My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 36
Capitulo 36


Notas iniciais do capítulo

Ooi amores
Vi que muita gente estava reclamando sobre a duração da fic e a demora para nossos queridos Peeta e Katniss ficarem juntos.
Confesso que no início não sabia muito bem como coordenar o número de capítulos, porém estou aprendendo
Quanto ao casal, uma relação precisa ser construída, principalmente quando desde a infância eles se odiavam, um amor assim não vem do nada, portanto peço a paciência de todos vocês e prometo que não irei decepcionar quando eles ficarem juntos
Enfim, precisava falar sobre isso mesmo, me perdoem

Capitulo dedicado a todos que comentaram e em especial para a fefealice47 que recomendou a história ♥
Espero que gostem



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⁃ Estou muito bêbada para entender essa história - disse Johanna e eu suspiro

⁃ Ele não é meu namorado está bem? Mas por favor, fique de bico calado

A festa estava sendo um porre para mim - e não de um jeito bom. Desde que me dei conta dos meus sentimentos estava perturbada e não conseguia me divertir
Isso não podia estar acontecendo comigo, não iria dar certo.
Preciso pensar claramente e agora era impossível. Johanna estava bêbada e me fazendo beber também porém eu estava apenas levemente zonza

⁃ Isso é engraçado porque vocês parecem namorarem de verdade - Diz de forma embolada

⁃ Nós fingimos bem - suspirei tristemente

⁃ Não, não - segura meus ombros, olho em seus olhos e eles estavam desfocados - Vocês se olham - ela toma ar como se estivesse cansada - brilha. Brilha, Katniss

Fico alguns segundos calada pensando sobre o que ela acabou de falar quando decido que é melhor irmos embora. Johanna não se opõe e nós saímos, aviso Daphne por mensagem de texto, pois sei que ela não se lembraria disso amanhã. Como não estava apta para dirigir eu chamo um táxi e poucos minutos depois ele nos deixa em casa.

⁃ Faça silêncio - Digo a Johanna que sobe as escadas - precisa de ajuda? - Ela nega com a cabeça

Tomo um copo d'água na cozinha e quando volto estou cansada demais para ir até o quarto, vejo o sofá que parecia extremamente confortável

⁃ Só vou descansar os olhos um pouco - deito-me e acabo pegando no sono ali mesmo

Ouço um barulho e acordo assustada, Finnick sai da cozinha com um copo na mão e comprimidos na outra

⁃ Não sabia que estava acordada - diz e então me lembro de estar brava com ele

⁃ Você me acordou

Ele anda até mim e senta ao lado dos meus pés. Passa a mão pelos cabelos e suspira

⁃ Me desculpe. Por tudo, eu não deveria ter lhe dito aquilo hoje mais cedo, mas estou pilhado

⁃ O que quer dizer?

⁃ Annie está estranha comigo ha dias, então ontem ela me ligou dizendo que precisávamos conversar quando eu voltasse. Tem algo acontecendo, porém não sei o que é - Tento me lembrar de Annie nos últimos dias, ela estava um pouco mais distante, mas nada preocupante. Acho que está doente, pois vivia tendo enjoos - Eu acho que ela quer terminar

Sento-me de frente para ele

⁃ Você fez algo que a magoou?

⁃ Não que eu me lembre! Sempre tento ser o mais gentil e carinhoso possível com ela. Por acaso ela te disse alguma coisa?

⁃ Não, na verdade sempre fala muito bem de você - e do sexo também, infelizmente 

Ele abaixa o olhar, parecia triste

⁃ Não acho que seja isso, ela o ama, Finnick. Eu sei disso

⁃ É só que...Eu não sei se aguentaria a perder. Ela é perfeita, entende? - Finn me olha com um sorriso triste

Não sei o que dizer então sigo meus instintos e o abraço
Sempre vi Finnick como um idiota vertebrado, porém nunca pensei nele como alguém com sentimentos e Annie foi alguém que o melhorou e claramente o faz feliz

⁃ Vai ficar tudo certo, eu tenho certeza. Não deve ser nada demais

Nós ficamos em silêncio por alguns segundos, porém ele diz algo que me surpreende

⁃ De novo, me desculpe por aquelas coisas hoje mais cedo - Ele olha para baixo - Você cresceu e está ficando cada vez mais linda, eu sinto ciúmes. Me de um desconto.

Dou risada com seu comentário

⁃ Não precisa ter ciúme de mim, Finn. Ainda estou aqui para você

⁃ Eu sei, só preciso me acostumar com isso. - fico em silêncio por alguns segundos e ele continua - Não quero mais me meter em sua vida, mas...Se você tem dúvidas sobre seu namoro, precisa conversar com Cato. Sei de tudo aquilo de mostrar para a nossa família, mas...Você entende?

⁃ Entendo, Finn. Pode deixar, eu irei arrumar tudo.

Trocamos mais algumas palavras e Finnick sobe para seu quarto então decido fazer o mesmo. Deixei minhas malas em meu antigo quarto por isso presumo que dormiria lá, só não esperava encontrar Peeta dormindo profundamente em um colchão no chão. Meu coração acelera quando o vejo, o que me deixa surpresa, mas depois lembro-me de que é assim quando se gosta de alguém
Tento não fazer barulho enquanto vou para minha cama, não queria acorda-lo. Assim que deito penso em minha conversa com Finnick e fico feliz, nunca me senti realmente como sua irmã até hoje. É, acho que ele realmente está amadurecendo

***

Pego a banana e coloco no liquidificador junto com o leite, quando estou prestes a por açúcar uma voz me surpreende

⁃ Açúcar? Por isso está desse tamanho - Era a minha mãe

⁃ Ah, você está aqui - Digo sem esboçar nenhum sorriso ao vê-la, o que muda quando avisto meu pai logo atrás dela. Eles estavam com poucas malas e com uma expressão cansada.

Abraço meu pai e eles sobem para guardar as malas. Eram 7h da manhã e à casa já estava começando a ficar agitada. Daphne estava a mil por hora junto com minha avó e minha tia, e eu tentava ficar o mais longe possível de tudo isso.

Olho para o açúcar em minha mão e desisto de colocá-lo. Bato minha vitamina e me sirvo. Decido dar uma volta pelo jardim para espairecer, mas sei que na verdade eu estava a procura de Peeta. Quando acordei pela manhã ele não estava mais lá.
Ando pelo jardim, porém não o encontro, então volto para casa um pouco decepcionada. Deixo meu copo na pia e subo correndo antes que alguém me visse e quisesse minha ajuda nos preparativos.
Deito e ponho meus fones. Tento não pensar em Cato e acabo pegando no sono.

***

A claridade incomoda meus olhos, que estavam sensíveis, então os abro com cautela
Vejo Peeta andando pelo quarto, se preparava para tomar banho e usava apenas uma calça.
Ele vê que eu estava o olhando.

⁃ Desculpe. Te acordei?

⁃ Na verdade, não. Que horas são?

⁃ Quase onze - responde mexendo em sua mochila. Sento-me e esfrego o olho. Fico observando Peeta enquanto espero meu corpo acordar totalmente - Belo quarto

Olho em volta e sinto vergonha, minhas paredes eram cobertas de uma estampa com flores, assim como meu edredom

⁃ Eu tive uma época floral dolorosa - Ele ri e eu também

⁃ Aproveitou a noite ontem? - Era difícil me concentrar no que Peeta dizia, quando ele usava apenas uma calça moletom e com todas essas malditas borboletas em meu estômago

⁃ Não muito, acho que estou ficando mais resistente a bebida - Ele dá risada, depois abre a boca e parecia prestes a falar algo, mas desiste e acaba entrando no banheiro para tomar banho. Não questiono e saio do quarto.

Olho para o jardim e ele estava coberto de gente, eles arrumavam a decoração e colocavam as mesas no lugar. Não havia visto Daphne, porém sua mãe não parava de dar ordens as pessoas. Quando ela me vê desvio o olhar e ando para longe. Se minha tia já é um pesadelo normalmente não quero saber como é estressada. Ando um pouco pelo jardim e começo a pensar em tudo. O que eu faria agora? e meus sentimentos por Cato? O que eu sentia por Peeta era mesmo tão forte assim?
Ando para perto do lago e começo a falar comigo mesma, era um pequeno costume que eu tinha

⁃ Você não pode estar com alguém e pensar em outro. Não é justo, você sabe disso, Katniss

Ando e me assusto ao ver meu pai sentado em um banco na borda do lago, ele tinha um papel é uma caneta na mão. Estava escrevendo

⁃ Me desculpe, pai, não queria te atrapalhar.

⁃ Você nunca atrapalha, querida. Estava falando sozinha? - Sento-me ao seu lado e dou de ombros me encolhendo

⁃ Com os meus botões. Como vai a escrita?

⁃ Estou tendo alguns bloqueios, mas a história está fluindo. Eles já se apaixonaram mas ela não sabe o que fazer, se deve assumir isso ou não.

⁃ Ah, eu a entendo - olho para o lago, distraída, pensando em meus loiros e meu dilema

⁃ Você está bem, querida? Tem algo para me contar? - O olho de imediato - Algo sobre suas tias acharem que Peeta é seu namorado?

Suspiro sem querer me abrir, mas sei que era inevitável, sempre foi assim. Quando disse que meu pai era meu porto seguro, falava sério. Desde pequena ele me fez ser aberta sobre o que se passa em minha vida, de tudo a única coisa que eu escondia eram as provocações de Peeta e seus amigos, porém, no momento é sobre ele que eu mais precisava falar

⁃ Cato não pôde vir, eu entrei em pânico, então Peeta me ajudou e agora estamos fingindo ser um casal. Essa é a versão resumida da história.

⁃ E qual é a versão original? - Droga! meu pai me conhece tão bem - Vamos lá, você sabe que pode me contar tudo.

Pondero por alguns segundos e decido contar, ele era experiente, adulto, saberia o que me dizer em relação a tudo

⁃ Eu gosto dele - Cubro o rosto com as mãos. Era a primeira vez que admitia em voz alta e não foi tão ruim quanto eu achei que seria. - Eu descobri que tenho sentimentos por Peeta e não sei o que fazer

Meu pai pondera alguns segundos enquanto eu fito o lago a minha frente, sentindo vergonha demais para olhar em seu rosto

⁃ Seja honesta consigo mesma. Não tenha vergonha de admitir seus sentimentos, isso é entre você e seu coração. Sabe, eu soube que não iria dar certo com aquele garoto.

⁃ E por que você não me disse nada?

⁃ Você precisa viver suas próprias experiências e aprender com elas, Katniss. Além do mais você não me daria ouvidos se eu dissesse

Bem, isso é verdade

⁃ Obrigada, pai - o abraço

⁃ Katniss - minha mãe chama logo atrás de nós - venha, iremos arrumar o cabelo

Me desvencilho de meu pai mesmo não querendo ir. Odeio salões de beleza

⁃ Querida - diz quando já estou em pé e eu olho para trás - Apenas seja cuidadosa para não magoar ninguém, está bem?

Aceno com a cabeça e continuo meu caminho. Sorrio, pois minha relação com ele não havia mudado, porém continuo preocupada com tudo isso

***

Depois de passar quase quatro horas no salão fazendo cabelo, unha e, infelizmente, maquiagem, finalmente tinha chegado a hora
Ponho meu salto e vou em direção ao quarto em que minha mãe estava, pois precisava de ajuda para por minha pequena corrente. Eu usava um vestido que minha mãe havia escolhido e que não tive a chance de ver, até pouco tempo atrás (https://goo.gl/images/xjJFP3)
O quarto estava cheio com todas as madrinhas, Daphne, minha tia e avó. Todas só tinham olhos para a noiva e a paparicavam. Aqui cheirava a perfume, laquê e euforia.
Procuro minha mãe porém não a encontro, então peço a uma das madrinha para fechar a correntinha

⁃ Um momento - Daphne bate na taça que estava em sua mão - Quero dizer algo. Sabe o que me deixa mais feliz em tudo isso?

⁃ Que finalmente o mundo está girando ao seu redor? - Digo e todas riem, mesmo não sendo uma piada

⁃ Exatamente - Ela dá mais risada e termina de tomar seu champanhe.

⁃ Essa foi boa - Diz Johanna chegando perto de mim. Ela usava um vestido preto curto com bolsos discretos e os cabelos soltos. Bem ao "estilo Johanna" como sempre - Por favor vamos sair daqui antes que esse laquê penetre em minha cabeça e eu vire uma delas.

⁃ Claro

Nós descemos e vários convidados já haviam chegado. Minha tia e o noivo recepcionavam todos.
Johanna e eu seguimos para longe de tudo isso

⁃ Mesmo lugar de sempre? - Pergunta

⁃ Mesmo lugar de sempre - afirmo

Nós seguimos para trás da casa, onde ficávamos quando éramos menores. Lá havia um balaço abandonado numa árvore que eu simplesmente adoro.
Sento-me e ela - como sempre - permanece em pé ao meu lado.
Johanna tira um maço de cigarro do bolso e acende um com naturalidade

⁃ Desde quando você fuma? - Questiono surpresa

⁃ Já faz um tempo, por que? você julga?

⁃ Não

⁃ Quer um? - Ele aponta o maço e eu penso: por que não? só um não irá me fazer tanto mal. Pego um cigarro e ela o acende para mim.

Certa vez estava lendo um livro e o personagem principal iria fumar seu primeiro cigarro, porém era horrível. Ele se engasgava e tossia, dizia que o gosto era o pior possível, porém, comigo não foi bem assim. Johanna me instruiu a "engolir" a fumaça, ao invés de apenas segura-la boca e eu não fui nada mal. O gosto era forte, é claro, muito diferente, mas não foi de todo ruim.

⁃ Eu vou me mudar - Ela diz

⁃ Para onde?

⁃ Para bem perto de você, na verdade. - Puxo o ar, engulo a fumaça

⁃ Esta falando sério? - Solto a fumaça

⁃ Sua mãe falou com a minha e ela se convenceu de que a América era um lugar bom para nos vivermos. Começo em sua escola no próximo semestre.

Não consigo conter minha felicidade. Johanna morando perto de mim é a melhor notícia que eu poderia receber hoje. Levanto-me e a abraço

⁃ Isso vai ser tão legal. Você irá amar Annie e Cashmere, elas são minhas amigas, super legais

⁃ Se acalme - ela ri - Acho que temos que voltar.

Jogo meu cigarro no chão e piso em cima assim como Johanna faz e nós seguimos para a cerimônia.

Era inegável que o lugar estava lindo. cheio de flores e tons de branco e rosa goiaba, assim como o vestido das madrinhas. Avisto Peeta, Finnick e Gale e sigo até eles. Os três estavam elegantes e Peeta? estava de tirar o fôlego. Vejo Mona passando com seu namorado então me lembro do meu teatrinho. Seguro a mão de Peeta que sorri de canto para mim

⁃ Crianças, vamos lá! cada um em seu lugar, por favor. - Minha tia grita nos espantando com a mão.

Guio Peeta até a última fileira de cadeiras e todos nós sentamos. As madrinhas começam a entrar e uma música suave toca

⁃ Você está linda - Peeta diz em meu ouvido e eu sorrio. De repente ele franze o cenho cenho de leve - Você fumou?

⁃ Você é do tipo que julga? - respondo com as palavra de Johanna já que não sabia o que dizer

⁃ Não, só estou surpreso - Com um ato de coragem impensada respiro fundo para dizer a Peeta o que sinto por ele, porém sou interrompida pela marcha nupcial em alto volume. Todos nós levantamos

Daphne aparece acompanhada de meu tio e vai até o pequeno altar, parecia flutuar como um anjo. Seus cabelos loiros brilhavam, assim como sua pele. Estava radiante.

Logo chega a hora dos votos e o noivo inicia

⁃ Daphne, hoje encerra-se o inverno e inicia-se a primavera, o dia em que as pessoas celebram a entrada de uma nova estação, dita como a mais bela das estações. Eu e você celebramos a nossa primavera. As pessoas celebram a beleza das flores, com suas cores e fragrâncias, eu celebro você, que veio fazer da minha vida uma Primavera para sempre, com sua amizade; cumplicidade; respeito; carinho e amor, sem contar que nenhuma flor é tão linda ou tem um perfume tão agradável.

"Mas eu sei que chegará outro verão de calor intenso, calor da paixão que eu senti no dia em que te vi. E a cada amanhecer, eu buscarei renovar esse calor, mas eu sei que haverão dias que esse calor não será da paixão e quando esse momento chegar, prometo, com a ajuda de Deus, lembrar sempre que você é a minha primavera e com isso eu buscarei te ouvir; amar e respeitar. Serei fiel a você e que Deus nos ajude, que nossas primaveras sejam sempre longas e que haja motivo para flores e fragrâncias. Te amo hoje é te amarei todos os dias, minha primavera."

Pisco e sinto uma lágrima solitária escorrer pelo meu rosto. No meio do voto, fui em busca da mão de Peeta e agora a segurava como se minha vida dependesse disso.
Ele olha para mim e eu faço o mesmo. Novamente, sem pensar faço algo impulsivamente, eu o beijo. Foi algo rápido, porém singelo. Ele se afasta rapidamente com um olhar triste, levanta-se e vai em direção à casa, eu faço o mesmo da maneira mais discreta possível, porém todos os olhares estavam voltados para os noivos

Saio correndo atrás de Peeta, segurando meu vestido e chorando mais ainda.
Maldita TPM
Malditos sentimentos

Encontro Peeta na sala de costas, passando a mão pelos cabelos. Paro na porta e o observo sem dizer nada. Na verdade, não sabia o que dizer. Ele se vira e me vê, parecia prestes a entrar em colapso

⁃ O que você quer de mim, Katniss? - Permaneço calada e ele dá alguns passos - Isso é divertido para você?

⁃ Não, é claro que não

⁃ Então por que você faz isso? Eu não sou seu brinquedo, Cato também não é. - Seco inutilmente as lágrimas que insistiam em cair enquanto ele passava a mão pela nuca

⁃ Peeta...- Me aproximo dele com cautela, eu só queria que tudo isso acabasse.

Ele segura meu rosto com firmeza, mas sem me machucar - É claro- e olha bem em meus olhos

⁃ Eu gosto de você. Porra! eu gosto pra caralho de você, Katniss - Ponho minha mão sobre a dele - Mas eu não posso continuar assim, preciso que você faça a sua escolha. - Seus olhos suplicavam minha resposta, porém minha garganta estava seca, eu não conseguia pronunciar nada. Peeta espera longamente por uma resposta enquanto eu tento dizer alguma coisa, porém minha cabeça estava um turbilhão no momento. Ele me olha decepcionado e solta meu rosto, mesmo eu ainda querendo seu toque sobre a minha pele. Peeta passa por mim e vai embora, enquanto eu estou paralisada demais para poder fazer algo quanto a isso. Só então percebi que estava segurando a respiração e finalmente a solto. Passo a mão pelos meus cabelos e seco as lágrimas que sobraram.

⁃ Foi lindo, com certeza foi - ouço e quando olho para trás todos os convidados estão saindo. Agora haveria a festa num salão a 1km daqui e todos nós iríamos

⁃ Por que você saiu no meio da cerimônia? - Pergunta Johanna tocando meu ombro - Você está bem?

⁃ Claro, eu só precisava de um pouco de ar - minto

⁃ E onde está Peeta?

Antes que eu possa responder minha mãe chega. Ela segura meus ombros e guia-me até nosso carro sem dar-me chance de fazer algo contra

⁃ Vamos lá, estamos com pressa.

No carro estava apenas meus pais e eu e tudo que se falava era de como foi lindo e sobre os votos. Tudo que eu conseguia fazer era pensar no que aconteceu e no quão estúpida eu havia sido.
Eu preciso falar. Preciso dizer a Peeta o quanto gosto dele, como não consegui antes.

Assim que chegamos sou a primeira a sair do carro, nem ele nem meus irmãos haviam chegado ainda, meus pais entram e era uma numa espécie de casa, mas que por dentro era claramente para festa. Era um lugar clássico, e chique. Permaneço do lado de fora impaciente e enquanto ele não chega, treino o que vou dizer.
Tinha que ser bonito, digno dos livros que leio

⁃ Peeta - começo, porém não faço ideia de como continuar - Eu gosto de você.

Não. Muito simples

⁃ Peeta, eu não disse antes mas... - Não, não. Muito sem graça

⁃ Peeta...eu te amo - Definitivamente não!!! Muito precipitado.

DROGA!

Logo o carro de meus irmão chega, instantaneamente meu coração acelera, porém ele não estava lá.

⁃ Onde está Peeta? - Questiono a Gale

⁃ Eu não o vi

⁃ Ele não veio com você? - Questiono o óbvio

⁃ Você está o vendo aqui, por acaso? - Bufo decepcionada.


Ainda tenho esperanças de que ele venha em seu próprio carro, então tiro meus saltos e sento na calçada a sua espera. As pessoas passavam e me encaravam, mas eu não me importava.
Eu esperei 20, 30, 40 minutos e Peeta não apareceu. Todos já haviam entrado, inclusive os noivos. Já estava escurecendo e nada, nenhum sinal dele.
Enfio meu rosto nas pernas, decepcionada comigo mesma.

⁃ Ele foi embora - Ouço a voz de Finnick e me assusto

⁃ O que?

⁃ Peeta. Ele foi embora, acabei de receber uma mensagem dele. - Suspiro profundamente, desapontada, porém não muito surpresa. Embora no fundo ainda esperava encontrá-lo em casa pelo menos. - Vamos lá - Ele me estende a mão - Venha para a festa, tire tudo isso da sua cabeça um pouco.

Aceito sua oferta e pego em sua mão. Não digo nada pois estava constrangida demais com tudo que havia acontecido.
Embora a festa estivesse ótima, não consegui tirá-lo de minha cabeça um só segundo.
Não muito tempo depois volto para casa com meus pais e nos arrumamos nossas malas.
Pegamos a estrada e eu, sempre sem dizer uma palavra sequer. Johanna disse para eu mandar mensagem quando chegasse, e que tudo iria ficar bem.
Agora, independente se Peeta me quiser ou não, uma coisa era certa: Eu precisa terminar com Cato e isso também não seria fácil


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Notas finais do capítulo

O que acharam? comentem!!
xoxo



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