A Seleção Semideusa escrita por Liz Rider


Capítulo 6
O Palácio


Notas iniciais do capítulo

Então, boa parte da história até o capítulo passado era somente minha. As ações, as falas, etc, claro, baseado em A Seleção, mas basicamente minhas. Desse capítulo em diante as coisas mudam um pouco. Agora terão trechos que são da Kiera, já que ela chegou no palácio. Então, eu quero saber: Vocês preferem que eu siga a linha da Kiera quase totalmente fiel ou que eu só faça as coisas mais importantes? Respondam nos comentários, por favor, isso é algo decisivo para a história.



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P.O.V America

Quando passamos pelo hall de entrada, percebi a grandeza da decoração. Além de belíssimos – e certamente muito caros – quadros, haviam esculturas, belas poltronas, além da bela junção das cores e dos outros móveis. E uma bela escada, claro.

Annabeth nos conduziu a um salão menor, onde um grande salão de beleza nos aguardava.

–Ames, venha para cá. –diz Annabeth, me puxando delicadamente pelo braço.

Sento-me em uma cadeira. Um fotógrafo bate uma foto.

–Sorria, America. –incentiva Annabeth.

Sorrio por mais dois minutos, enquanto a fotógrafa – sim, é uma mulher, algum problema com isso? – bate mais várias fotos. Quando ela se dá por satisfeita, uma outra garota – que não é Annabeth, já que ela está ocupada com uma morena sardenta de aparelhos no dentes que está esperneando – me conduz a outra cadeira, com uma grande penteadeira – parecida com aquelas dos filmes que ficam nos camarins das estrelas onde elas se sentam para escovar seus cabelos – de frente.

–Olá. America, não é? –pergunta um moreno excessivamente bronzeado, acho que ele passou um daqueles bronzeadores instantâneo que vêm em lata. –E ai, qual é a impressão que você quer dar?

–O quê? –pergunto. Será que esses bronzeadores instantâneos mexem com os neurônios das pessoas? Porque uma garota igualmente bronzeada a ele, que eu acho que é uma selecionada está berrando e gritando com um cara que está fazendo seu cabelo.

–Bem, você tem belos cabelos ruivos –ele pega uma mecha de meu cabelo –e sardas fofinhas no rosto, quer dar um ar inocente a si mesma? Ou quer se tornar mais sedutora? Ou intelectual? Você que me diz. Posso mudar muita coisa em você.

–Eu não quero mudar nada em mim. Não quero mudar por um cara que nem conheço.

Ele não fala nada, só ergue as sobrancelhas, parecendo surpreso e então pega outra mecha do meu cabelo e recomeça com mais cuidado.

–Está certo, então não vamos mudar sua imagem, apenas melhorá-la. Você tem uma beleza incrível, seu cabelo ruivo é muito bonito, etc, etc, então ninguém muda a cor desse cabelo, okay? –ele diz para umas mulherzinhas que apareceram sem eu perceber. –Até mais, fofura. –ele diz e se afasta, indo falar com outra menina.

As mulheres começaram o “tratamento”. Eu não entendo porque preciso disso tudo, eu me acho suficientemente bonita assim e minha intenção não é seduzir o tal do Maxon, é só aproveitar a comida até que ele me chute e voltar para casa antes do fim das aulas.

Uma das mulheres começou a esfregar meu corpo. Depois, elas cobriram meu corpo inteirinho de loções, óleos e hidratantes que aroma de baunilha, o que era meio enjoativo. Assim que terminaram de tentar me transformar em uma gigante sobremesa de baunilha, elas vestiram um roupão em mim e começaram a lixar e polir e arrumar minha unhas. Depois elas passaram uma base nas minhas unhas e logo em seguida um esmalte cor nude.

Quando elas se distanciaram, uma menina ao meu lado perguntou:

–Você não vai pintar suas unhas? –sua voz parecia trêmula.

–Não. –digo, simplesmente. Suas pernas começam estão tremendo. –Tudo bem com você? Parece nervosa.

Ela suspirou e depois de alguns segundos responde:

–Eles querem pintar meus cabelos de loiro, disseram que combina mais com meu tom de pele.

–Sabe, eu acho seu cabelo lindo.

–Obrigada. –responde.

–Sou Sosie Keeper, filha de Jano.

–America, Apolo. –faço uma pausa. –E se você não quer que tinjam, simplesmente diga que não. –sorrio fraco.

Ela sorri insegura de volta e acho que ela está avaliando mentalmente se estou tentando ajudá-la ou prejudicá-la. Antes que possamos dizer qualquer outra coisa, outra equipe chega e impede que continuemos conversando.

A outra equipe lavou, condiciou, hidratou, amaciou, cortou e arrumou meu cabelo. Ele, que antes, era bem comprido e tinha corte reto, agora

estava vários dedos mais curto e tinha camadas. Eu gostei delas, faziam meu cabelo parecer mais vivo e brilhante.

Quando a mulher que ia fazer minha maquiagem chegou, pedi que não deixasse muito carregada, queria que ainda parecesse comigo e não uma garotinha de 15 anos ou uma mulher de 23. O resultado ficou ótimo.

Depois me encaminharam para uma arara de vestidos que tinha meu nome. Eram tantos vestidos que daria para uma semana ou mais, sem repetir. Ao que parecia as candidatas a esposa corna de um deus menos não usavam calças.

Acabei escolhendo um vestido creme. Ele batia nos joelhos, era lindo e ainda por cima, super confortável, como se tivesse sido feito especialmente para mim, o que eu não duvidaria que fosse verdade.

–Este é um vestido para o dia, e os vestidos de noite já estão no seu quarto, para onde as outras araras logo serão levadas. –diz ela e logo em seguida, põe um broche prateado perto da alça do vestido com meu nome escrito em brilhantes letras douradas. Por fim, ela me deu uns sapatos de salto médio que ela chamou de “saltos de gatinha”.

Depois me levaram para sentar-me de novo na cabine de fotos, dessa vez um fotógrafo tirou várias e várias fotos em sequência minhas. Depois de dezenas de flashes que me fizeram sentir como se eu fosse uma pop-star sendo seguida por paparazzis e me deixou um pouco tonta, finalmente ele me liberou.

–Para quê é isso?

Ele me olha, como se considerando minha sanidade mental após o ataque das luzes do flash de sua câmera.

–Para o príncipe, ele quer recordações. –ele diz, simplesmente.

–Príncipe? –questiono. Não sabia nada sobre um príncipe.

–Sim, o Maxon. É que deus fica um pouco estranho, então nós o apelidamos de príncipe, já que ele é filho do Rei do Olimpo e ele parece até gostar do apelido. –ele sorri por trás da câmera e vejo minha deixa para me afastar.

–Hm... Okay, obrigada. –digo e me apresso para longe dali. Mas não deveria ter me apressado tanto porque...

–Desculpe. –digo, envergonhada, enquanto apanho a máquina fotográfica que caiu no chão.

–Não tem nada. –não vejo o rosto do rapaz que se apressa em pegar a câmera e sumir.

Dou de ombros, já vai de esquisitice por um dia, mas quando eu vou sair, me mandam voltar e sentar-me num grande sofá circular branco que haviam em um canto. Duas loiras estavam ao meu lado.

–Oi. –disse uma delas timidamente.

–Oi. –respondi.

–America, não é? –ela pergunta.

–Sim. –disse, mas por mais que eu tentasse, não conseguia me lembrar qual era o seu nome. Tampouco o da menina que se espremia timidamente atrás dela.

–Sou Marlee. –ela olha para trás. –E esta é minha irmã, Ashley.

–Você não são do Meio-Sangue, são?

–Não. –Ashley responde. –Somos do Acampamento Júpiter, filhas de Ceres.

Faço mentalmente a conversão para a deusa grega, Deméter.

–Deméter, certo?

–Isso. Essa é ela grega. –Ashley sorri e eu sorri para ela.

–Sou filha de Apolo. –depois acrescento: –Febo.

Depois de uma longa e constrangedora pausa onde não há assunto, decido perguntar:

–Vocês sabem se há alguma irmã romana minha?

–Nenhuma de Febo. –Marlee responde.

–Certo. O que vocês fizeram no cabelo?

–Colocaram apliques no meu. –responde Marlee.

–O meu cortaram. –diz Ashley.

–O meu cortaram em camadas. –digo, novamente sem assunto.

Mas o silêncio não durou por mais de alguns segundos, pois Annabeth chegou, nos chamando. Quando todas as garotas – quase todas muito transformadas – estão reunidas em um grande grupo, Annabeth, enquanto nos conduz de volta para o hall de entrada, começa:

–Vou fazer um passeio rápido com vocês pela mansão e depois mostrar seus quartos.

–Acostumem-se àquele salão. Vocês passarão boa parte do tempo lá, é o Salão das Selecionadas. Agora, quando vocês entraram, viram o Salão de Festas, que geralmente é usado para festas e banquetes, como já diz o nome. Se tivessem mais de vocês, provavelmente jantaríamos lá, mas a sala de jantar parece ser suficiente.

–O trânsito pelo terceiro andar está proibido, é lá onde Maxon fica, então nenhuma intrusão será tolerada. Os quartos de vocês estão localizados no segundo

andar. Vocês ocuparam boa parte dos quartos de visitas, mas não se preocupem, pelo que sei, ainda há espaço.

–Estas portas aqui dão para o jardim dos fundos. –ela aponta para umas portas laterais de vidro. –Vocês não podem sair do palácio em nenhuma circunstância –continuou Annabeth. – Durante o dia, vocês poderão ir até o jardim, mas nunca sem permissão. Isso é exclusivamente para manter vocês seguras. Com essa grande concentração de semideuses, pode não demorar a aparecerem monstros. E eu sei que vocês são, em sua maioria, selecionadas treinadas, mas é melhor prevenir que remediar.

Ainda bem. Eu sabia me defender sozinha, mas nunca havia lutado contra um monstro e provavelmente não estava preparada para tal ato.

Subimos as escadas, e estamos no segundo andar, onde nossos quartos devem estar. As paredes são ricamente decoradas com quadros de paisagens, pessoas, dos deuses. Quadros famosos, outros nem tanto, alguns antigos outros bem atuais.

–As coisas de vocês já estão nos quartos. Se não gostarem da decoração, basta avisar as criadas. Cada uma de vocês tem três, um espírito da natureza e duas humanas ou semideusas e elas também já estão nos quartos. Elas vão ajudar vocês a desfazer as malas e a se preparar para o jantar. Amanhã, antes do café da manhã, vocês se reunirão no Salão de Festa onde ocorrerá a entrevista com Maxon. Alguma dúvida?

Vejo uma garota do Acampamento Júpiter levantar a mão, mas Annabeth lhe lança um olhar que poderia cortá-la ao meio e ela a baixa, rapidamente.

Enquanto Annabeth nos leva aos nossos quartos, fico pensativa, longe. Entro no meu quarto e caio na cama, estou muito cansada. Assim que minha cabeça toca o travesseiro, adormeço.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. Comentem e não esqueçam de responder aquela minha pergunta, ela pode mudar algumas coisas.



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