hora do chá?” deixe que seu corpo viaje, deixe que seus pés te guiem pela estrada perigosa da volta ao passado.
Assenti e fiz o que ele mandou, logo flashes passaram em minha cabeça. Nada muito específico, apenas o suficiente para que eu sentisse meu rosto esquentar.
Abri meus olhos.
_Acho que os conheço._ digo, receosa._ Mais do que deveríamos!_ chiei.
Ele riu e bateu palmas.
_Diga logo, querida.
Estremeci, mas logo uma estranha coragem me tomou. Respirei profundamente.
_Shin Tsukinami._ minha voz soou diferente aos meus ouvidos.
_Carla, fique com Yui._ afirma._ Agora, para que completemos o ritual._ ele tirou uma adaga do bolso, que eu logo reconheci como a adaga que eu tinha._Melody, venha aqui!
A garota veio, suspirei meu corpo não era mais controlado por mim, olhei para minhas próprias mãos, estavam diferentes, eu não tinha mais controle.
_O que fazemos com traidores?
“Cortamos a cabeça.” Uma voz respondeu por mim.
Olhei ao redor, espantada, mas minha cabeça não o fez.
“Não se espantem! Amy ainda está aqui, vendo tudo! Não é, Amy?” riu. “Agora, Shin, se puder me fazer a gentileza de tirar estas algemas...”
Eu não senti quando as algemas foram retiradas.
_Pronto!
“Agora, Melody é culpada por traição!”
_E-eu não fiz nada!_ gagueja.
“Como fui parar naquele maldito hospital? Sei que foi você, tudo por um mortal!” disse a voz, soando levemente entediada. “O amor! Algo tão incomum e doce! Quer que eu tenha compaixão, Melody?”
_S-sim, alteza._ a garota soou nervosa, ela fez uma reverencia._ Sim.
Eu parecia ver a cena de fora agora, a garota em meu corpo sorriu cruelmente.
“Pois não terá! Você não me ouviu! Eu gritei eu implorei por compaixão naquela noite, e tudo o que eu consegui foi que me aterrorizasse ainda mais e me desse mais pancadas na cabeça, acreditavas mesmo que era a tola da Amy?”
Estranho... Até onde eu saiba, no conto Alice no país das Maravilhas, a Rainha que era temida por todos e queria ver a Alice morta... Tanto no conto quanto na história de nosso país é assim!
Mas agora, é a Rainha que teme Alice, por quê?
“Esta adaga é bem útil... Obrigada, mamãe!” sorriu de forma meiga para Yui.
_E-eu não compreendo!
“E nem deve, você é Eva os vampiros necessitam que você escolha um rei para eles e lhes dê filhos, neste caso, você fugiu e os trocou por um mágico que viaja entre os distintos mundos em que vivemos. Estava numa profecia criada por mim: do sangue raro irá surgir um ainda mais raro, de geração em geração, ao mesmo tempo em que é uma benção, é também uma maldição, do coração mais fraco ao mais forte, da mais bela á mais severa! Uma criança não-pura irá surgir, a criança inocente pagará pelos pecados que não cometeu, sofrerá até o momento em que Alice irá triunfar!” gargalhou. “Pensou mesmo que a linhagem acabava comigo? De mim, irá surgir mais gerações de ‘heroínas’! A última esperança... Sua filha, aquela que está aqui.”apontou para si mesma. “Ela está tão horrorizada com tudo! Acredito que Kanato iria adorar ver essa expressão.”
_PARE! PARE COM ISSO! DEIXE-ME EM PAZ! SAIA DAQUI!_ consegui berrar, tampando meus ouvidos e me encolhendo.
_Amy? Amy! Pode me ouvir?
Uma gargalhada ecoou pela sala.
“Ela terá apenas estes breves momentos para se pronunciar, viram como ela está apavorada? Logo irá se acostumar a dividir o corpo comigo.” Afirma. “Agora, interrompendo o discurso, Melody, você é o réu, está sem um advogado de defesa e este é meu veredicto, você é... Culpada!” sorriu docemente ao final da frase.
Fechei meus olhos com força e me encolhi, estava vendo tudo, mas sabia que os “meus olhos” estavam abertos.
Notei que a estaca de prata estava nas mãos de Yui, e na verdade em “minhas mãos” estava uma espada longa com cabo de ouro, a lâmina manchada de um líquido escarlate, evitei olhar para o chão, onde eu sabia que havia uma poça de sangue formando-se debaixo de meus pés.
Desviei o olhar da cena.
“Quando será o casamento?” a voz soou divertida.
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Beijos e até o próximo capitulo! :)