My Girl escrita por Sophi Lessi


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que comentaram
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/581317/chapter/15

– Só mais um pouco Katniss - diz minha mãe. Encolho mais minha barriga e finalmente o vestido fecha. - Você precisa fazer um regime garota - ela me analisa e sai sem dizer mais nada.
Hoje nós iríamos para um evento beneficente na casa dos Collin's
Acontece que eles são bem ricos e influentes, e usam isso para ajudar outras pessoas. E também como são novos na cidade, vão deixar uma boa primeira impressão.
O evento foi confirmado de ultima hora. Por isso hoje de manha minha mãe abriu minhas cortinas, deixando a claridade queimar minhas orbes claras e gritou mandando eu acordar, depois fez o mesmo com o pessoal dos outros quartos

Quando eu acordei, podia sentir as lagrimas secas em minhas bochechas. Eu devia ter pegado no sono enquanto chorava. Sim, eu chorei feito uma garotinha essa noite. A raiva me consumiu, e eu não aguentei.
Eu me amaldiçoei por chorar por aquele cretino. Derramar minhas lagrimas por aquele ser miserável era um grande desperdício
Mas fiz um trato comigo mesma: nunca mais eu iria chorar pelo idiota do oxigenado, ele não merecia isso.

Quando fui ao banheiro tomar banho fiquei um pouco surpresa com meu próprio reflexo
Eu ainda não havia me acostumado com aquele cabelo loiro. Definitivamente essa não sou eu. Mal posso esperar pra essa tintura toda sair e meu cabelo escuro voltar.

Ouço um barulho vindo da sala, era Peeta.
Ele havia saído a pouco, para buscar uma roupa mais formal em sua casa
Bufo. Ainda tenho um dia inteiro com aquele demônio.
estou com medo do que ele possa fazer contra mim nessas malditas 24 horas. Passei os últimos dias com muito medo, qualquer movimento que ele fazia já era motivo para o meu coração acelerar, e eu odeio isso.

– 10 minutos pessoal - minha mãe grita do andar de baixo, seus saltos fazendo barulho enquanto ela anda para la e para cá. Analiso-me no grande espelho oval que ficava em meu quarto. É, até que eu estava um pouco apresentável
Mamãe havia passado um rímel e um blush em mim, ela diz que eu tenho que me arrumar mais para ir à eventos como esse, mas eu não me importo.
No meu cabelo ela havia feito uma trança que pegava todo o lado da minha cabeça e caia por meus ombros. Meu vestido era simples, um tom de rosa muito claro, com um pequeno decote e alças bem grossas, ele ia até um pouco acima do joelho. No pé minha mãe me fez usar um salto, mas só vou colocá-los no ultimo minuto.
Minha mãe da mais um grito, nos apressando e eu fico mais nervosa
Vou ver Cato hoje, afinal, o evento é em sua casa.
Vários momentos do nosso encontro passam por minha cabeça. Ele é tão gentil, engraçado, educado. Espero que tenha gostado de mim como eu gostei dele. Acho isso um pouco improvável, Cato foi o primeiro garoto a me chamar pra sair, na verdade deve existir alguma razão para que isso nunca tenha acontecido, então eu com certeza devo ter feito algo de errado. Com a incrível sorte que eu tenho, é quase certeza de que algo eu fiz para que ele não gostasse de mim.
Se bem que ele disse que queria sair comigo outra vez - aponta meu subconsciente
Talvez fosse apenas por educação, ele sequer pediu meu número - penso. Essa guerra interna estava confundindo minha cabeça. Acho melhor deixar o tempo dizer. Se Cato me procurar, vai ser ótimo
Se não, bom, não vai fazer muita diferença na minha vida - eu espero.
Enquanto ainda observava meu reflexo, Peeta aparece em minha porta.
Ele tenta dobrar a manga de sua camisa social azul claro, sem olhar para mim em nenhum instante.

– O que você quer agora? - pergunto soando calma demais até para mim mesma. Peeta levanta as mãos em rendição e anda até mim, finalmente me olhando.

– Eu não tenho uma bandeira branca Katniss, mas vim em paz. - me viro ficando em sua frente. O Mellark estava em uma batalha com sua manga, sem conseguir dobra-lá - Pode me ajudar?

O olho torto
Sério garoto? Depois de tudo que aconteceu ontem à noite?

– Vamos lá Katzinhaa, faz essa pra Deus ver - suspiro. Eu odeio este apelido.

Vai Katniss se esforce, hoje você verá Cato, tudo ficará bem.
Ando até ele e o ajudo com a maldita manga.

– Não odeio - murmura e eu o olho um pouco confusa

– O quê? - questiono com o cenho franzido. O que ele estava querendo agora?

– Você - continua - Eu não odeio você. - Sou pega de surpresa pelo assunto que Peeta resolveu tratar agora. Não queria ter aquela conversa de ontem, não queria todos aqueles questionamentos outra vez. É melhor que o Mellark ache que eu realmente acredito nele. Só dessa forma vou evitar um conflito. - Fala alguma coisa

– Eu não sou boa com palavras - digo engolindo seco. Me viro para pegar uma pequena corrente em minha cômoda e tento colocá-la, evidentemente não consigo.
Sem dizer nada, o Mellark vem e me ajuda, assim, fechando minha corrente. Um clima ameno paira em meu quarto. Era estranho, estranho não estarmos em conflito nem que seja por poucos minutos. Estranho não estarmos tensos ou com muita raiva um do outro. Tudo estava estranho. Peeta olhava para mim pelo espelho. Uma expressão séria, muito séria.

– Por que você ficou preocupado comigo no dia da bola? - Peeta franze o cenho

– O quê?

Me viro, ficando a sua frente

– No dia em que levei aquela bolada, você me levou pra enfermaria - afirmo - por que simplesmente não me deixou ter uma concussão e morrer logo? - sua expressão muda de confusão para diversão. Ele sorri. Não um daqueles sorrisos cínicos, mas um sorriso verdadeiro e, eu arrisco dizer, até mais bonito

– Ora Katniss, se eu deixasse você morrer naquela escadaria quem eu infernizaria depois? Eu preciso de você bem, para te deixar mal - Eu não sei se deveria ficar brava com ele, porque eu não fico.
Minha mãe aparece em minha porta dizendo para eu por meus sapatos e descer.
Peeta e eu estamos em um clima estranhamente confortável e é assim que vamos até a residência dos Collin's

Graças aos santos minha mãe me deu aulas sobre como andar de salto. Deus, é a primeira vez que eu à agradeço por isso. Aqueles saltos era realmente altos. Deviam ter uns 10cm, mas pelo menos não eram tão desconfortáveis.
Na época em que minha mãe me deu aulas, ela explicou que nós iríamos a muitos eventos e que eu teria que me acostumar com aquilo. Antigamente eu odiava muito mais aqueles sapatos altos malditos que me faziam cair. Agora já havia me acostumado mais com eles
Algumas garotas, como Glimmer e Eliss arriscavam ir com saltos até maiores que estes pra escola
Eu definitivamente não conseguiria realizar tal proeza.

– Olá Coin - diz uma mulher com cabelos pretos presos em um coque. Ela tinha um grande sorriso no rosto, parecia ser gentil.

– Como vai Susan - minha mãe responde com um sorriso não muito verdadeiro, como o da maioria das pessoas deste lugar. - Esta é Susan Collins - minha mãe nos apresenta - nossa anfitriã de hoje.
Todos nós a cumprimentamos e dizemos como é um prazer conhecê-la.
Sou apresentada a mais um punhado de pessoas esnobes e no final sempre digo como foi um prazer conhecê-las.
Outra coisa que minha mãe me ensinou e ensinou a meus irmãos: mentir.
Um garçom passa por mim e eu pego uma taça com suco. Consegui escapar de minha mãe. Os meninos (Finnick, Peeta e Gale) já haviam sumido por aí e eu finalmente paro pra prestar atenção no local onde estou.
É uma mansão maravilhosamente linda, um pouco exagerada, mas linda.
As paredes eram brancas com toques creme e devia ter uns 3 andares. O grande jardim tinha mesas espalhadas por toda sua extensão. Com panos e flores brancas - Deus! Pra que tanto branco? Essas pessoas não conhecem outros cores além dessa?

– Se divertindo? - um voz me assusta. Me viro dando de cara com Cato. Ele usava uma blusa cinza junto a um blazer mais escuro por cima.
Essa pessoa devia ser proibida de ser tão bonita.

– Está tudo lindo - digo dando mais um gole em meu suco.

– Eu acho que falta cor - diz olhando em volta - mas minha mãe não me deixa opinar na decoração - ele da risada, levando-me junto.
Cato pensava igual a mim, que homem maravilhoso Jesus Cristo!

– Sabe eu quase não te reconheci com esse cabelo loiro e essa franjinha. Tive que te analisar por um tempo para ter certeza de que não iria falar com a garota errada.

– Pois é - rio desconfortável. Como diria a ele porque estou com este cabelo? - as vezes é bom dar uma variada certo?

– Claro - ele sorri - Você ficou muito mais bonita loira Bonita? Cato necessitava de um óculos urgentemente - quer dar uma volta? - aceno com a cabeça e entrelaço meu braço no seu enquanto caminhamos para trás da casa.

– Sabe Katniss - começa enquanto eu prestava atenção nas flores a nossa volta - eu não paro de pensar em você desde o dia do nosso encontro.

Ofego

– mesmo?

– Sim. Sei lá, você mexe comigo. - um sorriso largo se abre em meu rosto.
Cato e eu continuamos conversando sobre outras coisas. Ele, claro, sempre muito educado e engraçado.
Posso até estar sendo equivocada, mas acho que talvez algo realmente sério possa acontecer entre mim e Cato Collins


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!
xoxo