Modernidade escrita por Kethy


Capítulo 2
Antônia


Notas iniciais do capítulo

Decidi começar com as apresentações, desculpe se fica redundante.

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Com roupas e cenários.



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É incrível como um sonho pode ser tão real, como este que vou contar.

Estou com um vestido verde-água. Ele é longo, tem esmeraldas nas alças e as laterais um tom a baixo do restante, daquele que dá para segurar enquanto você dança valsa. Tem uma fita comprida em volta do meu pescoço, um colar e um capacete de esmeralda. Aquela coroa que se encaixa na sua cabeça. Meu cabelo ruivo cacheado está solto, como eu gosto, e parece bem mais macio e definido do que o normal.

Acho que estou num castelo e no meio de um baile. Vejo pessoas acenando para mim, três garotos, um feio, um de cabelo preto e outro gordinho. Por incrível que pareça me interessei pelo terceiro. Vou até lá e ele beija a minha mão. Os outros dois saem de lá, perceberam que rolou um clima.

Acontece uma dança com nós dois. Olho ao redor e tem mais seis casais, sinto que conheço todos, mas na verdade nunca os vi na vida. Cada um deles parece tão feliz.

Eu e o garoto vamos para uma sacada bem grande. Aparecem fogos de artifício e vemos juntos.

Eu gosto da companhia dele, ele é fofo e me sinto confortável perto dele. Não importa se ele é gordo ou não. Tomo minha decisão e decido beija-lo no rosto. O garoto fica surpreso e se vira para mim, mando um olhar sedutor e sorrimos. Finalmente ele toma coragem para me beijar direito.

Sempre começa assim, perfeito. Mas não dura para sempre.

De repente eu escuto um estouro, olho em volta e tudo desmorona na minha frente. As paredes caem, as colunas caem, o teto cai... E tudo começa a pegar fogo. O garoto sai de perto de mim com uma espada na mão ao encontro de três sombras. Cada uma mais assustadora que a outra. Eu tenho medo por ele e tento ir junto, mas sou puxada por alguma força que não sei de onde vem, depois sinto uma lamina em meu peito... E tudo fica escuro.

***

Meus pais aparecem no meu quarto e me acordam.

– O trem? – Pergunta o meu pai.

Ele não acha graça, não está brincando, ele quer me consolar. Já tive que fazer terapia por causa desses sonhos. Ou melhor, desse sonho. Tenho-o todos os dias.

– O trem. – Respondo e tento dormir de novo.

Prazer, sou Antônia.


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