O Dia dos Meus Sonhos escrita por barbiscatarry


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oolaaa pessoas... Então... Bastante tempo se passou desde que eu escrevi "Rose Malfoy", e já tinha decidido que não ia fazer nenhuma continuação, mas hoje acordei e lembrei da fic, e decidi escrever...
P.O.V. da Rose, okay?
Enfim, espero que gostem!!

P.S.: se possível, leiam escutando "Photograph - Ed Sheeran"



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P.O.V. Rose Weasley

Passei toda a minha vida sonhando com aquele dia. Sonhava que iria acordar com um sorriso bobo nos lábios depois de uma noite bem dormida, e então suspiraria. Levantaria da cama e seria um dia lindo; os pássaros estariam cantando. E então eu tomaria um longo banho para tentar diminuir meu nervosismo e ansiedade.

Porém aquilo não se parecia nada com o meu sonho. Eu não acordara feliz depois de uma noite bem dormida. Quando meus olhos se abriram, não senti a menor vontade de levantar da cama. A noite havia sido péssima, e eu tive pesadelos com as mais variadas cosias, como na maioria das vezes. Levantei-me e andei pelo quarto esperando a onda de ansiedade me atingir, mas ela não veio. Eu não sentia a menor vontade de tomar um longo e relaxante banho, eu só sentia vontade de voltar a dormir.

De qualquer forma, me forcei a entrar no banheiro e ligar o chuveiro. Esperei a banheira encher e coloquei a essência que havia comprado especificamente para aquele dia, como eu sempre sonhei. Entrei na banheira e fechei os olhos, pensando em como casar era um sonho, e em como eu estava feliz. Porém meus pensamentos estavam longe. Eu continuava pensando na única noite em que acordara com um sorriso bobo no rosto, completamente relaxada.

“Abri os olhos e senti um cheiro diferente, mas conhecido. Olhei para o lado e vi que estava sendo observada. Arregalei os olhos e controlei a risada enquanto tentava me cobrir o máximo que podia com o edredom.

- Não tem nada ai que eu não tenha visto, ruivinha.

Apenas mostrei a língua para ele e continuei sorrindo. Aquilo estava sendo totalmente estranho, e eu não sabia como deveria supostamente agir. Ele era meu melhor amigo, e aquilo era totalmente errado, mas...

- Você acordou faz tempo? – perguntei tentando soar casual.

- Eu nem consegui dormir. – Scorpius respondeu sorrindo e eu sorri mais, se é que aquilo era possível.

Será que eu deveria falar sobre o que aconteceu? Será que eu deveria deixar claro que havia sido loucura? Será que eu deveria falar algo? Eu não fazia ideia de como agir, mas não importava, pois o loiro ao meu lado me conhecia o bastante para saber exatamente o que eu sentia em relação àquilo”

Sorri com a lembrança e logo depois me repreendi. Não deveria ficar lembrando daquilo no dia do meu casamento, deveria estar feliz pensando em como meu noivo era maravilhoso. E em como o meu noivo nunca me magoava, diferente de outras pessoas.

Sai do banho mais tensa do que estava antes e coloquei o robe de seda, esperando minhas madrinhas chegarem para nos vestirmos juntas. Elas tinham insistido para fazermos uma enorme despedida de solteira, mas eu só tinha uma coisa para me despedir, e havia feito aquilo na noite passada.

“- Malfoy? – ele perguntou sorrindo, surpreso. – O que está fazendo aqui? Pensei que fosse sair com as meninas hoje!

- Eu preferi passar a noite com o meu melhor amigo.

Vi que seu sorriso murchou um pouco e não pude evitar me repreender por aparecer em sua casa naquela hora, naquele dia. Era óbvio que ele pensaria que eu estava desistindo, ou coisa pior.

- Então... O que quer fazer essa noite?

- Vamos apenas sentar e conversar sobre qualquer coisa que não envolva o dia de amanhã, tudo bem?

Logicamente não correra tudo bem. Depois dos primeiros vinte minutos conversando sobre objetos trouxas estranhos e inúteis, percebi que o assunto havia acabado e que aquele normalmente era o momento em que Scorpius surtava e me beijava sem dizer nada, como se fosse algo completamente normal.

- Então... Como está Daphne? – perguntei tentando sorrir.

- Melhor que eu, provavelmente. Não falei mais com ela, eu te disse.

- Sinto muito, mas é um pouco difícil acreditar em você, não?

- É pra isso que veio aqui?! Para jogar mais coisas na minha cara?! Porque eu não aguento mais, Rose! Eu fui um idiota com você muitas vezes, mas você sabe o quanto eu me arrependo! – ele gritou se levantando do sofá em um pulo. – Quer saber? Eu vou ser sincero com você uma vez na vida, e não tente me interromper como você fez daquela vez, porque não vai funcionar! Você me conhece, Rose, e sabe o quanto eu tenho como maior defeito o medo. Sou um covarde filho da puta que teve medo de admitir ter qualquer sentimento por você, porque eu nunca havia sentido nada parecido, e aquilo me assustava! Gostar de você como eu gosto é assustador, Rose! Eu tinha medo de começar algo com você e depois te largar, fazendo você sofrer. Eu tinha medo de começar algo com você e colocar as minhas vontades em primeiro lugar, fazendo você sofrer. Eu tinha medo de ser sincero com você, e depois mudar de ideia sobre o que eu sinto, fazendo você sofrer. Eu tive medo a minha vida toda! Eu tive medo de fazer você sofrer, e isso me fez agir como um babaca, o que é de minha natureza! Mas hoje eu percebo que o que eu sinto por você nunca vai mudar, independente do meu medo ou do que eu faça. Sabe por que, Rose? Porque eu te amo!

- Lindo discurso, Scorpius. – respondi também me levantando, com os olhos marejados. – Mas eu sinto muito lhe informar que o senhor está vivendo um de seus medos no momento. Você me fez sofrer, Scorpius, por decidir ser honesto e aberto comigo apenas uma vez na vida, um dia antes do meu casamento. Eu não deveria ter vindo.”

Engoli as lágrimas e sorri quando ouvi batidas na porta. Levantei da cama e esperei as meninas estrarem, mas no lugar delas estava minha mãe. Ela já estava vestida divinamente em um longo vestido azul escuro. Seus cabelos estavam presos em um coque e ela tinha uma leve maquiagem na face, fazendo-a parecer um anjo. Sorri verdadeiramente e meus olhos baixaram para uma caixa de papelão que ela carregava.

- Rose, ainda não se vestiu? Vai chegar atrasada! – ela disse preocupada.

- Mãe, eu sou a noiva! – respondi rindo. – Noivas chegam atrasadas.

Esperei que ela fosse sorrir ou fazer alguma piada, mas ela apenas deu um sorriso amarelo e se sentou na beira da cama. Continuei em pé, esperando ela explicar o motivo da vista tão cedo.

- Eu estava arrumando as coisas na casa, para ter certeza que você não se esquecer de nada. Achei, por exemplo, uma boneca velha que você adorava. Decidi descer no porão mesmo sabendo que você não o usava mais, porém tinha alguma esperança de encontrar algo seu de quando era criança. Encontrei alguns brinquedos velhos, e, embaixo da cama...

- Mãe, não. – a interrompi, sabendo do que se tratava. – Eu dei uma olhada no porão antes de empacotar as coisas, e tenho certeza que não tinha nada ali que eu quisesse.

- Rose, apenas dê uma olhada. Não estou dizendo que não estou feliz por você estar se casando com quem está, mas... Você está feliz, filha? Não vejo um terço de felicidade nos seus olhos. Você chegou chorando ontem em casa, Rose! Você sabe que ninguém se casa por obrigação e...

- Mãe, vai embora! – gritei abrindo a porta. – Nós já conversamos sobre isso, e você sabe que eu estou apaixonada. Eu estava apenas nostálgica, mas feliz. Eu estou feliz como nunca estive, e não sou obrigada a ouvir nada disso hoje.

Assim que a porta se fechou, eu corri até a caixa e me ajoelhei à sua frente, sentindo-me incapaz de ficar em pé mais um segundo. Abri a tampa e não consegui mais controlar as lágrimas. Já havia chorado demais na noite passada, mas parecia que nunca era suficiente quando se tratava dele. Dentro da caixa, havia milhares de fotos. Fotos minhas, fotos dele, fotos nossas. Grande parte daquelas fotos foi ele quem tirou enquanto eu estava lendo ou na aula. Outra grande parte eram fotos tiradas por mim em treinos ou partidas de quadribol da Sonserina, sempre focando no melhor apanhador da escola. E o resto era várias fotos nossas. Em algumas delas nós estávamos com amigos, em outras estávamos sozinhos...

Achei duas fotos que me fizeram chorar ainda mais, se é que fosse possível. A primeira era uma foto dele com Daphne Greengrass. Eu havia tirado aquela foto uma semana depois de acordar na cama dele. Os dois estavam praticamente engolindo um ao outro no meio do corredor. Eu não havia falado nada, e ele nunca soube que eu vi a cena, mas naquele dia meus pais vieram me tirar de Hogwarts; eu não estava me sentindo bem. A notícia de que eu não estava bem se espalhou, e quando voltei, milhares de alunos queriam falar comigo para saber como eu estava. Um desses alunos foi Lysander, que me lembrou um pouco Scorpius, porém mais doce e mais fácil de lidar.

A segunda foto, eu não guardei de volta na caixa. Eu guardaria para sempre, como lembrança dele. Sabia que nossa amizade nunca mais seria a mesma e precisava de algo para manter um pouco dele comigo para sempre. A foto era simples; se resumia em um retrato dele olhando para o nada na Torre de Astronomia. Os cabelos bagunçavam um pouco seu cabelo, e ele parecia irritado. E eu lembrava que tínhamos acabado de brigar por algo besta, mas não lembrava exatamente o que. Ele costumava fumar em situações como aquela, mas eu havia o ameaçado de morte de fumasse mais uma vez. (Ele havia fumado mais vezes depois da ameaça, porém sempre escondido, e eu fingia que não via). Não havia nada especial naquela foto, mas eu lembrava que, naquele momento, o observando irritado, eu tive a certeza mais assustadora de toda a minha vida. Depois daquela foto, simplesmente o beijei como nunca havia beijado em toda a minha vida. Eu duvidava que algum dia conseguisse expor tanto sentimento em um simples ato como fiz naquele dia. Nunca tive coragem de dizer, mas, naquele momento, eu tive certeza de que amava Scorpius Hyperion Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Comente, por favor, é bem legal... Até a próxima, beijos!



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