The Wild Youth escrita por moonshiner


Capítulo 5
Take me out tonight


Notas iniciais do capítulo

oie



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Maggie

Take me out tonight
Where there's music and there's people
Who are young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one anymore


Eu tenho uma certa inclinação a ser deixada de lado. Coisa que vem comigo desde criança, virou até mania. Quase uma peculiaridade.

Eu tinha alguns problemaspoemas no chão pra comprovar aquilo. Estar trancada naquele quarto há 2 meses me fez virar o estereótipo de cãozinho abandonado que eu tanto odiava. Merda.

Eu lembro que era uma noite fria, chuvosa. Eu escrevia as minhas desilusões nas gotas na janela, esperando alguma coisa surgir por de trás da tempestade.

Alguma coisa.

Clichê.

Metaforicamente previsível.

Impossível.

Uma vez, a Sam me disse que a loucura era um dos efeitos colaterais da perda. Eu achava que era mentira.

Ninguém fica louco por causa da morte. As pessoas começam a beber, perdem dias de sono. Elas não ficam loucas do nada. Ela disse que amor deixa as pessoas loucas, e se amor deixa as pessoas loucas, a morte também deixa. Porque os dois são a mesma coisa. São a mesma coisa sempre.

Estar vivo enlouquece qualquer um, é só questão de tempo.

Minha mãe bateu na porta, avisando sobre o jantar estar na mesa. Balancei a cabeça, mesmo que ela não estivesse vendo.

Ela estava sentada do outro lado da mesa, cutucando as ervilhas. Me sentei na outra ponta também, o suficientemente longe de seus olhos vidrados e cabelos desgrenhados. Cutuquei as ervilhas no meu prato também, e ela não falou, a minha mãe. O tempo todo.

– Escuta, Magnólia - ela falou, casualmente - eu e o seu padrasto estávamos pensando em levar as coisas do Lou embora. Por um tempo, vender algumas. Você sabe como é...

Eu parei de brincar com a comida.

– Por que?

– Porque você as espalha por todos os cantos da casa e isso nos chateia muito. - Respondeu, sem me olhar nos olhos. - Você sabe que é difícil pra mim ficar vendo todas as coisinhas do seu irmão por aqui o tempo todo. Não seja egoísta.

– Talvez eu goste de deixar as coisas dele pela casa porque isso faz eu me sentir melhor! - Ofegante, eu me levantei. - Porque o meu luto é importante também, e só porque você é fraca, eu não sou obrigada a fazer tudo o que você quer porque dói em mim também!

Meu coração e minha voz foram falhando num ritmo tão baixo, tão frio e próximo a temperatura da cozinha. Seus cabelos loiros cobriram seu rosto mais algumas vezes.

– Ele não viveu o que deveria. - Respondeu. Sempre aquela mesma frase.

– Você diz isso todo dia.

– Ás vezes... eu penso o que teria acontecido se fosse você no lugar dele.

– E o que isso quer dizer?

– Que teria doído menos.

Existem finais felizes e existém finais á parte. A minha história poderia ter acabado de qualquer jeito, se eu soubesse onde parar de contá-la.

Sam coçou os olhos, os cabelos bagunçados caindo pelo rosto. Ela me encarou, confusa.

– Foi por isso que ela te expulsou? - Perguntou, curiosa.

– Não quero falar sobre o resto. Não agora.

Ela fez uma careta, mas se conformou. Os pés suspensos no sofá, berbericou a caneca de café. Bianca ainda dormia com a cabeça estirada no colo de Sam, os pés jogados sobre as minhas pernas. Bateu lentamente os olhos caricatos, mas fora essa sua única tentativa de acordar.

O pai da Sam desceu as escadas reclamando de alguma coisa, acho que da vida.

– Tudo bem por ele se eu ficar aqui? - Sussurrei enquanto ele procurava as chaves do carro no balcão da cozinha.

– Eu já falei com ele. Ele disse que tudo bem. Expliquei a situação pra ele, mesmo que muito mal explicada. - Tomou mais um gole do café puro. - Ele vai passar o final de semana na casa do meu tio. Só precisamos cuidar da casa. Ele não tá numa fase muito preocupada com problemas alheios no momento, sem ofensas.

Sorri.

– Não ofendeu.

Com as chaves nas mãos, ele surgiu ao nosso lado novamente. Os olhos castanhos que Sam não herdara, presos num espécie de transe, mesmo quando estava sorrindo. Tinha olheiras insinuantes.

Se debruçou sobre a filha, beijando-lhe a testa.

– Se cuida. Eu deixei dinheiro com o Tyler. - Sam ajeitou a gola do seu casaco. - Faça uma festa digna e chame metade da cidade.

Ele se virou para mim, bagunçou meus cabelos e antes que pudesse sair e abrir a porta, lançou um sorriso compreensivo.

– Fique o tempo que precisar. - E então ele saiu.

Era engraçado. A casa era tão marcada pela tragédia quanto a própria família poderia ser e eles ainda faziam questão de sorrir. Senti um pouco de inveja da Sam, mas também senti um pouco de culpa. A mão dela estava morta e a minha, era como se estivesse. Então por que eu não corria atrás dela?

Tranquilamente, pousamos nossas canecas na mesma de centro, observando algumas nuvens pela janela. Estavam dando espaço para um dia ensolarado jamais visto em Westfield. Desde criança, eu me lembrava da minha cidade vizinha como o lugar onde as pessoas iam pra ouvir discos de vinil e ler Jane Austen, por ser muito chuvosa. Sempre á margem de tempestades e ventanias, naquele dia o céu parecia essencialmente mais azul. Uma metáfora.

– Então. - Sam chamou minha atenção com um sorriso maroto. - O meu pai me deu uma ideia. Vamos dar uma festa? Estamos aqui, estamos juntas, estamos ferradas. O que pessoas ferradas fazem?

– Enchem a cara.

– O que pessoas ferradas fazem pra encher a cara em grande estilo?

– Fazem uma festa com metade da população jovem da cidade.

– Vamos dar uma festa?

Dei de ombros.

– Por que não? Ainda dá tempo de chamar todo mundo.
Bianca se remexeu no nosso colo, murmurando com uma concordância sonolenta.

– Uhu. - Ela disse, roncando em seguida.

Planejávamos aquela festa com bastante afinco. Mais a Sam, do que eu, e a Bianca, sem esforço algum. Estávamos deitadas no tapete do quarto, terminando de ligar pra todos os contatos. A Bianca tinha vários. Tinha onde conseguir bebida,onde conseguir cigarros, onde conseguir um dj.

Sam tinha o poder de convidar as líderes de torcida, que consequentemente trariam o time de futebol e o de lacrosse. Ela estava andando de um lado pro outro, tirando vários vestidos decotados do guarda - roupa. Ao mesmo tempo, ela não parava de sorrir. O sorriso vinha pra lá e pra cá, quando a gente dizia alguma coisa que a fizesse rir.

Ela jogou um vestido azul marinho na minha direção.

– Você sabe que é só uma festa, não é? - Bianca questionou.

Ela assentiu.
– Mas não é por causa da festa, tá bom? - Respondeu. - É porque minha melhor amiga está aqui, pelos motivos errados, mas ela está aqui. E eu estou feliz com isso.

– Melhor amiga? - Bianca questionou novamente.

– Uma das. - Sam revirou os olhos, se jogando entre a gente na cama.

– Tudo bem. Você venceu. - Tamborilei meus dedos pelas bolinhas estampadas na saia do vestido, sorrindo mentalmente.

– Hoje vai ser louco. - Bianca disse, afirmando o óbvio. Eu realmente esperava que fosse.

Era aquela velha história. Se você engana a dor, ela só volta quando você estiver sozinho. Logo, fique rodeado de pessoas que você não conhece e que não conhecem você.

– Vamos anunciar minha chegada em grande estilo, com calcinha no lustre e tudo.

– Não temos um lustre, Magnólia.

– Não estraga.

Eu não sou uma pessoa de muitos amigos. Eu diria que eu não sei o que dizer de verdade, e que mostrar quem eu sou realmente é uma coisa que eu só faço diante dos mais próximos. Só que por algum motivo, as pessoas com quem eu estava naquele momento eram tão esquisitas, que o resto do mundo gostaria de ser esquisito com eles também. Acho que isso significa amizade, ou algo parecido.

Nico era bastante divertido, se não fosse visto pelo ponto de vista da Sam. Bianca era linda, gentil, descolada e invejável. Leo com certeza seria mais legal se parasse de perseguir a tal da Piper Mclean a festa inteira. Tyler parecia prestar mais atenção no meu decote do que nos das outras garotas, e Nate era o tipo de pessoa que fazia com que todos quisessem confiar nele. Embora eu não soubesse se poderia.

Estávámos sentados perto do bar, próximos uns dos outros, mas não tão perto o suficiente. Nico e Sam respondendo ás provocações uns dos outros. Tyler com uma loira mais nova do que ele. Leo sendo apostado por meninas do primeiro ano. Bianca ensinando os calouros a como fumar sem engasgar.

E eu, bebendo sozinha no bar. No fim da noite, eu percebi que a minha vontade de ficar sozinha era muito maior do que qualquer tentativa de afastar as dores do dia.

O barman ajeitou os óculos, franzindo um pouco o nariz. Era o tal do conquistador arrogante, que tinha a fama, mas não tinha a cara. Muito pouco confiável, com aquele joguinho hipster simpático pra cima de mim. Prepotente, estudando cada pedaço do meu corpo. Inclusive o meu decote. Claro.

– Por que não está se divertindo? - Nate perguntou, empurrando uma latinha de cerveja por cima do balcão. - Até onde eu sei, essa festa é pra você.

– Ah, eu acho que não estou muito no clima. - Dei o meu primeiro gole na cerveja, sorrindo sem vontade. - Só percebi isso agora.

Ele passou as mãos pelos cabelos, desgrenhando-os ainda mais. Eu tenho que admitir, aquilo era charmoso.

– A síndrome do "agora que eu tenho, não é mais legal"? - Sugeriu. Olhou mais adiante, na multidão que ainda dançava. Seus olhos pararam numa garota, e depois voltaram a órbita. - Gostaria de experimentar algum dia.

– Reza a lenda que você já experimentou.

Ele arqueou as sobrancelhas.

– O que andaram te contando, loirinha?

Dei de ombros.

– Só queria saber se é verídico.

– Você quer saber se eu sou o tipo de cara que quer muita uma coisa, e quando consegue, descarta? - Ela sorriu envergado. - Se eu descarto uma coisa depois de conseguir, é porque eu nunca a quis realmente.

Seus olhos zarparam com violência novamente. Na mesma garota. A mesma garota que Leo perseguia.

– O que vocês veêm naquela garota? - Perguntei, sem considerar muita coisa.

Ele queimou o dedo ao tentar acender um cigarro. Soltou um grunhido e me encarou como se eu estivesse praguejando.

– É a Piper Mclean. Não sei o que o Leo vê nela também. Ela é superestimada. Tipo The Strokes. - Ele parou de encará-la, e voltou seu olhar para mim. - Mas eu prefiro Marble Sounds, sabe?

E eu caí, por quê? Porque eu sou trouxa.

– Só porque The Strokes é superestimado, não significa que você não goste deles.

– Marble Sounds é mais atraente porque é diferente.

– Talvez você só não conheça The Strokes.

– Marble Sounds é mais intrigante.

Eu sorri meio tímida, deixando o cabelo cair no rosto. Fui derrotada.

– Quer dançar? - Ele perguntou, soprando a fumaça do cigarro no vento gelado da noite. Se debruçou na mesa, perto do meu ouvido. Balancei a cabeça, me aproximando do seu ouvido para lhe dar a tão esperada resposta. Sussurrei um sim, pegando o cigarro da sua mão em seguida.

– Hipsters não dançam em festas, é por isso que eles são hipsters. - Comentei.

Ele riu.
– Você começou tendo uma imagem bastante distorcida de mim, Magnólia. Vamos mudar isso.

Naquela noite, eu entendi por meio de nós dois porque fãs bêbados de Marble Sounds não podem dançar publicamente.

Leo

Eu não sou insignificante, nem nada. Não do jeito que as pessoas pensam que eu sou. Eu sou tão miserável quanto qualquer um que precise dessa cidade pra sobreviver e eu sou tão ferrado quanto qualquer um que tenha nascido aqui. Eu só entendia que, enquanto eu não fizesse nada pra mudar aquilo rápido, eu morreria naquela cidade sem que as pessoas soubessem que eu era mais um, mas não como qualquer outro.

Era meio vísivel o olhar que aquelas garotas lançavam pra mim. Uma delas me chamou de prêmio de consolação, aliás. Eu não deveria me sentir oprimido por garotas quatro anos mais novas que eu. Quem tinha deixado elas entrarem ali?

Me apoiei numa pilastra e tomei um gole de vodka. As pessoas medem a sua vida pelos momentos em que você mostrou ser alguém. Não queria que me vissem pela forma como fui rejeitado todos aqueles anos. Era uma festa, eu não deveria pensar nesse tipo de coisa ali. Mas eu o fazia. Eu fazia aquilo o tempo todo, aliás. Era compulsivo.

– Você devia ir falar com ela. - Bianca apareceu do meu lado.

Ela tinha dessas, aparecer sem ser chamada. Ás vezes era bom, ás vezes, não era.

– Ela vai me rejeitar, você sabe muito bem disso. - Respondi.

Bianca revirou os olhos, xingando meu nome baixinho. Tragou seu cigarro e me olhou bem nos olhos, de forma intimidadora.

– Quem é você?

– Leo Valdez.

– O que você quer ser?

– Arquiteto.

– Quem você quer pegar?

– Piper Mclean.

– Então vai lá e diz pra ela.

Eu engasguei com o álcool preso na garganta.

– Dizer pra ela que eu quero dar uns pegas nela não é uma coisa assim realmente sensível.

Bianca tornou a revirar os olhos com aquele comentário.

– Ela nem sequer vale esse esforço todo. - Suspirou, pisando no cigarro com o salto e me puxando pela mão.

– Bianca, o que você...

– Cala a boca, Valdez!

Ela me levou exatamente pro local onde a Piper estava com as amigas. Bonita, inatingível, inexistente. Eu deve ter ficado estacado por uns vinte segundos, até Bianca dizer alguma coisa.

– Esse é o meu amigo Leo, você o conhece.

Ela sorriu. Ela sorriu pra mim.

– Conheço sim. Como vai?

Existem momentos na sua vida em que todas as suas memórias parecem passar diante dos seus olhos. Seus sentimentos do café da manhã se misturam com os do jantar, e você acaba vomitando tudo em alguma hora do dia. Essa hora do dia atende por saltos da garota por quem eu sou apaixonado. E mais uma vez, Leo Valdez consegue o intransponível para os perdedores normais.

Nos minutos depois, eu lembro dela soltar um gritinho. A festa inteira olhou pra o que a gente tinha feito e eu corri pra dentro da casa. Foi ridículo, vergonhoso, mas necessário. Eu corri escada acima pro banheiro mais próximo, mas alguém infelizmente já estava usando. Topei com vários casais em pleno ritual de acasalamento nos corredores e em alguns dos quartos, mas finalmente encontrei um que estivesse vazio. Cheirava a decepção, reijeição e gente bêbada. Logo, me senti em casa. Corri para o banheiro, para ver se saía alguma coisa. No fim, percebi que todo aquele embrulho no estômago era mágoa.

E vergonha. Vergonha corrói até suas entranhas.

Sequei um pouco do meu suor. Ajeitei meus cabelos cacheados. Notei uma presença fantasmagórica presa na luz oscilante do quarto.

Encolhida, reduzida. Quase sumindo no escuro.

A menina tinha a pele branca como alabastro. Era bastante magricela, com cabelos longos, escuros e brilhantes caindo pelos ombros. Eu vou dizer isso agora, porque eu lembro que nunca esquecerei. Ela parecia uma versão mais nova da Audrey Hepburn e o fato dela ainda conseguir parecer encantadora mesmo com medo era uma das coisas mais incríveis que eu já tinha visto por aí.

Sentei do seu lado, sentindo o cheiro forte de loucura e bebida. Ela ofegou, levantando a cabeça.

– Quem é você? - Perguntou. A voz fraca, quase sumindo com ela.

– Sou o Leo. Você está bem? - Perguntei.

Seus olhos castanhos me usurparam com uma análise crítica e rápida. Ajeitou as roupas suadas no corpo e mordeu o lábio. Ela podia falar a verdade, ou mentir, como todo mundo faz.

Ela escolheu ser sincera.

– Um engraçadinho tentou me agarrar a força. E você? Também não parece muito bem.

Eu ri.

– Se importa se eu passar o resto da minha noite de sábado com você? - Perguntei.

Ela negou com a cabeça.

– De forma alguma.

Me sentei ao seu lado, sentindo um conforto súbito e meio esquisito. Ela me olhou, de cima a baixo, sem perder o brilho dos olhos.

– Meu nome é Charlotte, aliás. Sou meio que nova na cidade. - Falou.

– Seja meio que bem - vinda, Charlotte. - Sorriu de canto. Sorri também.

– O que houve com você essa noite pra vir parar aqui? - Perguntou, curiosa. - Se não se importa, claro.

Balancei a cabeça descontraídamente, sentindo uma sensação trágica me invadir.

– Não vai rir?

– Não.

– Jura?

– Prometo.

– Vomitei nos sapatos da minha crush.

E ela riu.

Eu me senti ofendido, mas tentei não rir junto com ela.

– Charlotte... - Repreendi.

– Não estou rindo por isso, seu imbecil! - Ela gargalhou mais alto. Tinha um sorriso lindo, de verdade. - Eu estou rindo porque todo mundo aqui parece feliz, e eu finalmente encontrei alguém tendo uma noite tão ruim quanto a minha.

– Vamos ser melhores amigos, então. - Brinquei, vendo-a me olhar.

Ela sabia que eu estava brincando, mas por alguns segundos eu soube que ambos queríamos levar aquela possibilidade á sério. Probabilidades, amizade á primeira vista, outras coisas mais.


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Notas finais do capítulo

E AE? O QUE VOCÊS ACHARAM? GOSTARAM DA MAGGIE? QUEREM VER MAIS DA CHARLOTTE? DEIXEM NOS COMENTÁRIOS
XOXO



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