A Seleção Semideusa escrita por Liz Rider


Capítulo 41
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, último capítulo. Queria dizer que foi muito bom viver esse ano todo com vocês e contar a história de uma America muito louca filha de Apolo e um Maxon filho de Zeus e Tiquê. Espero que tenham gostado. Gostaria de agradecer muito, tipo, muito mesmo a quem aguentou os meus caprichos de nunca postar em dia, porque não tenho jeito para cumprir horários - inclusive desta vez, presente de Natal! Êee! Eu me enganchei em começar o primeiro capítulo da Segunda Temporada, por isso só postei hoje, espero que tenha ficado bom... - e demorar a postar e todas as coisas, e está hoje - ou não necessariamente hoje -, aqui, comigo, lendo esse último capítulo da fic. Vocês são demais e é por vocês que continuo a escrever. :)
Bem, vamos ao capítulo: tem algumas surpresas.



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P.O.V America

O resto da manhã é estranho. As meninas estão todas correndo para lá e para cá, trocando bilhetes com e-mails e endereços, os quartos abertos, o barulho lutando para continuar a reinar no lugar. À tarde, parece que o silêncio finalmente ganhou a luta e agora ele reina na mansão de Maxon.

Não restou ninguém na parte do corredor onde eu moro. Não se ouve mais o som das criadas passando de um lado para o outro nem o do abrir e fechar das portas. Sento-me à mesa para ler um livro enquanto as criadas tiram o pó dos móveis. Pergunto-me se a mansão sempre tivera aquele clima de solidão. O vazio faz com que eu sinta saudades da minha família.

De repente, ouço batidas na porta. Anne corre para atender, com os olhos em mim para garantir que eu estava preparada. Assinto com a cabeça.

Quando Maxon entra no quarto, ponho-me de pé com um pulo.

– Senhoritas, – ele diz com falsa seriedade, encarando minhas criadas. – Parece que nos encontramos novamente, afinal.

Elas fazem uma referência desengonçada e dão risadinhas. Ele as cumprimenta e depois se volta para mim. Até este momento eu não tinha me tocado ainda o quanto ansiosa estava para vê-lo, mas percebo agora, meu coração martelando no peito.

– Perdoem-me, por favor, mas tenho que falar uma coisa com a Senhorita America. Vocês nos dão um momento?

Mais referências bobas e risadinhas.

– Vossa Alteza gostaria que eu trouxesse algo? – a voz de Anne transparece a adoração que ela tinha por ele.

– Não, obrigado. – Maxon recusa, educadamente, sorrindo.

As três fazem uma última reverência antes de saírem. As mãos dele estão nos bolsos. Permanecemos em silêncio por uns instantes.

– Achei que você não me deixaria ficar. – confesso, por fim, quebrando o silêncio.

– Por quê? – ele soa genuinamente surpreso.

– Porque brigamos. Porque nossa relação é esquisita. Porque...

Maxon diminui a distância entre nós gradativamente, a pequenos passos, parecendo tornar maior o intervalo de tempo que duraria para chegar até mim para formular a frase que diria a seguir. Quando finalmente chega até mim, pega delicadamente minhas mãos e as aproxima de seu peito enquanto começa a explicar:

– Primeiramente, deixe-me dizer que sinto muito. Eu não devia ter gritado com você. – sua voz me parece completamente sincera. – Eu estava bastante estressado com meu pai me pressionando e sendo Zeus como sempre, além dessa grande decisão de formar a Elite e outras coisas que eu não estava muito satisfeito. – ele desvia o olhar, parecendo frustrado.

Ele faz uma pequena pausa e não falo nada, esperando que ele continue.

– Bom, você viu minhas escolhas. Marlee é a favorita do público do reality show, e não posso desprezar isso, pelo menos Zeus não me deixa fazê-lo. Celeste é uma jovem muito poderosa e muitas pessoas também adoram ela. Natalie e Kriss são moças charmosas, ambas muito agradáveis, e as preferidas de alguns membros da minha família. Elise é uma moça bem comportada, Zeus também gosta dela, além de achar que sua permanência na Seleção é uma mostra da “diversidade cultural” e que “o público adora isso”. – ele dá um suspiro cansado. Me perguntava porque não haviam meninas negras na Seleção se eles queriam diversidade. – Fui massacrado por opiniões e encurralado por todos os lados para tomar essa decisão.

Fico meio curiosa por ele não explicar minha permanência e quase não lhe peço explicações. Sei que no meu caso a amizade vinha em primeiro lugar e que por isso, eu não tinha nenhuma serventia de permanecer na Mansão. Talvez eles quisessem favorecer a “diversidade”, deixando uma ruiva. Mas eu preciso ouvi-lo dizer com sua própria boca para ter certeza. Não consigo olhá-lo nos olhos.

– E por que ainda estou aqui?

Minha voz não é muito mais do que um sussurro. Eu sempre soube que ia acabar me machucando. No fundo, eu sei que Maxon só me mantêm na Mansão porque é bom demais para quebrar uma promessa.

– America. – ele faz uma pausa e sinto seus olhos em mim, como se implorassem que eu o olhasse. – Pensei ter sido claro.

Ele respira fundo como se quisesse mostrar sua paciência, apesar de, para mim, ele não parecer muito paciente. Como se desistisse de minha boa vontade para olhá-lo, levanta delicadamente meu queixo com o dedo para olhar para ele. Quando finalmente o olho nos olhos, ele continua:

– Se fosse um assunto realmente simples, já teria eliminado todas. Sei o que sinto por você. Talvez seja impulsivo da minha parte ter tanta certeza, mas estou certo de que seria feliz com você.

Minhas bochechas adquirem um tom de vermelho ainda mais vivo que meus cabelos. Posso até sentir as lágrimas lutando para se libertarem, para jorrar de meus olhos, mas as contenho. Seu rosto leva uma expressão apaixonada que tenho medo de perder.

– Algumas vezes eu acho que nós finalmente transpomos todas as barreiras, mas tem outros que me deparo pensando se você não fica só pela conveniência de não topar mais com seu ex. Se eu tivesse certeza que eu, e somente eu, fosse sua motivação para continuar... – ele faz uma pausa, mas sei que ele não vai prosseguir, porque balança a cabeça.

– Eu estaria errado se dissesse que você ainda não tem certeza?

Odiava ter que magoá-lo, mas tinha que ser honesta.

– Não.

Eu não sabia ao certo o que era mais. Gostava de Maxon, muito mesmo, tanto que às vezes pensava que era amor e Noah... francamente, o que um dia eu senti por Noah jamais chegará aos pés do que sinto por Maxon, mas ainda não estou segura. Não sei se é pelo fato dele não confiar o suficiente em mim para tirar Celeste, ou porque eu estava numa competição para conseguir seu coração ou se era porque tinham outras cinco meninas naquela mansão, uma delas uma das melhores amigas que já tive na vida, na mesma situação que eu ou se era apenas Afrodite brincando conosco e complicando nossas vidas. Mas eu ainda não me sentia... pronta. Como se algo estivesse ainda por vir. Eu só não sabia se desejava que esse algo chegasse logo ou não.

– Então, infelizmente, não posso arriscar todas as minhas... ahn... “fichas” em você. Você pode optar por sair em alguma etapa do processo e, é claro, lhe deixarei livre para ir. Enquanto isso, preciso escolher uma esposa. Estou tentando tomar a melhor decisão dentro dos limites que me foram dados. Agora, por favor, não duvide nem por um instante do tamanho da sua importância para mim, porque, franca e dolorosamente, ela é imensa.

Quase não consigo mais segurar as lágrimas, ele olha para mim. Fica sério.

– O que foi?

– Eles não estão sozinhos. – ele diz a afirmação como se ela estivesse em todo um complexo contexto, olhando para o vazio.

– O que isso quer dizer?

– Os monstros. Eles não estão sozinhos. Fomos informados que há semideuses entre eles, ou melhor, que há vários semideuses entre eles e que foram eles, na verdade, que começaram tudo.

– Como assim? – Eu estava em choque. Como semideuses se aliariam a monstros? Francamente, era muita burrice. Claro, não é como se já não tivesse acontecido antes, na batalha contra Cronos, mas eles tinham... não sei, um propósito... não sei, parece tão improvável aos meus olhos.

Ele olha para mim.

– Zeus está tentando abafar, mas acho que preciso desabafar isso com alguém e você é a pessoa em que mais confio nesse lugar todo. – começou e eu tentei não ficar lisonjeada. – Aparentemente, alguns semideuses já estavam se reunindo, novamente insatisfeitos com o jeito dos deuses de gerir as coisas, como na época da Batalha Contra Cronos. – assinto com a cabeça para demonstrar que estou familiarizada com o assunto e ele prossegue: – A Seleção... – ele faz uma pausa e balança a cabeça, contrariado, e depois olha para mim – A Seleção foi o estopim desse descontentamento todo e parece que agora todos os seus esforços de acabar com os deuses está voltado para nós. Eles vêm se organizando, tornando-se mais fortes, uniram-se a monstros e me pergunto quanto tempo durará até que tentem recorrer a... aliados mais fortes, se é que você me entende. – ele explica e assinto, ele olha diretamente em meus olhos e depois parece perdido e triste.

– Eles estão ficando cada vez mais determinados em acabar com tudo isso e parecem que não vão parar até conseguirem o que querem. Penso que é só uma questão de tempo até eles destruírem algo que é importante para mim. – ele volta seus olhos para mim e entendo que com “algo importante para mim”, eu estou inclusa. – Sabe, você ainda pode escolher. Se você tiver medo de ficar, por favor, me diga e eu a deixarei ir. – ele faz uma pausa e depois uma careta, como se pensasse em algo desagradável e antes de continuar volta ao seu semblante a preocupação. – Ou então se você chegar à conclusão de que nunca irá me amar, seria bem melhor contar agora e me poupar de ter falsas esperanças. Deixarei que siga seu caminho e seremos amigos.

Lanço meus braços ao redor de seu pescoço, o abraçando e apoio a cabeça no seu peito. Maxon parece ao mesmo tempo se deliciar e se surpreendeu ao mesmo tempo com o gesto. Ele não demora mais que um segundo para me envolver com seus braços também.

– Maxon. – começo, olhando em seus olhos. – Não tenho certeza do que somos, mas definitivamente somos bem mais que amigos.

Ele deixa um suspiro aliviado escapar por seus belos lábios. Com a cabeça em seu peito, posso ouvir seus batimentos cardíacos, parecem acelerados e então um grande estrondo se faz ouvir, ecoando por toda a estrutura da Mansão.

Eu e Maxon nos desvencilhamos e nos pomos em pé, alertas e em pânico, em um milissegundo.

– Rebeldes? – pergunto, olhando para ele.

Ele nega com a cabeça, seu olhar cheio de apreensão.

– Não, pior. O convidado de meu pai.

E então puxa meu braço e me leva pelo corredor até o Salão de Festas. Um cara envolto numa auréola de luz – que, por um segundo me faz pensar que é Apolo – está parado dramaticamente no meio da sala, olhando para todo o ambiente ao seu redor com deleite. A porta se abre e as outras cinco selecionadas entram. Ele olha para elas, de uma por uma e depois seu olhar para em mim. Desce lentamente por meu braço e para na mão de Maxon apertando firmemente a minha. E depois para o príncipe ao meu lado.

– Asher. – ele fala com os dentes cerrados, cheio de raiva.

– Como é bom finalmente revê-lo... irmão.

FIM DO PRIMEIRO VOLUME.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente, o que acharam do capítulo final da fic? E esse Asher, hein? Irmão do Maxon? Acho que não. Se lembram que na história original a mãe de Maxon, Amberly, não podia ter filhos? Parece que Tiquê, ao contrário da rainha Amberly, pode. Ou será que não é cria de Tiquê? Porque, pensando bem, até a Olive, amiguinha da Meri do Acampamento, é irmã do Maxon. Mas será que ele é semideus? Bem, vou parar de especular. Quero comentários, viu?
Boas festas, tudo de bom, curtam muito pela tia Liz, Okay?
Aqui o link da segunda temporada, espero que não se decepcionem pela falta de foto... P.S.: Quem ganhou foi: A Elite - Seleção Semideusa - Segunda Temporada.
Agora o link logo, Liz chata! Tá: https://fanfiction.com.br/historia/667481/AElite-ASelecaoSemideusa-SegundaTemporada/

APROVEITEM e não julguem, ainda não sei bem qual é a do Asher, então...