A Seleção Semideusa escrita por Liz Rider


Capítulo 10
As entrevistas


Notas iniciais do capítulo

Então, esse capítulo ficou meio longo, mas vai ser do ponto de vista do Maxon. Ebaaaa!! Motivo: queria, me sentia na obrigação de ter as entrevistas do ponto de vista dele e fiquei com preguiça de escrever um da America e um do Maxon, levando em conta que o dela seria basicamente sua entrevista com ele, então só vai ser o dele mesmo.



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P.O.V Maxon

Não ouço muito bem o que Annabeth diz, mas ela logo levanta a mão, pedindo silêncio e diz:

– Não se esqueçam de fazer uma reverência quando forem falar com ele. – ela aponta com a cabeça para mim.

Sorrio tentando parecer animado. Eu mal acreditava que havia mesmo 35 garotas que estavam dispostas a entrar num concurso para tentar me conquistar.

“Trinta e quatro.”, me corrijo mentalmente. Como um gesto involuntário, meus olhos varrem o salão a procura dela. America.

Assim que meus olhos pousam nela, vejo que estava olhando para mim e um pouco de satisfação é o que sinto. Logo ela desvia o olhar, com as bochechas da cor de seu cabelo ruivo, envergonhada por ter sido pega.

Mas também, como ela não poderia me olhar? Eu sou o centro das atenções, é por mim que essas garotas estão aqui. E sou eu quem tem que falar agora.

– Senhoritas, – comecei num tom alto, firme e autoritário – gostaria de chamar cada uma de vocês para ter uma pequena entrevista individual. Creio que estão com fome, assim como estou, por este motivo tentarei ser breve. Por favor, perdoem-me se eu demorar para gravar o nome de alguma de vocês. É que há muitas garotas. – sorrio, enquanto algumas das meninas riam.

Caminho até a ponta da mesa e estendi a mão para a garota que estava sentada lá, ela tomou minha mão com entusiasmo e me acompanhou saltitante até dois pequenos sofás dispostos um de frente para o outra, para dar mais privacidade a mim e a quem eu estivesse entrevistando.

– Bom dia, Lyssa. – digo assim que nos sentamos.

– Bom dia... – ela faz uma pausa. – Alteza. – ela fala como se estivesse testando a palavra.

Certamente Annabeth as aconselhou a me tratar como príncipe, assim como os funcionários da mansão. Como expliquei a todos, elas podem estar habituadas aos deuses, mas falar com um cara a cara, todo dia, como se fosse alguém normal, deve ser realmente estranho. Apesar de quê as gregas conviviam com Dionísio. Mas continuava sendo estranho. Não para mim, é claro. Eu sou um deles, mas elas...

– O que está achando da mansão?

Ela abre um sorriso enorme antes de responder, tão grande que fico me perguntando se suas bochechas não doem.

– Ah. É lindo. Nunca havia visto um lugar tão lindo. Aqui é muito lindo mesmo. Poxa, eu já tinha disso isso, né?

– Está tudo bem. Fico feliz por você estar tão encantada. – Faço uma pausa. – Você é filha de qual deus?

– Éolo. – ela responde sorridente. – Minha mãe faz carrilhões de ventos simplesmente lindos. Sabe como é, né? Aí meu pai a conheceu, e não tem como não se apaixonar como uma mulher tão linda como ela... – ela sorri.

Bem, se a mãe era tão linda mesmo, eu me perguntava de quem ela puxara sua... beleza. Logo depois depois de pensar isso, me adverti mentalmente, eu não podia ser tão maldoso assim se quisesse encontrar mesmo uma esposa.

– Então você é grega, certo?

– Sim. Você tem que visitar o Acampamento Meio-Sangue. Lá é tão lindo. O lago é lindo, os Campos de Morangos são lindos. Tudo é lindo.

Tentei mostrar-me interessado na conversa, mas ela simplesmente não me empolgava, além do quê, no pouco tempo que durou nosso conversa, ela usou a palavra “lindo” pelo menos doze vezes. Depois disso, tive certeza que nada poderia acontecer entre mim e aquela garota.

Era o momento de seguir em frente, mas seria crueldade mantê-la ali sabendo que não havia chances para nós. Decido que já começaria os cortes ali. Seria mais justo com as garotas e facilitaria minha difícil tarefa de encontrar uma esposa.

– Lyssa, muito obrigada por seu tempo. Quando eu terminar de falar com as outras, você poderia ficar mais um pouco para conversarmos mais?

– Seria um enorme prazer, Alteza. – diz com as bochechas coradas.

Levantamos. Eu me sentia muito mal por ela ter entendido errado.

– Poderia chamar a próxima moça, por favor? – peço.

Ela faz que sim com a cabeça e inclina o corpo em uma reverência, o que eu acho completamente desnecessário, mas como Annabeth disse, não vou contradizê-la. Então voltou para a mesa, sentou-se e tocou no ombro da garota ao seu lado, que se levantou e caminhou elegantemente até mim. Assim que chegou perto o suficiente para vê-la melhor, a reconheci. Celeste Newsome. Um cara tinha que ser muito tapado para não lembrar-se de seu rosto.

– Bom dia, senhorita Celeste.

– Bom dia, Alteza. – ela sorri para mim, fazendo uma reverência.

Sua voz era doce, e logo me dei conta de que muitas daquelas garotas podiam me encantar. Talvez a minha preocupação de não amar nenhuma delas não fosse o verdadeiro problema. Talvez eu fique apaixonado por todas e não consiga fazer uma escolha no final.

Aponto-lhe o assento à frente do meu.

– Ouvi dizer que é modelo. – comentei.

Na verdade eu não ouvi dizer, eu sabia. Era impossível não que ela era modelo. Sendo filha de Afrodite, e usando tudo o que podia de sua aparência e seu Charme, Celeste era uma garota difícil de esquecer ou de não conhecer. Principalmente depois que Zeus se empolgou com ela, muito feliz mostrando-me suas fotos. Certamente ela é a preferida dele.

– Sim. Principalmente de roupas. Dizem que eu tenho um corpo bom para isso.

Naturalmente, suas palavras me levam a conferir o tal corpo e, sinceramente, ele era incrível.

– Ah sim! É fantástico como a fotografia consegue capturar uma fração de segundo de algo maravilhoso.

Eu me perguntava se o “algo maravilhoso” que ela disse era uma discreta referência ao seu corpo.

Fiquei animado com seu gosto por fotografia.

– Com certeza. Não sei se você sabe, mas sou um grande fã de fotografia.

– Sério? Então precisamos fazer uma sessão de fotos qualquer dia desses. – responde, entusiasmada.

– Seria ótimo. – sorrio para ela.

As coisas estavam indo bem melhor do que eu tinha esperado. Em dez minutos eu já havia eliminado uma candidata absolutamente sem chances e encontrado outra com interesses em comum.

Poderia ter continuado a conversa com Celeste por mais uma hora, mas se quiséssemos comer, eu precisava me apressar.

– Minha querida, desculpe-me por interromper nossa conversa, mas eu precisa entrevistar todas essa manhã.

– Claro. – ela se levantou e prosseguiu: – Estou ansiosa para terminar nossa conversa. Espero que em breve.

O jeito que ela me olhou... eu não sei explicar... fiquei vermelho na hora, de modo que precisei abaixar um pouco minha cabeça para esconder minhas bochechas. Tive que respirar fundo algumas vezes antes de conseguir me concentrar na próxima garota.

Bariel, Emmica, Tuesday, Tiny e várias outras passaram batidas. Até o momento, a maioria tinha se mostrado agradável e bem portada. Porém, eu esperava bem mais que isso.

São necessárias mais cinco outras garotas até que algo realmente interessante aconteça. Quando dou um passo para cumprimentar a morena esbelta que vem na minha direção, ela estende a mão.

– Olá, sou Kriss.

Olho para sua mãe estendida, estou a ponto de apertá-la quando ela recua.

– Ah não! – ela se lamenta. – Era para eu ter feito uma reverência. – o que ela faz logo em seguida, enquanto balança a cabeça, inconformada. Eu rio e ela continua: Me sinto tão idiota, Fui incapaz de acertar a coisa mais básica. Desculpe, Alteza.

Seu sorriso ofusca a gafe, e devo reconhecer que ele é bem charmoso.

– Não se preocupe, minha querida. Já fizeram pior. – asseguro-a, enquanto indicava o assento à minha frente, pensando em America.

– Mesmo? – ela sussurra, feliz com a notícia.

– Não lhe darei detalhes, mas sim. Pelo menos você tentou ser educada.

Meus pensamentos voam para a noite passada, enquanto seus olhos vasculham o salão, inspecionando as moças, tentando imaginar quem teria sido grossa comigo. Fiquei feliz por ter optado pela discrição, já que a ruiva me chamar de “baixo” na noite anterior e ninguém precisava saber disso.

– Normal, acho. Vivo com minha mãe e meu pai adotivo, que são ambos professores universitários. Às vezes penso em lecionar também, apesar deu flertar com a literatura e com engenharia mecânica. Sou filha única, condição que só agora começo a aceitar melhor. Por anos não me conformei em ser filha única, mas eles nunca quiseram.

Sorri. Era difícil ser sozinho.

– Tenho certeza que eles queriam concentrar todo seu amor em você.

Ela sorri e acha graça.

– Então, a senhorita é filha de quem?

– Hefesto, Alteza.

– Então por isso a engenharia mecânica?

Ela sorri, mas não me responde. Estava a ponto de retomar às questões que havia preparado, quando ela pergunta:

– Como está se sentindo hoje.

– Tudo bem. Um pouco sobrecarregado. – fiquei meio chocado. Ninguém ainda tinha feito uma pergunta sobre mim.

– Pelo menos você não precisa usar vestidos.

– Imagine como seria engraçado se eu precisasse.

Ela ri e eu a acompanho. Imaginei Kriss ao lado de Celeste, comparando-as. Kriss tem um ar muito alegre. Acabei por terminar nossa entrevista sem nem ao menos ter uma opinião completa sobre ela, já que ela sempre dava um jeito de me tornar o foco da conversa. Mas ela parecia ser uma pessoa boa, no melhor sentido da palavra.

Passa-se quase uma hora até chegar a vez de America. No intervalo entre as primeiras garotas e ela, eu já havia conhecido três garotas bem fortes – Kriss e Celeste entre elas. Porém, a garota que antecedeu America estava tão longe de servir para mim que acabou por apagar essas boas impressões.

Porém, quando America se levantou e veio em minha direção, ela era a única pessoa que eu tinha em mente. Pensei em seu comportamento na noite anterior e percebi que ela era uma revolução ambulante.

– America, certo? – brinquei quando ela se aproximou.

– Sim, sou eu. E sei que já ouvi seu nome antes, mas poderia refrescar a minha memória?

Acho graça e a convido para sentar. Inclinei para ela e sussurrei:

– Você dormiu bem, minha querida?

– Ainda não sou sua querida. – ela responde. – Mas sim, dormi. Assim que me acalmei, dormi muito bem. Minhas criadas tiveram que me derrubar da cama. – ela se inclina, como se fosse contar um segredo e diz: – Estava muito confortável.

Sorri para ela, achando graça.

– Fico feliz em saber que você estava confortável, minha... – paro. Eu realmente precisava parar com essa minha mania, quando fosse falar com ela – America.

“Talvez a emenda tenha soado pior que o soneto”, pensei e suspirei.

– Obrigada. – ela sorri. Não sei se agradeça pelo meu esforço ou pelo conforto que ela estava tendo.

Então o sorriso some de seu rosto e ela fica distante, perdida em seus próprios pensamentos.

– Mil desculpas por ter sido grossa ontem. – ela diz, finalmente, desviando os olhos dos meus – Enquanto eu tentava dormir, tomei consciência de que, embora a situação seja muito estranha, não posso culpá-lo. Quem me meteu nessa confusão de Seleção fui eu... – tenho a impressão que ela vai acrescentar mais algum culpado, mas ela parece desistir no último minuto. Depois continua: – E essa história de Seleção também não deve ser ideia sua.

“Que bom que alguém finalmente percebeu.”, penso.

– Além disso, – ela prossegue – você me tratou com simpatia naquele momento de dor, enquanto eu fui... bem, eu fui simplesmente... grossa. – ela balança a cabeça para si mesma e continua: – Você poderia ter me expulsado ontem mesmo, mas não o fez. Obrigada. – ela conclui, por fim.

Sua gratidão me comove, porque eu sei que ela poderia ser muitas coisas, mas mentirosa ela não era. E isso me levou a um tema que eu teria que abordar, se quisesse ter algum progresso. Inclino-me mais ainda em sua direção, apoiando os cotovelos sobre meus joelhos, adotando uma postura mais à vontade e mais intensa do que usara com as outras.

– America, você tem sido muito sincera comigo até agora,. É uma qualidade que admiro profundamente. Gostaria que você me respondesse uma pergunta, se não lhe for muito incômodo.

Ela concordou com a cabeça, embora um pouco hesitante.

– Você diz que está aqui por engano. Isso me faz supor que não quer ficar. Há alguma possibilidade de nutrir qualquer tipo de... – hesito por alguns instantes, mas essa pergunta tem que ser feita, mais cedo ou mais tarde – sentimento amoroso por mim?

A sensação que tive foi de que ela brincou com a barra de seu vestido por horas e horas antes de responder. Aguentei aquela tortura convencido de que ela não queria parecer muito afoita.

– Vossa Alteza é muito gentil – Sim. – e atraente... – Sim! – e atencioso... – SIM!

Eu pensava, enquanto sorria como um idiota, de tão feliz que estava por saber que ela tinha visto algo de positivo em mim depois da noite anterior.

Ela continuou em um tom de voz mais baixo:

– Mas – NÃO! Mas... sempre tem um “mas” – tenho motivos muito pertinentes para achar que não.

Pela primeira vez, agradeci a Zeus por ter me treinado para sempre manter a compostura, coisa, que aliás, ele não andava fazendo muito ultimamente.

– Poderia explicá-los? – peço, tentando não soar decepcionado.

Ela olha para mim por alguns instantes antes de responder:

– Acho... acho que meu coração está em outro lugar. – e seus olhos marejam.

– Por favor, não chore! – peço em voz baixa – Sempre fico desconcertado quando as garotas choram.

Ela ri da minha falta de jeito e limpa o canto dos olhos. Fiquei feliz em vê-la assim, aliviada, autêntica. É claro que deveria haver alguém à sua espera. Uma garota tão real e bela seria logo arrebatada por algum jovem esperto, principalmente nos dias de hoje. Eu não conseguia imaginar como ela viera parar aqui na Seleção, mas tampouco isso era problema meu.

Tudo o que eu sabia era que mesmo que ela não se tornasse minha, gostaria de vê-la feliz.

– Você quer que eu lhe deixe voltar pro seu amado?

– Esse é o problema... não quero ir para casa.

Se America não queria ficar comigo nem com o outro, então o que diabos essa menina queria?

– Posso ser totalmente sincera com você? – faço que sim com a cabeça. – A verdade é que preciso ficar aqui. Tem certas pessoas em casa que... que eu preferia evitar no momento.

Precisei de um momento para perceber o sentido daquilo tudo. Eles não estavam mais juntos. Ela ainda gostava dele, mas eles não estavam mais juntos. Assenti com a cabeça. Se eu pudesse escapar das pressões de meu mundo, certamente eu faria o mesmo.

– Se me permitir ficar, pelo menos por algum pouco tempo, podemos fazer um trato.

Me arrumei na cadeira, aquilo estava ficando interessante.

– Um trato?

O que ela poderia me dar?

– Se me deixar ficar... – ela faz uma pausa, enquanto morde os lábios – Tudo bem, veja só. Você é um deus. Fica ocupado o dia todo fazendo sabe-se lá o que que os deuses fazem, mas agora tem que arrumar tempo para escolher entre trinta e cinco... ou melhor, trinta em quatro garota. É pedir muito de você, não?

Embora parecesse uma piada, ela havia acertado em cheio minhas preocupações em relações a Seleção. Apesar de eu não ter que ficar fazendo “coisas de deuses”, até porque Zeus havia...

– Não acha que seria muito mais fácil se tivesse alguém aqui dentro? – ela continua, interrompendo meus pensamentos – Alguém para ajudar? Tipo... uma amiga?

– Uma amiga? – eu nunca tive uma amiga antes, excerto Daphne quando eu vivia junto aos mortais, mais ela queria mais e eu não.

– Sim. Se me deixar ficar, posso ajudar. Serei sua amiga. Não precisa se incomodar em correr atrás de mim. Já sabe que não sinto nada por você, mas pode falar comigo a qualquer instante e tentarei ajudar. Ontem á noite você disse que estava procurando uma confidente, Eu posso ser sua confidente provisória enquanto não encontrar a definitiva. Se você quiser, é claro...

Se eu quiser... Eu não parecia ter muitas opções, mas ao menos poderia ajudar aquela garota. E talvez desfrutar um pouco mais de sua companhia.

– Conheci quase todas as garotas desse salão e não consigo pensar em uma que seria uma melhor amiga que a senhorita. Será um prazer deixá-la ficar.

Apesar de saber que seu carinho estava fora de meu alcance, não pude deixar de tentar.

– Você acha que eu ainda posso chamá-la de “minha querida”? – pergunto em tom de provocação.

– Sem chance. – rebate.

Não sei se ela está falando sério ou não, mas tomei suas palavras como um desafio.

– Vou continuar tentando. Não costumo desistir tão fácil.

– Você chamou todas de “minha querida”? – ela pergunta.

– Sim e todas pareceram ter gostado.

O desafio ainda estava presente em seu sorriso quando ela respondeu:

– É exatamente por isso que eu não gostei.

America se levantou, pondo fim a entrevista. Não pude deixar de ficar surpreso com ela mais uma vez. Nenhuma das outras garotas parecia querer acabar logo com a conversa.

Inclinei a cabeça, gesto que ela retribuiu com uma reverência malfeita antes de seguir seu caminho.

Sorri comigo mesmo, pensando em America. Comparo-a com as outras: ela é linda, ainda que um pouco rústica. Era uma beleza incomum, mas ela não parecia se dar conta disso. Ela não parecia ter nenhum ar de realeza, apesar de talvez haver algo nobre em seu orgulho. E claro, ela não nutria qualquer sentimento por mim. Ainda assim, não consegui me livrar daquele impulso de ir atrás dela.

Com America na mansão, pelo menos eu teria uma chance de tentar.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi quase todo transcrito de O Príncipe, com as devidas adaptações e etc e eu me arrependo tremendamente de não ter pego do PDF.
Minha coluna está doendo de tanto ficar em frente ao PC, mas eu tinha que mandar logo esse capítulo, antes que vocês se esquecessem de mim. ;)
Liz.