Modernidade escrita por Kethy


Capítulo 7
Mudança de ares


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!
Finalmente saiu alguma coisa! Eu queria tanto postar essa fic...

Ah, mais uma coisa, como são seis protagonistas optei por fazer uma introdução para cada um, tudo bem pra vocês? Espero que sim.



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POV SOLUÇO – SAMUEL

Estou tão ansioso que nem consegui me concentrar no cochilo dentro daquele carro, o tempo todo alternava entre o teto solar e a janela; estou saindo da cidade grande para uma cidade do interior no Rio de Janeiro, pequena, apesar de ser autossuficiente, com uma faculdade que já é até reconhecida. Meu pai comentou que é toda colonial, pitoresca, calma e um bom lugar para a família. Eu sei que eu deveria estar zangado, já que deixei meus amigos pra trás, mas eu nunca estive tão animado com alguma coisa quanto agora! É uma sensação de... Ah, não sei! Estou feliz e pronto!

Quando chego ao limite da cidade, vejo uma placa:

“Bem-vindo a Diamantina.”

Estranhei um pouco, mas acho que deve ser por causa de algumas coisas que meu pai falou; eu e meu pai somos muito próximos, mesmo que eu seja mais parecido com minha mãe que também sou muito chegado. Os dois me apoiam muito, sempre vivi feliz, tanto que não sei se quero ser militar da marinha como meu pai ou veterinário como minha mãe, veterinário me atrai mais. Meu pai já se reformou, deve ser por isso que estamos aqui, a cidade era mais próximo da base dele, agora ele quer passar o resto do tempo com a família. Vai ser leg...

“Espera!”— Grito na minha mente quando vejo uma loira muito linda andando na rua. Ela veste um casaco vermelho, tem uma trança no ombro e uma faixa de couro na testa de enfeite. Ela é a cara da garota dos meus sonhos, literalmente, a garota com que eu sonho toda noite com aquele vestido vermelho. – “Não, eu devo estar sonhando acordado.”— Concluo na tentativa de esquecer o que vi.

— O que foi, querido? – Pergunta minha mãe quando viu meu pequeno escândalo.

— N-nada... – Suspiro.

Quando chegamos em casa, fico torcendo para ela não ser muito feia, quando abro os olhos, vejo que é exatamente como o resto do bairro, bonita e pitoresca, parecia saída de um livro, toda feita de tijolos.

— O que achou, minha querida? – Meu pai perguntou para minha mãe pegando ela no colo e a carregando pra dentro, morri de vergonha, mas ri.

Assim que eles entraram corri pro meu quarto, era grande. Comecei a imaginar como ficaria. Assim que chegou o caminhão da mudança, eu decidi arrumar sozinho, levou o dia todo, mesmo assim consegui. Joguei-me na cama com um sorriso de orelha a orelha.

— Vamos ser muito felizes aqui! – Profetizei e cai no sono.

No dia seguinte, quis dar uma volta de bicicleta para conhecer o bairro. Senti-me na Europa na época colonial, as ruas eram antigas assim como as casas, tinha um parque com pista de skate, - A parte moderna. - shopping, restaurante, café, escola... Enfim, de tudo um pouco.

Cada habitante era tão simpático, todos sorrindo e dando oi. Fiquei o dia todo fora e almocei em um restaurante local, a garçonete parecia ser indiana e era bem legal falar com ela.

— Você vai pra faculdade? Tem cara de universitário. – Ela perguntou quando eu disse que era novo.

— Sim, pretendo ser veterinário. – Respondi orgulhoso.

— Olha, você já perdeu esse ano e a faculdade aqui é pública, então eu no seu lugar faria um cursinho que tem aqui no centro. Os professores são ótimos! – Disse ela sorrindo.

— Onde é?

— Aqui tem o panfleto. – Ela me entregou um papel com a foto do local do curso e o endereço. – Aparece lá, tá?

— Com certeza, obrigado.

Quando voltei para casa, meus pais já tinham terminado de decorar a casa.

— Ficou bem legal! – Elogiei meus pais jogados em cima do sofá muito suados.

— Que bom que gostou, porque não faço isso de novo! – Meu pai arrancou risos de todos.

— Vocês parecem cansados. Podem deixar que eu cozinho.

— Você é um anjo. – Minha mãe agradeceu e me deu um beijo.

Assim que terminamos de comer fui de novo pro meu quarto e me joguei na cama. Comecei a fazer planos para quando eu fosse estudar, como em fazer amigos e tal, e foi quando me peguei lembrando daquela garota que vi. Ela era tão igual a dos meus sonhos que meu coração disparou. Toquei meu rosto e vi que estava quente, peguei um espelho de mão e me vi todo vermelho.

“Chega, idiota!”— Joguei o espelho no tapete e me virei de bruços. – “Você não pode se apaixonar por ela... Ela é só um sonho bobo... Não é real...”— Comecei a chorar me lembrando do que o psiquiatra falou.

De repente escuto umas batidas na porta, como meus pais foram dormir, corri pro primeiro andar e abri a porta rápido. Deparei-me com cinco pessoas, dois gêmeos, um garoto gordinho e dentuço, outro que parecia mais um macaco e um cara todo musculoso.

— Oiê! – Eles disseram juntos. O que parecia um macaco continuou. – Acordamos alguém?

— Quase. – Ri. Eles pareciam amigáveis, então decidi ser gentil. – Quem são?

— Seus vizinhos. Moramos juntos na casa aqui em frente. É costume dessa cidade dar boas vindas aos novos moradores. Tudo bem com você? Parece que andou chorando. – O garoto gordinho me olhou preocupado. O cara musculoso murmurou algo como “Não seja intrometido”.

— Ah, não é nada! Sabe como é se mudar, né? – Enxuguei as lágrimas envergonhado. – Legal esse costume, eu só via isso no The Sims...

— Por isso mesmo, aqui o astral é outro, somos muito unidos. – A gêmea mulher falou abraçando o irmão e o cara musculoso já que estavam mais perto. Nisso o irmão olhou para ela como se falassem por telepatia. - Ah, é! Isso é pra você. – Ela me entregou um bolo de... Fubá!

— Como... E-esse é meu favorito. – Sorri espantado.

— Você tinha cara. – O irmão gêmeo falou em um tom sarcástico. – Tá tarde, se quiser conversar é só bater lá em casa.

— Claro. Mas e seus nomes?

— Pedro. – O gordinho falou.

— Karen – A Gêmea.

— Kevin. – O Gêmeo.

— Mauricio. – O garoto-macaco.

— Enzo. – O musculoso. Cada um falando em sequencia conforme iam saindo.

Sorri e fechei a porta.

— Gostei do povo daqui! – Falei sozinho.

Não era assim na cidade grande, era tudo mais “cada um por si!”; essa mudança de atmosfera vai ser muito boa pra mim.

— Não vou mais chorar por sua causa. – Disse bravo para a garota dos meus sonhos, mas não sei se estou pronto para esquecê-la.


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Notas finais do capítulo

Até!!!!!

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