Modernidade escrita por Kethy


Capítulo 6
Rafael




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É sempre tudo tão real...

Eu estou em um castelo numa festa e com uma roupa meio esquisita: uma daquelas roupas de príncipe das histórias de fantasia. Preta com a base do paletó branca, um efeito meio de neve, e uma capa preta por fora e azul por dentro com desenhos de gelo; umas botas com a parte dos dedos com desenhos que fazem lembrar um chinelo; estou de luvas, a gola é alta, uma gravata azul e ombreiras brancas, também tenho um cajado. O meu cabelo, nesse sonho, é branco e os meus olhos azuis, na vida real ambos são castanhos.

Olho-me no espelho um minuto e confesso: fiquei bonito. Depois abro uma cortina e sou recebido com aplausos, emocionado, como se fosse raro me notarem. Desço umas escadas e me encontro com o Papai Noel, Sandyman, Coelho da Pascoa e a Fada dos dentes.

Nossa, como ela é linda! A fada usa uma roupa indiana rosa, lilas e dourada. A parte dourada é só no final do top, ela também usa uma saia comprida em degrade do rosa claro até lilas e um tecido comprido indo da saia e parando no ombro. Ela tem penas de beija-flor e algumas delas são douradas e imitam ouro, a maquiagem parecia ter nascido com ela.

Essa fada é bem animada, voou pra cima de mim em um abraço que quase me fez cair no chão. Quando nos afastamos, ela fica olhando dentro dos meus olhos e sinto meu rosto ficando gelado e roxo. - para o normal seria quente e vermelho. – Quando voltei a olhar aquele pessoal, eles decidiram nos deixar sozinhos e foram embora.

Uma música lenta tocou, ela olhou nos meus olhos mais uma vez e posiciona uma das minhas mãos para uma dança. Guardei o cajado nas costas e começamos, logo vi que não estamos sozinhos, tem mais cinco casais. Cada um deles parece familiar, porém eu nunca os vi na realidade. Tem um cara todo de preto com uma loira muito linda, me sinto feliz em vê-lo mesmo que ele dê medo, parece ser um inimigo que virou amigo.

Depois que a dança acabou vamos até uma varanda alta de frente a um jardim. Eu abraço a fada e ela se aconchega perto de mim, então nos olhamos de novo e dessa vez nos beijamos.

Por mim, podia acabar desse jeito...

De repente tudo treme, o castelo desmorona e pega fogo; eu saco o cajado e atiro gelo no fogo, não funciona. Nós dois fugimos pela varanda sem poder fazer nada. Deixo cair umas lágrimas, depois sinto uma dor que me fez cair na grama queimada do jardim, era uma flecha.

Quando cai a fada me seguiu e começou a gritar meu nome chorando. - Deve ser o meu nome, porque ela fica falando "Jack" desesperada. - Eu bem tento ficar acordado, mesmo assim não resisto e... Morro.

***

Acordo de madrugada assustado sabe lá por qual o motivo, desde que me conheço por gente eu tenho o mesmo sonho. Tenho sete anos ainda; minha mãe aparece no quarto e me oferece um leite quente, antes de beber dou uma olhada na Isabela, minha irmã mais nova de dois anos, para saber se a acordei com meu escândalo. Sussurro um "Boa noite" e volto a tentar dormir.

Prazer, sou Rafael.


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