Pov. Edward           

Despertei do meu sono profundo, com o despertador tocando uma música leve e senti um cheiro adocicado, como o da minha pequena. Lembrei que viemos descansar depois de todo o trabalho na empresa e do ocorrido com os pais dela, nós dois embaixo do chuveiro e a sua carícia onde acabei dormindo ouvindo as batidas de seu coração.

Lembrei que hoje eu iria viajar a trabalho, por 4 longos dias ficaria longe da minha linda mulher e para mim isso era a eternidade. Mas sendo um empresário, teria que arcar com o lado ruim de se deslocar para outros lugares.

— Amor? – chamou ela com a voz rouca de sono.

— Oi pequena. Bom dia – disse e ela sorriu, coçando os olhos para despertar.

— Bom dia, meu amor – respondeu ela e me arrumei na cama, dando um beijo em seus lábios – Ed... Estou com mau hálito matinal.

— Está nada. Pare com isso! – disse e fui distribuindo beijos, causando-lhe cócegas. Ela ria gostoso.

— Ed, amor – dizia ela entre risos – Seu bobo.

— Bobo por você – parei com as cócegas e a apertei em meus braços – Não quero ir. Sozinho.

— Edward, você não pode simplesmente fazer isso. Tem que ir, faz parte do seu trabalho – disse ela – E sabe que tenho a faculdade e as aulas pra repor. Se eu não tivesse obrigação com os estudos, até te acompanharia.

Essas palavras me reconfortavam de tal maneira, que desistia dos pensamentos de cancelar a viagem e ficar aqui com ela. Mas eu tinha muitos planos para nós dois: daria um tempo da empresa, deixando encarregado do meu melhor amigo, e levaria Bella para um fim de semana perfeito no chalé que aluguei.

Fazia muitos anos que ocupava minha vida com o trabalho e raramente passava um tempo com amigos e me divertia. Agora eu tenho Bella comigo, poderia me encarregar de dar um tempo só para nós dois e também ela estava entrando em férias da faculdade, pois estava repondo as aulas que perdeu devido ao acidente e tinha as aulas extras por causa da prova.

— Bom, ainda bem que minhas viagens a trabalho são marcadas uma vez por ano – disse – Porque tenho planos para nós dois – beijei seu pescoço.

— ... qual seria esses planos? – perguntou ela maliciosa.

— Não posso falar agora. Mas garanto que será inesquecível – disse.

— Tudo bem. Se você diz... – disse ela – Que horas sai seu voo?

— Sairá às 15 horas. Logo depois do almoço – respondi – O motorista da empresa virá me buscar.

Escutei seu estômago roncar e demos risada.

— Estamos famintos – disse e nos levantamos da cama. Bella foi ao banheiro se ajeitar para tomarmos café da manhã.

Pov. Bella

— Meus queridos, o almoço está na mesa – chamou Esme. Rosalie e Emmett vieram almoçar também, trazendo Thomas junto para que eu possa me distrair um pouco.

— O que será que dona Esme fez de almoço? – perguntou Emm.

— Morto de fome – brincou Rose – Só pensa em comida.

— Nossa ursinha! – disse Emm em tom magoado. Rose sorriu sapeca e grudou nele em um abraço gostoso.

Edward não foi diferente, tratou de me agarrar em um abraço bem apertado, quee foi capaz de quase tirar meu fôlego. Dá para perceber nestes gestos que ele queria cancelar sua viagem e ficar em casa, querendo deixar o trabalho de lado. Mas não vou mudar de opinião, pois antes de nos conhecermos, Edward sempre teve seus afazeres e trabalhos para fazer e não quero que ele fique manhoso por ficar com receio de eu sofrer.

— Sei o que está pensando – disse com a voz firme – E pode ir tirando seu burrinho da chuva porque você vai viajar, senhor Edward.

— Nossa Bella! – disse ele surpreso e nos levantamos para ir almoçar. Já era meio-dia em ponto e 3 horas mais tarde Edward partiria em viagem, retornando para casa 4 dias depois.

— Não vem com essa de “Nossa Bella!” – fiz uma imitação engraçada de sua voz máscula – E estou falando sério. Você tem seu trabalho e afazeres, como também tenho os meus. Não me faça ficar zangada, amor

— Tudo bem. Você venceu – disse ele se rendendo – Pelo jeito não vou contornar essa situação.

— Edward, irmão. Não tem o porquê se preocupar tanto com a Bella – disse Emm – Ela tem a mamãe, o papai e a Rose concordou em deixar o Thomas ficar aqui para ela se distrair.

— É. Vocês tem razão – disse ele e nos sentamos na mesa para almoçarmos juntos.

Edward poderia disfarçar, mas via em seus lindos olhos a tristeza de ter que ficar longe de mim por uns dias. Tirando isso, começamos a almoçar entre papos e assuntos variados. Carlisle havia chegado do hospital, pois pediu a seu chefe para que ele pudesse vim almoçar em casa com a gente.

[...]

Já estava tudo pronto para Edward seguir viagem. Ele ainda continuava manhoso feito crianças, querendo ficar a todo custo.

— Arruma pra mim, pequena – pediu ele me dando a gravata.

Passei o acessório e passei por seu pescoço, fazendo o nó do jeito que aprendi na internet. Depois no final vi que fiz certinho, ajeitei o colarinho da camisa e usei a desculpa do “sem querer” para passar a mão no tecido fino.

— Está lindo – disse e ele sorriu

— Obrigado, pequena – agradeceu ele e nos abraçamos – Vou ligar pra você. Posso fazer isso né?

— Claro que pode – disse e rimos baixinho – Sentirei saudades de você, amor.

— Eu vou sentir mais, pequena – confessou ele e aconcheguei mais nossos corpos.

Até que ouvimos uma buzina do lado de fora da casa. O carro já estava ai, então seria a hora de Edward ir trabalhar. Só que em outro lugar e mais longe.

— O bom da sua viagem é que estou de folga por uns dias do trabalho – disse e vi sua cara descontente. Ri, tapando seus olhos.

— Boba – disse ele tirando minhas mãos do seu rosto – Hora de ir.

Peguei sua pasta e ele a sua pequena mala com as poucas coisas que levaria, afinal são só 4 dias que ele ficará fora. Saímos do quarto, descendo as escadas e todos estavam na sala para dizer tchau a Edward.

— Se comporte e tenha juízo, Edward Cullen – disse Esme ajeitando seus trajes – Boa viagem e um ótimo trabalho.

— Obrigado, mãe – disse e deu um beijo em Esme.

— Mande notícias, rapaz – disse Carlisle e abraçou o filho.

Emmett brincou com o irmão e Thomas foi no colo do tio, abraçando seu pescoço.

— Gente, eu ainda volto pra casa – brincou Edward e veio até mim. Beijou meus lábios e trocamos outro abraço – Eu te amo, pequena.

— Eu te amo, amor – retribui e nos separamos do abraço. Peguei seu rosto entre minhas mãos e plantei um beijo em sua testa.

Logo depois, ele abriu a porta e saiu. Confesso que vou sentir muito a falta dele e dos nosso dias, porém tenho muitas coisas para fazer e ajudar a Esme aqui enquanto ele estiver fora.