My little and Sweet Trouble escrita por Lucy Stoessel Swan Salvatore


Capítulo 22
Safe and Sound?


Notas iniciais do capítulo

Olá pes...*desvia de facas, lanças, pedras, granadas e flechas com pontas em chamas*
Okay, okay... Eu sei que demorei muiiiiiiiiiiiiito, mas foi porque... Eu acho que nunca fiquei tanto tempo decidindo se matava a personagem ou não...
Ah! Esse capitulo é dedicado a Angel Anonimata!
Valeu linda!
Beijos e boa leitura! ;)



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Por: Amy

_Apenas feche seus olhos!_Uma voz conhecida falou.

Assenti e fechei meus olhos, estava sã e salva, longe de toda e qualquer confusão, tudo o que eu queria eu tinha, paz e sossego... Suspiro enquanto deixo-me ser levada pela suavidade da voz conhecida, meus pés pisavam sobre o solo arenoso, o som das ondas quebrando na areia invadiu meus ouvidos, o cheiro de água salgada era predominante e o pôr-do-sol brilhava através de minhas pálpebras fechadas.

_Você se sente bem?_Indagou a voz.

Sorri e assenti, senti seu rosto aproximar-se do meu, estava a poucos centímetros, seu hálito batia em meu rosto e apesar de ter as pálpebras fechadas eu podia enxergar seu rosto, lindo e angelical, olhos de um castanho claro e intenso, lembrando dourado, cabelos loiros e bagunçados pelo vento, gravata frouxa e blusa social com os primeiros botões abertos, sorriso lindo e delicado.

_Consegue me ver?_Indagou.

_Estou de olhos fechados! Como vou te ver?_Indago, sorrindo.

_S-sei que consegue imaginar o meu rosto..._Gaguejou.

_Posso abrir meus olhos, Nathaniel?_Indago.

_Espere um pouco..._Sussurrou.

Seus lábios foram de encontro aos meus, macios e dóceis, enlacei meus braços em seu pescoço, e continuei beijando-o.

_O que achou?_A voz era conhecida, mas pertencia a outra pessoa.

_Lysandre?_Indago.

Ele riu, eu não vi seu sorriso, mas senti seu corpo vibrar devido às risadas disfarçadas. Senti seu rosto aproximar-se novamente, e logo mais um beijo foi trocado, sorri quando nos afastamos e abri meus olhos, mas... Tudo havia mudado.

Não estávamos mais na praia, meus pés calçavam sapatinhos de salto, o vestido estava apertado na minha cintura, a saia curta e esvoaçante, deixava a mostra minhas pernas brancas, o vestido era preto e demonstrava o quão branca era a minha pele, meus cabelos castanhos estavam presos num alto e elegante coque, sentia algo em meus lábios, grudento e incomodo, não era brilho labial em excesso, se fosse teria talvez um gosto mais agradável.

Passei a língua em meus lábios, o gosto era metálico e familiar, incomodo e nauseante. O local não tinha mais cheiro de água salgada, agora cheirava a sangue, rosas e... frutas vermelhas?

Franzi o cenho, confusa e prestei atenção aos sons, não era mais o som agradável e relaxante de ondas quebrando na areia da praia, agora uma música melancólica e bonita era tocada no piano, o vento trazia um cheiro agradavelmente doce.

_Bitch-chan!_Chamou uma voz conhecida.

Por alguns minutos não reconheci os braços que me envolviam, eram fortes e me envolviam com força, senti seus lábios passearem carinhosamente por minha bochecha e pararem sobre os meus lábios, onde depositou um selinho, não demorou muito e logo estava em meu pescoço, sua risadinha maliciosa ecoou pela sala, ele desabotoou os primeiros botões da gola alta do vestido e parou por alguns segundos.

Olho para baixo, horrorizada, os cabelos ruivos cobertos pelo chapéu foram substituídos por cabelos róseos e sedosos, curtos que faziam cócegas em meu pescoço. Ele olhou para mim, dois rubis vermelhos e belos que encaravam-me como se pedisse permissão, assenti e ele beijou meu pescoço, antes de mordê-lo.

Fechei meus olhos, sentia meu sangue esvair-se de mim, minha vida já não importava mais naquele momento, tudo o que importava era o que eles queriam de mim. Minha cabeça pendia de um ângulo grotesco, minha respiração tornou-se um baixo sibilar, meu coração batia lentamente e meus olhos permaneciam fechados.

Tudo o que eu sentia eram as pequenas adagas que perfuravam meu pescoço, meu sangue sendo sugado e a vitalidade fugindo de mim.

Abri meus olhos, não conseguindo manter um foco certo, estava exausta, meu corpo estava cansado e se não fosse pelos braços que me seguravam, eu já teria caído.

Eu logo percebi que... Eu não poderia ter paz, estava noiva deles, estava de certa forma, ligada a eles, ainda não é paixão ou amor, é apenas atração, como um ímã, eles me atraíam, eram belos predadores e eu a presa, estava confusa e desnorteada, a perda de sangue deixou-me fora do ar por alguns minutos, minha cabeça latejava e meu coração martelava em meus ouvidos, meus lábios formigavam e minhas pálpebras fecharam-se, permanecendo seladas por um longo tempo, eu não conseguia mais respirar, não conseguia falar ou sequer abrir os olhos.

Um rosto conhecido formou-se em minha frente, orbes vermelhas como o sangue, pele pálida e cabelos loiros, brancos nas pontas. Seu sorriso era sutil, a mesma trajava uma camisola branca, os cabelos loiros estavam desgrenhados, seu olhar era melancólico.

_Você vai continuar?_Indaga.

Franzi o cenho.

_Não entendi..._Respondo.

Ela sorri e aproxima-se, seus passos ecoavam pelo escuro, tudo o que eu enxergava era ela e a escuridão.

_Este, querida, é o seu destino se continuar com eles... Sua jornada prevalece até o minuto em que você não agüentar, estou lhe dando a oportunidade de fugir deles para toda a eternidade, ou de voltar para lá e continuar lutando contra suas personalidades e tentar ter um final feliz ali... A escolha é sua!_Falou.

_O que acontece se eu desistir?

A garota afastou-se um pouco e um tipo de portal se abriu entre nós.

_Isso lhe mostrara os futuros alternativos que você poderá escolher ficar com eles ou partir... Seu futuro com eles está praticamente escrito, você já tem uma sina definida se decidir ficar e se casar com algum deles, afirmo que será feliz num matrimonio saudável com alguns deles, se você partir... Está escrito e já é previsível que algo assim aconteça._Falou, apontando para o portal.

Ela suspirou e cenas passavam pelo portal.

_Os dez ficarão arrasados, acharam que a noiva era forte e acabaram perdendo sua segunda preciosidade depois da primeira que tentou lhes mudar, Tougo ficará furioso por não conseguir que nenhum de seus filhos ou sobrinhos tenham relações saudáveis com suas noivas e acabará separando-os, a morte não é opção para eles... Enfim, a frieza que lhes tomará ficará por tanto tempo que nem mesmo agüentarão olhar na cara da próxima noiva, uma terceira passará pela vida deles, sem que percebam, e ao invés de amarem, eles odiarão, não terão dó ou piedade daquela que ousar falar mal ou criticar aquelas que partiram seus corações, eles já são complicados e com a sua morte, ao invés de continuarem seguindo normalmente, eles se transformarão em monstros, monstros grandes e horrendos, não perdoarão, não amarão, apenas odiarão e destruirão... Tudo o que eles poderão dizer é que: “Antes pudesse ver ela VIVA, feliz e casada com algum humano inútil do que MORTA sem poder inverter a situação ou vê-la sorrir.”_Ela parou, fungando._ Eles não esquecerão a primeira nem a segunda e acabarão morrendo de sede por negar sequer se aproximar das outras, com a morte deles, os vampiros sem incentivo para continuar amando ou cuidando dos humanos, virarão monstros, ignorarão as regras, dominarão o mundo e destruirão tudo._Completou.

O portal se fechou, a garota mantinha o olhar vidrado no chão, ela me parecia familiar...

_Mamãe?_Funguei.

Ela virou-se para mim, num rompante, um sorriso formou-se em seu rosto.

_Você se lembra?

_Como vou esquecer você? Afinal, você é minha mãe!_Falo, abraçando-a.

_Awn! Querida..._Ela falou, me abraçando de volta.

_Mãe, o que eu devo escolher?_Indago.

Ela sorri e bagunça meus cabelos castanhos, seu olhar permanecia melancólico.

_O que o seu coração mandar, apenas se lembre que o destino do mundo está em suas mãos! Sem pressão!_Falou.

Sorri e afastei-me dela.

_A senhora está viva?

_Sim, mais perto do que imagina, meu bem!

_Quando vou te ver?

_Quando você menos esperar, agora... O que você escolhe?

Suspiro e penso um pouco, eu já iria voltar de qualquer jeito, acho que não conseguiria ficar muito tempo longe de todos eles! Pois é... Estou virando masoquista! Culpem aqueles vampiros fofos, lindos e apaixonantes com quem estou convivendo!

_Mãe... E-eu vou voltar!_Afirmo, gaguejando um pouco.

Ela sorri e inclina-se para frente, como se fizesse uma reverencia.

_Seu desejo é uma ordem!_Falou, estalando os dedos.

_Espera... Mas, quando verei a senhora?_Indago, já com lágrimas nos olhos.

_Quando você menos esperar, eu sempre estou com você! Cuide-se! Nos vemos em breve!_Falou, acenando.

Logo ela desapareceu e uma luz estranha preencheu o local, arquejei lutando para conseguir respirar direito, quando me assustei olhei para os lados.

Estava no meu quarto, deitada, vestindo pijama, Rosalya estava sentada no pé da cama, Íris estava ao meu lado, Lynn estava cochilando numa poltrona próxima a sacada, Catherine falava ao telefone.

_Ela acordou!_Anuncia Rosalya.

Todas focaram sua atenção em mim, Lynn veio voando até mim e abraçou-me com força.

_O que fizeram com você? Se sente bem?_Indaga.

_Sim, eu estou bem!_Respondo.

_Amy...

_Sim?

_Sei que acabou de acordar, mas tem uma pergunta que não quer calar!_Falou Rosalya.

_Pergunte.

_O que é isso?_Indagou, apontando para minha coxa direita.

Sento-me para olhar o local que ela apontou, uma marca de mordida estava lá, dois pequenos pontos, afastados. Arregalei os olhos.

_Quem foi o atrevido?_Indago.

_Laito..._Murmurou Íris.

_Tinha que ser!_Resmungo.

_O que acha de voltar a dormir?

_Por quê?

_Temos que resolver alguns assuntos, e a menos que queira uma marca idêntica a essa por cima dessa, uma bônus do Laito, voltaria a dormir, acho que ele não atacaria uma dama indefesa!_Falou Íris.

_Atacaria sim!_Falou Rosalya.

_Que tal uma música?

_Como?

_Uma música, cantávamos umas para as outras quando menores, quando queríamos que alguém se acalmasse, nós cantávamos juntas, sempre algo relacionado ao que estávamos passando...

_Que tal “Safe and Sound” da “Taylor Swift”?_Indaga Catherine.

_Boa! Descreve o que ela está passando!_Falou Lynn.

Minhas amigas fizeram gracinha antes de começar a cantar, em coro.

_ “I remember tears streaming down your face
When I said, "I'll never let you go"
When all those shadows almost killed your light
I remember you said, "Don't leave me here alone"
But all that's dead and gone and passed tonight

Just close your eyes
The sun is going down
You'll be alright
No one can hurt you now
Come morning light
You and I'll be safe and sound...”_Cantaram.

Eu já havia me deitado, sentia-me uma criança, sendo colocada pelas irmãs mais velhas para dormir. Logo a tradução rondou minha mente, fazendo-me pensar a respeito do que aquela música dizia:

“Eu me lembro das lágrimas escorrendo pelo seu rosto
Quando eu disse, "Nunca te deixarei ir embora"
Quando todas as sombras quase acabaram com a sua luz
Eu lembro quando você disse, "Não me deixe aqui sozinho"
Mas tudo está morto e acabado e já passou nessa noite

Apenas feche seus olhos
O sol está se pondo
Você ficará bem
Ninguém pode machucá-lo agora
Ao chegar a luz da manhã
Nós ficaremos sãos e salvos...”

Eu sabia bem, aquela música não se referia especialmente a mim, eu não estava tão desesperada para fugir afinal... Eles podem errar comigo, eu que não posso errar com eles...

Afinal de contas... Eles que precisam estar sãos e salvos, não eu!


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Notas finais do capítulo

Gente! Pra quem quiser ouvir a música que as meninas cantaram no final o link é esse: (https://www.youtube.com/watch?v=RzhAS_GnJIc)
Então, o que acharam?
Gostaram?
Odiaram?
Amaram?
Detestaram?
Comentem!

Beijos e até o próximo capitulo! :)



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