My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 27
Capitulo 27


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos que comentaram e eu um agradecimento mais do que especial pra minha queria leitora que recomendou a fic, Gabi Ferreira
minha primeira recomendação!!
muito obrigada, significou muito pra mim
esse capitulo vai especialmente pra você Gabi
espero que goste :))



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Dia 2

– Você está apaixonado por ela

– O amor é uma propaganda enganosa.

– Como você sabe se nunca amou?

– Fácil, olhe à sua volta, relacionamentos em quase todos os casos acabam. Brigas, traições, divórcio

– Mas os seus pais estão juntos até hoje

– Eles estão entre as poucas pessoas que realmente foram feitas para ficar juntas

– Então você acredita nisso de alma gêmea?

– Não especificamente. Eu acredito que...apenas existem algumas pessoas que nasceram para darem certo. Só que isso não acontece com outras. A maioria vai ficar fardada a viver com alguém que acha ser seu amor verdadeiro quando, na verdade, uma hora irá acabar

– Você é um idiota, Peeta

– E você gosta das minhas teorias, Marvel

Andamos entre as prateleiras da biblioteca e Marvel observa tudo atentamente

– O que viemos fazer aqui mesmo? - questiono olhando em volta

– Ver se eu encontro Cashmere

– Porque...?

– Porque ela tem me evitado desde a festa

– Talvez esteja com vergonha de ter feito um belo boquete em você logo de primeira - Marvel bate em meu peito com cara feia

– Fala baixo Peeta, e não fale assim dela. Nós estávamos bêbados

– Isso não muda o fato de que ela fez o que fez.

– Ela foi movida pelo álcool. Quando estamos bebados acabamos fazendo coisas que nunca faríamos sóbrios. - imediatamente lembro de Katniss e do que fizemos na festa, ela nunca faria aquilo se estivesse em sã consciência e ainda mais gostando de outra pessoa. - E eu entendo que ela estava me evitando, nós mal nos conhecíamos

Ele para de andar e serra os olhos entre as prateleiras

– Lá está ela - Cashmere estava sentada em uma das mesas, lendo um livro. - ela fica linda concentrada

– Vai lá falar com ela - incentivo mas ele recua

– Eu não sei não

– Qual é Marvel, seja homem

– Eu prefiro ser homem daqui mesmo, pode deixar

olho pra o relógio na parede e vejo que esta quase na hora da detenção.

– Depois eu é que preciso tomar atitudes não é?! - bato no ombro de Marvel e ele me olha - te vejo depois

Ao passar pela porta esbarro em alguém, e para minha incrível sorte era Cato

– Oh Peeta, desculpa cara não te vi aí

– Tudo bem - tento sair andando, para evitá-lo o máximo possível mas ele fala para eu ficar junto a ele

– Estamos indo para o mesmo lugar, certo. Estou apenas esperando a Katy para irmos- dizia enquanto eu forçava um sorriso no rosto

– Você sabe que não precisa ficar com a Katniss nessa, quer dizer eu posso ficar com ela, digo, você sabe, na detenção. Limpando tudo. - engulo em seco, caralho Peeta o que está acontecendo?

– Eu sei cara, mas... eu gosto dela e gosto de estar ao seu lado - é, eu sei como é isso - foi tudo tão rápido entre nós, mas, você sabe como eu sou. Quando eu gosto de algo não penso duas vezes

Murmuro algo inaudível e Cato não parece ouvir

– Quero que ela perceba que se precisar eu vou estar aqui por ela, entende?

– Sim...eu entendo - na minha cabeça pipocam várias ideias
era isso! eu precisava passar segurança para Katniss, mostrar que eu estou aqui pra ela

– Eu entendo perfeitamente Cato - um pequeno sorriso se forma em meus lábios

Era perfeito, toda mulher gosta de segurança e confiança e eu precisava mostrar que eu podia dar isso a ela.

– Foi tudo tão rápido entre nós - ele divaga

– realmente

– eu gostei dela logo de cara sabe. Sabia que ela não iria ser apenas mais uma em minha vida.

me mexo, desconfortável enquanto Cato fala sobre ela

– Katniss tem algo de especial entende? Algo que nos atrai...

– Nos atrai - murmuro

– ...Quem não percebe logo de cara que ela é diferente é realmente um idiota

– Um enorme idiota, é sim - digo afirmando firmemente com a cabeça

idiota, idiota, idiota!
idiota, idiota
idiota

Repito em minha cabeça

– Ali vem ela - olho para o corredor e Katniss vinha andando em nossa direção. Com sua trança lateral, seu jeans gasto e uma simples regata preta ela estava linda

– Alguém sabe onde está Cashmere? eu não consigo encontrá-la em lugar nenhum

antes de dizer que Cash estava na biblioteca penso em Marvel e se Katniss chegasse lá poderia estragar a conversa dos dois

– Eu não vi gatinha - diz Cato colocando a mão em sua cintura

– Peeta?

– Também não.

***

Mais gente acabou ficando de detenção e parar cortar gastos o diretor colocou todos nós para arrumarmos a escola
Com mais gente consequentemente teríamos menos tempo ali

Enquanto certa de 6 ou 7 pessoas limpavam o outro banheiro, o pátio e as salas, Cato, Katniss e eu ficamos com apenas um banheiro o que era ruim porque (1) eu não poderia começar a agir no meu plano de passar confiança para Katniss e (2) ela e Cato iram trocar beijos e apelidinhos como gatinha e amor, e eu seria obrigado a presenciar

– Katy eu estava pensando em irmos naquela sorveteria onde fomos em nosso primeiro encontro lembra?

– Como eu posso esquecer daquele sorvete maravilhoso que você me fez tomar?

– Ah é você adorou aquilo - ele ri

me tranco no box em que estou afim de não escutar a conversa dos dois pombinhos e não vomitar ali
esfrego com mais força a divisória fazendo mais barulho
Como as pessoas conseguem escrever tanto nos boxes de um dia pro outro?
Foco em um desenho obsceno é muito mal desenhado quando ouço uma voz me chamando

– Você quer ir Peeta? - fala Cato

– O que?

– Na sorveteria com nós dois - Katniss diz me surpreendendo. Imaginei que ela não quisesse que eu fosse, por querer ficar mais tempo com o namoradinho

– ah não, quer dizer eu tenho que fazer umas...não dá - me enrolo tentando inventar uma desculpa para não ir e não ter que presenciar a menina que eu gosto trocando carinhos com seu namorado que por acaso é meu amigo

– Qual é Peeta, você já recusou ontem e perdeu. A Katy colocou dois canudos no nariz foi hilário - sorrio imaginando a cena

– Eu tinha um compromisso importante ontem - olho para Katniss que sustentava seu olhar no meu. Ela sabia do que eu estava falando

– Mas hoje não. Faz um tempo que não saímos juntos certo. Fala pra ele que vai ser legal Katniss

– Contanto que você não jogue sorvete em mim, tudo bem

– Certo. Eu vou.

– Ok. Eu vou beber uma água, você quer Katy? - ela nega e Cato sai deixando o banheiro em silêncio.

– Como foi ontem? - ela diz e sua voz soa como uma melodia em minha cabeça

– Muito legal, na verdade. A Blair levou bexigas e fizemos exercícios de respiração, foi divertido.

– Parece ter sido

– Ela me perguntou de você, Rue também. - Katniss me olha pelo reflexo do espelho preocupada. Levanto-me e me encosto na pia - Não se preocupe, eu disse que você estava tendo problemas pessoais

– Quais problemas? - Faço um gesto imitando uma barriga grande e Katniss arregala o olho, me fazendo rir - Você disse que eu estava grávida?! Não ria seu estupido, ela pode ligar para o meu pai

– Não se preocupe, a única coisa que você tem que fazer é não negar a história, ninguém vai perceber

– Bom, eu acho que ela vai estranhar quando minha barriga não crescer e um bebê não aparecer em nove meses

Ela se esforça mas no final acaba rindo. E seu sorriso me faz querer cada vez mais sua boca na minha novamente

– Não acredito que quando voltar vou ter que cantar músicas sobre filhos e gravidez.

– Você vai voltar? - ela me olha por um tempo antes de responder

– Vou - Um clima estranho paira no ar até que sua voz preenche o silêncio novamente - E você? sobre o que tem cantando?

Pondero minha resposta antes de dizê-la
Eu poderia falar que cantei sobre estar apaixonado - o que não era mentira - mas então katniss saberia que era por ela, e isso vai contra o meu plano de fazê-la gostar de mim, e quando eu tiver certeza que aconteceu eu falaria que gostava mesmo dela, ela diria o mesmo e bum! tudo daria certo. - convenhamos que é perfeito. Eu pensei nisso a noite inteira.
Poderia dizer que cantei sobre sentir saudades de alguém, mas eu a via todo dia, então não fazia sentindo.
e então eu disse:

– Eu cantei sobre não desistir de algo que você queira muito - Katniss- mesmo que não possa ter - Por causa de Cato.

Fixo meu olhar no dela, para que entenda o recado e ela faz o mesmo. Katniss engole seco e quando parece que irá responder, Cato chega.

– Vamos terminar logo porque eu não paro de pensar naquele sorvete

POV Katniss

No caminho ate a sorveteria Cato e Peeta conversam sobre algum jogo de futebol mas eu não presto atenção pois estava processando tudo que havia acontecido na minha vida em alguns dias
Tudo deu um giro completo
De uma hora pra outra Cashmere aparece e se torna minha amiga
então Peeta começa a ser "legal" comigo e acaba me contando que - meio que - gosta de mim
e então seu amigo, Cato aparece e por um milagre que eu ainda não entendi se interessa por mim.
Quando percebo estou sentada na mesa dos populares junto com as pessoas que eu mais detesto na minha vida e namorando com o garoto mais gato da escola.

Com toda essa virada está sendo difícil me acostumar, mas com o tempo eu vou conseguindo.
Eu e Cato já ficamos em uma mesa mais afastada e às vezes Cash e Annie se sentam conosco.
Parece que tudo está progredindo em minha vida. A não ser por um detalhe. Olho para o retrovisor e consigo vê-lo. Sua boca se mexia mas eu não conseguia escutar uma palavra pois estava concentrada demais.
Peeta Mellark.
O garoto continuava mexendo comigo só que dessa vez de uma forma diferente, e eu não sei dizer se era melhor ou pior.
Ele agia cada vez mais estranho do meu lado
Foi legal ao me levantar para apagar o que estava escrito do box ontem e quando eu o olhei senti uma vontade extrema de o abraçar
coisa que eu não entendi até agora.
E então hoje ele fala algo sobre as musicas que tem cantado no grupo e me olha sugestivamente, eu, infelizmente entendi o recado
Ele queria ficar comigo novamente e não parecia disposto a desistir
Às vezes eu me pegava o observando, como estou fazendo agora, é só conseguia lembrar do nosso beijo no armário. Nosso primeiro beijo. Meu primeiro beijo.
Só que isso era extremamente complicado porque (1) Cato era seu amigo e eu não imagino que Peeta passaria por isso só por causa de mim e (2) ele era meu namorado, quer dizer, eu não posso estar com alguém e pensar em outro. Por isso decido tratar Peeta com naturalidade, mas sempre deixando claro que gosto de Cato e estou com ele. Afinal Peeta gosta mesmo é de um rabo de saia, logo logo ele percebe que eu não sou esse tipo de garota e sai dessa.
Fora que eu não quero estragar meu relacionamento com Cato, foi tudo tão rápido mas eu realmente gosto dele.

Antes que eu pudesse desviar Peeta me pega olhando para ele. Não sei se proposital ou não, mas seu olhar parece meigo e calmo, totalmente o oposto do que eu estou acostumada a ver

– Chegamos - Desvio o olhar para ver a sorveteria que continuava linda, e quando me dou conta, Cato já está abrindo minha porta

– Obrigada - digo sorrindo abertamente e lhe dou um pequeno beijo.

Nós vamos até os freezers e fazemos nossos sorvetes.

– Dessa vez eu vou quero só o suíço de nozes - digo e Cato ri

– Você realmente gostou desse né

– Eu estou indeciso - diz Peeta com o dedo no queixo

– Você definitivamente precisa pegar o de chocolate suíço com nozes, é o melhor sorvete que eu já tomei.

– Ah não eu preciso pegar algo diferente, esse aí eu pego do seu mesmo

– Se for assim eu vou pegar do seu também então vou escolher seus sabores. Pega esse - aponto para um de morango que me chama atenção

– Eu não gosto de morango - o olho com uma expressão incrédula

– Que tipo de pessoa não gosta de morango?

– Eu - ele diz.

balanço a cabeça

Após escolhermos nossos sorvetes pegamos uma mesa e a conversa flui normalmente

– Esse sorvete é maravilhoso - digo após mais uma colherada

– Não é atoa que é seu sorvete favorito - diz Cato rindo

– Esse não é o favorito dela - Peeta diz e eu o olho, ele olhava e mexia em seu sorvete - é flocos

Cato ri sem graça

– É, meu sorvete preferido é flocos - observo Peeta me perguntando como ele sabia daquilo

mudo de assunto e a conversa flui novamente
depois de um tempo Cato não parece mais incomodado com o que aconteceu e decido apagar esse parte do dia em minha cabeça.

– Hum Katniss eu preciso de mais desse seu sorvete - Peeta pega uma colherada generosa e eu faço o mesmo com o seu sabor frutas vermelhas.

– Você quer um pouco do meu, Gatinha? - Cato me oferece

– Não, Na verdade eu sou...

– Ela é alérgica a amendoim - Peeta diz por cima de mim

– Isso, eu fico toda inchada é horrível

– Ah, me desculpe eu não sabia - ele se mexe na cadeira, parecia desconfortável.

– Tudo bem - sorrio para ele - agora você sabe não é

olho para Peeta que estava em minha frente, ele observava a sorveteria, parecia alheio ao que estava acontecendo. Tento dar uma suavizada no assunto novamente dizendo:

– Engraçado você lembra-lo de que eu sou alérgica, já que fez questão de misturar amendoim no meu almoço 1 ano atrás me fazendo parece um boneco inflável

– Você fez isso? - Pergunta meu namorado incrédulo

– Ah é, aquilo foi divertido

– Não pra mim.

– Que cruel Peeta

– Isso não foi nada demais perto do que ele já me fez - digo após engolir a colherada de sorvete que havia roubado de Peeta, não queria que Cato me visse comendo como uma porca.

– Sério? O que mais ele fez?

Olho para Peeta que parece pensar também

– Teve o chiclete no cabelo - diz ele

– Ah é - lembro do episódio lamentável - Foi tão feio que eu tive que cortar meu cabelo Joãozinho

Peeta começa a rir

– Você até ficou bonita com aquele corte

– Pelo amor de Deus eu fiquei parecendo uma lésbica

Cato começa a rir e eu involuntariamente rio também. Sua risada é tão gostosa de se ouvir
Quando me dou conta estou olhando fixamente para ele e rezo para não estar babando

– Eu vou no banheiro - anuncia Peeta tirando-me do transe

– Sua boca está suja - digo

– onde? - Ele pega o guardanapo e quando menos espera eu sujo meu dedo de sorvete e passo em seu rosto

– Aqui - digo rindo e ele arqueia as sobrancelhas

– Ah é? - ele suja seu dedo e vem em minha direção sujando minha boca e eu começo a rir

– Deixa eu limpar - ele pega meu rosto com as mãos e me beija. Seus lábios tão macios limpando qualquer resquício de sorvete que estivesse em minha boca. Logo sinto sua língua e sinto uma coisa no estômago. Devem ser as tais borboletas que todo mundo fala. Seu beijo era maravilhoso, calmo na medida certa e extremamente bom, capazes de tirar completamente minha sanidade. Começo a sorrir e ele sorri também mas nossos rostos permanecem colados - O que você acha de depois daqui nós formos pra minha casa assistir aquele filme que você ama? o seu favorito

– Qual?

– Diário de uma paixão

– Na verdade o filme preferido dela é Uma linda Mulher - Diz Peeta do nada e eu pulo da cadeira de susto me separando de Cato - ela me fazia assistir junto com Gale e Finnick quando eu ia pra lá jogar vídeo game na infância

– mesmo que vocês insistissem meu pai fazia minha vontade e vocês tinham que assistir comigo - murmuro arrumando meu cabelo que havia sido bagunçado - Já faz tempo como você se lembra?

– É difícil esquecer um filme que você viu mais de 20 vezes

– Tá mas já faz uns 8 anos

– Eu não sei, eu só...lembro - ele sustenta o olhar no meu por um tempo e então Cato limpa a garganta, fazendo-me voltar a atenção para ele.

– Eu acho que é melhor nós irmos - Ele diz se levantando para ir pagar e Peeta vai atrás

Coloco as mãos na cabeça
o que Peeta está fazendo meu deus? fazendo Cato ficar inseguro do meu lado. Ele precisava parar com isso, senão ele veria uma versão de mim que ninguém gosta muito de ver


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Notas finais do capítulo

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