My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 29
Capitulo 29


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos que comentaram o ultimo capitulo
vocês são demais!!
espero que gostem



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⁃ Feliz aniversário de 2 meses - sinto os braços de Cato envolta de minha cintura e seu corpo pressionado ao meu. Viro-me, ainda sonolenta, porém sorrindo

⁃ Feliz aniversário amor. - seu rosto estava um pouco inchado, assim como o meu deveria estar. E seu cabelo estava perfeitamente no lugar, como os dos mocinhos nos filmes de romance. Cato me beija suavemente e se levanta indo direto ao banheiro, enquanto eu enfio minha cara no travesseiro, ainda morrendo de sono. Logo, Cato sai do quarto e eu sigo até o banheiro, que, graças a Deus, fica dentro de seu quarto, porque eu definitivamente não teria coragem de passear pelos corredores da mansão dos Collins apenas de blusa e calcinha - como estava no momento. Olho-me no espelho, meu cabelo estava escuro novamente e havia crescido, percebi certa mudança em meu corpo mas nada muito alarmante, havia ganhado alguns quilinhos e isso estava me incomodando, sentia medo de Cato me achar feia ou algo do tipo. Ouço a porta se abrir e saio, me deparando com uma enorme bandeja com o café da manhã

⁃ Você sabe que não precisava disso - digo sorrindo

⁃ E você sabe que sempre quero te dar o melhor - nos sentamos na cama e eu como algumas uvas que estava na bandeja

⁃ Dormiu bem?

⁃ Tem como não dormir bem nessa sua cama? - digo me jogando nela. Cato pega um roupa e começa a se trocar em minha frente. Ao vê-lo apenas de cueca sinto uma extrema vontade de agarra-lo e não soltar nunca mais. Levanto-me e sigo em sua direção, ele sorri quando me vê e segura minha cintura. Lhe dou um beijo que logo se aprofunda, passo o dedo em seus cabelos e suas mãos apertam minha cintura, cambaleamos até a cama e ele fica sobre mim. Logo sinto sua ereção contra meu corpo e paro o beijo. Sabia o que aconteceria em seguida e não queria que fosse assim.

⁃ O que vai fazer está noite? - ele questiona

⁃ Nada - Cato começa a distribuir beijos em meu pescoço e eu arrepio

⁃ O que acha de comemorarmos com uma noite especial aqui em casa. - O olho nos olhos, eu entendi o que ele quis dizer e estava mais do que preparada.

⁃ Mas e a sua família?

Ele dá de ombros

⁃ Neles eu dou um jeito. Você quer fazer isso?

⁃ Nós estamos falando sobre sexo não é? - Cato ri alto e me beija

⁃ Estamos, Katniss. - sorrio - Mas se você não estiver preparada, tudo bem. Eu entendo porque... - Lhe calo com um beijo e ele me olha atordoado

⁃ Eu estou preparada.

***

⁃ Você já se depilou? - questiona Annie

⁃ Claro, eu faço o tempo todo - rio nervosamente - me depilar, onde já se viu

Cashmere e Annie me olham sérias e eu tiro meu cabelo do rosto

⁃ Você nunca fez né - pergunta Cashmere

⁃ Não. - bufo cobrindo o rosto com as mãos

⁃ Eu vou marcar uma hora pra você.

⁃ Você faz isso sempre? - Cash pergunta a Ann enquanto saímos do banheiro, indo para o refeitório

⁃ Ah sim, Finnick não gosta muito de pelos

⁃ Oh meu Deus - digo esbaforida fazendo cara de nojo.

⁃ E vocês fazem muito?

⁃ Sim - elas riem, eu não - Finn é ótimo de cama, te deixa vidrada e...

⁃ Jesus! me poupe dos detalhes por favor - Seguimos até a fila e montamos nossa bandeja - Não estou nem um pouco interessada na vida sexual do meu irmão.

Elas continuam conversando baixo sobre o assunto e eu finjo não ouvir

Eu e as meninas havíamos nos tornados grandes amigas com o passar do tempo. Annie foi cada vez mais se aproximando de nós e cada vez fomos contando mais e mais sobre nossas vidas e segredos.
Eu estava amando isso. Nunca tive amigas realmente próximas, apenas colegas. Mas é ótimo se sentir finalmente querida.

⁃ Então o que vocês vão fazer esse final de semana?

⁃ Minha mãe terá uma exposição em Nova York e eu irei com ela para dar apoio. - diz Annie sentando na mesa - E você?

⁃ Vou ver meu pai - ela sorri nervosamente. Cash me contara que dificilmente via o pai, quando acontecia ele a tratava bem e até lhe dava um dinheiro, já que sua mãe se recusava a ter qualquer coisa vindo dele. - Nós vamos no cinema, e domingo ela vai me levar para jantar no La Vie's

⁃ Que chique - digo rindo - eu vou viajar para a casa da minha tia, minha prima vai se casar

⁃ A Mona?

⁃ Não, a irmã dela. Preciso que Cato vá comigo. Mona sempre foi a menina perfeita, a ovelha branca da família, inteligente, bonita e simpática. Eu sequer consigo odia-lá.

⁃ E por que você precisa levar Cato?

⁃ Porque a Miss simpatia arrumou um namorado. E minha tia não consegue falar sobre outra coisa - mordo um pedaço do sanduíche - e então minha mãe se empolga e fala sobre Cato. Se eu chegar lá vão pensar que era sem futuro ou até mentira.

⁃ Você já falou com ele? - questiona Ann

⁃ Vou falar - diga quando sinto um braço em meus ombros e um cheiro bom, que não era de Cato. Era Peeta

⁃ Falar o que? - sinto um desconforto no estômago mas logo passa, devia ser o sanduíche que estava comendo

⁃ Eu vou ter de apresentar Cato para a família no final de semana

⁃ No casamento da sua prima? - Ele questiona me olhando, o encaro, nossos rostos extremamente próximos. Engulo seco

⁃ Como você sabe?

⁃ Eu o chamei para ir junto - Diz Finn sentando ao lado de Ann - A linda aqui não vai, e vamos combinar que vai ser uma chatice

⁃ Apresentar o namorado pra família, isso é uma coisa séria - Diz Peeta desvencilhando-se de mim

⁃ É, eu sei. Estou um pouco nervosa - sorrio, mas apenas Peeta vê. Ele era o único que ainda prestava atenção em mim.

Nossa "amizade", ou tentativa estava indo muito bem. Peeta não fazia mais brincadeiras de mal gosto, nós conversávamos várias vezes e convivíamos. Mas no começo não foi fácil. Quando todos perceberam que Cato e principalmente Peeta que pertencia aos populares, começaram a falar e andar comigo, o inferno começou.
Quando ambos passavam no corredor as pessoas riam e faziam piada

"Nossa Cato quer dizer que agora você curte uma menina macho" ou "E aí Peeta tá fazendo caridade cara?"

eu, obviamente ficava muito triste. Mas os meninos não se importavam. De início Peeta ficou incomodado, desconfortável
O caso ficou tão feio que Glimmer e Eliss disse que ele não poderia andar com elas, se não parasse de falar comigo.

⁃ Você não precisa fazer isso - eu dizia - Eu sei que estar no grupo é importante para você

Mas ele não se importava. Dizia que nós dois - nossa amizade - era importante
E eu realmente apreciava aquilo. Não que Peeta houvesse parado de ser popular ou algo do tipo, mas parte de sua dignidade - digamos assim - no colégio havia sido perdida.
Porém para as meninas o tira saiu pela culatra, pois sem o apoio de Peeta, Finnick e Marvel - Que disse que não deixaria de ficar com seu melhor amigo apenas por duas meninas mimadas - Elas também deixavam de ser aclamadas na escola. Era como o fim de uma hierarquia, tudo porque Peeta decidiu ser meu amigo.

***

Espero impaciente Annie terminar de falar ao telefone. Após algum tempo ela volta sorrindo

⁃ Marcado para três horas, depois eu te passo o endereço.

⁃ Eu não sei o que faria sem você. - lhe agradeço, se não fosse por Ann eu nem saberia o que fazer

⁃ Agora nós vamos fazer compras - Diz Cash agarrando meu braço - Tenho certeza que você não tem nenhum langerie sexy

Jogo a cabeça para trás

⁃ Eu esperava ir para casa e tirar um ótimo cochilo - protesto enquanto andamos pelo estacionamento. Logo Peeta surge do meu lado

⁃ Nos vamos agora? - questiona e eu franzo o cenho

⁃ Você vai?

⁃ Eu tenho um ótimo gosto Kat mas nada melhor que um conhecedor de roupas íntimas para nos ajudar

⁃ Conhecedor de roupas íntimas? - digo rindo e Peeta me empurra com o cotovelo

⁃ Pode ter certeza que se tem alguém nesse colégio que entende disso, sou eu.

Quando já estamos no carro decido dar umas broncas em Cash. Olho para o retrovisor, Peeta nos seguia em sua moto.

⁃ Você enlouqueceu? - grito e ela se assusta

⁃ O que foi? - questiona com os olhos arregalados

⁃ Por que você o chamou?

⁃ Eu pensei que vocês fossem amigos agora

suspiro e encosto minha cabeça no banco

⁃ Nós somos mas...é estranho. Peeta gosta de mim, sabe.

⁃ Ele gostava de você - sinto uma coisa estranha em meu estômago, é como se ele tivesse revirado.

⁃ gostava?

⁃ Ele está saindo com outra garota, Delly. - engulo em seco
Nao sei por que mas isso havia mexido comigo. Talvez eu gostasse de ser desejada.

⁃ Ah - olho para a janela.

⁃ O que? você queria que o garoto continuasse na sua cola mesmo com você namorando o amigo dele? - Diz balançando a cabeça.

⁃ Não! - protesto - é só que...

⁃ Que nada! Tudo que você queria era ficar com Cato e ter Peeta apenas como amigo. Agora você ter que ficar feliz porque ele está seguindo em frente. - Cash parecia brigar comigo, mas sua voz estava calma. Sei que era apenas um conselho e que a loira estava certa. Eu precisava deixar Peeta seguir em frente, ele é apenas meu amigo. Apenas meu amigo.

O caminho é silencioso mas logo chegamos. Eu não vinha sempre no shopping porque não gostava de fazer compras, e ninguém nunca me chamava para almoçar aqui, então eu dificilmente vinha.

⁃ Eu estou com fome - protesto e Cashmere me olha espantada

⁃ A gente comeu a pouquíssimo tempo, eu ainda estou cheia.

⁃ Deve ser porque o seu estômago é do tamanho de um amendoim.

⁃ Depois a gente come tá?! Agora nós vamos comprar algo muito sexy para você deixar Cato de queixo caído.

Entramos em uma loja que tinha paredes rosas, manequins vestidas como melindrosas é uma música sem letra, apenas uma batida ruim e que doía os ouvidos.
Uma vendedora de prontidão já vem atrás de nós oferecendo ajuda, Cash explica para ela e logo a moça chega com várias opções minúsculas que eu teria vergonha de usar.

⁃ É bem pequeno, não é? - digo fazendo um estilingue com o fio dental.

⁃ Você não quer uma calcinha de vovó bege, quer?

⁃ Não, mas eu posso tirar carne dos meu dentes com isso - sussurro a última parte e Peeta ri

⁃ É por isso que se chama fio dental - ele sussurra, sua boca levemente encostada em minha orelha, e eu, claro arrepio.

⁃ Vamos para o provador - diz Cashmere puxando minha mão.

O provador era incrivelmente ridículo. Enormes pufs rosas estavam no centro, frente aos provadores, que tinha uma cortina branca onde colocaram uma luz estratégica para apenas sua sombra aparecer na cortina. Todos veriam minha sombra nua e eu estava morrendo de vergonha.

Cashmere joga vários cabides em mim e me dá dois pares de salto. Entro relutante e tudo que passava pela minha cabeça era

PEETA ESTÁ "TE VENDO" NUA!PEETA ESTÁ "TE VENDO" NUA!

visto a primeira peça. Era renda branca e extremamente difícil de colocar, com detalhes nas pernas e coxas. Olho-me no espelho e arregalo os olhos. A parte de cima era renda mas quase transparente e dava para ver meu busto todo. Minha barriga estava toda exposta e eu não me sentia confortável. Me viro e minha banda estaca toda a mostra

⁃ Eu definitivamente não vou sair com isso aqui! - Grito

⁃ Qual é Katniss - Diz Peeta - Eu vim exatamente para te ver de langerie

⁃ Vai a merda Peeta

⁃ Sai daí Kat. Não teum problema, Peeta é como um melhor amigo gay

⁃ Ei - Peeta diz mas Cashmere ignora. Respiro fundo, tampo meus seios com o braço e saio. Cash sorri quando me vê, assim como a vendedora.

⁃ Tira o braço dai - fala Cashmere mexendo o braço

⁃ Eu não posso, é meio transparente.

⁃ Mas essa é a graça

Brigo comigo mentalmente quando tiro o meu braço, meu rosto deveria estar todo vermelho. Olho para Peeta, ele havia pegando uma almofada e colocado no colo, sua mãe estava na cabeça e ele sequer olhava para mim, e sei que isso não é bom. Devo estar horrível.
Sem esperar que alguém diga alguma coisa volto para o provador e me livro desse pedaço de pano desconfortável. Havia mais um preto e um vermelho que pareciam ser melhores e maiores que o anterior. Quando saio com ambos a reação é de aprovação.

⁃ Katniss todos ficaram ótimos. - Diz Cash enquanto dava uma volta olhando os acessórios expostos. - Ela irá ficar com todos.

Depois de pagar uma fortuna nos pedaços de pano saímos e tudo que eu quero é comer um enorme pedaço de pizza. Cashmere vê uma blusa em uma loja mas eu me recuso a ir lá com ela, então Peeta e eu seguimos para a praça de alimentação.

⁃ Você não disse nada lá na loja - falo como quem não quer nada, mordendo o lábio inferior - Ficou muito ruim?

⁃ Não. - ele fica alguns segundos calado e isso me deixa apreensiva - Cato é um cara de muita sorte. Você estava linda lá.

Ao invés de ficar feliz isso me entristece. Se as coisas tivessem sido diferentes, eu estaria comprando lagerie para Peeta, e não para Cato.

⁃ Pizza Hut?

⁃ Claro.

Peço o maior pedaço de pizza e nos sentamos em uma mesa. Logo Cashmere aparece com um moreno em seu encalço

⁃ Pessoal esse é o Evan - O garoto sorri e acena para nós - Eu o conheci na loja, e nós vamos no cinema

⁃ O que? - franzo o cenho - Mas...

⁃ Boa sorte hoje à noite Kat, tchau.

Tão rápido quanto chegou, ela foi embora enquanto ria e segurava o braço do garoto.

⁃ Que repentino - Diz Peeta e nós começamos a rir

⁃ Como ela consegue? - Rimos mais.

⁃ Eu realmente pensei que ela e Marvel tinham algum futuro - Diz Peeta e eu mordo um pedaço da pizza

⁃ Eu sei, ela estava tão empolgada no começo, mas os dois são muito diferentes, batem cabeça o tempo inteiro.

⁃ Fora que, pelo que ela me falou, não está procurando por um relacionamento.

⁃ Sim, mas eles podiam ser apenas amigos que se pegam, sabe? amigos de transa. - Rio e tomo um gole do meu suco

⁃ Talvez pudesse dar certo, o problema é que Marvel gosta dela. É isso poderia acabar mal

⁃ Quando o assunto são sentimentos fica complicado. - Digo olhando as pessoas envolta, haviam vários casais.

⁃ A melhor coisa é ter uma pessoa que você apenas fique, sem sentimentos, sem se sentir preso nem nada.

⁃ Não precisa nem dizer que você tem alguém assim. - Ele sorri de levemente mas não diz nada - É Eliss?

⁃ Infelizmente. Você sabe, ela ficava carente e vinha atrás de mim, eu sou homem e ela é bonita. É só juntar um mais um. - balanço a cabeça mesmo que o assunto não me deixasse super confortável - Mas não acontece já faz um bom tempo.

⁃ Até onde eu sei você nunca fica sozinho. - ele franze o cenho - Soube que está saindo com a Delly

Peeta fica sério, como se aquele fosse um assunto extremamente proibido que eu não deveria saber

⁃ Como...Como você sabe disso?

⁃ Você sabe, notícias voam. Principalmente sobre você

⁃ Ela é legal. Mas não sei se quero que passe de uma amiga de transa

engulo em seco, eles já estão transando e tudo
Pare de ser estúpida Katniss! ralha meu subconsciente. É com Peeta Mellark que você está falando. Nada é devagar com Peeta Mellark.

⁃ Algum dia eu quero ter um amigo de transa - digo rindo tentando mudar o foco.

⁃ Se você e Cato terminarem, promete que eu serei esse amigo - Questiona rindo e estendendo a mão sobre a mesa

⁃ Pode ter certeza que será o primeiro da lista - nós dois rimos e eu seguro sua mão.

A conversa flui normalmente. Nunca faltava assunto entre nós dois, e fazia tempo que eu não conversava com alguém assim. Se o Peeta insuportável era difícil de lidar, o legal é pior ainda. Eu não consigo não rir de algo que ele fala, ou não me encantar pelo jeito apaixonado que ele fala das coisas que gosta

⁃ Violão é uma das coisas que eu mais amo na vida. O som é muito bonito e te prende te segura com uma força inexplicável. - Dizia com os olhos brilhantes

Cada vez mais vou me dando conta de que ter perdoado Peeta e decidido seguir em frente, foi a melhor coisa que já fiz. Nós dois, simplesmente parecia certo. Era como se fossemos melhores amigos a vida inteira. Conseguíamos conversar sobre tudo e a melhor parte que sempre tínhamos uma surpresa, algo que um não sabia sobre o outro.

⁃ Sua professora de espanhol!? - Falo arqueando as sobrancelhas

⁃ Eu fazia um curso e bom, ela era gata. Acabou acontecendo - Eu estava boquiaberta

⁃ Não consigo acreditar que você perdeu a virgindade com ela. O que aconteceu depois?

⁃ Aconteceu que o idiota aqui quis mais, mas ela não queria e trocou de turma por minha causa.

Sem perceber horas haviam se passado e eu estava atrasada, precisava começar a me arrumar.

⁃ Jesus! Eu preciso ir

Levanto-me, pego minha bolsa e Peeta me segue até o estacionamento.

⁃ Eu te dou carona, sobe aí - Ele me entrega um capacete horroroso. - Boa sorte, todos ficam parecendo um idiota com isso

O ponho e faço uma pose

⁃ Eu estou parecendo idiota?

⁃ Não - ele sorri de canto - está linda.

Peeta da partida e me avisa para segurar bem. Abraço sua cintura como se aquilo fosse minha vida. O caminho não é demorado, mas eu aproveito cada minuto enquanto estou com ele. Peeta fazia-me sentir bem, leve, sem preocupações.

⁃ Está entregue - saio do meu transe e tiro o capacete horroroso

⁃ Obrigada Peeta, não só pela carona mas pela companhia. - Ele levanta seu capacete, desce da moto e me abraça Seu rosto vai em direção ao meu cabelo enquanto encaixo o meu em seu ombro.

⁃ Espero que esteja preparada para se tornar uma mulher. E não faça nada que vá se arrepender.

⁃ Pode deixar - Peeta me libera do abraço e eu sorrio - Mais algum conselho?

⁃ Sim. Não pergunte se foi bom depois. - Peeta começa a rir e eu dou-lhe um leve tapa no braço.

***

Toco a campainha da mandão dos Collins e engulo em seco. Eu estava extremamente nervosa.
Eu usava apenas um sobretudo e por baixo a langerie. Escolhi a preta que era a maior, mas em compensação era a que pinicava mais. Meus pés doíam devido ao salto e minha guerreira ardia devido à tortura que passou hoje. Depois de hoje decidi apenas me depilar quando for urgente, não é possível alguém passar por um sofrimento daquele todo mês.
Logo um mordomo atende a porta, ele se oferece para tirar meu casaco mas eu arregalo os olhos e digo que estava bem. Cato me esperava como um cavalheiro.
Faz uma super produção e uma mesa farta. Fico apreensiva pois vi num filme uma vez que não dá certo comer muito e depois transar. Por isso me torturo pegando o mínimo de comida possível. De qualquer forma, quando estou nervosa fico sem fome. A mesa era incrivelmente grande como a dos filmes e eu estava muito longe de Cato.

⁃ Então, você quer subir? - ele questiona após o mordomo levar os pratos

⁃ Claro - Meu coração batia extremamente forte e minhas pernas estavam bambas

⁃ Você está gelada - diz pegando em minha mão e me ajudando a subir os degraus cheios de pétalas vermelhas.

Quando entramos no quarto eu arqueio as sobrancelhas
Estava repleto de velas e flores. Um local praticamente perfeito para se ter uma primeira vez, mas toda aquela pressão estava me deixando mais nervosa ainda.

⁃ Gostou? - pergunta sorrindo e eu minto

⁃ Claro, está lindo - mas eu não havia gostado. O empenho de Cato era lindo, eu entendo. Mas preferia que não tivesse essa super produção, é quase como se, diante de tudo aquilo, fossemos obrigados a transar. E eu queria algo mais natural.
Cato liga o som e uma música ambiente começa tocar. Meu coração estava quase saindo pela boca. Tento jogar fora todo o meu nervosismo e seguir em frente. Qual é, eu sonhei com esse momento durante 2 longos meses.
Tiro sua camisa, abrindo cada botão bem devagar. O guio até a cama e ele deita sob os cotovelos, sorrindo

⁃ Eu tenho uma coisa para você - Digo desfazendo o nó do sobretudo e deixando-o cair no chão. Cato me come com o olhar de cima a baixo e meu rosto deve ter ficado vermelho, mas minha guerreira estava pulsando.

Ando devagar até ele tentando me equilibrar nos saltos. Sento em seu colo de pernas abertas e já consigo sentir sua ereção me apertando. Nós nos beijamos e eu começo a me movimentar. Mas rapidamente ele muda nossas posições me jogando na cama e ficando por cima de mim. Prendo minhas pernas em seu torso e ele beija meu pescoço, apertando minha bunda. Cato começa a fazer movimentos de penetração ainda de roupa e eu trato logo de tirar sua calça. Depois de muitos beijos e amassos chegou a hora. Ele tira a parte de cima de minha langerie e beija meus seios. Quando Cato pega o pacote de camisinha e reteso. Lembro-me de Peeta dizendo que eu deixaria de ser menina e viraria uma mulher.

⁃ Eu vou colocar está bem? - balanço a cabeça e sinto Cato se posicionar, mas depois nada acontece

⁃ O que foi? - pergunto vendo seu cenho franzido

⁃ Eu não consigo entrar, você está completamente fechada

⁃ Fechada? Mas...

⁃ Olha tenta relaxar, eu não vou te fazer mal, está bem?

⁃ Eu sei que não, é só que...eu estou nervosa.

Cato começa a distribuir beijos pelo meu pescoço e pequenas mordidas

⁃ É só relaxar, deixa o momento levar você. Eu não vou te forçar a nada que você não queira. - Sorrio e balanço a cabeça.

Enquanto Cato beijava cada parte do meu corpo tentando me deixar mais solta, eu só conseguia pensar na vergonha que estava passando. Cato, um cara lindo, experiente e educado estava aqui com uma menina boba que não conseguia sequer abrir a passagem.

Decido pensar em outras coisas, coisas que me deixam leve e despreocupada. - eu não fiz depilação pra nada.
Logo Peeta vem em minha mente. Fecho os olhos e acabo me perdendo em pensamentos e lembrando de quando ele me beijou no banheiro. De como segurou minha pernas e beijou meu pescoço, me perco em sua boca e quando percebo Cato está me fazendo um oral

⁃ Você está muito molhada - ele sorri malicioso - Isso é bom. Eu vou tentar de novo está bem? Vai doer um pouco

⁃ Está bem.

Continuo com meus pensamentos soltos, pensando no Mellark. Me sentia culpada, extremamente culpada. Aqui estou eu com meu namorado pensando em outro cara.
Mas se essa era a única forma de acontecer, ia acontecer. Eu não pretendia deixar Cato na mão.
Minha linha de raciocínio é cortada por uma imensa dor.
Seguro os lençóis com força. Cato empurra mais e é como se mil agulhas fossem enfiadas dentro de mim. A dor era quase que insuportável.

⁃ Você está bem? - Questiona e eu não digo nada. Ele tenta de novo mas a dor está gigante, eu não consigo mais continuar.

⁃ Você pode parar por favor? - Cato tira seu pênis e me olha confuso - está doendo muito.

⁃ Não tem problema, eu entendo, tudo bem - Cato deita e eu me aninho em seu peito. Ele beija o topo da minha cabeça e sussurra que está tudo bem.

⁃ Me desculpa Cato, é sério

⁃ Ei, não precisa se desculpar, eu entendo. Nós podemos tentar de novo outra hora, não tem problema. - ele segura meu queixo e me beija - Por você eu espero o tempo que for.

Nos beijamos e eu decido que é melhor eu ir para casa.

⁃ Tem certeza que não quer que eu te leve lá? não tem problema, eu te levo.

⁃ Não, tudo bem. Eu vou andando mesmo. Essa hora as ruas ainda estão movimentadas.

me despeço de Cato com um beijo e saio com muita, muita vergonha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do Capítulo?? Comentem!
Tirando um pouco do foco da fic
eu queria dizer que fiquei extremamente triste com a morte do ator Domingos Montagner
Eu admirava muito ele como pessoa e seu trabalho. E é realmente chocante o que aconteceu :(
Descance em paz Domingos, você foi um grande homem.



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