My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei!
Eu sinto muito mesmo, mas digamos que as coisas aqui na minha casa estão "tensas" e eu não to podendo postar tanto assim
Mas eu to fazendo o possível, e foi assim que nasceu esse cap
Queria agradecer a Talita Everllark, a AM, a Aninhaa, a AnaLaura201459 e principalmente a Anne, a mais nova leitora da fic, que comentou todos os capítulos (sem exceção) e me deixou realmente feliz
Enfim esse cap vai pra vocês
Bom, pra mim pelo menos esse cap tem um ponto emocional, que me fez chorar ao escrever.
Espero que gostem



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– Pai! - Grito - você viu minha blusa xadrez preta? - ninguém responde - Pai!
– Tem como você parar de gritar? - Finn diz encostando-se na porta de seu quarto com a cara inchada
– Você viu minha blusa xadrez Finn? É preta e tem uns deta...
– Ah, sim - Diz simplesmente
– Onde?
– Eu tive que emprestar pra Annie
– Quem diabos é Annie? - franzo o cenho
– Minha namorada Katniss - Oh, então ela existe mesmo. Penso
– Que horas você entrou no meu quarto?
– Você não tem um sono tão leve assim queridinha
– E por que você pegou logo a MINHA blusa? - coloco as mãos na cintura
– Eu não ia pegar da mamãe né Kat - Cara de pau
– E o que fez a sua namoradinha precisar usá-la
– Não vamos entrar em detalhes ta bom?! Eu te devolvo depois
– Argh - bufo irritada - eu já acordo de mal humor e você me vem com essa
– Para de drama Katniss, você não tem só aquela blusa - diz calmo
– Perai, por que você não ta arrumado ainda? - presto atenção, e Finn ainda estava de pijama
– Eu não vou hoje - diz dando de ombros
– E por que não?
– Eu to "doente" - ele faz sinal de aspas com as mãos. reviro os olhos, certas vezes prefiro não tentar entender meu irmão. Vou em direção ao quarto de meus pais procurar uma blusa xadrez no armário da minha mãe, senão toda minha roupa pensada não ficaria boa. Pego uma escura e amarro na cintura descendo as escadas em seguida. Ao invés de meu pai, minha mãe está na cozinha virada para pia. Sento na cadeira e ela se vira para mim
– Oi Katniss
– Oi, cade o papai?
– Ta na editora, trabalhando no livro
– Frita um ovo pra mim? - peço com a voz meiga
– To ocupada, Fassa você - bufo. Bom, eu já sabia a resposta mesmo. Pego as coisas e começo a fazer meu café
– Bom dia - diz Gale
– Bom dia filho - ela sorri. Gale senta na cadeira e minha mãe começa a preparar coisas para ele - o que quer?
– O que você ta fazendo aí Catnip?
– Ovo - digo simplesmente
– Quero um também
– Fassa você mesmo
– Deixa que eu faço - diz minha mãe - sai - ela me empurra de leve e eu sento esperando-a terminar
– Vocês viram que houve um acidente ontem? - diz Gale
– Não - digo, não sou muito de assistir jornal
– Ah, eu vi - os dois entram em uma conversa e eu apenas tomo meu café viajando em pensamentos.
– Você deveria assistir mais jornal Katniss, ficar sabendo sobre o que acontece a sua volta. - apenas a olho, sem ter realmente muita coisa a dizer. Eles voltam a conversar me deixando de fora. É incrível como os dois tem facilidade em diálogos, se eu e ela estivéssemos sozinhas o silêncio seria total, daria para ouvir até uma agulha caindo no chão
Pois não tínhamos assunto
E nenhuma das duas se esforçava em puxa-lo ou fazer as coisas funcionarem.
– Eu vou arrumar um emprego - anuncia Gale e minha mãe sorri abertamente
– Que ótimo filho. - ela me olha - você deveria fazer o mesmo Katniss. Vejo seu irmão, ele sabe o que está fazendo - olho para ele, que abaixa o olhar, visivelmente desconfortável.
– Eu quero me focar nos estudos agora mãe, fazer uma boa faculdade
– E que faculdade você pretende fazer? - ela pergunta com o deboche estampado em seu rosto. Não penso duas vezes antes se responder
– Artes cênicas - sem sombra de dúvida. Eu amava arte. Amava a atuação, o canto e etc. Era meu sonho participar daquele mundo
– Você precisa fazer uma coisa que de dinheiro. Olhe a sua prima Mona, ela pretende fazer advocacia. Iremos ter uma advogada na família. Eu preferia ter uma filha advogada do que atriz sabia - suas palavras me atingem em cheio e minha vontade de chorar nesse momento é imensa. As vezes eu só queria que minha mãe me apoiasse como ela apóia Gale. É simplesmente horrível ter alguém pisando em seus planos futuros. Sinto um incomodo em minha garganta, típico de quando você segura o choro, sinto meus olhos marejarem e abaixo a cabeça. Minha mãe que parece não perceber pega nossas pratos e os leva a pia. Tenho um vislumbre de meu irmão que também está de cabeça baixa.
– Adota a Mona então - digo com a voz que me sobra e saio da cozinha
– Katniss! - ela diz com a voz dura mas eu a ignoro. Pego minha mochila e vou andando. Faço um caminho onde Gale não passaria me oferecendo uma carona. Quando chego vejo que ainda é cedo
Já que ninguém teria treino hoje, vou para o campo e fico na arquibancada.
Todo o choro que estava preso até agora, sai de uma vez. Abraço meus próprios joelhos e choro como se estivesse prestes a morrer.
Na maior parte do tempo eu me faço de forte, como se não ligasse para o que as pessoas falam
Como se não ligasse para minha mãe e suas críticas ou comparações
Mas eu não sou assim, eu sou fraca. Eu só quero alguém que me compreenda e me aceite, e não que tente me mudar. Ouço passos e limpo minhas lágrimas rapidamente com as costas da minha mão.
– Katniss - ouço a voz de Peeta e limpo mais o rosto. Não iria deixá-lo ver meu lado frágil. Não olho em seus olhos diretamente, porque os meus provavelmente estariam vermelhos e inchados - Você esqueceu isso no meu carro ontem - ele estende minha carteira que eu nem dei por falta - provavelmente caiu da sua bolsa quando você pensou em pular e se matar - ele ri, mas eu não
– Ah - digo em um fio de voz
– O que foi?
– O que foi o que?
– Sua voz...você ta chorando?
– Claro que não Mellark - digo o mais firme que consigo - Eu não choro
– Todo mundo chora Everdeen. E todo choro tem um motivo - ele põe-se em minha frente - qual o seu?
– Nenhum, porque eu não estava chorando.
– Fala - ele insiste, olho em seus olhos, uma imensidão azul. O mesmo brilho, vulgo sentimento, que vi em seus olhos outro dia, posso ver agora. Mas me mantenho firme, e opto por sair dali antes que a fraqueza me tome e eu conte tudo
– Acho que já está na hora de você cuidar da sua vida Mellark - me levanto e saio andando - Ah, e valeu pela carteira.
Vou até meu armário e vejo Cash encostada nele
– O que aconteceu com você ontem? - ela vem em minha direção e me abraça - não tive notícias suas o dia inteiro
– Me acertaram com uma bola e eu fui pra casa - digo simplesmente
– Você ta bem?
– To, já melhorei - tento sorrir mas deve ter parecido mais uma careta. Cash estreita os olhos e sua expressão muda
– O que aconteceu?
– Como assim - tento parece tranqüila como se nada houvesse acontecido
– Por que você estava chorando?
– Eu não estava choran...-insisto mas ela me interrompe
– Kat... - ela olha em meus olhos suplicando que eu conte. Não é bom guardar as coisas para si mesmo, eu sei disso. E eu sinto que posso confiar em Cashmere, nunca confiei em uma pessoa tão rápido, mas com ela isso aconteceu.
Decido contar, ela pode me ajudar nisso, me dar bons conselhos
– É a minha mãe, ela é muito dura comigo sabe. Faz um tempo que ela não demonstra afeto nenhum por mim - sinto meus olhos arderem, são as lágrimas - Está sempre do lado de Gale
– Gale é seu irmão né?!
– é - afirmo com a cabeça - ela está sempre do lado dele, porque ele sim é o filho perfeito, eu não. Ah, isso quando ela não está esfregando na minha cara o fato de que algum parente está fazendo algo extraordinário, como minha prima Mona, ela vai cursar direito e eu pretendo cursar artes cênicas. Mas minha mãe não quer isso, ela quer algo de renome. Ela não leva fé de que eu possa me tornar uma atriz ou cantora famosa, de prestígio - as lágrimas começam a cair e Cash me abraça. Nunca pensei que fosse tão bom me abrir com alguém
– Não fica assim Kat. Você tem que seguir seus sonhos, o seu coração - ela aponta para o local onde meu pobre coraçãozinho bate rápido - não importa o que as pessoas digam ou deixem de dizer sobre você
– Eu só queria que ela me apoiasse sabe
– Ela irá te apoiar. Quando ela perceber que você está fazendo a coisa certa, irá ficar do seu lado. - Cash me conforta por um tempo até ouvirmos o sinal tocar. Graças a Deus teríamos a mesma as agora, biologia.
Entro na sala e vejo duas cadeiras vazias, uma ao lado da outra
Nós sentamos e o professor chega, em seguida falando sobre dissecação.
Sinto um toque em meu ombro e me viro, Cato me olha com um sorriso e me entrega um papel
Como de costume passo papel para a garota em minha frente
Mas antes ele sussurra que é para mim e eu me surpreendo
O abro sem querer parecer desesperada - se é que eu já não estou parecendo.

"Topa tomar um sorvete depois da aula?"

Sorrio discretamente. Um GAROTO estava mesmo me chamando para sair? CATO COLLINS estava mesmo me chamando para sair? Por favor senhor, se isso é um sonho, não me deixe acordar agora

" Topo "

Escrevo apenas, querendo deixar um mistério no ar.
Rio com esse pensamento
Sou uma tonta mesmo.


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Notas finais do capítulo

Comentem
Até o próximo
xoxo



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