My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee que saudade de vocês
vcs assim como eu devem ter notado que o Nyah estava em manutenção
Eu quase entrei em pânico quando não consegui entrar na minha conta
Mas aqui estamos nos
Quero agradecer a todos que comentaram
E Dizer bem-vindo para os novos leitores
Espero que gostem



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– Então quando eu cheguei em casa, minha mãe me deu uma super bronca por ter encharcado minhas sapatilhas - Cashmere diz enquanto caminha comigo pelo corredor do colégio

– A minha brigou por causa do meu comportamento - ela me olha com dúvida e eu explico - por eu ter discutido com Peeta, e depois ter saído toda suja e molhada

– Ah sim. - continuamos caminhando até que eu deixo Cash na porta da sua sala e vou em direção a minha.
Assim que entro, vejo Peeta Mellark sentado na frente da única cadeira vaga
Ótimo! Eu já amo literatura, com ele então fica melhor ainda.
O imbecil nem olha pra mim quando passo por ele. Apenas olha pra frente. Provavelmente pensando em mulheres peladas ou algo assim.
Sento-me e encaro sua nuca
Seus fios de cabelos loiros brilhavam num contraste com sua pele clara

– Bom dia turma - diz a Sra. Jackson.

Ela devia ter uns 100 anos de idade e tinha uma verruga no rosto com dois pelos nela. Ela podia parecer uma velhinha inofensiva de longe mas era o demônio disfarçado.

A aula corre bem. Nos falamos sobre a literatura de outros países. E o Mellark parece esquecer da minha existência.
Quando o sinal toca saímos da sala e eu vou de encontro a Cashmere no refeitório.
Enquanto ando em meio a multidão percebo que estou do lado do Mellark
Finjo que não persegui sua presença e continuo meu caminho.
Já esperando ver minha amiga sentada numa mesa vazia entro no refeitório e me surpreendo ao vê-la conversando com Cato, numa mesa no centro
Vou andando em sua direção e me dou conta de que Peeta fazia o mesmo caminho que eu
Oh não, por favor Deus me diga que não é o que eu estou pensando
Paro e deixo ele seguir na frente
Ele se senta ao lado de Cato e sorri para Cash
Era exatamente o que eu estava pensando
Droga, droga e droga!
Respiro fundo antes de continuar e me sentar
Cato sorri para mim como Cash e Peeta finge que não percebeu minha existência ali
Finnick e Annie logo chegam também
Quando eles entram em uma conversa, aproveito para falar com Cash

– O que diabos estamos fazendo almoçando com essas pessoas? -sussurro em seu ouvido e ela sorri

– Vim conversando com Cato e quando vi, Peeta estava aqui com a gente. Vamos lá Katniss
Eles são legais

Logo Glimmer e Eliss chegam com seus minúsculos uniformes de líder de torcida e uma bandeja com nada mais que uma maçã e um suco de soja
Elas não parecem muito felizes em me ver aqui. Mas não dizem nada para eu sair, então eu apenas as ignoro.
Por incrível que pareça Cashmere se da super bem com elas, e acaba por me esquecer temporariamente. Por sorte Annie está aqui, e assim como eu, não suporta essas garotas.

– Então, está tudo confirmado para hoje a noite? - meu irmão pergunta a Cato e ele balança a cabeça

– O que vai haver essa noite? - questiono curiosa

– Nada que você esteja incluída - responde Finnick e eu reviro os olhos. Me dirijo a Cato esperando que ele me de uma resposta

– Vai ter uma festa em minha casa. Depois do fiasco de ontem, minha mãe decidiu ir para um spa e vai passar o resto da semana lá. Meu pai vai viajar a trabalho. O que deixa a casa toda para mim

– Vai ser a festa do século - diz Eliss

– Aparece por la - Cato diz e eu sorrio para ele

– Claro.

Vou com Cashmere pegar nosso lanche e Peeta vem conosco. Ainda me ignorando
Acabo sendo surpreendida por um garoto que furou a fila, assim, me separando de minha amiga
Me deixando com um ser mudo e estranho como companhia

– Como vai suco de uva? - Peeta pergunta e eu me viro em sua direção

– O que disse?

– Como vai? - repete. Ele estava falando comigo?

Seu rosto neutro não denunciava nenhuma brincadeira de mal gosto
Apenas um garoto normal e aparentemente inofensivo

– Depois disso

– Ah sim, suco de uva - ele sorri enquanto eu arqueio minhas sobrancelhas - Achei que esse apelido caia bem em você

– Achou errado - viro de costas para ele, pegando minha bandeja

– Até que combinou sabe?! Você fica bonitinha manchada de roxo

– Sabe, você fica melhor quando me ignora

Ele sorri

– Eu até tentei mas é chato demais suco de fruta. Você é a parte mais animada do meu dia.

– Você vai chegar em algum lugar ou está só tomando meu tempo Peeta? - Questiono. Pego um pão com presunto e um refrigerante e saio da fila
Sendo seguida por Peeta

– Eu gostei de ontem.

– Sério? - pergunto desinteressada

– Sim. Não da festa, aquilo estava um saco. Mas da sua casa. Do nosso momento mais tranquilo.

Paro de andar e me viro. Com o cenho franzido, o olho esperando que ele continue

– Pelo que percebi nós vamos passar muito tempo juntos daqui em diante - Peeta aponta com a cabeça para nossa mesa
Cashmere e as meninas riam de algo que Finnick dizia. - Nem mesmo eu agüento tanta briga

– Você está pedindo para nós..

– sermos amigos? Não. Isso é impossível. É apenas uma trégua temporária.

Trégua temporária? Vejamos. Eu já estou mais do que farta disso tudo
Seria bom uma pausa
Mesmo que por um tempo.
Tudo isso pode ser um truque dele mas dane-se. Eu já cansei das minhas teorias furadas

– Feito - digo com convicção. Tento segurar minha bandeja com um braço para apertar sua mão. Mas isso quase faz ela cair e ele ri do meu momento desastroso. Ele cospe em sua mão e a oferece para mim
Eca! Depois de pensar em quão nojento era aquilo. Decido jogar meu bom senso fora e fazer o mesmo. Assim, selando nosso acordo

***

O resto do dia transcorreu bem. Cashmere pegou uma carona na moto do Mellark - sim, ele tem uma moto também - que aliás não me incomodou mais.
Eu pedi para Gale me levar a casa de Castor. Já que marcamos de ensaiar hoje. Ele havia me mandado o endereço a alguns minutos e estávamos quase chegando.
Após alguns minutos chegamos
Gale me diz para tomar cuidado e fala que não irá me buscar.
Observo o céu que estava cinza, iria chover com certeza
Aperto a campainha e logo Castor atende

– Katniss - diz e abre um enorme e assustador sorriso. - Pode entrar

A casa era modesta e arrumada. Ele me conta que seus pais não estão em casa portanto seremos apenas nós dois
Descemos uma escada em direção ao porão que na verdade nem parece um. É tudo muito bem decorado. Com dois sofás, um vídeo game, no canto haviam algumas caixas de pizza empilhadas e vários quadros pendurados. Em outro canto havia um violão preto. Até que era legal

– Aqui é tipo sua fortaleza? - ele ri

– É quase isso. É um lugar onde eu posso relaxar.

Me sento em seu sofá e ele faz o mesmo.

– Bom, eu estava pensando. A Srt. Blair disse para cantarmos sobre os nossos sentimen.. - começo mas ele me interrompe

– Ora Katniss. Você não acha que eu te chamei aqui para ensaiar mesmo, acha?

Pisco algumas vezes. Sem entender realmente sobre o que ele estava falando

– Como disse? - questiono confusa

– Ah então você é do tipo difícil? Vou logo avisando. Eu adoro garotas difíceis.

Ele estava dando encima de mim? Por favor garoto não estrague isso. Você estava sendo legal até agora

– Olha eu não sei do que você está falando. Acho melhor nos concentrarmos na música e...

– Qual é Katniss. Eu já joguei todas as cartas. - ele se aproxima mais de mim e eu reteso - nós estamos sozinhos. Você é gatinha e eu também - Castor parte para o meu pescoço e eu me levanto assustada.

– Mas o que?! Qual é o seu problema? - grito e ele vem em minha direção

– Ah gatinha. Eu sei que você está afim disso. Pare de se fazer de difícil

Ele me agarra e me beija. Ele é feroz e desesperado. Aquilo estava sendo horrível e extremamente molhado. Ele enfia a língua em minha boca. Como diabos...
Me afasto bruscamente. Dou um tapa em seu rosto e ele parece ficar puto mas depois abre um sorriso safado e vem em minha direção. Me "beijando" outra vez
Por Deus! Eu preciso sair daqui
Tento pensar rápido mas nada me vem a cabeça. Até que minhas pernas falam por mim e eu dou uma joelhada em seus países baixos.
Ele se encolhe todo e urra de dor.
Penso que ele vai desistir mas levanta a cabeça com um sorriso malicioso no rosto

– Quer dizer então que você gosta do jogos com dor. Vamos jogar então.

– Você é louco - digo indo em direção a escada mas ele segura meu braço com força
Sua boca vai para o meu pescoço. Eu não consigo me mexer pois Castor segura meus pulsos com apenas uma mão.
Logo ele me beija outra vez. Quando enfia sua língua nojenta em minha boca, eu a mordo com força. Posso sentir o gosto do sangue em minha boca quando ele me solta e se afasta, analisando seu machucado.
Aproveito esse meio tempo pra correr para as escadas
Ele vocifera coisas como 'louca' e 'o que tem de errado com você vadia'

Saio correndo pelas ruas
Logo sinto as gotas d'água no meu rosto
Merda! Mil vezes merda
Meu pai vai me matar se ficar sabendo disso
Atravesso uma rua sem olhar para os lado e uma buzina me surpreende. Olho é um carro vinha em minha direção, mas o motorista conseguiu parar a tempo

– Olha por onde anda garota! - ele gritava para mim

Continuei pela rua, agora andando
A chuva havia aumentado
E no céu tocavam uma sinfonia de trovões e raios
Eu preciso organizar minha cabeça antes que algo aconteça pela minha falta de atenção.
Paro em uma esquina pois já não tinha mais fôlego. Apoio minhas mãos em meu joelhos. Eu estava ofegante e com o coração acelerado.
Desgraçado! Aquele foi o meu primeiro beijo. - penso - meu fodido primeiro beijo
E foi com aquele brutamontes filho da puta
As lágrimas escorrem por minhas bochechas.
Sento na calçada me encostando na cerca de uma casa qualquer.
Paro e analiso meu cabelo
Meu rabo de cavalo estava todo desgrenhado.
Droga, droga, droga!
Eu não posso deixar que ninguém me veja assim. Porque isso irá levar a perguntas, e perguntas são tudo que eu quero evitar.
Respiro fundo, e tento pensar racionalmente. Ficar desesperada agora não vai ajudar em nada.
Olho ao redor. Eu não conheço esse bairro. Corri tanto que agora estava perdida, e Gale não viria me buscar. Pego meu celular. Sem bateria
Ótimo! Eu estava em um bairro totalmente desconhecido, não sabia como voltar para casa e meu celular estava sem bateria. Você é uma gênio mesmo Katniss
Limpo minhas lágrimas e levanto-me da calçada.
Vou andando pelas ruas, tentando me localizar. Era minha única opção agora. Na verdade, eu não tinha opção


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Notas finais do capítulo

Tenso