Modernidade escrita por Kethy


Capítulo 9
Desmaio


Notas iniciais do capítulo

Um big bang depois...

FINALMENTE!!!!!!!
Desculpa à todos pela demora. Estou sem tempo por preguiça e por conta de outra fanfic.

Sem discursos bestas, boa leitura!!!!!



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POV MAYSA - ANNA

— Maysa, acorde! Estamos quase chegando.

Ouvi a voz da minha mãe. Parece que eu cochilei durante a viagem, foi um longo caminho até chegar a esta nova cidade chamada Diamantina. É mesmo um lugar muito bonito. Tudo lembra à época colonial, as ruas, as casas, as lojas... Pode-se dizer que foi amor à primeira vista.

Onde eu morava, não era assim. Era um lugar todo moderno, festas em todo o fim de semana, barulho, shoppings, e tudo mais... Eu gostava das festas, antes de terem bebidas alcoólicas para todos os lados e mais algumas coisas que é melhor eu nem dizer. Esse pode ser o motivo da mudança, aquele não é lugar para minha mãe e eu.

Por falar na minha mãe, ela sempre foi mãe solteira. Nunca conheci o meu pai, nem ela falava muito de ele, porém isso já não me incomoda mais. Ok, eu sei uma coisa sobre ele, sei que ele e ela se amavam muito, apesar disso, eles não podiam ficar juntos. Mamãe sempre disse que um dia eu iria entender.

Tenho certeza que eles foram felizes durante o pouco tempo que tiveram, porque ela sempre sorri muito quando fala sobre ele. E não, não é um sorriso falso, eu sei a diferença.

Minha mãe é mesmo muito sortuda, pelo menos ela tinha alguém real e não um imaginário como eu. O único amor que eu conheci, sempre foi aquele rapaz loiro do meu sonho. Tudo que fazemos, toda noite, é dançar e depois eu morro no final! Eu daria tudo para nunca ter gostado dele, toda noite eu sofro com a ideia de nunca poder saber que ele é ou foi na vida real, eu sempre me pego pensando nele, todo dia eu penso em ele... Sorte que eu nunca contei sobre ele para ninguém, senão eu teria sido zoada pelo resto da vida e...

— Mas hein?! – Fiz um escândalo quando vi o mesmo rapaz do meu sonho saindo de uma cafeteria. Não, só pode ter sido minha imaginação...

— Qual o problema? – Mamãe perguntou preocupada.

— Nenhum... – Murmurei.

Óbvio que tinha um problema: eu gosto de um cara que eu só vejo nos meus sonhos! Eu já sofri muito por causa disso, fiz terapia, fiquei depressiva, enlouqueci tentando achar um motivo para ter esses sonhos e descobrir o que eles significam...  E já fui muito humilhada por isso.

Ah, chega! Não quero falar dessas coisas!

Enfim, chegamos à nossa nova casa. Era toda colonial e muito bonita. Comecei a explorar toda animada, não era muito grande, mesmo assim eu dei um jeito de conhecer melhor cada cantinho. Fiquei correndo de um lado para o outro e até escorreguei no corrimão da escada; sim, eu parecia uma criancinha. Uma hora eu comecei a incomodar e a mamãe me deu a ideia de conhecer a cidade; arrumei minha bolça e fui. E meu Deus, essa cidadezinha tem tudo! De escolas e faculdade até uma pousada. Não deu tempo de conhecer tudo, mas eu vi boa parte. Também conheci um café que não fica muito longe de casa, com uma menina muito simpática.

— Obrigada! – Agradeci depois que paguei.

— De nada, mas espera aí! – Ela me chamou de volta. – Você já se inscreveu para a nossa faculdade?

— Não... – Respondi me lembrando desse pequeno detalhe.

— Olha, as provas são bem complicadas, se quiser tem um cursinho aqui no centro. – Ela me entregou um panfleto. – Pode aparecer a qualquer hora.

— Muito obrigada, hm... – Tentei lembrar o nome dela.

— Jade. – Ela sorriu.

— Ok. Obrigada, Jade! – Me despedi e saí.

Quando voltei para casa, já era um pouco tarde, quase de noite. Minha mãe não se incomodou e tinha se virado sozinha arrumando tudo, mas o meu quarto ficou por minha conta.

— Pensou que ficaria na moleza? – Minha mãe brincou, revirei os olhos.

Depois de arrumar meu quarto sozinha, decidi ficar por lá mesmo. Deitei na cama e fiquei lendo um pouco, até cair no sono, quando a campainha tocou eu acordei. Desci até a sala por curiosidade mesmo, porém, congelei quando vi um garoto muito parecido com o do meu sonho. Ele percebeu que eu estava lá, ele e minha mãe ficaram me encarando. Comecei a suar e senti minhas mãos ficando geladas. Do nada, minha visão ficou turva... E tudo escureceu. Acordei na minha cama de novo do mesmo jeito que estava antes, com livro em cima da minha cara e tudo, a luz estava acesa e eu nem troquei de roupa.

— Foi um sonho? – Um lado meu quis acreditar que foi um sonho, mas eu sabia que não era, eu só tive um sonho na minha vida toda, mas eu acreditei porque foi mais fácil. Levantei e me arrumei direito para dormir.

Esse é o começo de uma longa história.


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